Novo Amanhecer escrita por Raquelzinha


Capítulo 41
Simples como respirar! V


Notas iniciais do capítulo

Mais um...



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Bella

Abri meus olhos sentindo ainda uma leve sonolência junto com aquela sensação gostosa que se tem quando se dorme bem e feliz, ouvi lá fora pássaros que cantavam anunciando que o sol nascera e um leve movimento das arvores me alertou que este som não era familiar.

Me movi e só então lembrei que estava em outra casa, um enorme quarto bem decorado, surgiu diante de mim, me estiquei bocejando e sentando na cama, ao meu lado o espaço estava vazio, lençóis e travesseiro amarrotados me indicavam que aquele espaço fora ocupado, apesar de estar vazio agora, como se o peso que eu sentia na minha cintura não fosse o suficiente para me alertar disso.

Meu coração acelerou feliz, fazia muito tempo que eu não tinha essa sensação por dias seguidos, ela agora seria freqüente, pois a pessoa que a produzia não iria mais embora, estava definitivamente unida a mim.

Fiquei em pé e fui em direção a enorme janela para abrir com facilidade a cortina e observar o cenário maravilhoso que surgiu a minha frente, um jardim bem cuidado com muitas flores, árvores imensas, um lago límpido brilhando como um espelho ao reflexo do sol, um lindo quiosque localizado na ponta de um ancoradouro que ia quase até o meio do lago, um pedaço do paraíso, para completar a imensa felicidade que eu sentia naquele momento.

Isso me lembrou a noite perfeita que vive com Jake, nossos momentos maravilhosos, nossos votos, cada detalhe daquele momento mágico, que jamais será esquecido. E também a correria do dia seguinte estudando um mapa durante uma longa e cansativa viagem que durou quase dez horas, mas que no final valeu a pena, afinal estávamos juntos, e quando se faz qualquer coisa com a pessoa que amamos tudo parece fácil e simples.

Observei o bote ancorado perto do quiosque e lembrei que Jake planejara um passeio para hoje, pois quando chegamos, foi a primeira coisa que ele viu e como era quase madrugada, mal tivemos animo para descarregar o carro e logo caímos mortos na cama, para dormir abraçados.

Senti um braço quente e familiar circular minha cintura me tirando de meus devaneios, era ele, Jacob, meu marido, que se recostava em mim, apoiei a cabeça no peito dele, me sentindo leve, a luz do sol penetrava pela janela inundado o quarto, me aquecendo e me mostrando o nosso reflexo no vidro,  seu rosto estava leve e com um sorriso imenso, mostrando sua luz, a luz do meu próprio sol, colado a mim.

- Café? – a voz dele não era apenas de quem convidava, era de quem chamava.

- Você já fez o café? – perguntei me virando e encarando o rosto sorridente dele.

- hum hum.  – concordou me puxando para perto, você estava dormindo tão gostoso, não quis te acordar - e me puxando pelo braço beijou delicadamente meus lábios.

Me aconcheguei suavemente ali, sua mão subiu para minha nuca e meu corpo amoleceu, suspirei profundamente me deixando ficar ali, com aqueles lábios explorando meu pescoço com delicadeza e ao mesmo tempo com intensidade. O café iria ficar para depois, pois quando isso começa, só um desastre natural faz parar, com passos lentos ele caminhou em direção a cama e me virando com facilidade deitou meu corpo amolecido e totalmente entregue no colchão enorme e macio.

Ouvi um sorriso perto da minha orelha antes da leve mordida, essa era a deixa, meu corpo incendeia quando ele faz isso e não há nada mais que povoe minha mente alem do corpo quente e forte do meu amor e do prazer e da felicidade que ele me proporciona, sem me conter apertei as mãos contra suas costas segurando-o o mais perto possível sorrindo também, esses momentos apesar de se repetirem sempre tem a cara da primeira vez, naquela bendita manhã quando me permiti sentir e viver o que ele significava para mim.

Depois d um banho relaxante juntos, num enorme banheiro, descemos abraçados até a cozinha super equipada, e tomamos café preparado por Jake, ele me sorria feliz, os cabelos molhados e mal secos ainda escorriam deixando um rastro pela pele morena que me encarava sedutora.

- O que vamos fazer depois? – sua voz saiu marota acompanhada de um olhar provocante.

- Poderíamos dar uma volta, conhecer o lugar, o que você acha? – respondi antes de colocar na boca o ultimo pedaço de uma torrada, e a resposta foi imediata:

- Faço qualquer coisa desde que você esteja comigo.

- Quero passear de mãos dadas, o que você acha?

