Monsoon escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 24
Juntando os cacos


Notas iniciais do capítulo

Hey :) LEIAM AQUI AMADAS *-*
Eu sei que pedi vinte e sete comentários e muitas recomendações...Não esqueci ok?!Mas vcs foram boazinhas...E eu ganhei uma recomendação lindíssima da minha flor Leticia Beathrize vou agradecer por aqui, pq não consegui por MP tbm! Muito obrigado mesmo sua linda :) SIGAM O EXEMPLO DELA!rs
A fic ta acabando. Mais três capítulos mais ou menos e vem o epilogo. Sem segunda temporada. Eu nuca as faço lembram?rs O esquema é o mesmo de Eu vim pra Ficar e Até que se prove o contrario. Como os Lírios também nas suas ultimas linhas... e depois eu vou terminar Ensinando a Amar rapidinho e não sei se venho com mais uma fic...Talvez vcs mereçam um descanso de mim!rs Mas vamos lá..Aproveitem.
E mais uma vez Obrigado pelo carinho de sempre de todas vocês. Mesmo as que não comentam!



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Daiane sentiu os olhos arderem um pouco assim que os abriu. A claridade vinda da cortina a incomodou, mesmo que já fosse fim de tarde, aparentemente. Levantou-se preguiçosamente sentindo todo o seu corpo reclamar. Havia adormecido em uma posição não muito confortável. Notou as mesmas coisas, exatamente no mesmo lugar. A sensibilidade nos olhos, devido às lagrimas demais cedo a fizeram lembrar rapidamente o que a havia feito dormir por tanto tempo.

Tudo estava exatamente como antes. Não só no seu quarto. Seu coração estava exatamente como esteve a alguns anos atrás. Em cacos. Era assim que Daiane se sentia. Era como se alguém tivesse quebrado algo que ela havia tido um enorme trabalho para refazer, e dessa vez ela sentia que nem todo o esforço de antes poderia deixar seu coração em um bom estado. As cicatrizes que outro alguém haviam deixado agora davam lugar a buracos profundos e praticamente impossíveis de serem removidos. E ela constatou aos poucos que seu coração não era a única parte de si que doía. Seus pulsos latejavam, já que ela adormeceu segurando firmemente as folhas de papel que usara mais cedo para dar vazão ao que estava sentindo. As palavras eram seu refugio. Ela contava cada sentimento através dela. O papel era seu maior companheiro de todas as horas. Ele recebia cada palavra e mesmo que com elas viessem vários sentimentos, ele apenas servia se suporte para elas. Sem nunca perguntar nada. Mas naquele dia Daiane logo perceberia que seu amigo havia sido infiel. Ele havia servido de suporte não só para suas palavras, mas para as de outra pessoa também.

Assim que seus olhos pousaram nas linhas retas e sem graça da folha branca, ela percebeu que essas, que antes estavam vazias agora estavam repletas de letras, combinadas entre si, formando as palavras que formariam as frases que mudariam tudo.

Correu os olhos pelo papel e constatou assustada que aquela não era sua própria letra. Ela não havia escrito aquilo. Se ajeitou na cama e começou a ler o pequeno bilhete de letras mal desenhadas.

Era uma vez uma garota. Uma bela garota. Irritante, porém bela. E era uma vez um cara. Um cara lindo, charmoso, gostoso e cheio de graça. Um imbecil de primeira. Imbecil sim; por ter partido o coração da nanica irritante. Mas ele não fez de propósito. Não foi culpa dele. Uma vadia qualquer armou tudo e o infeliz de tão burro que é, caiu na armadilha dela. O cachorro agora está aqui com lagrimas nos olhos depois de ler da garotinha irritante o mais triste dos relatos. Mas ele queria muito mesmo encontrar o imbecil que partiu o coração dela e partir com a mesma força a cara dele. Mas ele só não vai corre o mundo atrás do cara por que vai estar muito ocupado pedindo perdão para essa mesma garota, já que ele também errou. Não intencionalmente, mas ainda assim a machucou.

E ele sabe que não vai ser fácil assim ser perdoado, e sabe também que esse conto de fadas não ficou tão bonito quanto o que ela escreveu. Mas ele queria dizer que era verdade e ele implora de joelhos se ela quiser por perdão. Até por que de joelhos ele fica quase da altura dela, então deve facilitar um pouco as coisas.

Recebas as sinceras desculpas do príncipe encantado mais fajuto que uma garota pode desejar. Um príncipe cheio de defeitos e falhas, mas que não suportaria por nada no mundo ficar sem seu projeto irritante de princesa perfeita.

Ps.: Eu te amo.

Ps.²: Eu sempre quis escrever isso :)

Daiane terminou de ler as frases e foi impossível segurar as lagrimas que vieram a seguir. Cada letra, cada palavra, cada linha, cada emoção, cada sentimento. Tudo naquele simples bilhete parecia a desarmar por completo.

Toda a raiva de antes parecia ter sido substituída por uma alegria imensa. Uma vontade imensa de apertá-lo em seus braços para nunca mais o deixar sair, mesmo que antes de amá-lo com tudo o que tinha e podia ela fosse o encher de tapas por sempre tão egocêntrico e imbecil. E foi movida por essa avalanche de emoções que ela se levantou da sua cama e correu em direção aporta, a passos desajeitados e com um sorriso bobo no rosto. Abriu aporta, com as mãos tremulas e varreu o corredor com os olhos e o coração aflito em busca dos olhos daquele que ela procurava.

