The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 36
Capítulo trinta e cinco


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Nyah voltou! E todos comemoram *palmas* Enfim, esse é o capítulo em que tudo se resolve. Se a Marisa vai morrer, se ela vai sobreviver e aterrorizar mais alguém por aí; se a Branca de Neve consegue matá-la, se a guerra vai acabar...
Bem, eu quero dedicar esse capítulo a Vicky Di Ângelo pela recomendação maravilhosa, cujo eu fiquei lendo com um sorriso bobo no rosto. Obrigada, hermosa :)



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Capítulo trinta e cinco

— Narrador —

Tiago olhou para os portões enormes do antigo castelo, onde o primeiro Príncipe vivera. Mas não estava como as imagens em sua cabeça, de sua primeira vida; os portões que antes eram de madeira entalhada, agora estavam caindo e podres; os muros que eram intactos, agora despencavam de seus devidos lugares. Tiago, embora nunca tivesse estado ali, sentiu-se... triste.

Ele entrou lentamente, observando o caminho que Tiago Hensel fizera várias vezes e que sabia fazê-lo de cor, como Tiago Potter fazia naquele momento. O caminho que levava aos estábulos estava faltando tijolos e o jardim onde, um dia, Tiago Hensel e Marisa Dare tiveram tardes divertidas estava morto. Tiago não sentiu falta daquilo.

Ele atravessou o outro portal, andando por um imenso corredor, com um tapete extenso e vermelho, corroído pelas traças e gasto pelo tempo que passara ao sol e à chuva (já que o gigantesco teto do castelo aparentemente havia se rachado). Tiago olhou para as armaduras caídas e outras em seus lugares, os quadros estavam chamuscados ou rasgados e raios de sol de quase fim de tarde.

Tiago virou para a direita, para onde ficava o grande Salão do Trono, cuja a imagem estava gravada em sua memória, quase como se pudesse ver Rei Carlus o esperando chegar para dar-lhe uma bronca por ter saído sem permissão.Mas era óbvio que isso era apenas ansiedade para ver com os olhos de Tiago Potter e não de Tiago Hensel. Finalmente, ele chegou à porta, que não estava fechada como todas as outras.

De lá de dentro, Tiago Sirius Potter ouviu vozes. Vozes que ele conhecia muito bem.

•••

Se antes aquele lugar era cena de batalha sangrenta, agora, era pior do que o caos. Os Caçadores se misturaram com os soldados e os bruxos. Harry, Rony, Ted, Marcus e Rose — que estavam em níveis mais avançados em magia — tomaram a dianteira e combatiam como se fossem feitos para trabalhar em equipe.

Rachel e Lily ficaram ao lado dos sete anões, levantando-os com feitiços quando era preciso. Escórpio, Alvo e Roxanne lutavam ao lado de Mellody e Frederic, que se recusava a sair de perto da morena.

Jatos de luzes coloridas iluminava aquele fim de tarde. Os Caçadores viam apenas quando os feitiços os atingiam, tombando no chão em seguida. Não houve conversas, somente trocas de olhares, como se há muito soubessem Oclumência; todos queriam que aquilo acabasse logo.

Todos queriam que Tiago e Branca de Neve fossem bem sucedidos. E eles realmente tinham esperança. Pois aquilo era o que chamavam de valer a pena lutar.

•••

Ele abriu a porta lentamente, se esgueirando para o imenso Salão do Trono. Tiago quase podia ver com clareza como era aquele salão, como se estivesse dentro de sua lembrança, porém com seus próprios olhos.

Aquele local já fora algo luxuoso, cujo dava gosto de olhar. Se Tiago tirasse os escombros, o trono corroído e quebrado, as vidraças estilhaçadas e os cacos destes no chão, ele podia ver um teto de vidro, o chão, onde havia um mapa de todos os reinos, os degraus que levavam ao trono cobertos por um tapete brilhoso e vermelho, tochas com candelabros de ouro puro e uma mesa gigantesca, onde Tiago visualizou pergaminhos e outros tipos de mapas.

Mas agora tudo estava destruído e a raiva que sempre sentira de Marisa aumentou. Tiago estava diferente; ele nunca a conhecera como os outros de seu passado. Ele a conheceu como ela é: má e cruel, capaz de arrancar o coração de qualquer um, até mesmo daquele que lhe fora leal. Ela destruíra a vida de Branca, destruíra a vida dos outros Tiagos, destruíra todo um mundo. Ele não conseguia sentir simpatia ou mesmo aquele amor que Tiago sentira na primeira vez.

Parecendo voltar à realidade, Tiago percebeu que havia duas pessoas no meio do salão. Branca de Neve estava de pé, mas cambaleava. Ela tinha um corte nos braços e um na perna esquerda, enquanto Marisa permanecia ereta. Tiago olhou para Branca e sentiu o coração apertar.