- Só se eu puder cantar. – outro sorriso maroto.

- Adoro ouvir você cantar, me tranqüiliza.

ele atirou um beijo e ficou em pé indo na direção da pia para colocar seu prato lá, logo fiz o mesmo e assim que tudo esteve arrumado aproveitamos o tempo para passear, ver cada canto do lugar que era realmente lindo, havia algumas casas por perto, mas eram tão reservadas que mais parecia que estávamos sozinhos naquele lugar lindo.

Caminhamos de mãos dadas como eu pedira, fazendo minhas lembranças aflorarem, um som leve produzido por Jacob incentivou isso, mas a sensação que eu sentia era muito especial, muito diferente da minha realidade naquela época, apenas uma semelhança forte e marcante, hoje como naquele período, tenho ao meu lado a única pessoa capaz de preencher e curar minhas feridas, tornando-as apenas leves cicatrizes,  observei meu braço, aquela, era a única visível, mas também essa parecia estar sumindo.

Chegamos num lugar ainda mais lindo e sentamos juntos, recostados numa arvore, meu corpo de costas para ele, colado em seu peito, sentindo as batidas leves do seu coração de encontro as minhas costas, o movimento das arvores, e os raios do sol que atravessavam as folhas, ao longe o som de vozes, eram crianças brincando perto da água, do outro lado do lago, elas corriam, estavam praticando algum esporte, e havia muita animação entre o grupo, Jacob ria e comentava as jogadas, a naturalidade da nossa relação está a cada dia mais latente e clara para mim.

A manhã foi embora rapidamente, já que eu acordara mais tarde, e logo voltamos para casa, após a longa exploração de boa parte do lugar, estávamos totalmente encantados com tudo, com cada detalhe, mas principalmente por estarmos juntos finalmente, aproveitando em toda a sua extensão momentos de felicidade.

Fomos para a cozinha juntos e fizemos juntos, nosso almoço enquanto conversávamos e brincávamos, trocando caricias e beijos, no mesmo clima leve que é a marca da minha relação com Jacob. Depois do almoço, outro passeio, agora em outra direção, num lugar que lembrava muitos algumas partes de La Push.  Jake caminhava ao meu lado, segurando firme minha mão, sorrindo e conversando alegremente, sua voz era suave e descansada quando falou como se fosse para si mesmo:

- Quinze dias aqui, e acho que vou voltar com todas as baterias recarregadas, principalmente pq estou com você.

Tive que confessar que me sentia igual, puxei seu braço para perto e recostei a cabeça no ombro macio e quente dele.

- Eu também, já estou me sentindo totalmente relaxada, mas nada se compara a felicidade de estar ao seu lado.

Ele ficou de frente para mim e me ergueu nos braços, com o rosto de frente para ele, seus braços me segurando firme pela cintura, seus olhos fixos nos meus, puxei de leve os cabelos da nuca dele e me aproximei para beijá-lo.

Assim, a tarde se foi e a noite chegou, com ela um leve ar frio, que nos manteve unidos foi agradável, nos sentamos na varanda juntos, abraçados, pouco conversamos, não havia muito o que conversar, nossos momentos são apenas para sanar o tempo que ficamos afastados, que foi imenso, tudo o que puder usufruir da presença dele junto a mim vou aproveitar.

Montamos um lanche leve para a noite e fomos come-lo no quiosque, sentamos no balanço, vendo a luz da lua cheia brilhar no lago, agora escurecido pela noite, do outro lado alguém se aquecia perto de uma fogueira, enquanto nós nos aquecíamos mutuamente, colados um ao outro.

Se há alguma maneira de exemplificar como me sinto nesses momentos que vivo ao lado dele, foi este simples instante, em que tudo parece em paz, em que todas as coisas parecem se encaixar, em que tudo está bem, em que meu coração se enche de tanto amor que não cabe em mim.

Um sussurro perto do meu ouvido me fez arrepiar:

- Vamos Bells?

Me apertei contra o corpo dele me aconchegando firmemente em seus braços fortes que são meu repouso e felicidade e aceitei o convite, lentamente voltamos para a casa, abraçados e imensamente felizes.

