The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 35
Capítulo trinta e quatro


Notas iniciais do capítulo

Oiii, eu sei que eu demorei. Mas, entendam-me, a fic está em fase final... esse é o antepenúltimo capítulo (eu decidi acrescentar mais um, porque eu achei que ficaria muito complicado colocar as explicações nesse capítulo). Bem, me digam se ficou cansativo ou se ficou surreal demais...
Ahhhhhhhhhh e SUPER dedico esse capítulo à Vicky Di Ângelo, pela bela recomendação! Sério, hermosa, eu AMEI e fiquei rindo bobamente por um bom tempo. Obrigada :)



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— Narrador —

— Onde nós estamos? — perguntou Branca de Neve assim que aterrissaram. O Caçador que a segurava nem ao menos se deu o trabalho de olhá-la. Branca suspirou. — Estou cansada de ser sequestrada.

Ela olhou em volta. Sim, ela sentia que não estava mais em Arcadia; tudo ali era velho e abandonado; havia ruínas de casas e trepadeiras por todo o local. Ela girou e parou, surpresa. Surpresa, pois ela sabia que lugar era aquele.

Um enorme castelo em ruínas se estendia a sua frente; suas torres estavam quebradas, os grandes portões de madeira estavam se desfazendo e ervas daninhas e trepadeiras cobriam o castelo, como um tapete belo e venenoso. Branca de Neve engoliu em seco ao reconhecer aquele caminho, agora, verde.

Ela estava no primeiro lar de Tiago. Ela estava no Reino Vitória.

•••

Jeremy tomou a dianteira junto de quatro dos anões, protegendo Tiago e o Rei de La Rosa, enquanto estes corriam em direção ao imenso portão aberto por Jason e Clara.

Os anões eram bons. Eles não tinham suas armas consigo, mas tinham habilidades com a que conseguiram. Tiago achava estranho ver Feliz e Soneca lutarem com bravura, quando o garoto só conseguia imaginar Feliz sorrindo para todo mundo e Soneca caindo pelos cantos por causa do sono. Claro que era um pensamento preconceituoso, visto que Feliz parecia sério ao lutar (ainda que sorrisse quando abatia um Caçador) e Soneca não fechar os olhos um segundo, mas ele não tirava da cabeça as imagens dos anões dos contos que ouvira depois o pai contar.

Não era porque os anões os estavam protegendo que o Rei e Tiago não ajudavam. Pois Tiago lançava feitiços que, combinados com movimentos da espada do Rei Eric, lançavam mais Caçadores do que ambos poderiam imaginar. E, ao perceberem isso, os dois viram que, ali, nasceria uma grande amizade.

Eles continuaram assim até chegarem aos portões abertos. Jason e Clara deram passagem para eles e apenas Zangado entrou no castelo, enquanto os outros voltavam para a guerra.

Do lado de dentro, crianças, mulheres e feridos estavam espalhados. Alguns, os que estavam com ferimentos menos graves, ajudavam as mulheres a socorrerem os mais feridos; as crianças que não estavam assustadas, ajudavam a dar comida e água para os que precisavam. Rei Eric, Tiago, Jason e Clara passaram apressados por eles.

— Onde ficam as celas? — perguntou Rei Eric para Jason.

— Nas masmorras, depois da cozinha — respondeu Jason de pronto. — Por quê?

— Branca de Neve foi sequestrada... de novo — respondeu Tiago, cansado. Clara pareceu prender a respiração. - Precisamos saber onde o pai - ele olhou para Eric - de Marisa está preso. Ele pode saber aonde Marisa levou Branca.

Jason os olhou e assentiu.

— Você fique aqui, Clara. — Disse ele para Chapeuzinho Vermelho e depois olhou para o Rei de La Rosa e para Tiago. — Venham comigo — e guiou os dois pelo castelo.

•••

Ainda havia tantos Caçadores para combater, que Marcus e Rachel estavam ficando sem opções. Nenhum dos dois jamais havia usado alguma Maldição Imperdoável em alguém e nem sabiam como fazê-lo. Mas a situação era grave e eles tinham de fazer alguma coisa para acabar com aquilo.

Uma flecha passou de raspão pelo braço de Rachel, cuja a confusão da guerra ao redor a desnorteara, mas Marcus a girou bem a tempo, a puxando para si pelo braço. O rosto de Rachel ficou colado no peito suado de Marcus, sentindo o coração do garoto bater fortemente contra suas costelas. Ela sentiu-se desconfortável a princípio, porém, logo em seguida sentiu-se protegida.

Rachel olhou para cima e viu Marcus apontar a varinha para os Caçadores que os cercaram. Ele a olhou e ela viu medo em nos olhos azuis dele. Por uma fração de segundo, Rachel esqueceu que era namorada de Alvo. Ela jamais percebera Marcus antes; ela vivia com Tiago, mas nunca olhara para aquele belo par de olhos azuis. Ela desviou o olhar quando percebeu que era errado.

