Os Arquivos Perdidos - Humanien escrita por Noni


Capítulo 3
Pesadelo.


Notas iniciais do capítulo

Kabuuuuum! Finalmente o Terceiro Cap.; meus fãs só faltaram me bater por causa da demora, porém, aqui está! u_u -QQ
BOA LEITURA! ♥



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Senti cheiro de sangue, o céu estava vermelho e o ar cada vez mais complicado de inalar. Havia fumaça e destroços por toda parte, pessoas estavam morrendo das piores maneiras possíveis, alguns pedindo ajuda, outros lutando de maneira impressionante, uns usando uma velocidade extraordinária enquanto outros controlavam o clima, uns eram enormes e todos falavam num idioma que eu não compreendia muito bem, havia bestas por todas as partes. Mas ver tudo aquilo fazia meu estomago revirar, aonde era esse lugar? Era Lorien? E aqueles? Mogadorianos? Suei frio ao pensar nessas possibilidades.

Uma mulher musculosa, mais alta que eu, com cabelos curtos e negros, seus olhos grandes e lilás. Ela lutava bravamente para salvar seus amigos, usava uma espada de uns dois metros de comprimento, a manuseava com tanta facilidade, cravando no peito dos Mogadorianos, vi destruir vários. Não tinha mais dúvida, quando ela olhou para mim, vi compaixão em seus olhos, os olhos iguais aos meus, era minha mãe, Mirien Michaelo. Não conti as lágrimas, nunca vi lutar tão bravamente, nunca vira ela. Um Mog vinha em sua direção, lançando sua espada contra ela, era rápida, desviou e cravou a espada no peito dele fazendo-o virar pó, outro vinha por trás e era muito maior do que os outros.

– Mãe, não... Atrás de você, olhe!

Ela não me ouvia e eu assisti tudo, meus olhos ardiam e se enchiam de lágrimas. Não deu tempo, quando ela se virou, o Mog a perfurou com sua espada, cravando-a em seu peito, vi um sorriso maldoso surgir de seus lábios e o olhar frio, também vi lágrimas escorrer dos olhos da minha mãe, vi jorrar sangue de sua boca e sussurrar palavras que não entendia, vi um sorriso sincero, vi ela desaparecer diante dos meus olhos. – Não... Não... Por quê? POR QUÊ? DESGRAÇADO! – Havia perdido todos os sentidos, um turbilhão de sentimentos tomavam conta de mim, raiva, determinação, medo, tristeza, solidão. Ele olhou para mim, parecia me ver, seu sorriso tornou-se mais largo ainda, estava vindo na minha direção, ele iria me matar! – NÃO, NÃO, SE AFASTA DE MIM! – Gritei abrindo os olhos, tudo ficava cada vez mais claro.

Estava no meu quarto, toda suada, lágrimas não paravam de cair. Observei uma silhueta se formar frente a minha cama, saquei uma arma debaixo do travesseiro, apontei para o indivíduo, ainda tremendo, disse entre soluços:

– Quem... Quem é... Você?

Não deu tempo de ouvir sua resposta, um estrondo soou forte na direção da porta, quando olhei vi Spanner e meu pai, ambos armados, mirando para o indivíduo.

– Você está bem Eni? – Perguntou meu pai, seu tom de voz soou furioso.

– Me desculpem, não queria assustar vocês. – Sua voz era estranha, computadorizada. – Eu senti uma presença estranha no quarto de Eni e vim averiguar. – Sua forma foi se mostrando, conforme o brilho de lua ficara amostra, era o Humanoide de Spanner.

– EEEER... O que você disse Zeus? – Spanner perguntou ao Humanoide, abaixando as armas.

– ZEEEUS? – Disse sorrindo finalmente. – Não tinha um nome melhor não é?

– Já chega Spanner leve seu robô para baixo, conversaremos mais tarde! – Meu pai parecia mais furioso do que nunca. Vi franzir sua testa, enquanto olhava para mim.

Spanner levou seu robô para baixo, provavelmente para o porão, enquanto meu pai sentava na ponta da cama, ainda me olhando.

– Eni, o que aconteceu? Eu ouvi você gritar, por um instante eu achei que fossem eles... - Uma sombra de preocupação surgiu nos olhos do meu pai.