Jacob

Sabe quando sua vida parece estar totalmente sob seu controle? Quando você se sente capaz de comandar qualquer mínimo fato? Quando viver é fácil e simples que você tem medo que algo possa de repente do nada estragar tudo? É assim que tenho me sentido nesses últimos dias, com a sensação mais completa e inteira de felicidade, relaxado e tranqüilo, como se eu pudesse realizar qualquer coisa, mas, algumas vezes, uma idéia surge, insistente, me provocando, eu a mando embora, não quero me sentir assim, preocupado, em momento algum, não por enquanto, enquanto estivermos aqui, nesse lugar perfeito, desfrutando da nossa lua de mel, prefiro acreditar que tudo foi sempre assim, que nunca houve um momento em que nós não estivéssemos juntos e felizes, depois, se houver necessidade, enfrentaremos juntos o que vier, nesse ponto não há como negar, eu não estou mais sozinho.

Movimentei levemente o meu corpo e Bells se aconchegou mais, ainda estava adormecida, com o rosto recostado no meu peito, sua expressão de tranqüilidade e paz me ajuda a expulsar qualquer sentimento de angustia que se abata sobre mim. É difícil aceitar que não me tranqüilizei totalmente ainda, foi tudo tão difícil, tão complicado, tão dolorido. Na realidade, custo a acreditar que agora tudo isso passou realmente, que ao voltarmos para casa estaremos finalmente juntos, que nada vai se colocar entre nós, que não há mais vampiros, outros seres nos assombrando ou a distancia nos perturbando e afastando.

Um leve sorriso passeou pelos lábios dela enquanto  falava o meu nome.

- O que é? – perguntei baixinho, acariciando seu rosto com a mão livre, mas não obtive resposta, Bella estava dormindo ainda, e provavelmente sonhando,  e o que era melhor, era um sonho bom e eu estava nele, da mesma forma que ela sempre passeia pelos meus, pensei encantado com essa constatação, é tão bom perceber que até inconsciente dela pensa em mim.

Fiquei quieto, admirando a mulher delicada que mantinha o corpo alvo e pequeno colado ao meu, a diferença dos nossos tons de pele se acentuaram com o sol que tomei nos últimos dias, sorri e beijei seus cabelos sedosos.

Observei a janela a claridade do dia ultrapassava o tecido da cortina dando um tom diferente ao quarto, ainda era bem cedo e eu queria aproveitar ao maximo esses momentos sem responsabilidades, sem horários, sem cronogramas, quando voltarmos tudo será diferente, teremos muitas atividades, Bella voltará ao trabalho, Nicolas, Alan e eu temos o negocio para movimentar, a vida vai tomar um rumo diferente, mais agitado, com horários e cronogramas, mas não deixará de ser um rumo feliz, afinal ela esta comigo.

Bella se moveu e enfiou o rosto no meu pescoço, roçou o nariz na minha pele falando:

- Bom dia amor! – a voz saiu leve e preguiçosa.

- Oi! – respondi puxando-a para cima de mim. – Como foi a noite?

Fazendo uma careta ela reclamou:

- Sei não, acho que alguma coisa ficou sobre as minhas costas, elas doem muito, você por acaso não sabe o que foi?

- A provocação começou. – pensei e logo me fiz de desentendido.

- Acho que não foi nada que tenha ficado sobre você, acho que foi tudo o que você   comeu ontem a noite, deve estar pesando aí no seu estomago.

Ela não resiste, logo ouço uma resposta irritada, mesmo que seja de brincadeira:

- Como você se atreve! – falou se afastando de mim e sentando na ponta da cama – Você comeu muito mais do que eu.

Isso era verdade, o assado que fizemos estava delicioso e eu o comi quase todo sozinho, mas Bella também comeu bastante para os seus habituais padrões, me surpreendendo.

Mostrei a ela que concordava com sua ultima colocação  e que também estava com vontade de colocar um ponto final na brincadeira, me aproximando e convidando:

- Vamos tomar banho juntos?

- Na banheira ou no chuveiro? – ela perguntou passando as mãos pelos meus ombros.

Pensei por alguns instantes, se fossemos para a banheira ficaríamos ali nó mínimo por uma hora, o chuveiro é mais rápido, mas também menos aconchegante.

- Eu prefiro a banheira e você?

Acho que Bells estava apenas esperando minha decisão para confirmar a dela, sorrindo ela concordou com a cabeça e correu em direção ao banheiro para abrir a torneira e eu a segui, enquanto a banheira enchia nos programamos outro passeio de bote para o final da tarde, já tínhamos feito um a dois dias atrás, mas num horário impróprio, Bells acabou ficando vermelha e quando o sol está quase se pondo, o clima não é tão quente e a tonalidade da água ficava perfeita, além de que, muitos gansos aparecem para nadar.

O banho foi ainda mais demorado do que eu esperava, deitei meu corpo em toda a extensão da banheira, recostando a cabeça no apoio e ela deitou sobre mim, acariciando meus braços com as mãos cheias da espuma produzida pelas essências que colocamos na água, fiquei quieto, tentando manter os olhos fechados, aproveitando cada toque e os selinhos que ela me dava de vez em quando.

