The Son Of The Sea escrita por Lilian Smith


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oii, gentee eu não sei se esse realmente ficou bom, eu fiz com minha mãe enxendo o saco, mandando eu sair do pc. Mas espero que vocês gostem.



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Sinceramente? Eu já estava de saco cheio dos deuses... fala serio,  eles poderiam nem me dar um desconto? Era minha primeira missão, e ainda era em busca da arma mais poderosa do universo, pelo menos uma folga de algumas horas eu merecia certo?  Errado.

O monstro atacou com tudo, Thalia desviou o ataque com o escudo, e correu para o lado oposto da criatura, Annabeth feriu o monstro no canto, e gritou :

- CUIDADO A DO MEIO COSPE FOGO

E mais pareceu uma praga, porque nesse exato momento a cabeça do meio mandou uma avalanche de fogo na minha direção, e eu escapei de virar um monte de cinzas por um tris. Grover continuava a cantar uma musica que parecia um conjunto de concerto do lixão de nova Iorque. A musica não surtiu efeito nenhum sobre a coisa. Tentei me lembrar de como  se incapacitava a Hidra, nas lendas... algo me dizia tinha a ver com fogo, cortar a cabeça dela e queimar antes que outra renasça*. Mas o único fogo que tínhamos era o que vinha do monstro e eu duvidava muito que ele cometesse suicídio.

Thalia continuava a defender, o seu escudo( que fora um presente de Atena a ela) tinha um pequeno amassado na lateral, mas no inteiro parecia muito bem, eu só desejei que ele  pudesse pulverizar monstros, ai sim teria um efeito maior. Annabeth desviava como uma bailarina em uma dança, os movimentos lembravam uma garça, tão delicado e tão básico que parecia estranho demais ser mortal para algumas pessoas. O modo como os cabelos loiros cainham no rosto quando ela desviava dos ataques, como o corpo magro e ágil flexianova-se numa dança mortífera, era contagiante**. Mas eu sabia que ela não podia atacar o monstro inteiramente, isso só iria piorar a situação.

Me coloquei de pé, e tirei a tampa de contracorrente, serviria de distração, e pouco a pouco talvez conseguíssemos fugir dali. Corri em direção ao monstro com o coração na boca, aqui estava eu, o maior fracassado do acampamento meio sangue, correndo na direção de um monstro com quatro cabeças que não pode ser morto a não ser que eu impeça suas cabeças de nascerem. Completamente hilário. Se o momento não fosse tão mortal, eu mesmo riria da minha cara, ficaria fazendo piada de mim mesmo por horas. Motivos não me faltavam.

Desferi um coupe na lateral da Hidra, ganhando sua atenção, ela rosnou e lascou mais uma rodada de fogo, eu consegui escapar mas contracorrente voou para a mata se perdendo por entre as arvores e musgos. Ótimo, simplesmente ótimo, desarmado e com um monstro de 4 cabeças que pode me triturar em menos de segundos, eu realmente amo minha sorte. Rastejei pelo chão de costas enquanto o monstro me seguia, parecia aquelas cenas de filme quando o bandido fica de encontro com o mochinho e espera a hora exata para mata-lo. Nesse filme eu não tinha certeza de um final feliz.

Ouvi Thalia xingar, e olhei de relance para ver do que se tratava, três ciclopes com aparência bem faminta estavam ocupando meus aliados nesse momento, o que dizia que só restava eu e a Hidra, eu estava por conta própia.

O monstro parecia se diverti com a situação, quase parecia entender que eu não tinha ajuda agora, minhas costas bateram numa arvore, e a Hidra continuava a vir ao meu encontro, já preparando seu próximo coupe de fogo. Então eu pude ouvir algo, não era externo, era interno, vinha da arvore, eu me sentia como se fosse ela...não, eu não era a arvore, eu era a agua que ficava presa lá dentro após anos de chuvas. Eu senti uma coisa reveladora, me senti forte como nunca senti na vida, uma onda gritava nos meus ouvidos, e quando a Hidra lançou seu fogo em direção ao meu corpo, eu mandei a agua sair de onde ela estava.

