Monsoon escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 23
Ps: Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI ANTES DE LER O CAPITULO SE NÃO EU MATO VCS
Gente, me amem muito por isso ok?
To aqui super cansada e postando para vcs rs'
Esse capitulo da cheio de plagios que eu plagiei de mim mesma ok? Então não se assustem. Logo vcs vão entender.
Espero que gostem, e depois de ler esse capitulo enorme e lindo de mais, se eu não ganhar nenhuma recomendação ou pelo menos vinte e sete comentarios eu paro de postar nessa fic. Sério mesmo. sóqñ KKK
Amo vcs, aproveitem



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JÁ LERAM AS NOTAS INICIAIS? sE NÃO LERAM, LEIAM, SE NÃO EU MATO VCS :)

Em um Bar requintado no centro da cidade Samantha Devegenes sorria discretamente ao analisar mais uma vez os ecos de sua obra prima. A mulher olhava os jornais e revistas sobre a mesa em que ela tomava um café e sorria ao olhar para o visor da televisão.

Nem mesmo ela poderia imaginar que suas artimanhas dariam tão certo. Ela nunca pensou que o gosto do beijo de Wilhelm Süskind fosse tão prazeroso. Talvez só não fosse mais prazeroso do que ter tudo o que ela sempre adorou. As lentes estavam sobre si e todos queriam saber onde havia ido parar o conto de fadas do galã com a garota brasileira. Ela segurou uma gargalhada ao se lembrar do momento.

Wilhelm estava deixando o set de filmagens sozinho. Parecia cansado e mal olhava para algo além do chão. Ela se aproximou com cuidado e antes que esse chegasse ao seu carro, lhe ofereceu uma bebida quente em troca de uns minutos a mais de conversa. Ela sabia que mesmo que ele a odiasse, era um homem elegante de mais para ser mal educado. Ela pediu para que ele lhe ajudasse nos últimos ajustes de uma cena que fariam juntos no dia seguinte. Era a cena onde o personagem de Wilhelm beijava a personagem dela. Mas ele disse que passaria apenas o texto. O resto não era necessário ainda, mas ela se aproveitou de um simples momento de distração dele e assim que viu os fotógrafos que ela havia avisado chegarem, enlaçou o rapaz pelo pescoço e rapidamente tocou com os lábios nos dele. No começo ele ficou surpreso e sem reação afastando em seguida a garota pelos ombros, que apenas sorriu, e disse que estava “incorporando a personagem”. Wilhelm deixou o local a passos rápidos e pesados sem lhe lançar um púnico olhar para trás. Agora ela percebia que tudo havia se encaixado perfeitamente e nada poderia apagar as imagens, mesmo que elas não tivessem o mesmo significado que a imprensa fazia parecer.


Na casa dos rapazes Wendler havia saído de casa para tentar acalmar os ânimos do diretor e do resto da equipe. Ele teria que limpar mais uma vez a sujeira do irmão. Dayse havia saído para resolver alguns outros problemas e Daiane estava em casa, pois avisou que não voltaria do almoço por estar se sentindo indisposta. Desde que chegou não abriu mais a porta do quarto que dividia com Wilhelm. Esse estava sentado no corredor depois de desistir das incontáveis tentativas de explicar para Daiane. Ele tomou um banho e se vestiu com as roupas do irmão decidindo que já era hora de agir. Ele já havia dado a Daiane o tempo de solidão suficiente. Usou de sua chave reserva e vagarosamente empurrou a porta do quarto para encarar em seguida a figura adormecida sobre a imensa cama. Ele quis tocar nela, mas sabia que se o fizesse, a acordaria. Notou após alguns segundo de observação que ao lado de onde ela dormia havia um caderno de capa colorida, e nas mãos dela tinha uma caneta. Apoderado pela curiosidade, ele se direcionou com cuidado até o objeto e o tomou nas mãos. Começou a correr os olhos pela folha se deparando com o seguinte texto:


Era uma vez...Uma boa maneira de começar um conto de fadas não é? Sendo assim, de que maneira se deve começar algo completamente oposto a isso?