 - Estou viciada em fazer isso em você. – sua voz saiu abafada perto do meu ouvido, abri meus olhos e encarei o rosto dela que agora estava diante do meu e concordei:

- E eu estou viciado em tudo o que você faz. – passei as minhas mãos pelas costas dela, subindo e descendo lentamente e parei na cintura apertando-a com força para logo sentir um leve estremecimento seguido de um suspiro.

- Acho que não consigo mais ficar um dia longe de você. – é bom ouvir isso, mas não era necessário ser dito, tenho sentido, em tudo, tudo o que fazemos e dividimos, aquela ligação que surgiu entre nós a tanto tempo, está cada dia mais intensa, mais forte.

- É bom que você pense assim pq eu não planejo ficar longe de você nunca mais. – confessei mantendo a seriedade.

Um sorriso aberto, e o corpo dela colou no meu me fazendo perder o restinho de controle que eu ainda tinha, apertei seu pescoço e cobri seus lábios com os meus carinhosa e firmemente, com paixão, que é a marca da nossa relação. Tudo o que vivemos é intenso e forte e deixa marcas profundas que nunca poderão ser apagadas.

Me acomodei com o rosto dela colado ao meu, tentando voltar ao relaxamento anterior, ofegantes, e sorridentes. Aquele sorriso bobo, aquele, que aparece de vez em quando no rosto da gente, quando a felicidade é tão real e completa que mais nada precisa ser dito.

Lentamente ela se afastou e me dando um selinho afagou meu peito falando mais uma vez:

- Eu te amo!

- Eu sei, mas eu ainda amo mais. – Bella fechou os olhos e sorriu me abraçando com força e depois fez um gesto de que sairia da banheira, segurei sua cintura e pedi:

- Espera! – sai da banheira e a carreguei para o quarto enrolada na toalha, adoro fazer isso e sei que ela também gosta.

Bells se vestiu e logo já se preparava para descer.  

- Você quer cereal? – a voz dela era carinhosa quando passou por mim indo em direção a cozinha.

- Quero. – falei colocando a bermuda e senti um beijo no meio das minhas costas.

- Vou descer e preparar, não demora.

- Já estou indo. – conclui alcançando-a antes que atingisse a escada, descemos juntos de mãos dadas, preparamos o cereal e saímos para um passeio na cidade que não era grande, mas tinha muitos pontos bonitos onde se podia tirar fotos legais, almoçamos num pequeno restaurante, aproveitando para namorar e depois voltamos para casa abraçados e sonolentos. Na sacada do quarto tinha uma rede de casal, sempre deitávamos juntos ali depois do almoço, mas tomávamos muito cuidado, Bells tinha medo que ela não suportasse nosso peso, eu sei que era do meu peso que ela fala, mas tem sido gentil e colocado o nosso no lugar do teu.

A tarde fizemos o passeio de bote, me deliciei vendo-a feliz, sentada diante de mim carregando um saquinho com cereal e pequenos pedaços de pão para dar aos gansos que se aproximaram tanto da embarcação que acabaram provocando medo em Bells e risadas descontroladas em mim.

- Jake! Não ria! – ela gritava e quanto mais ela falava, mais eu ria, e atraídos pelo som crianças surgiram na margem e começaram a rir e brincar também, isso a deixou mais irritada. O remédio foi retornar para o ancoradouro, assim que paramos ela saiu furiosa, pisando duro, sem nem me olhar, amarrei o bote e corri pegando-a no colo, cada vez mais brava ela começou a espernear querendo ser colocada no chão.

- Não largo! – falei – Só se você me desculpar. – e fazendo uma carinha triste perguntei: - Você me desculpa Bells?

Ela se fez de difícil por alguns instantes mas acabou por ceder me beijando e me chamando de irritante, o que me fez voltar a rir enquanto voltava com meu amor nos braços para casa para aproveitar nossas ultimas horas de lua de mel.


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Notas finais do capítulo

ahhhhhhhhhhhh a lua de mel, momentos bons, depois dela é q se sabe se a coisa vai andar ou não!!! será q teremos problemas?
ainda temos alguns capitulos pela frente!!!
BEIJOS AMADAS E AMADOS, MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, SEI Q POSSO PARECER REPETITIVA, MAS É MUITO BOM E FICO MUITO FELIZ QUANDO LEIO OS COMENTÁRIOS DE VCS!!!
BJS E OBRIGADA