Com o coração acelerado por causa do medo e nervosismo por Rachel estar tão perto de si, Marcus entrou em desespero. Eles eram muitos e o exército que eles ajudavam, estavam dispersos e jamais os ajudaria àquela altura. (Não que eles não fossem ajudá-los, contudo, a guerra os deixavam cegos. O único jeito, era salvando a si mesmo e quem estivesse do mesmo lado, no meio do caminho.)

Marcus olhou para os lados, tentando pensar. Quando voltou a olhar Rachel, tomou a decisão. Para distrair e fazer com que os Caçadores se espalharem e saírem de cima deles dois (os que os Caçadores consideravam os mais poderosos e, portanto, os mais perigosos), eles precisavam aparatar.

— Você já aparatou? — quis saber Marcus e Rachel se espantou ao ouvir o tom de voz do garoto.

— Claro que não. Tenho quinze anos, Marcus — respondeu ela. Ele lançou um feitiço e ela outro, por baixo do braço protetor de Marcus. Ele a segurou e disse:

— Então vai ter sua primeira vez.

Marcus se concentrou em deixar o medo de lado e tentou se lembrar do três D's, olhando o local para onde se deslocaria. Quando, finalmente, se lembrou, Marcus agarrou a cintura de Rachel e desaparatou.

Assim que caíram deitados na grama, Rachel tentou segurar o enjoo e a tontura. Era a primeira vez que aparatara e saía ilesa, o que era ótimo, já que ouvira histórias sobre pessoas que estruncharam ao aparatar. Mas Marcus era bom e ambos estavam bem, considerando a situação críticas em que se encontravam.

Eles rolaram para perto do outro; ainda podiam ouvir os sons e sentir os cheiros de queimado e sangue seco. Aquilo embrulhou o estômago de Marcus, que manteve-se abaixado atrás de um tronco caído de uma árvore. Os estrondes dos Caçadores se chocando contra os escudos eram ouvidos e ambos estremeceram.

— Você está bem? — perguntou Marcus, preocupado, examinando a garota.

— Estou, sim. Obrigada — Rachel sorriu e Marcus vacilou. — E agora? — Ela tentou desviar a atenção que tinha em Marcus para a guerra que acontecia a apenas alguns metros de distância.

— Agora a gente pensa — respondeu ele, franzindo a testa, e depois a olhou. — Você é boa em que matéria?

— Transfiguração — Rachel disse de pronto. Marcus assentiu, pensando em como juntar a habilidade dele em feitiços e a de Transfiguração de Rachel naquela situação.

Rachel o observou tomar as decisões, tentando decifrar o que estava sentindo. Porque aquilo era errado demais. E Alvo? Ele não era mais importante? Ela sabia que sim. Contudo, era Marcus que estava com ela. E Rachel passou a admirar o jeito que ele pensava, como ficava sério diante de uma batalha. Ela se perguntou por que de Marcus estar na Grifinória e não na Corvinal (e em como ele conseguia ser amigo de Tiago).

Marcus virou-se para Rachel. Sua expressão era séria e ela soube que ele tivera uma ideia, mas que seria muito mais do que perigosa.

— Ok, o que vamos fazer é...

•••

Frederic Goteau, Roxanne Weasley e Escórpio Malfoy lutavam. E lutavam bravamente. Eles pareciam uma equipe de super heróis saída de um filme trouxa, pelo menos era o que Roxanne pensava. Eles estavam em círculo, um de costas para o outro, e a cada Caçador atingindo por um feitiço dos jovens bruxos, eles trocavam de lugar se Frederic finalizava a ação.

— Ei, Malfoy — gritou Roxanne e Escórpio a olhou. — Já assistiu Os Vingadores, um filme trouxa?

— Já. Por quê? — O garoto franziu a testa por um momento, antes de se concentrar na luta.

— Nós estamos parecendo eles, naquela parte em que eles lutam em Nova York — ela riu e Escórpio revirou os olhos, balançando a cabeça, mas com um meio sorriso nos lábios.

Frederic ouvia a conversa e ficou confuso ao ouvir a palavra filme. Escórpio e Roxanne ainda estavam com aquele tema de super heróis na cabeça e nem notaram que dois Caçadores vinham de cada lado deles. Frederic abandonou sua posição e correu primeiro para o que estava indo em direção a Escórpio. Depois correu de volta e cravou a espada no pé do Caçador que estava atrás de Roxanne, deu uma rasteira nele, tirou a espada e atravessou o coração do Caçador.

Ele olhou para Roxanne.

— O que é um filme? — questionou ele. Roxanne e Escórpio deram uma risada breve.

— Você não disse que ia me seguir? Siga-me, que eu lhe mostro. Agora, volte para a sua posição, Goteau — respondeu Roxie, sorrindo.