Não o encontrou no corredor. Correu até a sala e também não o encontrou. Cada cômodo do apartamento foi  milimetricamente vasculhado por ela, e quando suas idéias de localização já estava praticamente extintas, se lembrou do ultimo lugar que poderia procurar. A passos rápidos, ela se lançou contra a porta do banheiro do primeiro andar e girou a maçaneta que mantinha porta fechada. No instante seguinte um baque surdo foi ouvido e um gemido de dor logo pode ser ouvido do outro lado da porta, fazendo Daiane empurra - lá com mais força na intenção de entrar. Dentro do banheiro, deitado no chão estava Wilhelm com ambas as mãos na cabeça onde provavelmente mais tarde teria um enorme galo.

-Ops... – Daiane falou assim que entendeu o que havia acontecido.

-O tempo passa e algumas coisas simplesmente não mudam. – Wilhelm reclamou a encarando com uma careta de dor engraçada. – Mas todo bem. Confesso que dessa vez, talvez eu tenha mesmo merecido.

-Que bom que tem consciência disso. – Ela falou assumindo uma postura séria e oferecendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

-Mais uma portada dessas na testa e tenha certeza de que eu não terei consciência de mais nada. – Ele falou e ela segurou a risada. – Mas pode deixar que eu já estava de saída. – Ele falou e ela o encarou sem entender.

-Por que está me dizendo isso? – Ela perguntou e ele riu.

-Oras,, pela pressa que vou queria entrar aqui, acredito que esteja mesmo muito necessitada. – Ele falou e ela ruborizou completamente antes de começar a falar.

-Não é nada disso seu imbecil. – Ela falou e ele riu mais ainda. – Eu não vim aqui por que queria usar o banheiro. Vim por que queria falar com você.

- Aaaah. – Ele exclamou assentindo em seguida. – Então acho que já podemos conversar.  Você prefere se sentar no vaso sanitário ou no lavatório? – Ela falou e ela revirou os olhos.

-Cale essa maldita boca e me deixe terminar de falar de uma vez antes que eu perca a droga da minha coragem ok?- Ela gritou e ele se encolheu um pouco assentindo em seguida. – Tudo bem, melhor assim. – Ela falou e sorriu tomando fôlego e falando rapidamente em seguida. – Eu li o seu bilhete, e gostaria de dizer que não é nada educado ficar mexendo nas coisas dos outros enquanto os donos estão adormecidos. E quero informar também ao senhor que não será tão fácil assim conseguir meu perdão. Não é como se você passasse a ser menos egocêntrico ou imbecil depois de me fazer uma declaração de amor que daria inveja ao próprio Shakespeare. Não é como se o fato de cada palavra escrita ali fez  meu coração dar um salto fosse me fazer te perdoar assim. Nada mais me faria te perdoar Wilhelm, se eu não amasse você com a intensidade e a força com que eu te amo. – Ela falou rapidamente e abaixando a cabeça em seguida na tentativa de esconder o rubor em suas faces.

Wilhelm demorou segundos para assimilar o que aquelas simples palavras queriam dizer, mas assim que o fez ele deu grandes passos na direção da garota a tirando do chão em seguida selando seus lábios.

Ela riu entre o beijo e se segurou mais firme nos ombros dele fazendo como que logo ambos estivessem encostados nas paredes antes frias do corredor que dava acesso ao banheiro.

-Eu te amo mais. – Wilhelm disse e Daiane logo voltou a beijá-lo.

Nada poderia tornar aquele momento mais perfeito. Ambos se sentiam completos como nunca haviam se sentido antes. Daiane sentia como se cada pedaço machucado co seu coração tivesse sido preenchido pelo amor novamente. Ela sentiu que o sentimento adormecido em seu peito, que ela chegou a pensar que estava morto, estava de pé mais uma vez. A esperança o havia acolhido e o amor acordou com todo o seu esplendor expulsando em seguida cada sentimento ruim que outrora o haviam derrota. Ela agora voltaria a ser soberano ali. Ele reinaria outra vez, e sua tão leal amiga esperança seria sempre bem vinda, tendo nos braços do amor, que por tanto tempo acolheu em seus braços, um abrigo seguro.

O beijo foi quebrado em um susto no momento em que o barulho dos corações acelerados batendo foi substituído por um pigarro alto seguido de uma risada vindo de um dos dois indivíduos que estavam parados no fim do corredor.

Daiane e Wilhelm encararam Wendler e Daiane e no instante seguinte ambos caíram na risada. Wilhelm colocou Daiane no chão ainda sorrindo. Ao encara o irmão e a cunhada.

-O tempo passa e algumas coisas simplesmente não mudam. – Ela falou contagiando os outros dois com a atmosfera de felicidade que emanavam.


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Notas finais do capítulo

E então?
Mereço nada não né?
Próximo capitulo tem Wendler e Day no foco... Quem curte?
Beijos amores e fiquem com Deus!
Me digam o que acharam ok?
#Love
Amo vcs fofuxas, e Jesus tbm :) #Ficaadica