Ela era uma garota. Simples assim. Uma garota comum, com olhos cor de chocolate e cabelo rebelde. Pele pálida e sorriso infantil. Não passava de 1,60m e tinha o coração maior que o mundo.

Essa garota tinha sonhos, e esses eram quase maiores que ela mesma. Era só mais alguém no mundo esperando por encontrar seu lugar ao sol.

Aquele era para ter sido um dia comum, porém, não foi. O amor decidiu que aquele seria o dia em que ele sairia para buscar um novo hospedeiro. Alguém com o coração quente o bastante para que ele pudesse se hospedar, e foi ai que ele encontrou a nossa garota.

Ela estava sorrindo, como sempre, junto das amigas, e de longe o amor notou que alguém alem dele também a observava. O rapaz tinha bochechas coradas e olhos intensos, e o olhar dele não demorou até se encontrar com os olhos chocolates da garota do outro lado do pátio. Foi ai que o amor viu a sua oportunidade perfeita. Naquele momento, quando os olhos dos dois se encontraram o amor encontrou um lar. Ele passou a habitar no coração daquela garota, sem saber que aquela seria sua ultima morada.

O brilho nos olhos da garota se modificou. Agora não era mais tão inocente ou infantil. O tempo passou e ela cresceu. E junto com ela o sentimento que ela abrigava no peito se tornou ainda maior.

Ela esperou anos para reencontrar aquele rapaz. Ela cultivou até as mínimas lembranças dentro de si, para que essas servissem de alimento para o amor. Até que ela o reencontrou. Ele estava diferente, mas os olhos continuavam os mesmos de anos atrás. E o mesmo calor que invadiu o coração daquela garota na primeira vez que olhou nos olhos dele, se acendeu outra vez assim que os olhares se encontraram outra vez.

As trocas de olhares depois disso passaram a ser constantes, o amor nunca em toda a vida havia se sentido tão forte dentro de alguém. Mal sabia ele que os seus dias de glória estavam contados.

O tempo mais uma vez veio reivindicar o seu lugar. Ele veio para cumprir o seu trabalho e quando o amor se deu conta, ele percebeu que logo o seu alimento começaria a faltar. Ele viu o seu lar, que era o coração daquela garota ganhar mais hóspedes. De uma hora para outra ele se viu dividindo espaço com a ansiedade, com a raiva, com o ciúmes, com a inveja, e o amor se viu cada vez mais sem espaço. Ele viu que o coração daquela garota agora alimentava mais aos outros sentimentos do que a ele. Logo ele viu a situação piorar. Já estava em suas ultimas forças quando viu a tristeza chegar. E ela não veio sozinha. Ela trouxe consigo a enorme, pesada e espaçosa decepção. E foi ai que o amor reuniu suas ultimas forças e convidou para aquele lugar tão apertado que por tanto tempo ele chamou de lar, a sua ultima chance de sobrevivência. Ele clamou desesperadamente até que a esperança irrompeu em meio aos outros sentimentos e tomou o amor nos braços dando a ele a chance de descansar um pouco. Ela o alimentou mai uma vez e logo o fez adormecer em seus braços, tomando para si a responsabilidade de manter o amor vivo e o acordar apenas quando todos so outros sentimentos tivessem ido embora.

A esperança era forte. Talvez até o mais forte dos sentimentos. E ela lutou. Ela escolheu lutar com todas as forças para manter o amor vivo dentro daquele coração. Mas o tempo era cruel e fez a batalha se tornar a cada dia mais densa e difícil para a esperança. Ela foi perdendo forças até que se sentiu que adormecida. Foi nesse momento que ela acordou o amor e suplicou por ajuda a ele. O amor parecia um tanto revigorado, mas logo os outros sentimentos que pareciam ainda maiores voltaram a sufocá-lo. A esperança via com pesar o seu amigo de longa data ir ficando cada vez mais fraco, até que ele voltou para o lado da velha amiga e se aconchegou por uma ultima vez em seus braços. E como sempre a esperança o acolheu, e juntos eles lutaram uma ultima vez naquele lugar. A tristeza atacou os dois com todas as suas forças e tudo ficou ainda pior quando a decepção veio ajudar a tão leal aliada. A inveja ocupando seu lugar quis participar também e junto com ela veio o ciúmes que não queria ver alguém lutando e não poder participar. O tempo com toda a sua imponência observava a tudo de longe e quando viu qual dos lados venceria ele resolveu enfim tomar partido. Em um único ataque ele desferiu o golpe de misericórdia, que fez a esperança fechar os olhos e com muito pesar ter a certeza de que dessa vez ela havia falhado com o amigo. O amor estava adormecido em seus braços, e ela não queria deixá-lo morrer.