ZAAA! Agua e fogo colidiram, uma parede dos dois elementos cresceu, fogo e agua lutando um contra o outro, eu jamais me sentira tão forte antes, parecia que eu podia fazer qualquer coisa, eu me sentia invencível. Mandei a agua com mais força e consegui ficar de pé, no fundo eu sabia que isso não poderia durar para sempre, mas nesse exato momento, o choque de adrenalina cobriu essa possibilidade. Eu comecei a achar que poderia fazer qualquer coisa. E sentir isso pela primeira vez era contagiante.

A alguns metros Thalia lutava com um ciclope, Annabeth estava lutando com dois, e de relance pude ver Grover caído no chão, sua boca sangrava. E a parede de agua enfraqueceu, eu estivera tão surpreso com a força daquela agua que esqueci deles, esqueci dos meus aliados. O jato de adrenalina estava me deixando, a parede de agua diminuía cada vez mais, e a Hidra avançava. Do mato alguém surgiu. Com uma tocha de fogo, Luke apareceu das sombras, ele gritou e avançou na Hidra, recuei a agua e pulei para o Lado. O fogo atingiu a arvore, e a Hidra ficou com ódio, e antes que ela pudesse comer Luke ele cortou uma das cabeças e tacou fogo antes que outra renascesse. Me pus de pé para ajudar. Do meu lado a batalha ainda continuava, Thalia tinha vencido o ciclope que estava com ela, mas parecia ter se ferido, ela estava deitada no chão, gemendo, e abraçando o braço que estava coberto de sangue. Annabeth enfrentava os outros dois com muita bravura, mas ainda estava ferida. Eles foram pegues de surpresa, e não ajudou em nada Grover ferido no chão. De repente a possibilidade de Annabeth se ferir me deixou com ódio, a adrenalina voltou, e eu voei(em sentido literal) para onde ela estava. Ouvi Luke arquejar mas não entende o que ele quis dizer, do nada eu estava em pé do lado de Annabeth***. Verifiquei os bolsos, e lá estava minha espada tirei a sua tampa, e ergui ela em direção ao ciclope, Annabeth pareceu confusa por um momento, como se não acreditasse que era eu ali, mas voltou sua atenção a luta. Os ciclopes eram rápidos, tinham uma força muito grande, mas de alguma forma eu consegui enfiar minha espada na cintura de um e ele se reduziu a pó. Annabeth enfiou a adaga no coração do outro e ele também se dissolveu. Luke também conseguiu drenar mais duas cabeças do monstro, mas a tocha estava se apagando. Gritei para ele correr, e ele viu o porque. Fez com que a Hidra fosse para frente, e desceu de suas costas, agarrou Thalia no colo, e eu e Annabeth puxamos Grover, e começamos a correr pela mata.

Ou a Hidra se matou, ou ela desistiu pois não veio atrás de nós, chegamos a avenida central, e entramos em um galpão abandonado. Thalia tinha deslocado o braço, e Grover bateu a cabeça. Demos ambrosia que ainda tínhamos guardada a Thalia, e um remédio feito com plantas olimpianas a Grover, ele imediatamente dormiu, Thalia foi mais durona disse que não estava com sono e ficou encostada em uma das colunas que tinha no galpão.

Luke e Annabeth foram atrás de comida, e me fizeram jurar pelo estige que eu não tiraria os olhos de Thalia. Luke me olhava curioso, o motivo eu ainda não tinha entendido.

Logo após eles saírem o silencio se estabeleceu, eu tinha ciência de que minha prima estava acordada, mas depois da cena que ela fez  hoje pela manha conversar com ela não seria de muito agradável, pelo menos não na minha vista. Fico prestando atenção em alguns pontos do galpão, era de veículos antigos, mas hoje está abandonado. Em fins de semana milhares de prostitutas vem aqui para fazer seu ponto já passei aqui milhares de vezes quando Gabe ia para um bar que ficava por perto e me obrigava a ir junto.

Já devem ter se passado vinte minutos, estou começando a achar que aqueles dois foram atacados por monstros, onde foram atrás de comida? Na china?

- Como você fez aquilo? – uma voz de menina chama a minha direita. É Thalia.

- Aquilo o que? – tendo ser educado, ela está fraca e no momento não quero irrita-la.

- Ser tão rápido daquele jeito- ela disse bem devagar-  em um momento você estava atrás da Hidra, no outro você estava lutando contra um ciclope. Parecia um leopardo, com ultra velocidade. – ela me observou para ter certeza se eu tinha entendido bem.