Marisa rodeou Branca de Neve e Tiago escondeu-se atrás de entulhos de pedras; ele sabia que não estava na hora de agir. Ele a observou, pensando naquela Marisa que Tiago Hensel conhecera... Era estranho pensar em Marisa como uma mulher boa. Mas ela tinha sido assim com Tiago Hensel e ele não havia visto o tamanho do poder que ela tinha.

— Por muito tempo, eu desejei vingança — disse Marisa. — Eu desejei mais que tudo que Tiago sofresse sempre a mesma perda. Eu lhe dava chances, mas ele as jogava para fora assim que via você.

— Nem eu nem ele temos culpa, Marisa — Branca de Neve disse com a voz rouca. — Isso se chama destino. Ele e eu somos destinados um para o outro. Vamos ficar juntos em vida ou em morte.

Marisa deu uma risada de escárnio.

— Vocês dois sempre falam a mesma ladainha — respondeu Marisa. — Respondem a mesma coisa. — Ela girou a varinha nos dedos. — O amor, ele nos deixa fracos. Nos deixa vulneráveis a todo tipo de ameaças, levando-nos a fazermos loucuras e atravessar todos os limites para depois ser abandonado e trocado por outro! — Marisa a olhou com fúria nos olhos e depois deu um sorriso debochado. — Mas você nunca passou por isso, não é? Nunca teve o coração partido, sempre teve o amor de Tiago ou de qualquer um que passe por sua vida.

— Então é isso do que se trata todo esse sofrimento? — perguntou Branca, tentando compreender. — Inveja?

— Se trata de como o mundo é injusto! — gritou a Bruxa.

— Injusto é o que você fez com esse mundo! — Branca elevou a voz também, irritada. — Você fez todos sofrerem porque simplesmente não pôde seguir em frente. Você acha que é justo? Viver em constante sofrimento? Isso apenas beneficia você — ela abaixou a voz, pensativa —, que pode ver Tiago retornar... sempre. — Branca a olhou. — Não é?

Marisa a olhou com a face inexpressiva. Então Branca de Neve percebeu o porquê de tudo aquilo; o porquê de Marisa querer tanto a maldição.

— Diga-me, Marisa Dare: por quê? E fale a verdade — ordenou Branca de Neve. — Uma vez na vida, seja sincera.

— Quando eu matei sua mãe — o coração de Angelina apertou —, Tiago não sabia, mas viu meus poderes descontrolados e mandou-me embora — Marisa disse com a voz amargurada. — Eu vi medo e a decepção nos olhos dele e fui embora. Foi difícil nos primeiros dias e a fúria crescia em meu peito. Então eu percebi que a culpa era, e ainda é, sua. E que Tiago merecia sofrer tudo aquilo que eu sofri, junto com você. Passei, então, a infernizar Tiago com bruxas e matei seu pai. Eu o vi cair em desgraça e sozinho... como eu.

— Você sabe que ele não faria a mesma coisa — disse Branca, com cara de nojo. — Ele não teve nem coragem de matá-la quando teve a chance!

— Eu não sou uma bruxa boa, Branca de Neve. Pensar no sofrimento dele não passava pela minha cabeça — disse Marisa, sem aparentar remorso. — E eu sempre odiei você...

— Mas nunca Tiago — interrompeu Branca. Marisa estreitou os olhos.

— Eu nunca quis matá-lo. Mandei Caçadores e algumas bruxas atrás dele, para que ele visse que era eu, mas Tiago sempre dava um jeito de exterminá-los — Marisa quase sorriu. — Por muito tempo foi assim... Então, ele foi parar no seu Reino. Aquilo era perigoso. Eu já havia seduzido o seu pai e o matado... Tudo estava conforme meus planos. Mas Taylor tinha que estragar tudo e deixou que você vivesse. Portanto, eu tinha de matá-la antes de poder ficar com Tiago. Mas, de alguma forma, ele te encontrou. E eu tive que fazer o que eu fiz...

— Lançou uma Maldição — completou Branca, fazendo Marisa sorrir com falsa alegria.

— Perspicaz, Angelina White — Marisa revirou os olhos. — Mas essa Maldição tinha um problema, por causa de uma profecia: você voltaria sempre, até que fosse meu igual... Uma bruxa — ela sorriu. — Contudo, não estava em meus planos Tiago não aceitar sua terceira morte. Eu ainda estava furiosa com ele e, quando eu o vi debruçado sobre o seu corpo... eu me descontrolei mais ainda. Eu nunca quis matar Tiago. Meu coração era de pedra, mas ele sempre soube distinguir o Tiago de todos. Ele morreu e eu quase morri de vontade que ele nascesse novamente.

Branca de Neve desviou o olhar, para as pedras e o grito ficou preso em sua garganta. Tiago estava escondido, fazendo sinal para que ela ficasse em silêncio. Sua expressão não era a das mais amistosas e Branca de Neve soube o porquê.

Branca voltou a olhar para Marisa.

