Monsoon escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 22
A mesma dor.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores.
Capitulo grandão e cheio de emoções.
Hoje a fic toma um novo rumo e vai para um caminho lega, na minha opinião. Hj vcs vão poder descobrir mais do que aconteceu com a Nane antes. Ao mesmo um pouquinho é claro.
Mil e dois beijos,, e eu acho que tem gente me devendo recomendações qui heim...Eu só acho!rs'
Fiquem com Deus!



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A Alemanha era um país esplendido. Carregado de história e imponência, era um lugar digno de ser admirado pelos olhos de bons observadores. Essa seria com toda certeza a definição de alguém que alguma vez tivesse tomado o conhecimento de tal lugar. Três meses já haviam se passado desde a chegada de todos naquele país e desde então os únicos lugares que as irmãs Dayse e Daiane conheceram foram, a casa dos Süskind, logo em seguida o apartamento deles e o caminho que levava até o estúdio de gravação, o que dava as meninas uma definição um pouco diferente do país.

As Gravações estavam a todo o apor. O tempo perdido havia sido precioso demais e o que restava para a equipe era ainda mais. Todos trabalham incansavelmente e nem mesmo aos fins de semana eram agraciados com o descanso. Talvez o tempo ou o cansaço, estavam tornando a convivência entre aqueles quatro jovens quase inexistente.

O tempo que passavam juntos era para resolver os problemas profissionais. Daiane não parava apenas na sua função de ajudar Wilhelm, já que no set acabava tendo que fazer tudo o que era necessário. Dayse estava se descabelando com tanta responsabilidade. Wendler passava dias fora resolvendo a divulgação e marcando entrevistas para o irmão. Wilhelm parecia engolir os textos propostos a ele e gravava cenas e mais cenas por dia. Eles queriam terminar tudo em tempo Record, no intuito de talvez reverter as perdas causadas no meio tempo em que estavam entre o Brasil e Alemanha.

-Acho que é agora mesmo que eu morro. _ Dayse sussurrou se jogando no sofá da sala de estar do apartamento dos rapazes, onde já estava hospedada a mais de dois meses.

-Nem pense nisso Day. Se você morrer agora significa mais trabalho para mim.  _ A voz de Wendler vinda do sofá ao lado foi ouvida.

-O que faz aqui Wend?_Ela perguntou estranhando a presença do rapaz em casa.

-Essa ainda é minha casa mocinha, se você não se esqueceu e já tomou posse._Ele respondeu sorrindo cansado.

-Você entendeu a pergunta seu estúpido._Ela disse sorrindo fraco para ele, mesmo que os olhos fechados dele o impossibilitassem de ver.

-Tive um reunião desmarcada hoje e fugi para cá um pouco. Desliguei o celular e me escondi aqui mesmo tentando respirar e desligar minha mente por algumas horas, antes de voltar para nossa correria habitual._ Ele respondeu ainda deitado e com os olhos fechados.

-Acho que vou ter que interromper seu descanso caro cunhado._Uma terceira voz de fez ouvir e Wendler abriu os olhos assim que notou algo ser lançado sobre si. Notou que Daiane havia passado por ali e seu mal humor habitual parecia ainda mais acentuado aquele dia.Abriu o jornal que estava sobre o seu rosto e se sentou assustado assim que leu a noticia da primeira pagina.

-Merda._Ela exclamou se levantando em seguida fazendo Dayse o encarar curiosa._Como ele fez isso? Como eu deixei escapar isso? _Ele perguntou enquanto buscava algo nos bolsos, achando em seguida e revelando o parelho de celular que logo era usado para fazer uma chamada desesperada.

-Nem precisa continuar com isso Wendler, eu já estou aqui._Uma outra voz agora vinda da porta de entrada foi ouvida.

-Que merda você foi arrumar cara?_Wendler perguntou lançando o jornal contra o rosto do irmão que apenas segurou e lançou o mesmo em seguida de encontro ao chão.

-Nem me venha com essa. Eu juro que não foi culpa minha._Wilhelm respondeu e se jogou no sofá onde antes o irmão estava deitado.