•••

— Eu não sou uma donzela em perigo, Alvo Potter — reclamou Mellody ao se levantar do chão. Alvo revirou os olhos. Ela o estava o irritando e conquistando ao mesmo tempo.

— Mas que coisa, capitã Wood — ele disse com sarcasmo e Mellody notou. — Fala que é durona, mas só sabe criticar. Tem inveja que eu seja melhor do que você?

Mellody estreitou os olhos e chegou mais perto de Alvo, que ficou momentaneamente estupefato com a aproximação repentina da loura. Ela o olhou bem, fazendo os joelhos dele tremerem. Alvo detestava ser fraco na frente de alguém; principalmente quando eram uma bela garota de cabelos louros e olhos azuis, como os de Mellody.

Rachel, Rachel, Rachel, pensou Alvo, concentrando-se em não fazer careta.

— Escute bem, Alvo Potter. Só porque tens uma varinha, não quer dizer que o senhor seja o maioral. Colocar uma armadura e manejar uma espada é mais complicado do que parece — Mellody fala com raiva, tocando o peito do garoto conforme sua fúria aumentava. — Você é um bruxo do bem? Ótimo! Mas ganhou honras por isso? Tentou se encaixar em um mundo que não lhe pertence? Você não sabe nada sobre sacrifício e sobre obediência.

Alvo olhava para ela e olhava para a guerra que rolava. Ela o estava tirando sério, ao mesmo tempo que o fazia enxergar certas coisas. Como por exemplo, Rose lançando feitiços de proteção aos soldados do Reino Crystal e o feitiço para os Caçadores não ultrapassar a linha de defesa do exército.

Ele sabia o que era sacrifício. Ele havia viso Branca de Neve o fazer. Ouvira histórias sobre o mesmo sacrifício no dia da Guerra de Hogwarts, onde seu pai dera a vida para salvar os dos outros. Alvo sabia muito bem o que era aquilo.

— Calada, Mellody! Fala de sacrifícios, mostre-se competente faça aquilo que Branca de Neve faria em seu lugar — Alvo pegou o dedo dela, que o encarou indignada. — Olhe em volta. Meu irmão pode estar morto, minha irmã, minha prima... Você não sabe nada sobre o meu caráter. Pare de discutir comigo sobre ética. Meu pai falou muito sobre esse assunto, então não pense que eu sou leigo.

— Ora, seu...

Ela não completou a frase, pois Alvo a puxou para um beijo. Ela ficou estarrecida, mas o correspondeu logo em seguida.

— Eu disse: calada!

E Mellody calou-se, impressionada cada vez mais com aquele garoto de olhos verdes.

•••

— Está se lembrando, Angelina White? — A voz de Marisa estava carregada de sarcasmo, fazendo Branca pular e olhar para trás. — Não foi bem aqui que tudo começou... mas foi aqui que terminou.

O coração de Branca de Neve disparava com toda a força contra seu peito. Marisa Dare sorria de forma irônica e cruel, fazendo a garota tremer nas bases. Ela vestia um vestido elegante púrpura e uma capa preta; seus cabelos estavam presos em um coque e seu rosto estava tão à vontade... Branca assustou-se com toda aquela naturalidade que Marisa transpirava.

— Feliz em me ver? — Marisa inclinou a cabeça e Branca continuou calada. Marisa fez cara de nojo. — Não vai me responder? - Ela olhou para o Caçador e o dispensou com a mão. Ele desapareceu tão rápido quanto apareceu para sequestrar Branca de Neve. — É sério, Branca de Neve? — Ela revirou os olhos, entediada. — Imperius!

Uma onda de calmaria invadiu o corpo de Branca de Neve e ela se sentiu flutuar. Uma vozinha em sua cabeça a fez responder, mesmo que ela soubesse que estava sendo controlada contra sua vontade.

— Sim, minha Rainha. — E fez uma mesura um tanto exagerada. Cada pensamento de Branca enchendo-se de raiva.

Marisa riu com gosto. Uma risada que congelava os ossos de qualquer um que tivesse alma.

— Ai, é tão bom ouvir isso de sua boca, Branca, querida — disse Marisa com falso afeto. Ela retirou o feitiço e Branca foi libertada, trincando os dentes. Quando olhou para Marisa, viu que esta admirava sua varinha. — Sabe — Marisa a olhou —, o mundo bruxo é uma maravilha! Essas varinhas e feitiços... são tão úteis! Aqui é tão voltado a encantamentos cantadas e rimados. É, como os jovens dizem, um saco — e deu outra risada.

— O que quer, Marisa? — Branca estava com a mão no cós da calça jeans, onde sua varinha estava escondida.

— Ora, não é óbvio? — Marisa arregalou os olhos de modo dramático, que enjoou Branca de Neve. — Quero seu coração, queridinha. E ele vai ser meu.

•••

— Se eu morrer, quero que fique com a Hermione — disse Rony dramaticamente. Harry o olhou, tentando não rir.

