The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 4
capítulo três




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273493/chapter/4

— Narrador —

Um mês depois, chegou o dia primeiro de setembro. Angelina estava ansiosa, os pensamentos de Sam e Maria estavam muito agitados e cheios de empolgação. Angelina via os corredores externos e internos, afora o castelo em si. Viu também a quantidade de alunos, que eram muitos. Ela engoliu em seco; já não aguentava duas pessoas pensando, imagina com centenas.

Não havia muito o que arrumar no malão de de Angelina. Apenas algumas mudas de roupas e suas vetes escolares, os vários livros que ela usaria todo o ano letivo, alguns ingredientes bizarros para poções e a sua varinha. A garota sempre admirava aquela fina varinha de macieira, que parecia ser feita para ela.

Angelina estava terminando de vestir a blusa, quando a voz de Maria chegou aos seus ouvidos, perguntando se ela já estava pronta. Angelina gritou um "Já estou indo!" e calçou os seus tênis surrados. Sentia-se animada. Era a primeira vez que a garota ia para escola, sem ninguém a perseguindo.

Ela desceu as escadas rapidamente e encontrou Sam e Maria a esperando na porta. Sam pegou a mala da garota e levou até o carro, com Angelina e Maria o seguindo. Até aquele dia, Angelina não tinha se perguntado em que parte de Londres (ou da Inglaterra) ela estava.

Todos se acomodaram no carro e Sam deu partida. De vez em quando, ele reclamava sobre não dirigir os carros dos trouxas. Angelina não fazia ideia do que aquela palavra significava; mas, era só dar uma olhada na mente de Sam, para saber que ele estava se referindo às pessoas não bruxas. Mesmo assim, ele continuou a dirigir por estradas de barros até chegar nas de asfalto.

Ao chegarem a estação King's Cross, Angelina olhou para trás e viu algo que não gostou. Imediatamente, ela começou a tremer. Eles estavam ali; estiveram os seguindo por todo o caminho, só agora ela sentia isso. Como ela ficara tão distraída? Olhou para os Marks. Estavam tirando o malão de Angelina do porta-malas, Maria segurava a gaiola de Black Eyes (Angelina dera esse nome para a coruja, pois esta era puramente cinzenta e com os olhos negros como a noite), sorrindo. As palmas das mãos da garota começaram a suar, o medo invadindo seu corpo. Eles estavam se aproximando e o primeiro instinto de Angelina foi de fugir.

Mas não podia. Ainda tinha Maria e Sam. Ela tinha de embarcar naquele momento. Olhou para estação que cada vez mais ficava cheia; era a oportunidade perfeita. Correu para os Marks, ainda suando, e deu um sorriso apressado. Maria sorriu, pensando que Angelina estava ansiosa para chegar em Hogwarts, quando na verdade, esta queria fugir para algum lugar seguro.

Angelina olhou para o outro lado da rua. Eles estavam quase atravessando, quando Sam fechou o porta-malas, pegando o malão de Angelina. A garota agradeceu mentalmente quando este disse:

— Vamos?

Os três entraram na estação King's Cross. Angelina suspirou — mas não de alívio, ainda —, agradecendo por ter várias pessoas ali para despistá-los. Angelina ousou olhar para trás. Lá estavam eles, com suas capas pretas, procurando Angelina por entre a multidão.

A garota empurrou os Marks um pouco para frente, para apressá-los. Os Caçadores não podiam vê-los. Maria a olhou. O que foi?, pensou ela. Angelina deu-lhe um sorriso envergonhado.

— Só quero chegar mais rápido no trem. Estou ansiosa! — Ela disse olhando para trás.

Maria sorriu. Os três andaram por entre as pessoas; Angelina olhava toda hora para os Caçadores, que empurravam as pessoas para poder enxergar a garota.

A menina engoliu em seco e se perguntou onde ficava a plataforma nove e meia. Já estavam andando há mais de meia hora e ela ainda não havia visto o Expresso de Hogwarts. em lugar algum. Se Angelina não tivesse viajado pela rede de Flú, pensaria que nada daquilo existia.