— Para que eu estivesse jovem toda vez que ele nascesse, a Maldição deveria parar o tempo. Funcionou perfeitamente durante alguns séculos: Tiago sempre me conhecia, se encantava por mim... e, então, você — Marisa disse com nojo — apareceu. E Tiago se apaixonava por você. Então eu começava meu plano novamente e ambos morriam... até agora. — Ela ficou com o olhar vago. — Quando eu entrei para Hogwarts, quando eu soube que, dessa vez, tudo seria diferente; Tiago me odiou à primeira vista. Nunca se aproximou de mim e sempre me atormentou. Como se aquilo não bastasse, ele, enquanto ele crescia, Tiago conquistava mais e mais garotas. Então, começou a namorar a garota Humphrey. E, por fim, você apareceu. E isso tem que acabar.

— Por que não seguiu em frente? — Branca queria sorrir por Tiago estar ali, mas não podia indicar que ele estava escondido e ouvindo tudo. — Por que não nos deixou em paz?

— Não entende? É o ódio que me alimenta; é o sofrimento dos outros que me deixa mais poderosa; é o amor que as pessoas sentem em seus corações que me deixam mais bela — respondeu Marisa com sua voz potente. — A mais bela de todas.

Tiago, em seu esconderijo, arfou. A mais bela de todas... Era o que Tiago Hensel havia dito para Marisa séculos atrás. Aquilo havia realmente penetrado na mente de Marisa. Mesmo sendo bonita, Branca de Neve sempre seria mais.

— Tudo está diferente, Branca de Neve - Marisa andou em volta de Branca. — Se você morrer agora, nunca mais retornará - ela tirou um punhal das vestes e o analisou. — Mas eu tenho que tomar cuidado... eu sei que Tiago já está a caminho.

— Ele nunca ficará com você se eu morrer. Ele só tem 16 anos! — disse a garota.

Marisa riu.

— E você acha que eu me importo? Eu quero poder. Agora que eu sei como é isso, ter essa tecnologia... — ela segurou a varinha na mão vazia, sentindo a energia, de olhos fechados. — Tudo está diferente... esse e o outro mundo. E isso é muito bom. — Ela deu um sorriso, abrindo os olhos. — Estamos ficando sem tempo, querida — Marisa se aproximou dela. — O coração mais puro... será meu!

•••

— Você nem ouse morrer! — exclamou Rosa para Escórpio. Ele riu, engasgando-se com a dor.

— Sonserinos são mais fortes do que pensam, Rosie — disse o garoto louro, apertando a perna.

— Vou chamar o tio Harry...

Escórpio segurou o braço de Rosa, impedindo-a de continuar a andar em meio ao caos.

— Acalme-se, Rosa! Foi só um arranhão — ele revirou os olhos.

— Arranhão é quando você passa o braço sem querer em um prego. — Rebateu Rosa. — Isso aí é um buraco! E nem tente esconder a dor, Malfoy.

— Rosa, escute — pediu o garoto. Rosa o olhou. — Eu vou ficar bem. Não vou morrer e ainda consigo lutar. Não estou inválido, você tem que se acalmar.

— Você está com dor. — Ela cruzou os braços.

— Sim e não vou ficar pior do que isso, prometo. Está bem? — Rosa não o olhou. — Está bem? — repetiu de um jeito mais mandão, fazendo com que ela o olhasse. Rosa suspirou exasperada.

— É melhor mesmo.

Ainda havia Caçadores por toda parte. Todos lutavam e todos tinham esperanças de que aquela guerra acabasse. Rei Eric lutava ao lado de Harry Potter e Rony Weasley, os três com uma sincronia incrível; os sete anões lutavam em conjunto e parecia que ninguém poderia impedi-los, eles não precisavam de ajuda quando estavam juntos; Alvo, Mellody, Marcus e Rachel, lutavam em parceria: enquanto um lançava um feitiço, o outro usava a espada; Rosa, Escórpio, Lily e Teddy também faziam uma boa equipe, auxiliando os anões de vez em quando; e Roxanne e Frederic, lutavam como se não houvesse outra coisa para qual foram feitos.

Aquele cheiro de sangue e metal misturava-se ao de suor e esforço. Cada um ali lutava por algo em comum; e dois lutavam para acabar com todo aquele sofrimento. Todos tinham um propósito. Será que toda aquela luta valeria a pena?

•••

Marisa aproximou-se de Branca de Neve, como um caçador caça a sua presa. Branca deu alguns passos para trás, mas sem ter para onde escapar. Era um fato: Branca de Neve estava encurralada.

A bruxa estava com um sorriso demoníaco no rosto, mas estava preparada para matar. Marisa fez um movimento com a adaga, como se estivesse manuseando uma espada; Branca ficou espantada e se abaixou, agarrando a varinha no cós do jeans que vestia.

Marisa não viu que a garota havia pegado a varinha e fez outro ataque. Mas, dessa vez, Angelina estava pronta.