— Pelo amor de Deus, Rony! Foi só um corte — rebateu Harry, revirando os olhos. Rony o olhou fixamente. — Está bem, foi um corte bem fundo. Mas eu não o estou fechando? Sem exageros, cara. E eu amo a Gina, obrigado.

Um Caçador atingiu-o quando Rony foi cobrir a retaguarda de Harry, ferindo a panturrilha. Harry, enquanto cuidava do corte, havia feito uma espécie de bolha, que protegia ambos de serem atingidos enquanto curava Rony, cujo ajudava os soldados com feitiços do chão.

— Eu estou preocupado com as crianças — disse Rony, ainda jogando feitiços nos Caçadores.

Harry suspirou e fechou o corte. Olhou para os lados, tentando enxergar alguma coisa. Mas só via caos, sangue, alguns jatos de luz e poeira. Aquele lugar era imenso e enxergar alguém que conhecia era difícil.

Ele também estava angustiado e estava tentando visualizar os filhos, sobrinhos e os amigos destes vivos. Odiava mais do que tudo estar em guerra novamente; mas, se aquele lugar era o lar de seu filho, ele faria de tudo para salvar.

— Eu também estou, Ron. Mas é melhor afastar isso da cabeça por enquanto. Vamos nos concentrar no que devemos fazer. — Harry o olhou. — Consegue andar?

— Ah, consigo — Rony sorriu e se levantou. — Vamos acabar com isso, Harry. E, veja pelo lado bom, não temos de procurar Horcuxes.

— Lado bom... Só você, Rony — disse Harry rindo e desfazendo a proteção. — Vamos nessa.

•••

Lily e Teddy estavam atrás de uma árvore. Teddy amarrava um pedaço rasgado de sua camisa no braço ferido de Lily, onde uma flecha a atingira.

E Teddy reclamava.

— Cala a boca, Ted Lupin! — exclamou Lily e ele a olhou. — Que coisa, aconteceu.

— Se tivesse feito o que eu disse, não teria acontecido isso — ele a olhava seriamente.

— Mas, se eu tivesse feito, você estaria morto. E como eu ficaria? Hein? — Teddy não respondeu, apenas continuou a enfaixar o braço dela. — Olha para mim. — Lily pediu e Teddy assim o fez. — Eu não... não suportaria perder você. Está me entendendo?

Teddy rendeu-se e suspirou. Tomou-a nos braços e enterrou o rosto nos cabelos daquela baixinha incrivelmente teimosa. Ter retirado aquela flecha do braço dela e tê-la visto gritar de dor, abalou-o. Poderia ter sido ele. E ele viu como Roxanne havia ficado ao perder Jared. Se ele perdesse Lily... não apenas teria falhado com o padrinho, mas teria falhado consigo mesmo.

Mas ela estava bem e viva. E isso era o que importava.

— Claro que estou, pequena — ele sorriu de forma carinhosa. — Está pronta para a próxima rodada?

— Pensei que nunca fosse perguntar — Lily já estava com a varinha nas mãos. Ter um pai que era um auror tinha suas vantagens e Lily sabia muito bem se defender.

•••

Tiago e Eric seguiam Jason, tomando cuidado para não se perderem por entre tantos corredores e escadas, até chegarem às escadas que davam para as masmorras.

Tiago, que estava acostumado a ter aulas de Poções nas masmorras em Hogwarts, espantou-se ao ver que, ali naquele mundo, eles usavam-nas para coisas piores e para prenderem bandidos. Ele ficou bastante afetado ao sentir o cheiro de fezes e urina, misturado com mofo podridão. Porém, foi até o fim.

Havia um soldado na entrada das celas. Quando viu Jason, brandiu a espada, fazendo Jason recuar (mesmo que este estivesse armado). Rei Eric apareceu, então, e o soldado percebeu que Jason era um aliado. Tiago chegou um pouco depois, ainda meio tonto pelas descobertas feitas. Observou que, ali, o cheiro era ainda pior.

— Onde está Milo Dare? — perguntou Rei Eric, com sua voz potente, que fazia Tiago repensar seu próprio tom de voz.

— Está... está na última cela, à esquerda, Ma-majestade — respondeu o soldado, nervoso, fazendo uma reverência.

— Obrigado, soldado — Rei Eric virou-se para Tiago, que ainda se matinha afastado, e fez sinal para que o garoto avançasse.

Respirando fundo, Tiago seguiu Rei Eric e Jason. Ele analisou o caminho, olhando para os lados, vendo celas com grades, instrumentos de tortura, esqueletos de ratos e outros que ele preferia não saber. Tudo era escuro, apenas tochas iluminavam o caminho, e a água escorria do teto baixo, para o chão.

Eles andaram e as goteiras ecoavam no local escuro, fazendo Tiago tremer de medo e frio. Se lá fora estava um calor insuportável, ali estava frio demais. Tiago se surpreendeu ao perceber que o cheiro de morte estava ameno ali baixo. Talvez fosse a água, que parecia sair de tudo quanto era lado.

