Amor De Infância escrita por Samyy


Capítulo 32
Capítulo Trinta e Um - O Maníaco


Notas iniciais do capítulo

Era uma vez uma escritora de fanfics que decidiu trabalhar em seu novo capítulo. Ela o escreveu, estava quase no final quando seu computador desligou. Desesperada a menina tentou religar o computador, descobrindo que perdera quase três horas de trabalho pensando no que escrever. Mesmo morrendo de raiva e preguiça de ter que reescrever mais da metade a garota e o fez e foi postar no site.
Gente, história da minha vida. Então, desculpa...



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Rony estava completa e findavelmente ansioso.

Suas mãos estavam geladas e possuíam um leve tremor. Os seus pés não paravam quietos no chão, sempre batendo no quadrilho do chão. Seus dedos irritados produziam uma leve sinfonia todas as vezes que se encontravam com o tampo da mesa.

Ele estava ansioso sim, e muito mais apreensivo, irritado, totalmente com raiva.

A verdade é que esperar naquela sala de espera do presídio não estava sendo uma das melhores experiências. Já havia se passado pelo menos uma hora desde que o simpático policial Day lhe dirigiu para aquele ambiente.

Rony estava sentando em uma das várias mesas na sala. Durante todos aqueles minutos podem presenciar o encontro de detentos com suas famílias, esposas, filhos e amigos.

Aquela visita não foi nem um pouco programada. Rony acordou aquele dia e decidiu que “visitaria” Victor Krum.

A questão é que ele não fazia a mínima ideia do que diria, ele simplesmente vestiu as suas roupas, pegou as chaves do carro e se dirigiu ao Presídio Federal.

Gostaria de saber o motivo da demora, não deveria ser algo simples afinal?

Victor Krum estava sendo acusado de tentativa de homicídio, lesão corporal, omissão de socorro e ameaça. Após a prisão, o búlgaro foi submetido a exames toxicológicos e psicológicos para detectar uma possível alteração no estado de Krum perante o ato.

Nada.

Nem bebidas, nem nada ilícito, nada incomum. Ele estava totalmente sóbrio e consciente no dia do crime.

Krum foi preso em flagrante, não tinha o que se discutir. Sem direito a fiança o homem foi levado ao presídio onde aguarda o julgamento, algo que poderia levar semanas, meses ou até anos para acontecer.

Uma porta se abriu e dois policiais (um deles, que Rony reconheceu como sendo Day) escoltavam um homem.

Rony tinha aproximadamente 1 metro e 88 centímetros, aquele homem devia ter no mínimo 1 metro e 80 centímetros. Cabelos negros, ombros largos, braços e pernas desproporcionais.

– O que ele está fazendo aqui? – ele perguntou se sentando. Em sua voz podia se ouvir o tom do desagrado. Victor tinha se tornado um bom falante, falava quase sem sotaque, mas ainda era possível, em algumas palavras, perceber a acentuação forte.

Rony o encarou por alguns segundos. Ainda não sabia o que dizer ao “rival”, mas assim que falou tudo começou a sair natural e involuntariamente.

– Você não sabe o quanto eu te desprezo! – foi a primeira coisa que conseguiu dizer.

– E mesmo assim veio aqui me visitar. – o moreno disse sarcasticamente.

O ruivo olhava os olhos que nenhuma emoção demonstravam e se perguntava o que diabos Hermione tinha visto naquele homem.

Ele era apenas um monte de músculos inúteis, apontou.

Lembrou-se da primeira vez em que o tinha visto...

Flashback

Era o dia posterior ao aniversário da castanha, onde comemoraram com uma festa surpresa.

Hermione tentara preparar macarrão com salsicha para o jantar, mas a massa ficara um tanto dura, todavia comestível. Não tinham outra opção então encararam o macarrão.

– Até que estava bom! - Rony juntou-se a namorada no sofá após a refeição e lavar a louça. Ela cozinhava, ele lavava. Hermione navegava na internet pelo notebook.

– Ah, obrigada, fez eu me sentir muito bem! - ironizou. - Sou uma negação na cozinha! O que vou fazer? Não posso cozinhar para o meu futuro marido.

– Nós daremos um jeito. - ele riu. - Um curso de culinária!

– Ah, idiota! - enfatizou com raiva.

– Certo, não é para tanto, né! - Rony falou levantando as mãos para o alto em tom de rendição.

– Não é isso. - Hermione desfez o mal entendido. - É que... - parou de falar abruptamente. - Não é nada importante! - tentou disfarçar.

– Você mente muito mal! Não costuma chamar ninguém de idiota se o motivo não for importante. Pensei que fossemos, acima de tudo, amigos e que pudéssemos contar um com o outro.

– Sim, é que... - mordeu o lábio insegura. - Não faça uma escândalo. Faz um tempo que não mexo no computador e hoje entrei no *'Earbook', tenho mensagens de feliz aniversário e tal, e uma dessas mensagens é do Victor...

– O quê? - perguntou exaltado, mas logo recompondo a compostura. - E desde quando você o tem lá?