Então Maria e Sam pararam em frente a uma barreira entre as plataformas nove e dez. Angelina começou a ficar desesperada, eles estavam chegando. Ela suava frio, o medo tomando conta dela. Ela ia morrer. Ela ia morrer, era o único pensamento que passava pela sua cabeça.

Maria a cutucou e Angelina a olhou.

— É aqui — falou Maria. Só podia ser brincadeira. Ela queria que Angelina atravessasse aquela barreira?

Ao que parecia, sim. Sam sorriu e, para encorajá-la, atravessou a barreira e depois não havia mais sinal dele. Angelina ofegou. Olhou para Maria, que sorria abertamente para ela e assentiu. Angelina engoliu em seco e olhou para trás. Os Caçadores estavam se aproximando, porém, ainda não havia espaço suficiente para vê-la.

Ela tomou fôlego e atravessou a barreira. Quando abriu os olhos, viu uma maria fumaça, que soltava fumaça céu acima, e uma placa pendurada em uma parede dizia que esta era a plataforma certa. O Expresso de Hogwarts soltava fumaça e Angelina ficou admirada com o trem, com as pessoas, que nem notou Maria ao seu lado.

— Legal, não é? — disse Maria. Angelina sorriu. — Vem, vamos achar Sam.

Antes de seguir em frente, Angelina não pôde deixar de olhar a barreira. Ela torcia para que eles tivessem desistido de procurá-la.

Quando o acharam, Sam já havia colocado o malão no compartimento e as esperava perto do trem. Ele pegou Black Eyes e a colocou junto com as coisas de Angelina.

Maria passou as mãos nos cabelos negros de Angelina. Aquilo lembrava o dia em que a própria filha entrara no mesmo trem, sorrindo. Maria se lembrou da filha acenando, depois passando o Natal com a família. A saudade era tão intensa, que os olhos de Angelina encheram-se de lágrimas. O pior, era que Maria já a considerava da família.

— Se quiser, pode nos mandar cartas — disse a senhora Marks. — E, também, quero que venha passar todos os feriados conosco, está bem? Você sempre será bem vinda — e sorriu. — Agora vá, que já são quase onze horas.

Angelina assentiu. Olhou para Sam, que sorriu e beijou-lhe o topo da cabeça da garota.

— Tenha boas aulas e cuide-se — disse.

— Obrigada por tudo. Vocês são ótimos — respondeu a menina e subiu. Andou pelos corredores apinhados de gente no trem, procurando algum vagão desocupado. Sua cabeça doía por conta de vários pensamentos juntos. Já estava começando a considerar se ir para uma escola seria uma boa ideia.

Depois de andar, finalmente achou um compartimento vazio, sentando-se e encostando a cabeça na janela fria, tentando aliviar a cabeça. Fechou os olhos, apreciando o silêncio. Às vezes, ela se distraía e não prestava atenção nas pessoas à sua volta e não ouvia o que pensavam. Mas, como naquele dia, quando estava sozinha, ouvir aqueles pensamentos embolados, a deixavam tonta e com dor de cabeça.

Angelina observou que a paisagem mudava de acordo quando o trem avançava. Às vezes, verdes com alguns cavalos, outras árido com alguns cactos... Angelina não sabia o que aconteceria a seguir. Tinha medo de ficar perto de pessoas que não conhecia.

A porta da cabine se abriu; Angelina olhou, assustada, para a garota de cabelos ruivos (cujo o nome era Lílian Potter) acompanhada por uma garota um pouco mais velha, de cabelos tão louros, que pareciam transparentes à luz (e que o nome era Victoire Weasley). Angelina soube disso tudo por causa de seu dom. Lílian estava envergonhada, pensando em sair dali. Angelina engoliu em seco enquanto Lílian hesitava. Por fim, Angelina decidiu.

— Pode ficar, se quiser — dirigiu-se à ruiva. Esta corou e agradeceu Victoire e entrou, acomodando-se à frente de Angelina.