Tiago ainda olhava para tudo, quando Eric parou em frente a única cela ocupada. Jason parou ao lado esquerdo do Rei e Tiago do lado direito e olhou para o velho sentado. Um dia, Tiago percebeu, aquele homem vivera no luxo e tivera toda a riqueza. Agora, estava imundo, magro e os cabelos sem vida. Mas os olhos... estes haviam um brilho lúcido, que chegava a incomodar Tiago.

— Olá, Rei e Príncipe — disse a voz esganiçada do velho. — A que devo a honra de tê-los aqui embaixo?

— Sem jogos, senhor Dare — Eric foi logo ao assunto, sem rodeios. — Marisa Dare é sua filha e ela sequestrou Branca de Neve, a Rainha por direito deste Reino. Precisamos saber aonde Marisa a levou.

Milo o olhou e depois olhou para Tiago, que adquiriu confiança suficiente para encarar o velho sem vacilar. Depois de longos minutos olhando Tiago, o pai de Marisa Dare voltou a olhar para Eric, que ainda esperava uma resposta do velho.

— Esse garoto partiu o coração da minha filha muito tempo atrás — disse Milo, sem olhar para Tiago, cujo o coração disparou ao ouvir as palavras do velho. — Eu sempre soube qual era o destino de Marisa e, por alguns anos, eu pensei realmente que ela poderia ser melhor. Mas... não podemos mudar as pessoas. Principalmente quando a mãe dela era... má.

— O que está querendo dizer, senhor Dare? — perguntou Rei Eric, sério.

— Estou querendo dizer que, tudo o que a minha filha começa, termina onde começou — respondeu Milo, também sério. Ele olhou para Tiago. — Você está igualzinho ao primeiro Príncipe e creio que já sabes disso. E sei também, que sabes onde foi que tudo começou.

Rei Eric e Jason olharam para Tiago, que engoliu em seco. Claro que ele sabia; talvez, em seu íntimo, sempre soubera que Marisa iria querer que ele voltasse para onde tudo o que Tiago Hensel criara e que fora tirado dele pela mulher que um dia amara.

— Ela está no abandonado Reino Vitória — Tiago olhava para o pai de Marisa ao responder. — Onde Tiago Hensel conheceu Marisa Dare e se apaixonou por ela. Onde Branca de Neve apareceu e... roubou o coração do Príncipe. É para lá que eu tenho que ir — ele olhou para o Rei e o Caçador traidor.

•••

— Você tem certeza de que isto vai dar certo? — perguntou Rachel, olhando para Marcus receosa.

— Não — respondeu o louro e depois a olhou, dando um sorriso para Rachel, que percebeu o motivo de ele andar com Tiago e Jared: ele também sabia como aprontar. E, aquele sorriso, dizia que aquela seria a melhor marotice que ele fizera sozinho. Mesmo que fosse perigoso. — Mas temos que tentar de tudo um pouco, não é mesmo?

Rachel revirou os olhos e cruzou os braços. Aquele era o plano mais suicida que ela já vira. E Marcus percebeu que ela estava começando a achar aquilo tudo uma loucura das grandes. Ele chegou perto dela e colocou a mão no rosto dela, que sentiu o toque esquentar até onde não devia.

— Vai dar certo. Confie em mim — garantiu Marcus.

— Como vou confiar em um dos amigos de Tiago? Olhe para si mesmo, Marcus. Você está com as minhas roupas! — exclamou Rachel. — Eu deveria esperar isso de Teddy ou Tiago ou... — Ela não conseguiu dizer o nome de Jared e Marcus percebeu aquilo. —Mas a questão é que eu nunca esperava isso de você! E, além de tudo, é muito arriscado.

Para a surpresa e irritação de Rachel, Marcus riu despreocupadamente (ainda que tremesse por dentro).

— Rachel, se acha mesmo isso, creio que devemos nos conhecer melhor depois que tudo acabar — disse Marcus. Ele estava flertando com ela? E por que ela gostara? — Só porque eu sou... quieto, não quer dizer que eu não saiba... me divertir.

— Argh! — Ela se aproximou dele, que não esperava por aquela atitude. Rachel agarrou o colarinho da roupa que transfigurara e o fez ficar com o nariz colocado no dela. — Isso não é se divertir. E é melhor que isto dê certo, projeto de espertinho. — E fez uma coisa que surpreendeu Marcus: beijou os lábios do garoto. — E é melhor voltar vivo.

Marcus ficou sem fôlego quando Rachel o afastou e concordou. Ele precisava voltar para ela.

•••

Tiago acompanhou Eric e Jason de volta onde Clara estava com outras mulheres, ajudando feridos e crianças assustadas. Mas Tiago não estava prestando atenção; não sabia como iria para o antigo Reino Vitória. Não sabia nem como chegar lá e era longe, disso ele sabia.