– Nada, sério, só foi um sonho ruim, de bicho papão sabe? – Disse num tom descontraído, não poderia contar pra ele o que eu acabara de ver.

***

Quando finalmente consegui convencer meu pai que só era um pesadelo, agarrei no sono de novo e para minha sorte, nada de pesadelo.

Já de manhã, tomei um banho rápido e me vesti para o café. Ao entrar na cozinha noto que meu pai está falando no telefone e está segurando uma caixa na mão. – Muito obrigado Sandor, vou analisar e melhora-los ainda mais. Vejo-o em breve! – Ele desligou o telefone, encarando-me com espanto.

– O que faz acordada tão cedo? - Esbugalhei os olhos. - Cedo? Diga-me, por quanto tempo você ficou falando no telefone? E na onde está Spanner e... e... Zeus? E o que é isso? Quem é Sandor?

– Por partes, por favor, Eni o que você quer saber primeiro? – Um sorriso formou-se de seus lábios carnudos.

– Bem... Quem é Sandor? – Sentei-me à mesa, colocando meu café. Meu pai sentou-se à minha frente, ainda sorrindo.

– Sandor é um Cêpan, eu o ajudei em sua chegada a Terra. E o Garde dele é o Número Nove.

– Número Nove? Hm... E o que é isso? – Encarei com um ar de curiosidade, apontando para caixa que estava sobre a mesa.

– Aqui dentro a um iMog, ele detecta se um Mogadoriano está próximo. Sandor me mandou para analisar e melhora-lo. Mogs são espertos, estão tentando roubar nossa tecnologia. Vou te ensinar em breve como criar um, mas isso só quando você chegar ao nível 100! – Seu sorriso ficou mais largo e vi um brilho em seus olhos.

– 100? Ah, então é moleza, já estou no nível 99, criando clones de Chimaeras! – Meu sorriso ficou mais largo do que o dele, senti orgulho de mim mesma. Desde aos cinco anos de idade sou treinada para lutar, para ser uma Guerreira, como minha mãe foi e ao lembrar aquela cena, aquele pesadelo real, meu sorriso se desfez, abaixei a cabeça; acho que meu pai notara, ouvi suspirar.

– Lembre-se Eni, você não está conseguindo, não está indo muito bem. Depois de Lydron consegui criar mais 50 Chimaeras!

– O QUE?!? – Rapidamente me peguei traumatizada, como ele conseguiu? Em uma noite? Não havia como, porém, estamos falando de Machaon Michaelo, é claro que ele conseguiria fazer algo assim.

– Faltava apenas um elemento, eu só precisei completar o resto. E quero que você descubra, assim como descobri. – Seu tom parecia desafiador.

– Uma dica?

– Fragmentos de energia pura.

– Isso não vale! Não vou saber o que é! Paaaai! – Voltei abaixar a cabeça, mostrando minha indignação. Ele não poderia dar uma dica mais clara? Porque assim fica difícil.

– E na onde está Spanner? E Os Clones? E Zeus? – Parecia que a cada resposta, surgia mais uma pergunta, ainda bem que meu pai tivera paciência comigo.

– Spanner os levou para uma montanha aqui perto, quando voltar te levara lá, vocês vão analisar juntos. Zeus está lá em baixo, fazendo um experimento. Esse Humanoide é muito inteligente, seja legal com ele ok Eni? – Agora seu tom soou mais como uma ordem.

– Ele é estranho, não sei se posso confiar. Mas vou tentar, juro.

– Em quem você não pode confiar, Eni?

Ouvir aquela voz suave só me fez pensar em uma única pessoa, Spanner. Olhei para trás e fiquei boquiaberta com o que vira, Spanner estava sem camiseta, mostrando seu abdômen malhado e suado, corei, nunca o vira tão sexy assim, com seus cabelos louros caídos sobre a testa e aqueles olhos verdes, qualquer uma ficaria louca por ele. Se não fosse meu primo, podia jurar que ele era minha alma gêmea.





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Notas finais do capítulo

Spanner realmente é um gato, muhahahaha. Não que Eni esteja apaixonada por ele, ou será que está? oomg, Eni você não pode! D:



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