-Alguém pode me explicar que droga está acontecendo?_Dayse se pronunciou forçando os rapazes a virarem os olhos em sua direção._Não me olhem assim. Falem de uma vez o motivo da minha irmã estar praticando arremesso de jornal e vocês dois ficarem se encarando com essa cara de Pitt bull raivoso.

-Merda. Sua irmã está em casa?_Wilhelm perguntou e Dayse assentiu.

-Foi ela mesma quem me trouxe isso irmãozinho._Wendler disse mostrando mais um vez o jornal e fazendo Dayse se levantar para pegar o mesmo.

A moça analisou as fotos por alguns minutos e depois de uns segundo a mais em silencio ela lançou o jornal contra Wilhelm e esse apenas bufou desviando do objeto.

-Que merda é essa Wilhelm?_Ela perguntou e ele revirou os olhos.

-Você acreditaria se eu dissesse que você é 14526789523974017 pessoa que me pergunta isso hoje?_O rapaz respondeu usando de ironia exagerada.

-Então eu acho que já passou a hora de o senhor nos dar uma resposta._Foi Wendler quem falou dessa vez.

-Eu juro que não foi culpa minha. Todos vocês sabem que essa maluca é louca._Ele disse revirando os olhos._Essa infeliz armou isso tudo. Ela armou para mim. A vadia deve ter planejado cada passo dessa merda toda. Se tem alguém que tem que explicar alguma coisa nessa bagunça toda, esse alguém não sou eu, e sim ela._Ela falou jogando a cabeça para trás em sinal de cansaço aparente.

-Você sabe a merda que vai dar para eu resolver isso?_Wendler levantou._Sabe a porcaria que eu vou ter que fazer para limpar isso? O diretor vai ficar uma fera Wilhy. Publicidade negativa é tudo que agente não precisava agora cara.

-A púnica coisa que eu to preocupado em resolver isso tem nome e sobre nome cara, e alguma coisa me diz que ela não ta’ nada feliz com isso tudo._Ele disse olhando par ao corredor que dava acesso ao seu próprio quarto. Lugar esse, onde Daiane Martinez estava.

A garota havia acordado naquele dia com menos disposição que o necessário. O cansaço já vinha a atingindo, assim como os outros a algum tempo, mas naquele dia em especial, ela parecia ter que lutar com ainda mais forças para sair de casa e ir trabalhar. Agra ela tinha certeza que ninguém poderia falar que ela não ligava para trabalho ou que não tinha responsabilidade. Quem dissesse algo assim merecia de longe um belo tapa estalado na orelha. Buscando forças de lugares onde ela nem sabia que podiam oferecer disposição. Ela se levantou e caminhou para sua rotina diária. O taxi a levou até o estúdio, onde ela encontrou apenas alguns membros da equipe que como ela resolveram chegar mais cedo aquele dia. Daiane não gostava de abusar das mordomias que tinha pelo fato de morar com Wilhelm. Mordomias essas que Dayse fazia questão de abusar toda vez que chegava atrasada no local. O trabalho até altas horas da madrugada estava matando a todos eles.

Fez seu trabalho como sempre. Viu Dayse chegar e logo viu também Wilhelm chegar. Aproveitou um pequeno intervalo nas gravações para ir até o camarim do “astro”, onde ficava a disposição para ele uma belíssima mesa de café da manhã. Era uma regalia para poucos. Regalia essa que ela fazia questão de aproveitar. No entanto o gosto doce da bebida quente daquele dia veio acompanhado do sabor amargo da decepção. Em cima da mesa havia também um exemplar de jornal e nele estava exposto na primeira pagina uma foto, junto de uma reportagem. Uma foto que fez a moça se afogar em lembranças. Uma foto que a fez relembrar e sentir de novo aquela dor. A dor que uma vez antes já havia dilacerado seu coração. A dor que a tempos estava sendo escondida por ela. A dor que foi expulsa com o tempo, mas que levou consigo parte daquele brilho no olhar. A dor de ver alguém que se ama, nos braços de outra pessoa. A pior sensação do mundo. A sensação de ter um desconhecido qualquer segurando todo o seu mundo. Ou ao menos uma das partes mais importantes dele.


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Notas finais do capítulo

E então?
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