Expeliarmus! — gritou e a adaga que Marisa segurava voou para longe da dona. Marisa olhou para a arma jogada para perto dos escombros, inclinando a cabeça para Branca de Neve e arreganhou os dentes.

— Então você quer jogar assim, Majestade? — perguntou a bruxa, sorrindo com maldade e puxando a própria varinha paras mãos. — Que assim seja.

Angelina sentiu o ar lhe faltar; ela não poderia duelar com Marisa daquele jeito. Ela não era tão versada em magia quanto Marisa. Porém, teria de fazer o melhor que poderia. Respirando com dificuldade, ela olhou para onde a adaga estava. Tiago saiu de seu esconderijo e pegou o objeto, fazendo um sinal com o dedo indicador: um pedido para que ela não dissesse nada.

Branca de Neve voltou a olhar para Marisa, que estava em posição de ataque. Então fez o seu primeiro movimente. Branca parou o feitiço com o Protego; logo depois, lançou Estupefaça, mas Marisa desviou, como se aquilo fosse uma dança macabra. Marisa deu seu sorriso assustador e lançou outro feitiço, que Branca só pôde bloquear com o escudo. Ela não sabia de tantos feitiços e Marisa, quanto mais jogava feitiços da Morte, mais ela se aproximava de Angelina.

Tudo aquilo estava ficando cansativo para Marisa. Seus próprios jogos a estavam irritando. Ela queria acabar com Branca de Neve o mais rápido possível e, ficar naquela dança com a princesa, não a estava satisfazendo.

— Não adianta, Branca de Neve. O seu coração será o meu troféu e, todos que lutaram contra mim, verão como ele fica bonito em minha prateleira. — Disse ela com um sorriso deformado. — Só eu posso ser a mais bela; só eu mereço o poder. E se eu não posso arrancá-lo de forma tradicional, eu o arrancarei com as minhas próprias mãos.

Marisa, então, lançou outro feitiço. Branca mal teve tempo de se defender e Marisa lançou outro e outro e mais outro, não dando escolha para Branca de Neve, que se defendia cada vez mais precariamente. Então, Marisa conseguiu: desarmou Branca de Neve.

Ela riu e ficou a apenas dois centímetros de distância de Branca de Neve, que respirava com dificuldade e tinha lágrimas nos olhos. Marisa ergueu a mão direita, em direção ao coração da princesa de Arcadia. Era isso. O fim.

— Você é tão fraca! — sussurrou Marisa, encostando as unhas abaixo dos seio esquerdo de Branca de Neve e rasgando a blusa dela. Branca arfou de dor quando sentiu as unhas aprofundarem em sua pele, penetrando em sua costela. — Ninguém poderá salvá-la. Nem mesmo o seu amor verdadeiro.

Branca já estava sentindo a mão de Marisa abrindo espaço em seu peito, a dor e a inconsciência quase a tomando. Então, tão depressa quanto a mente de Branca de Neve poderia processar, Tiago apareceu com a adaga levantada. Marisa aprofundou mais um centímetro, fazendo Angelina gemer.

— Você está errada, Marisa. Sempre esteve — sussurrou Tiago ao ouvido da bruxa, que ficou paralisada. — Eu nunca poderia amar você. Ninguém jamais poderia. — Ela tentou se virar, mas Tiago não deixou. — Porque você não pode amar; nunca pôde. Os outros Tiagos lhe deram uma chance, mas eu sou diferente, porque sei quem você é. Estou cansado de vê-la matar as pessoas que eu... amo — e ele cravou a adaga nas costas dela.

Marisa gritou de dor e fúria, caindo de joelhos. As unhas de Marisa saíram do peito da garota, que cambaleou. Marisa virou-se para Tiago, com ódio no olhar. Retirou a adaga das costas e mostrou os dentes, suas mãos estavam sujas de sangue.

— Vai precisar mais do que isso para me matar! — berrou Marisa, com a voz estrangulada, avançando para cima de Tiago, que a encarava sem medo. — Nunca me arrependi de ter amado você, mas, agora, isso não se trata mais de amor. Amor é para os fracos e, hoje, eu não tenho medo que você morra!

Ela conseguiu levantar-se do chão e correu até Tiago. Branca de Neve nunca soube como arranjara forças para correr mais rápido do que Marisa e colocar-se entre ela e Tiago. Marisa chocou-se contra Angelina e sua expressão de fúria tornou-se uma expressão de choque e surpresa.

A adaga que antes estava em suas costas, agora estava cravada em seu peito. Branca de Neve a olhou de cima e empurrou a faca, atingindo o coração de Marisa. O sangue começou a escorrer da ferida e Branca de Neve continuou a empurrar até que não se visse mais a lâmina.

— Chega de tirar o coração das pessoas, Marisa — disse Branca de Neve com a voz fraca. — O coração é meu e você não pode tê-lo.

