The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 25
capítulo vinte e quatro


Notas iniciais do capítulo

Depois de trezentos anos, eu venho postar ASGASYUG mas enfim, sabe como é, ter irmãos e uma mãe que, às vezes, não deixa eu mexer, fica difícil.
Eu, particularmente, gosto dese capítulo, por causa do momento fofura dos irmãos Potter.



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— Narrador —

Aurora recuou mais para a parede. E Angelina ainda não podia acreditar que ela estava vendo — ao vivo e a cores — uma fada. A Fada Azul, ainda por cima.

— Está surpresa? — Ela olhou para Angelina.

— Claro! — exclamou a garota, ainda chocada. — Você esteve comigo esse tempo todo?

Ela assentiu e olhou para as outras,

— Olá, Chapeuzinho. — Disse e recebeu um aceno de cabeça de Clara. — Aurora.

— Oi — falou Aurora.

Ela ficaram em silêncio. Angelina podia ouvir os pensamentos de Chapeuzinho indiferentes e de Aurora um pouco rancorosos, embora já tivesse entendido e aceitado o que seu pai fizera.

Contudo, Angelina tinha sua quota de perguntas a fazer para, depois, saber como poderia entrar em seu próprio castelo; já que ler a mente da fada estava fora de cogitação.

— Por que você nunca se mostrou? — indagou Angelina. A Fada Azul a olhou sem nada demonstrar em sua expressão.

— Eu tinha de protegê-la de alguma forma — respondeu a fada. — Marisa estava sempre por perto. E eu estava sempre cometendo o erro de não protegê-la novamente.

Angelina virou-se e foi até a imensa janela do quarto de Aurora, encarando o céu alaranjado, indicando que já estava quase anoitecendo.

Ninguém flava. Ela começava a perceber que tinha muito mais naquela fada e precisava saber de tudo, antes de fazer o que era certo.

— Foi você que me levou para o Mundo Real? — perguntou Angelina ainda sem olhá-la. Ela já sabia resposta antes de a fada confirmar, mesmo não conseguindo ler a mente dela.

— Sua mãe já sabia que isto iria acontecer e implorou para que você fosse levada para um lugar seguro. Eu já podia sentir que, dessa vez, tudo seria diferente — respondeu Fada Azul.

— Então foi você que me mandou o vestido da minha mãe?

— Sim.

Angelina fechou os olhos, a dor invadindo-a.

— E o meu pai? — As lágrimas já estavam começando a descer.

— Como vocês reencarnam e não se lembram de nada, ele cometeu o mesmo erro de sempre: casou-se com Marisa e morreu nas mãos dela.

Enxugando as lágrimas com as costas da mão, Angelina respirou fundo.

— Preciso da minha varinha — disse e olhou para a Fada Azul. — E sei que você consegue trazê-la.

— Majestade, acho que a senhorita não... não pode usar sua magia. É perigoso — alertou Fada Azul.

— E a Marisa pode, então eu também posso — retrucou Angelina. — Para salvar este reino, preciso da minha varinha. Depois, eu voltarei para Hogwarts e salvar a minha família.

— Vossa Majestade não pode voltar — disse a fada.

— Como é? — Angelina não entendeu. Ou melhor: não queria.

— Não pode voltar, Branca. — Repetiu a fada. — Seu lugar é aqui.

Angelina a encarou, de boca aberta, surpresa. Depois balançou a cabeça.

— O meu lugar é lá também.

— Eu entendo, Majestade. Mas a senhorita tem um dever para com o seu povo e, este povo, é o daqui — disse a Fada Azul, fazendo com que Angelina ficasse com raiva.

— Ah, segundo o seu critério, eu devo deixar que os meus amigos morram? É isso que está querendo dizer? — Angelina estava incrédula.

A Fada Azul a olhou, com expressão indecifrável.

— Todos morrem um dia — disse, por fim, a fada. Angelina arregalou os olhos.

— Eu não credito! A Aurora tem razão. As pessoas deveriam sentir vergonha de você — a garota cuspiu as palavras. — Você sabe quem está lá? Tiago. Está querendo dizer que não importa se ele morrer? Ou Rosa? Lily? Pessoas boas e leais?

— Só queria salvar o nosso mundo — justificou a fada, sem se abalar.

— Eu também! Os dois! Eu pertenço aos dois. — Gritou Angelina. — Eu sou uma bruxa e sou um personagem de um conto. Eu preciso salvar os dois!

— Receio que a Majestade não possa...

— Posso, sim! Não me venha com essa — interrompeu Angelina. — Não é você que está naquela maldita profecia! Segundo ela, sou eu quem vai derrotá-la, porque sou sua igual! Então, se quer que isto dê certo, é melhor me dar a minha varinha!

