Parte Annabeth

Minha missão para me tornar amiga do cabeça de alga, estava dando completamente errado. Impressionantemente Thalia se sairá melhor que eu sem nem mesmo ter um plano.

Primeiro eu nem tentei falar com ele depois que fugimos das fúrias naquele ônibus, eu fiz foi brigar dizendo que ele não devia ter me salvado, depois evitei o Maximo possível de me aproximar e depois agarrei( quem me dera) Luke. Definitivamente minha missão de me aproximar de Percy estava falhando.

A gota d’água foi quando eu cheguei no nosso mais novo refúgio e vi thalia deitada no colo dele. Ai sim eu fiquei com raiva. Pedi para ficar de guarda para me focar em alguma outra coisa, mas o que vi também não foi agradável, Percy deu um beijo de boa noite em Thalia, e do nada eu fiquei com ódio dela. Queria ir lá e mata-la mas me contive.

O QUE ELA FIZERA? COMO ELA CONQUISTOU O MEU .....meu Percy? Desde quando o Percy é meu? Desde quando eu penso nele dessa forma? Até uma semana atrás eu nem sabia que ele existia. Annabeth deixe esses pensamento!

Suspirei e me pus a avaliar o local, muita coisa nele era suspeita desde que chegamos ali eu quisera sair, parecia uma armadilha, mas depois de tanta tempo em silencio passei a achar que aquilo era paranoia. Quando foi meia noite acordei Luke, pois seu turno iria iniciar. Me ajeitei para dormir, mas ao passar de dez minutos eu não consegue pregar os olhos. Me levantei e fui conversar um pouco com Luke. No inicio nos ficamos em silencio, mas a curiosidade venceu a timidez.

- Porque vocês vieram atrás de nós? –perguntei

- Você é minha irmãzinha Annabeth! Eu não deixaria você ir sozinha. – ele respondeu, mas sua voz escondia alguma coisa.

- Tem certeza que foi só por isso? – perguntei

Ele suspirou, olhou para Percy que ainda dormia com Thalia no colo, e fez uma careta.

- Eu não confio nele – falou por  fim – Fale serio, nos já vimos Poseidon pessoalmente. Ele é todo relaxado, odeia ver os deuses ignorando seus filhos, porque faria isso com o próprio? Eu... acho que ele tem muito a ver com o perfil do ladrão.

- Como? – perguntei assustada – Você acha que ele realmente roubou o raio? – eu não conseguia acreditar nessa teoria

- Bom, não sei se ele roubou o raio, mas acho que ele tem culpa no cartório. Segundo Quiron e até mesmo ele, o menino vivia invisível, seria fácil para ele se esconder e roubar alguma coisa, ou pelo menos aconselhar o ladrão. Ninguém desconfiaria dele, e do nada hoje no ataque da Hidra ele mostrou uma agilidade absurda sem nem mesmo ter treinado, e você certamente viu, em um momento ele estava em um lugar e no outro estava ao seu lado. Foi experiente demais para alguém que nunca treinou na vida– Luke disse

Comecei a assimilar essa teoria, e pude perceber com horror que poderia mesmo ser verdade.

- Você.... eu ... preciso deitar – falei por fim

Me deitei novamente e tentei me concentrar em dormir, passados uns vinte minutos finalmente consegui pregar os olhos, só não sei se essa foi a melhor escolha.

“ Eu estava em um abismo, pelo menos meu espírito estava em um abismo, mas eu em real não estava, Thalia e Percy estavam ali, eles pareciam preocupados, com medo. E uma Thalia com medo pode ter certeza que o problema é serio. Uma nevoa escuro encobria os dois e as bordas do abismo ameaçavam de cair, Percy empurrou Thalia para trás dele e a mesma puxou Percy para o seu lado. Mas a nevoa continuava a encobri-los. Um som horroroso cuspia de dentro do abismo, o tempo passava mais lentamente, eu tentava avançar mas falhava. Então uma fumaça muito especa jorrou do abismo, e Thalia e Percy viraram um borrão Branco.”

Acordei ofegando, devia ser cinco da manha mas todos já estavam de pé, Luke estava com um pacote de biscoito na mão, Percy estava do lado de Thalia, a mesma estava com a mão no bracelete que escondia um escudo. Grover tinha duas flautas em mãos, e no momento que eu ia perguntar o que estava acontecendo ouvi um barulho. Um clique, Clique de algo sendo pisado e amassado. Depois aproximação de passos, e em menos de um segundo um exercito de ciclopes brotou dos fundos do galpão que aparentava ser abandonado na noite do dia anterior.