Marisa a olhou, mas não conseguiu proferir nenhuma palavra; depois, olhou para a adaga presa em seu peito, o sangue escorrendo por suas vestes elegantes e manchando suas mãos e o chão de pedra. Marisa cambaleou para trás e logo depois caiu de joelhos, arrancando a faca do peito com dificuldade.

Ela, então, procurou os olhos de Tiago, que sentiu alívio de ter acabado com aquele pesadelo, segurando Branca de Neve pela cintura. Mas, algo nos olhos cinzas de Marisa, chamou a atenção e ele ficou observando-a. Finalmente, ela conseguiu dizer algo:

— Tiago... faça a dor parar — ela implorou, chorando, pela primeira vez em toda a sua vida. Tiago franziu o rosto. — Sabe o que tem que fazer. Tire meu coração.

Branca olhou para Tiago, que hesitava. Ela passou a mão pelo rosto dele, fazendo-o fechar os olhos por dois segundos.

— Por favor! — pediu Marisa.

Tiago repousou Branca no chão com cuidado e foi até a bruxa moribunda. Ele lembrou-se da dor que Tiago Hensel sentiu ao ver a poça de sangue em que vários soldados foram postos. Agora, Tiago não sabia se sentia aquela mesma dor ou uma dor própria, vendo Marisa perder a vida e se parecer com aquela garota de dezesseis anos que Tiago Hensel conhecera.

Lentamente, ele se abaixou. Contudo, hesitou ao chegar na ferida de Marisa. Ele a olhou e ela suspirou, perfurando o próprio coração com as mãos. Era uma cena sinistra e Tiago não sabia se sentia medo, nojo ou repulsa. Marisa arfou e arrancou o coração de seu peito e o deu para Tiago.

— Ele... sempre foi... seu.

Antes que ele esboçasse qualquer reação, Marisa desabou sem vida no chão, que, apenas em alguns segundos, ficou ensopado com o sangue da bruxa. Tiago respirou fundo e pegou o coração de Marisa. Olhou em volta e viu que havia uma caixa de vidro onde, ele supôs, um dia ficara a coroa do Rei Carlus. Ele se levantou e caminhou até lá, abrindo a caixa e depositando o coração de Marisa ali. Selou a caixa com um feitiço que tivera de aprender por causa das correspondências do pai e virou-se para Branca de Neve, que o olhava intensamente.

Tiago foi até onde a varinha de Branca e depois seguiu para onde ela estava e a pegou no colo. Branca pousou a cabeça no peito forte dele, fechando os olhos. Uma das mãos estava no ferimento que Marisa causara e a outra segurava com firmeza o pescoço de Tiago. Lágrimas rolaram pelos olhos da garota.

Ele a levou até o lado de fora do castelo, olhou para as ruínas de seu castelo, fechou os olhos, agarrou Branca de Neve e aparatou.

•••

Tiago apareceu no meio do campo que, um dia, fora verde e limpo. Agora, tudo estava deprimente; sangue se espalhava por todos os cantos; corpos de soldados e Caçadores espalhavam-se por todo lugar que Tiago via.

Tudo estava calmo.

Tiago carregou Branca de Neve até o castelo, onde os portões já não estavam mais em seus devidos lugares. Pelo caminho, eles viam pessoas mortas, dando graças a Deus que nenhum dos rostos era conhecido.

Eles não falaram nada durante todo o trajeto até o lado interno de Blancus. Havia tanto o que dizer, mas também não havia nada! Eles estavam bem e vivos. Nenhum dos dois havia morrido; Marisa morrera e não tinha ninguém ali para matá-los.

Tiago foi para o Grande Salão e viu tantas pessoas vivas, que seu coração se aqueceu. E, todos que eles amavam, estavam vivos! Ele correu até eles, que, quando os viram, deram vivas. Eram tantas vozes comemorando, que Tiago e Branca não conseguiram se concentrar e sorrir par todos.

— Angel, Sirius! — exclamou Lily, correndo até eles, mas parando ao ver o sangue de Branca cobrir a mão. — Um médico! — gritou, virando-se para trás. — Ai, meu Deus!

— Acalme-se, Lil's — disse Tiago, rindo.

— Você está rindo? Isso é sério — ela começou a falar e Tiago viu seu irmão, o pai, o tio, os primos e os amigos virem ao seu encontro.

Rosa foi a primeira a chegar, colocando a mão nos braços do primo e depois afagando os cabelos de Branca, que abriu os olhos e deu um sorriso fraco. Rosa balançou a cabeça, sorrindo por ver a amiga viva.

— Vem, vamos por aqui - disse Jason, aparecendo em meio de tantas pessoas. Tiago assentiu e seguiu o ex-Caçador até onde um homem de cabelos grisalhos cuidava de um ferido. — Coloque-a aqui — Jason apontou para alguns panos vermelhos estavam.

Tiago assentiu e colocou Branca de Neve com delicadeza ali. A garota abriu os olhos mais uma vez e virou a cabeça para o lado. Imediatamente, seus olhos encheram-se de lágrimas; Jeremy estava sagrando e parte parte de seu intestino estava para fora. Tiago a companhou o olhar e sentiu uma grande vertigem.