Clara, quando os viu, correu até eles, com seus cabelos castanho claros soltos. Ela chocou-se contra Jason, que a segurou antes que caísse.

— O que descobriram? — perguntou Clara, sem fôlego e com o rosto corado.

— Branca de Neve está no antigo Reino Vitória — respondeu Eric e Clara deixou escapar um gritinho de surpresa. — E agora não sabemos chegar lá sem que leve, pelo menos, seis dias.

Tiago, pela primeira vez desde que saíra das masmorras, olhou para seus amigos.

— Eu vou sozinho.

Todos o olharam.

— Como é? — perguntou Eric, surpreso.

— Eu vou sozinho — repetiu Tiago, observando as reações daquele grupo.

— Você não pode ir lá sem ninguém, Tiago. Ela irá matá-lo — disse Clara, chocada.

— Irá matar vocês também — rebateu o garoto, sério. — Ela quer a mim. Descontar o ódio dela em Branca é só um bônus, ela foi o motim para tudo isso. Ela precisou de Branca para mostrar-se quem realmente é. E precisou de mim, ou de Tiago Hensel, para afastar aquilo dela. — Ele suspirou, passando as mãos nos cabelos. — Não a estou defendendo, entendam. Marisa era má e Tiago Hensel via... a magia dela. Não seu espírito. Ela só precisava de um motivo para mostrar aos outros sua índole... Se Tiago Hensel tivesse ficado com ela, se um dia ele fizesse algo que ela não gostasse ou aprovasse... a vida dele acabaria.

"Ela quer a mim. Ainda quer me atingir de qualquer forma e só consegue ao acabar com as pessoas que eu amo e me importo. E eu me importo com vocês. Eu vou só. Apenas... apenas preciso saber chegar lá. E rápido."

Todos o encararam, sem nada a dizer. Então, um pássaro azul entrou no castelo. Clara, que já havia visto aquele pássaro, foi para o lado, ficando entre Jason e Tiago. Ela puxou a blusa de Tiago, que a olhou sem entender. Pela sua visão periférica, Tiago viu uma luz azul surgir.

Quando olhou para a fonte daquela luz, deparou-se com uma bela mulher de cabelos pretos e olhos azuis. Mas não era isso que o chocava. Eram as asas extremamente azuis. Ele só pôde presumir que aquela era uma fada. A fada que o mundo trouxa descrevia.

— Olá, Sirius Potter — disse a mulher. — Eu sou a Fada Azul, a mãe de todas as fadas. Ouvi falar muito do senhor.

Tiago estava boquiaberto. Ele olhou para Chapeuzinho Vermelho, que olhava para a fada de braços cruzados, séria. Tiago franziu a testa; será que ela não estava vendo o belo ser em sua frente? Ele olhou para Jason e depois para Eric, que estava olhando diretamente para a Fada Azul.

Ele olhou mais atentamente para Eric, lembrando-se da história que o Rei contara sobre a Bela Adormecida. A Fada Azul a tinha posto para dormir por cem anos... Agora sim Tiago entendia porque ninguém mais estava embasbacado.

— Er... olá, Fada Azul — gaguejou Tiago. A Fada o olhou com atenção e depois olhou para Jason e Eric.

— É bom vê-los novamente — ela disse suavemente.

— Branca de Neve desapareceu. Não é bom vê-la novamente — respondeu Clara. Se aquilo abalou a Fada Azul, ela não demonstrou.

— Mas a minha visita lhes será útil, eu garanto - disse a Fada calmamente. — Principalmente a você, Tiago Sirius Potter.

Tiago olhou para os outros antes de dizer:

— E qual será o preço?

A Fada Azul olhou para eles e suspirou, as asas encolhendo em suas costas.

— Não há preço a se pagar quando a magia é das fadas. Nós ajudamos sem nada em troca, porque nossa força está no bem de cada pessoa que precisa e deseja a nossa ajuda, desde que seja para fins benéficos. Isso é o que nos fortalece e faz com que a nossa magia seja inesgotável — explicou a Fada Azul. Por que iríamos cobrar preços?

— Mas e os impedimentos? Tipo... Virar uma fera? Ou... ou... voltar à meia-noite a acabar com o encanto do nada, deixando a pobre moça voltar à pé para casa? — perguntou Tiago, recobrando a lucidez.

— Não fomos nós que amaldiçoamos Christian. Apesar de ele merecer, por ser tão arrogante. Mas há bruxas. Como o senhor. E os impedimentos, não são nossa culpa. Cada um tem seu destino, Tiago Potter. Ele é quem decide o que você deve fazer ou por quais situações passar, até que alcance seu objetivo. Seja ele para o bem, ou se no caminho seja para o mal. Nós ajudamos, damos... empurrõezinhos para que você chegue e decida mais rápido, pois merece. Agora... o que acontece depois... é com a pessoa.