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Parte Percy

A minha noite já tinha sido bem esquisita, primeiro eu fiz meio que uma amizade com minha prima Thalia, e senti um enorme solavanco para protege-la. Depois quando fui dormir sonhei novamente com a voz do abismo. Ela dizia que estava próximo... próximo de que?

E depois teve o sonho com a menina de doze anos.... até agora suas palavras ainda não saíram da minha cabeça.

“ De repente me vi em uma ilha, tinha uma menina com cabelos castanhos avermelhados na minha frente (N/A : Quem já sabe quem é a deusa levanta a mão o/) ela sorria mas seu rosto tinha uma expressão dura, selvagem.

- Meu protegido está aqui – ela sorriu – que bom que chegou, sempre quis vê-lo pessoalmente. Mas nunca tive essa possibilidade. Sempre tive que manter afastada. – ela tinha um olhar meio distante, como se estivesse culpando quem a manteve longe de mim.

- Quem é você? Você é a deusa que me protege? – perguntei

Ela sorriu novamente.

- Nem ao menos perguntou porque tenho a aparência de doze anos? Pelo visto fiz o que foi certo, você é raro no ramo masculino, poucos homens tem tanto carinho, gentileza e. consciência. Seu pai tinha razão afinal.

- Meu...? Afinal estou certo? Você é a deusa que me protege? – perguntei novamente

- Proteger?... bem eu não fiz isso com muito êxito, você viu varias provas da crueldade de monstro mortais não foi? Eu não o protegi disso. – ela suspirou com tritesa, e mesmo sendo apenas um sonho eu me senti mal – Mas eu não podia protegê-lo de tudo, seu pai não podia interferir demais, pois se não Zeus iria desconfiar. Eu mandei meus amigos ficarem de olho, usei um pouco de minha força para protege-lo, tentei manter os monstros longe de você, mas nos monstro reais eu falhei. Não pude protege-lo de ver a verdade mortal, você sabe da crueldade humana, e isso pode interferir nas suas decisões futuras. – ela suspirou com pesar – Mas o foco não está no futuro da grande profecia, pelo menos não agora... Vamos falar dessa missão, eu vi como usou a habilidade do leopardo na luta contra a Hidra, mas saiba que não é só essa que pode usar, sou a deusa da caça, tenho diversidades de poderes animais em meu consolo, você pode usa-los basta ter a habilidade certa na hora certa, a agilidade de uma garça, a coregem de um leão, a rapidez de um leopardo e tudo mais, as principais características de animais estarão prontas para ajuda-lo.

- Mas... você é Artemis? Mas você não é uma deusa casta? Tipo,inimiga dos homens? Me desculpe se foi desrespeitoso mas... – perguntei meio assustado. A deusa Artemis me protegendo?(N/A : Muita gente vai dizer que Artemis é uma deusa que odeia os homens e tudo mais, mas ela não confia nos homens, não os odeia, e como a própia disse as parcas disseram que Percy vê a crueldade  humana, ele vai mudar isso no futuro, lutar pela paz e tudo mais, mas isso é no futuro ok? Muitos volumes ainda vão acontecer)

-  Realmente gentil, compreende o que nos falamos, seu pai realmente tinha razão. Você respeita as mulheres, eu o protegi porque além de Poseidon ser meu tio predileto, as parcas me falaram que você ia ter os olhos do mundo, você enxerga a crueldade humana, sabe o quando homens ferem mulheres por ai, sabe o quando as mesmas machucam os homens, e no futuro você ira tentar mudar isso, por esses motivos o protegi. Você é o escolhido afinal.

- Escolhido...Como? – falei

- Isso não vem ao caso agora, esse futuro ainda é distante, você tem que primeiro sobreviver ao presente, e muita coisa vai acontecer até o futuro, uma luta está chegando mas não digo contra monstros, está chegando a hora de ir enfrentar um monstro real, sua mãe precisa de sua ajuda. Lute! E depois o sonho tremeluziu e eu acordei”

Quando abri os olhos, Thalia não estava mais no meu colo, ela se encontrava sentada em uma das colunas, na noite anterior ela confiara a mim seu medo. E me vi numa ânsia subida de contar o sonho a ela. Ela ouviu tudo calada, os olhos azuis me observando com tamanha intensidade que tive que desviar diversas vezes pois me sentia envergonhado. Ao final do relato ela me avaliou como se estivesse se certificando que eu não estava mentindo.

- Você tem os olhos do mundo? Que demais! – isso foi tudo o que ela falou

E eu não pude deixar de rir, ela me contara isso também, sempre que se preocupava ela fazia uma piada, ou se referia a algo de menos importância, segundo ela dava a entender que aquilo era fichinha. 