Branca de Neve tentou chegar mais perto dele, mas a dor aumentava cada vez que ela se mexia. Tiago, vendo o que a amada queria fazer, a ajudou a chegar mais perto do capitão de seu exército. Branca pegou a mão de Jerermy, chorando. Ele abriu os olhos com dificuldade e deu um sorriso manchado de sangue.

— Olá, Majesta... Majestade — ele sussurrou, respirando pesadamente.

—Oh, Jeremy! — Branca exclamou, ainda com as lágrimas escorrendo pela bela face. Por mais que tudo nele estivesse doendo, Jeremy sorriu.

— Eu fiz um bom trabalho... não é? — perguntou e Branca de Neve balançou a cabeça e depois assentiu. — Que... bom. — Jeremy deu um suspiro.

— Não, por favor, não — ela colocou a mão na ferida em seu peito e ficou de joelhos, ainda segurando a mão do capitão. — Faça alguma coisa, doutor.

O médico a olhou penalizado. Em seguida, ele negou com a cabeça. Branca fechou os olhos, sentindo seu coração afundar. Jeremy era um homem tão bom; era injusto que ele não tivesse uma chance de sobreviver.

— Ei... Majestade — chamou Jeremy e Branca de Neve abriu os olhos. — Tudo está em ordem... certo?

— Sim, tudo está bem — respondeu Branca, chorando ainda mais. — O senhor foi muito corajoso. Sempre serei grata pela sua ajuda.

— Teria feito... o mesmo pelo... seu pai — Jeremy apertou a mão dela e a olhou. — Esse reino estará em boas... mãos — e seus olhos se fecharam. Branca de Neve ficou olhando para o homem que a ajudara a recuperar as forças para ter seu Reino de volta.

Ela derramou lágrimas e olhou em volta, buscando mais alguém com quem se importava. Mas o médico a fez deitar-se novamente e começou a fazer curativos. Tiago a olhava, sentindo que a perda daquele homem a afetara de algum jeito.

Ele acariciou os cabelos dela, também olhando em volta, procurando seus amigos e parentes. Depois olhou novamente para Branca de Neve, que estava de olhos fechados. O médico já havia fechado a ferida e agora enfaixava a costela dela.

— Ela está dormindo? — perguntou Tiago.

— Sim, senhor — respondeu o médico.

— Eu já volto — informou e o médico assentiu, finalizando o seu trabalho.

Tiago foi até Rei Eric, que estava com os sete anões, tio Rony e Harry Potter. Todos estavam murmurando alguma coisa quando Tiago chegou. Assim que Harry viu o filho são a salvo, abraçou-o com toda a força que tinha. Tiago sorriu e abraçou o pai com a mesma intensidade.

Rony observou o sobrinho; Tiago sorriu e abriu os braços.

— Se você pensa que eu vou te abraçar só porque eu estou muito feliz de te ver vivo, está enganado — disse ele.

— Não tem problema, Uon-Uon, eu abraço você — respondeu Tiago, abraçando o tio, que também o abraçou com força.

— Eu odeio quando vocês me chamam assim.

Tiago riu e se separou de Rony, indo até os anões e passando a mão na cabeça dos sete. Zangado o olhou com aquela expressão zangada de sempre, mas Tiago não se importou com aquilo e virou-se para Eric, que estava apenas com o braço direito enfaixado ao lado do corpo.

— Uma pergunta: Marisa está morta, não é? — perguntou Rei Eric.

— Ah, está — respondeu Tiago, olhando para os lados. — O que houve com os Caçadores?

— Percebemos que algo aconteceu à Marisa quando os Caçadores caíram ao chão. Jason também pôde sentir que algo havia mudado também — disse Eric. — Mais do que depressa, amarramos todos por precaução, os amarramos. Quando acordaram, eles não sabiam onde estavam e, então, Jason os interrogou.

— E...?

— E eles disseram que Marisa havia feito algum feitiço neles e que não se lembram das atrocidades que fizeram — completou Eric.

— Isso é bom — Tiago assentiu. — E os outros? Mais alguém que nós conhecemos morreu?

— Não, ainda bem — respondeu Mestre. — Alguns ferimentos leves, alguns cortes profundos, mas nada demais.

— Isso é melhor ainda. — E olhou para o salão, sentindo um alívio que há muito tempo não sentia.

Alvo e Rachel se afastaram de onde alguns soldados retiravam os corpos sem vida. Era uma visão triste e nada acolhedora.

Eles não andavam de mãos dadas, como pensaram que ficariam quando tudo aquilo acabasse. Algo entre eles dois estava distante, diferente. Não que não gostassem um do outro; eles passaram bons momentos juntos. Contudo, ser separados pela guerra os distanciaram um do outro.

Rachel o parou debaixo de uma grande árvore.