Eles ficaram a olhando, escutando o barulho, pela primeira vez desde que a fada chegara ali, os gritos e estampidos da guerra. E Tiago percebeu que seu tempo estava acabando.

— Eu... eu preciso chegar ao Reino Vitória.

— Eu sei.

— A senhora irá me ajudar?

— Para isso eu estou aqui.

•••

— Mas o que diabos...? — Alvo perguntou, assustando Mellody e Rosa.

— O que foi? — As duas perguntaram ao mesmo tempo. Alvo apontou para a outra extremidade do campo, onde via uma mulher desengonçada andar até os Caçadores. — É a Marisa? — Rosa inclinou a cabeça.

— O quê? — Alvo olhou para a prima, incrédulo. — Claro que não. Não estão vendo que "ela" está andando sem nenhuma elegância? Só existe duas pessoas que fariam isso. A primeira, seria o Jared. Mas isto é impossível. A outra seria Tiago... Protego! — gritou Alvo e um Caçador caiu ao chocar-se contra o escudo. — Mas também sei que ele está ocupado. Então, só me resta a última pessoa que eu pensaria que faria algo do tipo.

Marcus? — Rosa adivinhou, incrédula. — Ele ficou louco?!

— Temos de impedir que ele faça algo. Se ele morrer... não só nós vamos ficar arrasados, mas Tiago perderá mais um amigo. Isso acabaria com ele — disse Alvo, olhando para os lados. — Rosa, você que já leu e praticou tudo quanto é feitiço, não há nenhum que possa chegar até ele e impedi-lo?

Rosa analisou a situação por alguns segundos.

— Posso tentar conjurar um Patrono e mandar uma mensagem por ele — respondeu a garota por fim.

— Faça isso — Alvo disse e Rosa assentiu. — Ela precisará de proteção enquanto se concentra — ele olhou para Mellody, que assentiu e ordenou que seis soldados protegessem a garota. — Ross, mande um para os nossos pais também.

— Peça para eles analisarem o campo de batalha — disse Mellody de repente. — Está na hora de acabarmos com essa guerra.

— E como faremos isso, capitã?

— Tive uma ideia — ela deu um sorriso malicioso. — E você terá de ir comigo — Mellody o olhou e, ainda sorrindo, assoviou. Depois, olhou para um dos soldados que, mais tarde, Alvo descobriu ser o comandante. — Fique aqui e proteja o cerco. Vou correr o perímetro todo com Argus, para ver a situação.

— Sim, senhora. — Disse o comandante, fazendo uma continência.

Alvo observou Mellody comandar cada homem ali, todos respeitando-a como um deles. Enquanto ele desviava o olhar da prima, ouviu o trote de um cavalo. Alvo olhou para o lado e viu que Mellody já subia no cavalo mais lindo que ele já vira.

— Eu sei que ele é lindo, mas temos de correr — ela estendeu a mão e Alvo a aceitou, tomando impulso e sentando-se atrás dela. — Proteja-nos com o seu feitiço escudo. Vamos precisar — disse Mellody, embainhando uma espada e um arco e flecha.

•••

Então ela viu uma águia prateada chegar até onde estava.

Tire Marcus de lá — Rachel ouviu a voz de Rosa vinda da águia Patrono. — E espere o meu sinal.

Rachel não ficou para ouvir mais uma vez. Correu até o meio do campo de batalha, desviando de flechas e Caçadores com feitiços.

Marcus não iria ficar lá nem por mais dois segundos.

•••

— Harry, dá uma olhada — Rony apontou para a águia Patrono voando na direção deles. Os dois esperaram, ainda ajudando o exército dos Reinos lhes designados.

Quando a águia pousou, Harry e Rony se surpreenderam ao ouvir a voz de Rosa.

Pai, tio, precisamos ver a situação do alto. Isso tem que acabar.

•••

Alvo e Mellody galopavam pelo perímetro o mais longe possível do campo de batalha. Claro que tentaram atingi-los enquanto corriam em Argus, mas Alvo impedia-os com feitiços de repelir e proteção.

Era um massacre. Mas eles podiam ver quem estava em desvantagem. Eles ouviam estampidos de feitiços, espada contra espada, escudo contra escudo; o cheiro de sangue, misturado com fumaça e metal, invadia as narinas de ambos, enquanto corriam em Argus.

— Temos de juntar todos. Estamos muito separados! — gritou Mellody para que Alvo a escutasse. — Se nós nos juntarmos, teremos mais chances de essa guerra terminar antes que escureça! Eles já são poucos!

— Então apresse Argus. Temos que informar isso ao Rei Eric — disse Alvo, lançando feitiços em Caçadores a longa distância.

Mellody assentiu e fez Argus acelerar ainda mais. O cavalo não pareceu se importar, correndo com velocidade. Alvo e Mellody olhavam as pessoas caírem, Caçadores atingirem aliados e sangue manchar a grama. O castelo tinha algumas falhas, mas nada que eles não pudessem resolver. Mesmo que toda aquela cena fosse horrível de se ver.