Angelina arfava, seu peito subia e descia. Sempre admirara as fadas por serem boas e terem pozinho mágico, transformando abóboras em carruagens e bonecos de madeiras em meninos. Agora, Angelina via o que era realmente contos de fadas. Que, na verdade, elas — as fadas — eram preconceituosas;

Como a Fada Azul não falava nada, a ira de Angelina aumentou. As lágrimas queriam descer; a cada segundo que se passava, Angelina sentia seu coração diminuir. Por mais que quisesse salvar aquele reino, o seu coração, não estava mais ali. Ele ficara com o Tiago desde o primeiro momento em que se olharam pela primeira vez.

Angelina cambaleou e sentou-se na imensa cama de Aurora, com as mãos no peito. Agora ela não impedia as lágrimas de caiem em seu belo rosto.

Sem olhar para nenhuma delas, Angelina disse:

— Eu quero salvar esse mundo. De verdade. Sinto que... — Ela balançou a cabeça. — Todas as minhas vidas passadas viveram aqui, o que torna este lugar meu. Mas não sem ele. Tiago. Que, por incrível que pareça, pertence a esse mundo também. Ão posso salvá-los se eu não tiver... ele como minha força. E eu preciso dele, voltar para ele. Vou salvar este mundo, vou sim. Só que eu preciso da minha varinha. Sem ela, eu não consigo nada. — Angelina enxugou as lágrimas, porém ainda não olhou para ninguém. — Eu amo Tiago. E eu preciso voltar para ele. Você não apoia um final feliz? O meu final feliz não erá governar esse mundo sozinha. Se não me der a minha varinha, se não me deixar voltar para o meu amor verdadeiro, eu nunca vou poder salvar vocês e nunca terão os seus finais felizes.

E, então, finalmente, Angelina levantou a cabeça.

•••

— As buscas vão continuar, Sirius — Alvo colocou a mão no ombro do irmão. Este, por mais que quisesse, não conseguia mais ser o que era antes. Não sem o seu coração.

Alvo não aguentava mais ver seu irmão naquele estado. O pior era que ele se sentia completo; finalmente achara aquela que amava. Mas, não conseguia se sentir totalmente feliz. Angelina — sua melhor amiga — fora sequestrada, Tiago estava infeliz, junto com o resto de seus amigos e familiares. Nenhum dos dois conseguia ficar feliz.

Eles estavam em um dos bancos do lado de fora do castelo. Já fazia três dias que os aurores estavam procurando Angelina, e era o pai deles que liderava as buscas. Maria e Sam vieram em Hogwarts, preocupados e tristes por causa do desaparecimento de Angelina. Contudo, não havia vestígios da garota e nem de quem havia assassinado o professor Taylor Chase. Nem seu tio conseguia fazer suas piadas com o clima que se instaurara na família.

— Vão encontrar o responsável por isso tudo — continuou Alvo. — Papai não vai descansar até que encontrá-la. Nem o tio Rony.

— Você não entendeu, Al? — Tiago o olhou, seu semblante estava tão sombrio que Alvo recuou. — A responsável está aqui em Hogwarts e ninguém sabe, ninguém quer saber. Eu sei que foi ela.

Alvo suspirou e sentou-se ao lado do irmão, tomando cuidado para não sentar-se em cima da varinha de Angelina, que Tiago carregava para qualquer lugar que ia. Sentia-se mais perto dela quando estava com a varinha.

— Como sabe? — indagou Alvo. — Como sabe que foi a Dare?

— Não sei, está bem? Isso vem desde o dia em que a diretora a apresentou como professora. Entenda, Severo, ela não é boa. Ela só estava esperando Angelina chegar a esta escola para “mostrar” quem ela realmente é. E eu talvez soubesse desde o dia em que meus poderes afloraram que eu estava... diferente. Posso não ter demonstrado, sou um ótimo ator, você sabe, mas eu sabia de algo. Eu posso ser tudo, porém não minto.

— Eu não estou dizendo que você está mentindo ou que eu não acredite em você,Tiago — disse Alvo. — Eu acredito, porque isso foi exatamente o que aconteceu com o papai. E ele também acredita. Só que ela faz tudo tão benfeito, que ela não deixou nenhum indício que possa, finalmente, incriminá-la.

Tiago bufou e olhou para o outro lado.

— E é exatamente isso que me irrita. Que me deixa furioso.

Eles ficaram em silêncio; cada um preso em seu próprio pensamento. Tiago só conseguia pensar em Angelina. Apertou com força a varinha da garota.

— Tiago, você acha que... Angelina é a causa disso tudo? — Alvo quebrou o silêncio, fazendo o irmão mais velho olhá-lo.

— Eu... eu acredito que sim — respondeu Tiago por fim. — Mas não é culpa dela. Ela é tão... pura, tão boa, que não machucaria nem a Dare. E isso é o que eu mais gosto nela.