— Preciso lhe dizer algo, Alvo — disse Rachel, tomando fôlego. Alvo esperou. — Eu beijei Marcus e... gostei. — Ela o olhou realmente culpada.

Alvo passou a mão pelos cabelos castanho avermelhados de Rachel, com um sorriso de compreensão. Ele também estava se sentindo culpado.

— Eu beijei Mellody... e também gostei — confessou Alvo.

Ambos ficaram olhando um para o outro. Rachel desviou o olhar primeiro; ela não sentia raiva de Alvo. Pelo contrário, ela estava aliviada.

— Você acha que nos precipitamos ao começar a namorar? — perguntou Rachel, voltando a olhá-lo.

— Não — respondeu ele. — Acho que... isso não é algo que nós possamos controlar. Simplesmente acontece. Nós tivemos tempos bons juntos e ainda teremos! Somos amigos, apesar de tudo. Mas, às vezes, coisas assim... Bem, tentamos evitar o máximo o possível. Você me entende?

— Acho que sim... Gosta dela?

— Estou aprendendo. Ela é tão difícil quanto você — respondeu Alvo, balançando a cabeça. — E você? Gosta do Marcus?

—Acho... que aprendi a admirá-lo. Como passei a gostar de você — disse ela. — O que faremos?

— Acho que nem eu nem você queremos as mesmas coisas... mas não quero perder a sua amizade. Daremos chances a eles e veremos no que vai dar tudo isso. Está bem?

— Tudo bem— Rachel sorriu e o abraçou.

•••

Branca abriu os olhos lentamente, mas não viu Tiago. Ela.não se assustou, pois sabia que ele nem ela estavam mais em perigo. Virou a cabeça para o lado, gemendo de dor. Jeremy já havia sido retirado dali. Ela tentou não chorar e fechou olhos para impedir que aquilo acontecesse.

Quando os abriu, viu alguém ali. Mas não era alguém vivo. Era Danica. E ela estava diferente; estava tão transparente, tão transparente, que Branca de Neve tinha que apertar os olhos para poder enxergá-la direito.

— Você foi tão corajosa! — disse Danica.

— Olá, Danica. É a primeira vez que me elogia — sorriu Branca, fazendo a fantasma revirar os olhos.

— Isso é mentira — rebateu Danica e Branca sorriu ainda mais. — Mas fico feliz que você tenha conseguido acabar com todo o sofrimento. É irônico, porém, eu vivi mais com você do que quando eu estava viva. E aprendi coisas pelas quais eu gostaria de levar para meus filhos... se eu estivesse aí. Mas eu posso levar, porque eu tenho certeza de que vou me lembrar de você para onde eu for.

— Então... então você já vai? — Os olhos de Angelina encheram de lágrimas.

— Por favor, não chore — pediu a fantasma. — Sabe que eu tenho. Não quero viver num mundo onde eu sei que as pessoas que eu amo irão partir e eu ficar. É triste. Sozinho. Feio. Antinatural — Ela fez uma pausa. — Sei que um dia a gente vai se encontrar, Angelina White. E, até lá, viva.

— Nunca vou me esquecer você. Você é irritante e metida, mas sempre me ajudou quando eu mais precisei.

Danica sorriu, quase desaparecendo. Branca podia ver uma lágrima transparente cair dos olhos da garota.

— Ah, respondendo a sua pergunta: não — disse ela e Branca de Neve franziu a testa, confusa. — Você não é burra... — Branca riu, as lágrimas escapando dos olhos — para a mais bela de todas. Até, Branca.

Danica desapareceu e Branca caiu no choro. Sentiria saudades dela, mas ela estaria mais feliz aonde quer que ela tenha ido.

— Vou sentir saudades, minha amiga — murmurou Angelina.

•••

Frederic estava ajudando os soldados a retirarem os corpos do jardim. Já estava de noite e os bruxos que estavam ali conjuraram tochas para iluminar onde fora o campo de batalha. Aquelas luzes eram realmente boas.

Ele tentava não pensar no quanto aquela jovem bruxa de pele morena o havia realmente impressionado. Balançou a cabeça; ela não ficaria com ele. Ela era de um outro mundo, nunca ficaria naquele que ela não conhecia.

Ele pegou mais um corpo desconhecido e o colocou ao lado de outros corpos sem vida. Precisava ocupar a mente; pensar muito doía.

— Oi, Fred — disse uma voz conhecida. Ele se virou e viu a morena, com as mãos nos bolsos e cabelos presos.

— Fred? — Legal, ela aparecia ali e tudo o que ele dizia era aquilo?, pensou Frederic.

Roxanne sorriu.

— Frederic II é o nome do meu irmão mais novo. Mas é muito grande, então a gente o cham de Fred apenas. — Respondeu a garota. — Bem, se não gostou... posso continuar a chamá-lo de Frederic mesmo.

— Não... Fred é legal — ele sorriu. — Então...?

