Meu nome é Percy Jackson. Tenho doze anos e aos sete descobrir ser um meio sangue ou seja filho de um deus com um mortal. Desde essa idade todo o verão eu vou para o acampamento meio sangue, o único lugar seguro para pessoas como eu, já que no mundo comum nos sempre somos atacados por monstros, bom... isso era o que diziam. Eu nunca tinha sido atacado por um monstro na vida, e também não sabia quem era meu pai ou mãe de sangue olimpiano, mesmo depois de todos esses anos.

Por ser indeterminado ,quando vou ao acampamento fico no chalé de Hermes, o chalé mais cheio do acampamento já que Hermes era o pai dos viajantes. Na maior parte das vezes fico sozinho, não tenho nenhum amigo de verdade, seja ele semideus ou mortal, talvez seja por minha falta de habilidade, minha idiotice ou minha falta de atenção...não sei responder, mas na real prefiro assim. Eu nunca me dei bem com as pessoas da minha idade, alias eu nunca me dei bem com pessoas, a única pessoa com quem eu me relacionava de uma forma pacifica era minha mãe, mas mesmo assim ela sempre foi distante dos meus pensamentos que eu fielmente guardava para mim. Dessa forma sempre que eu ia ao acampamento, eu passava despercebido, por ser péssimo com arco e flecha eu pulava esse treino, e costumava treinar esgrima sozinho sem ninguém para me ver, por isso as únicas aulas que eu realmente participava era a canoagem e mesmo sendo bom, eu dava um jeito de errar alguma coisa porque eu não queria atenção voltada a mim, canoagem não é uma habilidade que um herói precise. Alias pensando desse modo, eu bem que poderia me mostrar as vezes, eu não sou um herói e nunca vou ser, os verdadeiros heróis são aqueles que são inteligentes como Annabeth Chase ,filha de Atena, que apesar de ser da minha idade, foi uma sobrevivente e diferente de mim teve de lutar muito para chegar ao acampamento... Thalia Grace filha de Zeus, só por ser filha de Zeus ela já é heróina,e juntando com seu histórico certamente ela será lembrada nas futuras gerações, a menina tinha se sacrificado para salvar os amigos, quase morreu e acabou sendo salva por Luke Castellan filho de Hermes que tem todo o porte de um herói... sim eu definitivamente não me encachava como herói.

Pensei nisso enquanto andava até a porta de entrada(e saída) do acampamento. O verão voltará e agora eu estava aqui de novo, pronto para mais um ano sendo humilhado pelos campistas mais fortes e mais habilidosos, sendo esquecido, e deixado de lado sozinho e sem amigos. Deuses como a vida é boa! Ao contrario de caminhar até o chalé onze, eu fui em direção a floresta, procurei por uma arvore gasta, e abri seu tronco, rapidamente colocando minha mochila lá. Entenda Hermes era o pai dos ladrões e seus filhos não poderiam nascer sem herdar essa habilidade, por isso eu sempre guardava minhas coisas em uma arvore oca. Resolvi sentar um pouco e pensar sobre a vida, passou-se mais ou menos 10 minutos quando ouvi risos vindo da minha direita, me levantei num salto pronto para correr e fugir, mas então ouvi vozes de pessoas conversando e me aproximei, mal comecei a andar e já os ví. Lá estavam eles os heróis do acampamento. Annabeth, Luke, e Thalia. Se divertindo, rindo uns dos outros deixando claro que eram heróis, coisa que eu chamais seria. Pare com isso Percy,você é um herói,você é meu filho! A voz! Essa voz estava me perseguindo desde que eu sairá do apartamento da minha mãe, e parecia que ia me perseguir aqui também, o esquisito era que ela vinha só em minha cabeça, ninguém a ouvia, por isso não contei a ninguém sobre isso.

-          O que foi isso? – Thalia perguntou virando-se diretamente na minha direção, e por pouco não me viu. Droga! pensei, eu devo ter feito algum barulho e agora eles vão me acusar de espionagem

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Mas eles não pareciam se referir a mim, parecia sobre algo... atrás de mim?

Eu me virei, bem a tempo de ouvir o grito da voz de Annabeth

-          CÃO INFERNAL!!

-          O bicho era do tamanho de um rinoceronte, e os dentes pareciam ter sido afiados por dias e noites, deixando ele com presas capazes de trituras uma pedra. Rolei para o lado para que ele atacasse logo os três. Eu sei parece egoismo, mas eles são heróis, eu não, eu nunca teria chance contra um bicho daquele, ele me mataria no simples movimento que tivesse eu e eu estava desarmado. Me enrosquei entre as arvores decidindo assistir o show que iria acontecer, mas pelo visto a boa sorte resolvera me largar, o monstro se virou diretamente para mim, e me fuzilou com o olhar, ele pareceu cheirar o ar por um segundo e rosnou, eu estava paralisado, realmente não conseguia me mexer, até a hora que ele voou para cima de mim, obriguei meu corpo a se mexer e rolei para o lado, uma flecha apareceu em cima da cabeça do monstro e ele rosnou de raiva, e provavelmente descontaria em mim, se eu não fosse rápido e rolasse para o lado novamente.