Mellody fez Argus dar a volta no castelo, percebendo que haviam poucos Caçadores sobreviventes ou livres — Alvo dissera que menores de idade ainda não podiam fazer magia tão poderosa e nem mesmo fora de Hogwarts, então eles amarravam, petrificavam ou estuporavam. Os únicos que se atreviam a lançar Maldições Imperdoáveis eram Rony e Harry e, mesmo assim, apenas em situações sem saída.

Onde se encontrava os portões para o castelo, a batalha era mais intensa; Rei Eric, Tiago Potter e dois dos sete anões estavam juntos debaixo de uma barraca, acompanhados por uma, Alvo piscou duas vezes, fada azul. Ele olhou para Mellody, que encarava aquilo como se fosse normal. E, para ela, talvez fosse mesmo.

Mellody parou o cavalo ao lado de Tiago e, quando Alvo desceu, viu uma luz envolver o irmão e este desaparecer, como se tivesse aparatado. Alvo se assustou.

— Aonde meu irmão foi?! — gritou Alvo, com medo e raiva.

— Atrás de Branca de Neve — respondeu Rei Eric com a voz branda. Alvo não sabia se sentia aliviado ou se temia ainda mais pela vida do irmão e da amiga. — Mas o que os dois estão fazendo aqui? Não deveriam estar protegendo o outro lado com aquela menina ruiva?

— Majestade — Mellody começou com cautela, pois a expressão do Rei era de fúria. — Corremos o perímetro e vimos a situação...

— Estamos em maior número — disse a voz empolgada de Harry Potter. Mellody olhou-o e depois voltou-se para o Rei, assentindo. — Não vou nem perguntar aonde está Tiago. — Ele olhou para os lados.

— Ele vai ficar bem — a Fada Azul garantiu e Harry a observou bem. Por fim, ele olhou para o anão Dengoso, que assentiu. Harry olhou novamente para a fada, concordando.

— Precisamos dar um jeito de juntar os Caçadores e combatê-los todos aqui — Alvo se pronunciou.

— E rápido — acrescentou Mellody.

— Eu posso ajudar — ofereceu a Fada Azul.

•••

Tiago aterrissou sem nenhum problema. Se tivesse aparatado, teria se engasgado e caído no chão. Ele ainda não dominava muito aquele meio de se transportar igual a Marcus. Balançou a cabeça e olhou para os lados.

Sim, ele sabia que estava no antigo Reino Vitória. Mas onde estava Angelina, ele não fazia ideia. Ele olhou em volta mais uma vez, vendo que tudo estava coberto por folhas mortas, o caminho que, antes, era visível, agora estava totalmente escondido. Não havia como Tiago guiar-se por ali, então, seguiu o que podia ver.

Ele caminhou, lembrando-se da visão de seu passado, percebendo que realmente se recordava os caminhos que o primeiro Príncipe fizera. Tiago olhou com mais atenção e viu que estava a poucos metros do castelo onde um dia vivera Tiago Hensel.

Ele estava perto. E podia sentir isso.

•••

— Agora! — gritou Rei Eric, ao mesmo tempo que Harry e Rony, Escórpio, Teddy e Rosa, porém em lugares opostos.

Então, o que todos os Caçadores não esperavam: todas as tropas correram para o lado onde se concentravam o Rei de La Rosa. Os Caçadores, por alguns segundos, sorriram e tentaram atacar; mas foram impedidos pelo pó mágico das fadas, que vieram auxiliar a Fada Azul, cegando-os momentaneamente.

Conseguindo atravessar todo o campo de batalha, centenas e mais centenas de soldados sobreviventes foram para o gramado em frente aos portões e ali ficaram, junto de Rei Eric, à espera dos Caçadores.

Estavam nervosos, pois sentiam que aquele era o último momento. Haviam perdido muito dos seus e temiam perder ainda mais; dali, eles podiam ver os estragos, as manchas de sangue e soldados mortos no chão. Muito engoliram em seco, esperando-os.

— Preparem-se! — bradou Rei Eric. O único Rei ali presente, cuja a responsabilidade pesava em suas costas. Ele também estava temeroso, mas sabia que estavam em vantagem.

Após toda a confusão, a magia das fadas se dissipou. Houve um momento de silêncio, aquele silêncio assustador que precede o momento de espera, e, então, escutaram-se os gritos. Gritos vindos do, ainda que fossem apenas cem, leste foram ouvidos.

E Caçadores raivosos atacaram com força as tropas que vieram ajudar Branca de Neve e seu Reino. Porém, eles estavam preparados. Era hora de terminar aquilo.

Longe dali, um garoto de dezesseis anos chegou às ruínas de seu antigo castelo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo gigante e...
Comentem!



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