A porta da cabine foi fechado e Victoire sumiu de vista. Angelina olhou para Lílian, que a encarava.

— Nunca a vi aqui — disse.

— Ah — Angelina, constrangida, falou. — É porque eu sou nova... aqui.

— Legal. — Um pausa. E depois pareceu lembrar-se de algo. — Ai, que falta de educação a minha! Meu nome é Lílian Potter. Mas pode me chamar de Lily. — Sorriu. — E o seu?

— Angelina White — respondeu Angelina dando um sorriso amarelo. Lily a olhava curiosa; seus pensamentos eram do tipo:Garota diferente... parece legal. E sorriu para Angelina.

— Nome bonito. Posso chamá-la de Angel? — indagou a menina. — Lembra anjo.

Angelina sorriu:

— Claro — e olhou para porta. — Aquela garota não pareceu gostar de vir aqui.

Lily dispensou o comentário de Angelina com aceno de mão.

— Ela é legal. E depois, ela não faz nada além de beijar meu primo mesmo — deu de ombros. — Tem mais é que me ajudar.

Angelina assentiu. Viu na cabeça de Lily primo e a prima juntos, se beijando, e como Lily acha aquilo repulsivo. E depois na imagem de um garoto de cabelos castanhos e rebeldes de olhos amendoados. Angelina concentrou ao máximo para desviar a atenção daquele garoto; o irmão mais velho da sua nova colega: Tiago Potter.

Ela percebeu, um pouco tarde demais, que, tanto Lily, quanto Tiago, eram filhos de Harry Potter, o garoto que salvara o mundo bruxo anos atrás Não comentou nada.

— Ei, tem irmão? — Lílain perguntou de repente. Angelina franziu o cenho. Nunca havia se perguntado se tinha um irmão.

— Eu acho que não — disse ela por fim.

— Acha que não? — Lily riu. — Que coisa. Como não?

— Eu não sei. Não conheço minha família — Angelina encolheu os ombros.

— Ah — Lílian ficou constrangida. — Sinto muito. Eu não... eu não sabia. Não era a minha inenção.

Angelina deu um pequeno sorriso, pois sabia que Lily estava sendo sincera.

— Tudo bem.

Mas logo recobrou seu jeito normal.

— Qualquer dia desses, vou levá-la para conhecer a minha família. — Lily sorriu, seus olhos se iluminando. — Eles poderiam adotar você!

Angelina se encolheu.

— Não... — Ela balançou a cabeça. — Lily, não. Isso... — Lily dispensou os pedidos de Angelina com um novo aceno de mãos.

— Para, Angel. Está tudo bem...

Elas olharam para porta, que estava sendo aberta. Uma garota, que parecia ter a idade de Angelina, brigava com um garoto ruivo, que aparentava ter a idade de Lily: treze ou quatorze anos.

— Chega, Hugo! — exclamou a garota. — Eu já falei que não. — E virou-se para Lily. — Ei, prima. Já está quase na hora. Não vai se trocar?

Lily revirou os olhos.

— Relaxa, Rosa. — E olhou para Angelina. — É uma típica nerd — Lílian voltou seu olhar para Rosa. — Não vai cumprimentar ninguém, não, Rosa?

Rosa olhou para Angelina, que corava. Eles eram tão unidos e... bons.

— Ah, olá. — Disse. — Você deveria colocar as vestes também. Meu nome é Rosa Weasley e você é nova.

— Sim — assentiu Angelina. — Acho que vou ser escolhida para alguma das casas, não é?

— É, sim — respondeu Rosa. — Eu, Lily e o resto de nossa família, somos da Grifinória. E sou monitora, também! — comentou feliz.

— Ela sempre se gaba por isso — disse Lily revirando os olhos.

— Fica quieta, ruiva — falou carinhosamente Rosa e olhou para Angelina. — Espero que você seja da Grifinória também! Seria legal.

— Já eu, discordo. Acho que você deve ir para a Corvinal. — Disse Danica, aparecendo ao lado de Angelina.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Curse - Red Apple" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.