- Pois é né... – minha voz se perdeu, ao meu lado um clique,clique invadiu o espaço abandonado. Thalia se levantou, puxando sua lança e sua mão voando a onde ficava seu escudo Aegis, minha mão agarrou contracorrente em meu bolso, e me coloquei do seu lado. Luke acordou também, havia uma espécie de brilho em seu olhar mas sumiu  rapidamente então achei que tivesse imaginando coisa, Grover se levantou, e Annabeth também fez o mesmo, e o exercito Ciclope invadiu nosso pequeno acampamento.

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No momento que vi que eles morriam com mais dificuldade, pensei que estava perdido. Eu não era um guerreiro, matei tantas aulas no acampamento que se matar aula fosse crime eu já teria sido punido com a morte. Os outros se saiam melhor, mas mesmo assim os ciclopes eram muitos, eles arrancavam as paredes e jogavam na gente, um dos pedaços atingiu minha cabeça e minha visão ficou turva. Me concentrei em procurar água em algum lugar, mas nem mesmo o encanamento estava funcionando parecia que ali não tinha água a anos. Continuei a lutar e me defender, mas quando mais morriam, mais surgiam, aquilo era uma armadilha, nos ficamos presos numa casa de ciclopes.

Ouvi Annabeth gritar e pude ver sua adaga voando para o outro lado da sala, pelo canto do olho vi ela se arrastar no chão. Grover fazia o seu melhor com latas, e pedaços de coisas quebradas, Luke lutava, eu e Thalia fazíamos o mesmo. Até que do centro do caos um ciclope com posse de majestade surgiu.

- Sacrificio! – o ciclope líder disse – Quem será integre ao sacrifio?

- RECUEM – Thalia berrou

- Há mas não é assim tão fácil amor! Achou mesmo que eu estava querendo ajudar? – Luke disse, ele avançou na direção dos ciclopes com muita calma, e virou-se contra nós.

- Você? Como... como pode fazer .... – Annabeth falava feito louca, ela se arrastará até o canto da parede.

- Não me culpe, os deuses destruíram nossa civilização. Mas não, não fui eu que roubei o raio, eu só mandei roubarem o raio. E acreditara em mim. – os olhos de Luke cintilaram para Thalia.

- Você me enganou. Você disse que ia apenas dar um susto nos deuses, falou que seria apenas para fazer eles se assustarem. Você mentiu para mim. – Thalia gritou, dos seus olhos saíam lagrimas.

- Thalia... como pode? Zeus é seu pai – Grover falou pasmo.

Eu não disse nada. Eu estava surpreso e ao mesmo tempo com pena, eu sabia que Thalia achava que podia fazer qualquer coisa, ela dizia ser fraca mas só agora eu vim perceber. Antes mesmo de todos Thalia soubera que Luke ia nos trair, ela tentou em dizer isso ontem. Só que eu não ouvi a mensagem. Mas se Luke fizera isso... então onde estava o raio?

- Já chega de brincar – Luke gruniu

Então o exercito atacou, terminei com dois ciclopes quando vi o que Luke queria fazer. Ele próprio estava enfrentando Thalia. Os dois lutavam pelo escudo, será que era lá que o raio se encontrava? Se for, Thalia precisava de ajuda.

O ciclope chefe fazia alguma coisa relacionada a magia. Um buraco negro se erguia ali no chão do galpão, Annabeth e Grover enfrentavam cinco ciclopes mas pareciam estar ganhando. Voltei meus olhos novamente para Thalia e vi uma cena que quase me paralisou de medo,Luke estava com a espada na garganta de Thalia, o escudo dela tinha viajado pela sala,e se perdera em algum lugar.

- Thalia! – gritei

- O escudo! – ela disse – pegue o escudo

Então Luke a chutou em direção ao buraco negro, e ela sumiu no buraco de luz negra. Os ciclopes começaram a se afastar, o choque quase me deixou paralisado, Luke correu pela sala em busca do escudo e eu fiz o mesmo, dessa vez eu ganhei. O escudo batera na parede e quase entrara no muro. Peguei ele e gritei para grover e Annabeth saírem. Luke rogou uma praga mas eu não fiquei a tempo de ouvi-la por completo. Nos saímos do galpão e corremos sem olhar para trás nem uma única vez. Paramos quando chegamos a uma biblioteca, controlei a respiração, e verifiquei o escudo. Ali estava. A arma mais poderosa do universo.

- Ela foi enganada. – falei

- Nos vamos acha-la- Annabeth disse

- Sim, nos vamos mas não será agora. – suspirei, era difícil, mas era verdade, faltavam apenas três dias para o prazo final, tínhamos de chegar ao olimpo e convencer Zeus da minha inocência, contar a ele tudo o que estava acontecendo. E ainda tinha o tal pressentimento de Artemis. Algo me dizia que estava na hora de enfrentar o monstro humano.