– Esse é o problema, eu não o tenho adicionado!

Ela ia excluindo a publicação do búlgaro, mas Rony pediu que esperasse antes. Pegou o notebook das mãos da namorada e entrou no perfil do sujeito. Queira vê-lo, saber com quem a castanha havia se relacionado, mesmo que estivesse fervendo por dentro. Podia sentir seu sangue borbulhando nas veias, mas iria manter a compostura.

– É a irmã dele! – respondeu Hermione a muda pergunta de Rony ao clicar na foto do rapaz.

Estava em uma praia com uma moça sorridente, de cabelos negros e covinhas. Como o perfil de Krum não era privado ou protegido, Rony aproveitou para espiar as outras fotos.

– O que você viu nele? - questionou passando por várias fotos onde o moreno estava em frente ao espelho sem camisa, mostrando o abdome malhado.

– Ele era legal comigo... No início de tudo. E beleza não é fundamental... Até porque eu namoro você! - acrescentou rindo.

Ele a encarou pelo canto do olho.

– Aham, e eu ganhei na loteria!

– Tá, mas vamos esquecer esse idiota! - ela pegou o notebook de volta, fechando a página do rapaz e excluindo a publicação.

Mas Rony não esqueceria aquilo tão cedo. Por que tão inconveniente...

"Querida Hermione, mais um ano se passou e não estávamos juntos. Apenas quero que se lembre da nossa paixão e dos belos momentos que passamos juntos. Feliz aniversário, seu Vitor."

Novamente retirou o notebook das mãos da namorada. O fechou, pôs sobre a mesa e beijou a apaixonadamente, querendo provar a si mesmo que ela era dele e de mais ninguém.

Flashback End

E ali estava ele, bem na sua frente.

– Eu só gostaria de fazer algumas perguntas, depois o deixarei em paz.

– Virou meu advogado agora? - o moreno ironizou.

– Por quê? - perguntou ignorando o comentário, para tirar de uma vez aquela duvida de seu coração. - Por que atirar em Hermione e não em mim? Quer dizer, você me ameaçou, disse que não seria eu aquele que a tiraria de você, mas mesmo assim atirou para matá-la e atirou somente para me ferir.

Outra lembrança o recheou. A ligação de Krum claramente o ameaçando.

Flashback

Normalmente Rony tinha o sono bastante pesado, mas aquele dia os papéis foram invertidos. Acordou no segundo toque do celular, que estivera a pouco repousando no criado mudo do quarto de Hermione.

Número confidencial

O ruivo relutou em ter que deixar o calor que a coberta e o corpo da castanha lhe proporcionavam, para atender ao telefonema na sala. Estava frio e ele vestia apenas sua samba canção.

Alô! – sua vontade era a de descontar a perturbação em quem quer que fosse do outro lado da linha. Acordá-lo as dez e tanto da manha, em um final de semana, não era nem um pouco divertido.

– Você deve ser Ronald Weasley, sim? – uma voz masculina, carregada de sotaque, falou do outro lado da linha.

Sim, sou eu.– respondeu um tanto desconfiado. - E quem é você?

Eu? – a pessoa deu uma risada irônica. – Sou aquele com o qual você não deveria ter cruzado o caminho! Tenho algumas palavras para você: Hermione é minha, e não é você que irá tirá-la de mim! – e desligou.

Flashback End

– Eu aceitei o fato de que Hermione não voltaria para mim. - Victor suspirou. - Mas eu não podia vê-la com ninguém, então se ela não fosse minha não seria de mais ninguém.

– Seu doente! - Rony declarou exaltado. - Hermione está em coma por sua culpa. - um instinto animal aflorou em seu peito. Nunca tivera aquele sentimento, mas no momento só podia pensar em socar o rosto de Victor Krum até que mudasse de cor. Desde quando tinha se tornado violento?

– Espero que ela morra! - o moreno praticamente cuspiu as palavras.

Rony se atirou contra Krum agarrando-o pela gola do uniforme laranja da prisão. Os guardas apenas observavam nem um pouco interessados.

– Vai me bater? - o moreno desdenhou, rindo na cara do ruivo.

Rony pensou, não tinha nada a perder acertando aquele safado bem no nariz, mas algo falou mais alto dentro dele, fazendo-o recuar.

Levantou-se rapidamente da cadeira saindo do local. Acenou para os policiais e deixou o presídio o mais rápido que pode.

Os exames psicológicos só podiam estar errados. Victor Krum era, indubitavelmente, um maníaco.


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Notas finais do capítulo

Earbook é a rede social que eu inventei, Livro na orelha '-'
Desculpem a demora, mas é que minha vida está tão corrida que eu mal tenho tempo de respirar ultimamente, o único dia de folga que tenho é domingo, isso porque estou em férias (AINDA) escolares. Para que vocês vejam minha situação, estudante de escola pública só se ferra nessa vida, mas fazer o que? Ainda não ganhei na loteria.
Se alguém quiser me atazanar pedindo novos capítulos sinta-se a vontade para fazê-lo pelo twitter (MeGustaRomione).
Não esqueçam os comentários e beijos