- Eu... não sei ... como assim ultra velocidade? – perguntei completamente confuso

- Eu já disse, em um momento você estava em um lugar, e do nada foi para o outro, parecia um borrão na luz. Como eu disse um Leopardo. Leopardos são rápidos, podem correr a quilômetros por hora. Você pareceu ter agido assim naquela hora**** – ela respondeu.

- Eu... eu não consigo saber... serio foi mesmo assim? – perguntei pasmo

- Foi... foi incrível – ela disse essa ultima parte baixinho, mas mesmo assim eu ouvi.

Eu a observei em choque, Thalia Grace que hoje de manha quisera me matar, estava me elogiando?

- Você está me elogiando... é difícil de acreditar – falei

Ela sorriu um pouco na escuridão do galpão – Pois é... sobre isso... queria pedir desculpas pelo meu ataque hoje pela manha, eu realmente dei uma de criança mimada – ela respirou fundo – sinto muito.

Eu fiquei seriamente pasmo, ela que deixara claro que odiava voltar atrás, e que me achava um imbecil estava se desculpando? Agora eu realmente não sabia o que dizer.

- Hã... eu sempre fui péssimo com palavras, mas tudo bem. – responde

- É que... eu sempre achei que por ser filha dos três grandes deveria ser invencível e eu ... eu não sou assim. – ela estava a beira das lagrimas.

Senti uma enorme vontade de consolar ela, andei até onde ela estava, e coloquei sua cabeça na minha perna, ela não protestou, e se pós a realmente chorar.  

- Eu não sou invencível, eu tenho fraquezas, eu sou uma fraca... , mas é muita pressão. Todos esperam que você seja forte e bravo, eu escute... eu nunca falaria isso na frente de ninguém, nem de Annabeth, mas é verdade, eu tenho milhões de fraquezas, mas tenho que agir como se não tivesse nenhuma. Porque todos esperam que um filho dos três grandes seja assim – ela falou com mais lagrimas nos olhos.

- Mas você não precisa agir desse jeito, todos tem fraquezas, eu sou uma prova viva disso, não tenho físico de herói, não sou bom estrategista, e nem ao menos consigo enfrentar o meu padrasto... – me contive em dizer a verdade, e voltei o foco para consolar ela – ninguém é invencível, só tem que controlar os seus medos, mas invencível ninguém é. Somos feitos de carne Thalia

- Mas temos de viver como se fossemos feitos de ferro... para os filhos dos três grandes é desse jeito. Todos acham que somos invencíveis, se eu demonstro fraqueza nem que seja por um minuto todos se sentem desesperados. Eles vão por mim, e nem sempre o que faço é bom o bastante... – as lagrimas ainda rolavam de seus olhos – Eu... eu estou muito cansada disso.

- Chii, tudo bem, eu meio que estou entendendo o que é isso, agora durma. Você está fraca, durma! – falei, ela suspirou e fechou os olhos, nem se quer saiu do meu colo, mas eu não me opus, ela estava cansada, e eu me senti bem em ter ela aqui comigo. Pela primeira vez, vi ela apenas como uma menina, todas as vezes que a via, ela sempre mostrara uma posse de heroína, agora eu sabia que por trás daquela “garota invencível” existia uma pessoa assustada. E eu ficaria com ódio se alguém a machucasse.

Por volta das sete da noite, Annabeth e Luke voltaram, trouxeram alguns salgadinhos, e suco. Todos comeram com exceção de Thalia, pois convenci eles a deixarem ela dormir. Annabeth se pós a ficar de guarda, e os outros foram deitar, coloquei Thalia parcialmente no meu colo da mesma forma que ela estava quando conversamos hoje.

- Descanse heroína – falei e depois fechei os olhos.  *****


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Notas finais do capítulo

Hercules matou a Hidra dessa maneira
** é o amoorrrr, que mexe com a minha cabeça e me deixa assimmmm!
*** Amor i love you, Amor i love you, Amor i love you, Amor i love youuuuuuu
**** Um dica sobre o deus que protege o Percy ( essa já ficou obvia)
*****Confusão entre amor... eu ainda não decidi se fasso Percalia ou Percabeth, vou meio que fazer os dois, mas nó fim apenas um deles vai ficar e eu ainda não decidi qual é.
Espero que gostem!