— E o que você mais ama? — Ele inclinou a cabeça.

— A coragem e o amor que ela tem por todos nós — disse Tiago. — Eu amo o que ela é.

Alvo deu uma risada sem humor, que fez Tiago erguer uma das sobrancelhas. Alvo o olhou, com um sorriso brincando em seus lábios. Tiago olhou para o irmão. Olhou de verdade. E viu que Angelina tinha razão: Alvo e ele eram diferentes, mas eram parecidos. Tirando os olhos e o sorriso, eles eram bastante parecidos.

— Sabe, isso é uma surpresa. Tiago Sirius Potter, apaixonado de verdade por alguém — riu-se Alvo, arregalando os olhos verdes. — É. Deixou todas as garotas desgostosas, como a vovó diria.

Tiago deu de ombros e Alvo voltou ao normal com uma expressão pensativa, por´me séria. Depois voltou-se novamente para o irmão.

— Por que você a ama assim? Tão... intensamente? Você nunca gostou de nenhuma garota antes. Pelo menos, não para valer.

— Você é muito chato, Alvo — Tiago revirou os olhos e Alvo deu de ombros. Tiago suspirou. — Enfim, eu também não sei. É algo maior do que eu. Que parece vir de muito tempo. Sinto que... eu a conheço, que sempre a conheci. Que o meu coração sempre pertenceu a ela; não importa quantas garotas eu já namorei ou já fiquei, um dia ela viria e eu largaria qualquer pessoa que eu estivesse para ficar com ela, para ser dela. Ela é tudo para mim. Tudo. E não vou desistir até que Angelina esteja novamente segura em meus braços.

— Puxa — Alvo assentiu, impressionado. — Isso realmente é alguma coisa. Vindo de você, é claro. Já perceber que passamos algum tempo sem brigar ou discutir ou pregar peças um no outro?

Tiago riu, lembrando dos velhos tempo. Tempos que ele desejava ter desesperadamente. Tiago colocou a mão livre nos ombros de Alvo.

— Não se preocupe, Severo. Quando tudo isso passar, não deixarei você livre. — Disse ele, sorrindo. — Sinto usa falta, irmão.

— Eu também sinto, irmão. — Alvo retirou a mão de Tiago de seu ombro e inclinou-se para um abraço. — Vai ficar tudo bem.

— Eu quero acreditar, garoto.

— Bem, Harry, isso é raro de se ver — uma voz ´seria, mas brincalhona chegou aos ouvidos dos irmãos Potter.

Alvo e Tiago se separaram, surpresos por terem sido pegos em um momento entre irmãos. Eles viram Harry Potter e Rony Weasley se aproximarem deles.

Tiago olhou para o pai, depois para a cópia perfeita de Harry e voltou a olhar para o pai. A pergunta nos olhos do garoto era tão óbvia, que Harry adiantou-se antes que o filho pronunciasse as palavras:

— Não encontramos nada ainda, filho. Mas não vamos desistir. Por mais que isto me deixe irritado, essa professora Dare consegue esconder muito bem a verdade. Ela é tão boa, que nem com Oclumência consigo obter o que quero. Desculpe.

Tiago afundou-se no banco, fechando os olhos.

— Usa o Veritasserum — sugeriu Alvo.

— Não sei, não, filho. Não temos provas para fazer isto — Harry balançou a cabeça e, olhando para Tiago, acrescentou: — Mas vamos continuar tentando.

Tiago assentiu.

— E aí, qual foi o motivo do abraço? — perguntou Rony, fazendo Alvo, Tiago e Harry revirarem os olhos.

— Mas posso contar a mãe de vocês? — indagou Harry.

— Pai! — exclamaram Tiago e Alvo em uníssono.

— É... o que uma tragédia não faz... — comentou Rony calmamente.

— Rony! — repreendeu Harry.

— Tio! — exclamou Alvo, indignado.

— O quê? — Rony encolheu os olhos. Tiago, preferindo ignorar a pontada no coração, olhou para o pai.

— Pode contar a mamãe — e depois se virou para Alvo — e você, se contar para alguém...

— Ei, o que está acontecendo? — interrompeu Rony, apontando para a varinha de Angelina.

Ela estava começando a desenvolver um brilho estranho, que foi aumentando cada vez mais, até que o brilho intenso envolveu totalmente a varinha, fazendo com que os quatro não a vissem mais e colocando as mãos no rosto para evitar que o brilho os cegassem.

Quando, enfim, o brilho cessou, a varinha de Angelina não estava mais ali. E Tiago achou que, o que sobrara de seu coração, foi embora junto com a varinha.







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Notas finais do capítulo

Bem, espero que gostem e...
Comentem!



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