-          Acabei me levantando, e corri entre as arvores, mas fiquei a tempo de ver Luke enfiar a sua espada no coração da coisa, e vela se reduzir em poeira. Depois de ver aquela cena, corri entra as arvores sem me incomodar em fazer barulho, entrei no chalé ofegando, mas como sempre ninguém se ligou em mim. Fui para o meu canto de sempre, e comecei a pensar, esse fora o primeiro ataque de monstro que eu sofri e ironicamente foi dentro do acampamento o lugar mais seguro para os semideuses. Depois pensei na voz, dizendo que eu era um herói, que eu era filho dele, mas... quem era ele? Passei o resto da manha pensando no que aconteceu, até que tocou o sinal do almoço, e os campistas do meu chalé começaram a se organizar, Luke passou pela porta o rosto suado, pensei que ele fosse falar comigo, mas ele nem pareceu me perceber.

-          Depois de nos servimos e fazermos a oferenda aos deuses, Quiron chamou a atenção dos campistas e se colocou a falar:

-          - Campistas, acalmem-se! Alguns devem ter conhecimento que o acampamento teve uma invasão por um cão infernal! Não sabemos como, mas podemos ter uma idéa do motivo- ele olhou para Thalia, sentada na mesa um – Provavelmente ela esta em perigo e ela já nos salvou milhares de vezes, temos de proteje-lá.

-          Alguns campistas suspiraram, outros apenas assentiram com a cabeça, eu fiquei calado, tinha algo errado na teoria de Quiron, na floresta o monstro pareceu nem notar para ela. O foco dele era em mim, mas eu não via logica para isso, e aparentemente Annabeth Chase também notou isso, pois se levantou de sua mesa e pós se a falar:

-          Quiron! – ela chamou pedindo permissão, e Quiron fez um gesto afirmativo – Eu estava lá quando o monstro apareceu, e ele pareceu não notar Thalia, ele olhava para o outro lado, cheirando, depois pareceu achar o que queria e rosnou, para o mato. Mas quando chegamos para conferir não tinha ninguém lá.

-          Quiron analisou mentalmente o comentário de Annabeth e por fim perguntou:

-          -Alguém aqui esteva na floresta hoje? Do lado que da para a praia? – ele perguntou observando todos os outros com os olhos.

-          Ninguém ergueu a mão, e nesse grupo pode incluir a mim. Até que por fim um dos sátiros que cuidava de trazer as crianças meio sangue para cá, ergueu a mão e disse:

-          - Ele – ele diretamente apontou para mim – Eu o vi saindo da floresta, correndo e meio tempo depois apareceu Thalia,Luke e Annabeth!

-          Todos os olhares do acampamento se viraram para mim, e eu corei, eu nunca tinha recebido atenção no acampamento e isso me assustava um pouco, então notei que todos esperavam uma resposta, e falei a primeira coisa que me veio a mente:

-          - Eu sou estava indo dar uma volta, então ouvi os gritos e rosnados e corri de volta. – Otimo! agora todo o acampamento sabe que eu sou um covarde, tomara que me ignorem depois como sempre fizeram.

-          Certo!- Quiron disse, mas ele não pareceu acreditar em mim, como os outros acreditavam, não era uma boa idéia enganar o cara mais sabio do acampamento, mas eu não via outra escolha – Terminem seus jantas, e preparem-se para a caça bandeira

-          Todos se levantaram, eu já estava planejando uma fuga, porque normalmente eu não participava da caça bandeira, primeiro porque todos achavam que eu não era bom lutador, segundo porque EU achava que não era bom lutador, então era melhor para todos que eu estivesse de fora, mas antes que eu colocasse meu plano em pratica, Quiron chegou por trás e pós a mão no meu ombro e falou :

-          Não pense que eu não noto você Percy, eu reparo em todos os campistas, e dessa vez você não ira fugir do jogo.

-          Ele so podia estar brincando, tinha de ser brincadeira, eu não iria participar ninguém ia me querer para nada, e antes que eu tivesse a chance de falar isso, ele chamou Annabeth, já que nesse jogo o chalé de Hermes fez uma aliança com Atena. A menina se aproximou, e me lançou um olhar meio raivoso, provavelmente porque eu não ajudei ela, e seus amigos. Como se eles necessitassem da minha ajuda! Pensei

-          - Annabeth arranje uma posição para Percy, e arranje um elmo para ele certo?

-          -Certo Quiron

-          Ele se afastou e ela começou a andar na direção do time, e fui obrigado a segui-la, algumas pessoas me olharam, mas pareciam sentir raiva por eu ter fugido quando Luke, Annabeth e Thalia precisavam de ajuda, e minha vontade era de gritar que eu não era herói coisa nenhuma, e que eles eram melhores que eu mas essa vontade se perdeu na minha garganta. Ela separou as funções e um por um foram tomando seus lugares, ela se virou para mim e disse num tom bem frio que eu ficaria na praia para observar e manter guarda. Depois me entregou uma armadura, espada e escudo e mandou eu ir para meu lugar. Caminhei até lá resmungando, ouvi o som da trombeta anunciando o começo do jogo, e cheguei ao meu canto. Minutos se passaram, e nada de alguém aparecer, eles realmente devem me odiar, porque me deixaram completamente fora da diversão. E assim que pensei isso me arrependi, ouvi um rosnado vindo das arvores, seguido por outro, e mais outro e depois da sombra das arvores surgiram não um mais sete cães infernais. O sangue esfriou em minhas veias, e um arrepio percorreu minha espinha, olhei para trás esperando ver alguma outra pessoa, mas ali só tinha a mim. Eu estava sozinho, sem ninguém para me ajudar, o tempo pareceu parar e então o primeiro cão correu ao meu encontro.