— Olha... aquilo de me seguir era sério?

— Com certeza — respondeu Frederic. — Por quê?

Roxanne desviou o olhar, desconfortável.

— Eu... eu não sei se posso continuar. — Ele a observou. — Eu tinha um namorado... mas ele morreu. Não sei se estou pronta para outra coisa. Porque ainda dói. Eu estava distraída quando me beijou e no calor da batalha... — Roxanne balançou a cabeça e Frederic sentiu que estava na hora de ele falar.

— Roxanne — a voz dele estava tão profunda e grave, que Roxanne levantou os olhos para vê-lo —, não estou pedindo para que me ame depressa, nem que você se esqueça dele, nem que supere essa dor. Mas, quero que saiba, que eu posso acalmar seu coração. Podemos ser... amigos, até que tudo isso passe.

— Não entende? — Ela segurou o peito, mas o olhando. Sua expressão era de dor. - Sua personalidade, seu jeito de agir... você me lembra ele! E isso é o que mais acaba comigo.

Frederic suspirou e foi até a garota, segurando o braço dela e acariciando a mão em seguida.

— Não posso fazer nada quanto a isso. Nem a obrigarei a ficar comigo, por mais que eu deseje que fique. — Frederic respirou fundo. — Então pense, viva, e, depois, se for o que quer, volte. Eu estarei aqui. — Ele deu um sorriso. — É como dizem: libertar é divino, mas, se voltar, é o destino.

Roxanne riu e balançou a cabeça, pois aquilo era o que Jared provavelmente diria. Ela abraçou Frederic e fechou os olhos. Em breve ela tomaria a decisão.

•••

O sol iluminava aquela única parte do castelo que não havia sido destruído. Branca disse, pelas suas visões do passado, que ali ninguém entrava. Era o lugar que costumava passar com a mãe e Marisa nunca soube disso.

Estavam todos ali — menos Rei Eric, que havia retornado para seu reino, com a promessa de voltar, os anões, Harry Potter e Rony Weasley —, deitados, olhando para o céu azul límpido. Tiago, Branca de Neve, Alvo, Marcus, Rachel, Mellody, Teddy, Lily, Rosa, Escórpio, Roxanne, Frederic, Jason e Clara não falaram nada por alguns minutos, todos apreciando aquele momento de paz.

— E agora, Majestade? — perguntou Mellody. — O que fará?

—Pode me chamar de Branca ou Angelina, Mellody. Vou voltar para Hogwarts e terminar meus estudos. Apesar de a minha alma ser velha, eu ainda tenho mentalidade e aparência de uma garota de quinze anos — respondeu a garota. — Depois, eu voltarei.

— E você, Sirius? — Alvo perguntou.

— Vou voltar para Hogwarts também, que ideia — revirou os olhos. — Depois, se Branca aceitar, eu volto com ela. Mas sempre indo para o mundo dos bruxos, porque quero ser auror. Agora mais do que nunca.

Branca de Neve revirou os olhos ao ouvir aquele comentário.

— Se vou ser a Rainha, você sabe que será o Rei.

— Não queria parecer presunçoso, Angel — respondeu ele, rindo.

Eles ficaram em silêncio por algum tempo, depois de acompanhar Tiago na risada.

— Vocês acham que Marisa pode voltar? — perguntou Lily, abraçada à Teddy.

— Acredite, ela não vai voltar — disse Tiago, tentando não se lembrar da cena. — Mas vai sempre vai haver bruxas e bruxos das trevas. Tanto aqui, quanto lá no mundo dos bruxos. E sempre teremos pessoas aqui e lá para combatê-los.

— Gosto do jeito que pensa, Tiago - disse Jason. — Mas... quem ficará aqui para organizar e para governar Arcadia enquanto vocês completam seus estudos?

— Você — responderam Branca de Neve e Tiago juntos. — E Clara e os anões — completou Branca. — Não confio em mais ninguém para isso.

— Fico lisonjeado, Majestade — disse Jason, com os olhos brilhando de gratidão.

— Esse lance de "Majestade" entre amigos não é legal — reclamou Branca de Neve. — É Branca ou Angelina.

— Mas, comigo, vocês podem me chamar de Rei Supremo Potter — Tiago fez uma expressão superior, levando um tapa da irmã. — Eu estava brincando, garota.

— Isso não importa. — Branca se levantou e todos se sentaram para vê-la melhor. — O que importa é que estamos vivos e bem. E é isso que me faz feliz; se nós ficarmos juntos, nenhum mal pode nos deter. Porque é algo maior do que nós. E isso se chama amor.

— Essa daí é a nossa Rainha! — disse Alvo.

— Você nem é daqui — rebateu Mellody, mas Alvo apenas deu-lhe a língua. Branca balançou a cabeça, sorrindo para aqueles que eram seus amigos.

Finalmente havia encontrado sua família.


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Notas finais do capítulo

Well, espero que gostem e...
Comentem!



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