"O verdadeiro amor nunca morre, apenas adormece nos braços de uma esperança."

Nem sempre o amor quer morrer, e nem sempre a esperança consegue salva-lo. Nem sempre é o amor que morre. As vezes ele apenas adormece nos braços de alguém que não é forte o bastante para mantê-lo.

A esperança pode ser mesmo a ultima que morre, mas quando ela finalmente se vai, nada mais de bom resta.

O coração daquela garota nunca mais foi o mesmo. O lugar que por tanto tempo serviu de lar para o amor, tempos depois o serviu como tumulo. A garota viu o amor morrer dentro de si, e quando a esperança também se foi, ela se sentiu sozinha. O brilho no olhar que era tão vivo anos atrás, a abandonou também, deixando a pele pálida da garota sem contraste. Ela olhava para trás e se sentia estúpida toda vez que se lembrava que havia sido tão fraca. Ela não conseguiu alimentar o amor, e quando ele se foi, ela sentiu sua falta. Mas o arrependimento também não era forte o bastante para reanimar o amor. Mas talvez a esperança não estivesse realmente morta. Talvez ela esteja apenas dormindo, e esperando o momento certo para abrir os olhos mais uma vez e se sentir forte o suficiente para derrotar todos aqueles sentimento que pensaram tê-la derrotado uma vez.

Talvez...Só talvez, a esperança seja mesmo a ultima que morre. Talvez.


Wilhelm secou os olhos ao terminar de ler aquelas palavras. Era uma história fictícia, mas ele sabia que era real. Era a história dela. A história de como alguém havia partido o coração dela antes, e isso doía de mais no próprio rapaz.

Pegou a caneta que ela tinha em mãos e a segurou firme, escrevendo em seguida no fim da folha rabiscada de papal.


Era uma vez uma garota. Uma bela garota. Irritante, porém bela. E era uma vez um cara. Um cara lindo, charmoso, gostoso e cheio de graça. Um imbecil de primeira. Imbecil sim; por ter partido o coração da nanica irritante. Mas ele não fez de propósito. Não foi culpa dele. Uma vadia qualquer armou tudo e o infeliz de tão burro que é, caiu na armadilha dela. O cachorro agora está aqui com lagrimas nos olhos depois de ler da garotinha irritante o mais triste dos relatos. Mas ele queria muito mesmo encontrar o imbecil que partiu o coração dela e partir com a mesma força a cara dele. Mas ele só não vai corre o mundo atrás do cara por que vai estar muito ocupado pedindo perdão para essa mesma garota, já que ele também errou. Não intencionalmente, mas ainda assim a machucou.

E ele sabe que não vai ser fácil assim ser perdoado, e sabe também que esse conto de fadas não ficou tão bonito quanto o que ela escreveu. mas ele queria dizer que era verdade e ele implora de joelhos se ela quiser por perdão. Até por que de joelhos ele fica quase da altura dela, então deve facilitar um pouco as coisas.

Recebas as sinceras desculpas do príncipe encantado mais fajuto que uma garota pode desejar. Um príncipe cheio de defeitos e falhas, mas que não suportaria por nada no mundo ficar sem seu projeto irritante de princesa perfeita.

Ps: Eu te amo.

Ps ²: Eu sempre quis escrever isso :)

Ele colocou o caderno onde estava antes e se levantou da cama, dando um beijo suave na testa da menina ainda adormecida e deixando o quarto para trás.


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Notas finais do capítulo

Mil e dois beijos e fiquem com Deus!