Um Dia Qualquer. escrita por Hikari


Capítulo 9
A novidade - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi, desculpa a demora, de novo...
Beeeeeeeeem, explico o que aconteceu no final ^^
Espero que gostem ((:



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Pov. Anny.

10 de julho.

Uma data que me deixa com nostalgia, boa ou... não. 

Faz cinco anos desde que Gale se casou, e cá estou com meu sonho destruído.

Mas isso não importa mais, agora é apenas uma data, uma data que logo todos iriam comemorar.

Hum, mas vamos começar do começo.

Hoje era o dia em que ele nos visitava, ele e a tia Agatha, e infelizmente de vez em quando, o Will, irmão de Agatha, que sempre pedia para vir junto, para meu azar.

Mas dessa vez eles não vieram.

Não me preocupei muito, afinal, poderia ter um dia livre sem Will, que sempre gostava de me perturbar quando vinha, mas por outro lado não veria Gale e a Agatha.

Decidi que iria fazer o meu trabalho de férias, para me distrair um pouco.

E para variar eu não consegui fazer.

-Anny, fez o trabalho? -minha mãe me lembrou, estava no telhado de casa observando ao longe o horizonte. 

-Haaamm... -pigarrei e com a voz distorcida disse: -Lógico que sim.

-Sei... –minha mãe disse duvidosa. –Bem, pelo menos depois não diga que eu não lembrei.

 Cuidadosamente desci do telhado tentando fazer nenhum ruído. Ela odiava quando eu subia ali, se bem que ultimamente era mais o meu pai que contestava comigo sobre isso.

Enquanto descia, olhei para baixo para confirmar se não havia ninguém ali, se alguém me visse... Bem, vamos apenas dizer que eu estava morta.

Suspirei ao não ver que não tinha ninguém, delicadamente entrei em casa pela porta dos fundos, já havia anoitecido e para minha total felicidade Fynn não estava em casa.

-Onde você estava? –meu pai apareceu na minha frente, estava com um copo de suco na mão e uma expressão serena no rosto, devia ser porque Gale não viria. Ele adorava quando esses imprevistos aconteciam.

-É... Haymi tinha saído, eu resolvi busca-lo.

-Mas o Haymi tá junto com o Haymitch. –meu pai estreitou os olhos. –O que você estava aprontando?

Olhei para todos os lados em busca de apoio, ele já havia me flagrado no telhado três vezes, e havia deixado bem claro que não queria me ver ali de novo, o que eu diria?

Então aconteceu minha salvação. O telefone tocou.

-Eu atendo! –gritei desesperada para sair dali.

-Não pense que vai fugir desse assunto, mocinha! –meu pai me avisou enquanto eu disparava para cima do telefone.

Mandei um sinal de positivo com a mão para ele, bufei, até parece. Se fosse por mim nunca iriamos tocar no assunto novamente.

Atendi o telefone. Era a Agatha!

Não estranhe, eu sei que eu a odiava, mas depois eu percebi que ela não era uma pessoa tão má assim, comecei a falar bastante com ela após algum tempo, por mais que seja impressionante, eu até dava conselhos a ela. Se fosse olhar por outro lado, ela parecia ser bem mais nova do que realmente era.

-Anny? –ela perguntou, parecia animada, mas animada com o quê?

-Agatha! Por que resolveu ligar? Vocês vão vir? É isso?

-Hum... Não, Anny. Desculpa, mas hoje não vai dar...

-E por quê? –insisti. –Você não explicou o porquê para minha mãe, mas você pode falar para mim, não é?

-Anny... Acho que... Posso falar com a sua mãe?

-Por favor, Agatha! É a única coisa que eu peço a você!

-Anny...

-Por favoooooooooooor! –chiei no telefone. –Por favor, por favor, por favor...

-Está bem! –ela desistiu, fiz uma dancinha de vitória no mesmo lugar.

-Então me conta. O que aconteceu? Não me diga que o tapado do Will quebrou o carro?

-Não, não é isso, Anny. –ela riu. –Pelo menos, não foi ainda.

-Bom, então o que foi?

Um silêncio envolveu a linha. Ela ainda estava lá? Antes que eu perguntasse, ela falou algo que eu nunca, nunca, nunca esperaria sair da boca dela.

-Anny, eu estou grávida.

Fiquei neutralizada. Agatha grávida? A Agatha?

-Anny? Ainda está aí?...

O telefone escorregou da minha mão e eu corri direto pro meu quarto.

Pov Fynn.

Estava na casa do meu amigo, Jason.

Claro, poderia muito bem estar em casa irritando Haymitch e ficar tranquilamente no quintal com Haymi.

Mas eu não estava com um pingo de vontade de ser perseguido pela morte depois que minha irmã caísse no meu teste de armadilha para caçar bichos que eu havia treinado com o tio Gale, queria mostrá-lo hoje, mas parecia que ele não iria nos visitar.

Mas mesmo assim eu já havia armado e era um desperdício não a usar, por isso eu resolvi colocar no quarto da minha irmã.

E bem, vocês já devem saber que minhas experiências mais o TPM da minha irmã resultariam em desastre.

Seria um caos se eu estivesse por lá.

Mas bem, era divertido brincar com a morte. Eu acho. Pelo menos enquanto eu não estivesse perto.

E uma prova disso é que meu amigo, Jason, havia se escondido por causa da irmã mais velha. 

Ele havia comido o último pedaço de pudim, que segundo a irmã dele era dela, e agora ele estava na beira do precipício para a morte. Justamente por causa disso eu achava que Jason e eu éramos parecidos.

Esperava pacientemente na sala, brincando com o irmão mais novo dele, que devia ter uns três anos, por aí.

-Fynn, você viu onde foi meu irmão? -a irmã de Jason apareceu rabugenta na porta, eu como um leal amigo respondi que não e foi aí que ela ralou para o lado do irmão mais novo. -Tom? 

E ele como um humilde irmão mais novo indicou onde Jason estava escondido, a irmã deles correu feito uma bestante para o lugar apontado.

E lá se foi Jason.

Tive pena dele, abaixei a cabeça na forma de respeito e escutei eles brigarem.

Ai ai... Como a vida de irmão mais novo é dura.

-Fynn! Fynn! –Tom, o irmãozinho de Jason, me chamou. –Me diz, onde está a fera?

Ele esticou suas mãozinhas para mim e me mostrou um desenho.

Balancei a cabeça, mordendo meu lábio inferior, cheio de culpa. Como Tom poderia estar tão calmo por denunciar onde o irmão estava?

-Ahn, acho que na cozinha. –falei para Tom, que inclinou a cabeça para o lado, sem entender.

Não precisei explicar, pois no momento seguinte Jason apareceu bamboleando em nossa direção, ele tinha uma marca de mão inflamada perceptível no rosto.

-Ahh... –gemeu ele. –Eu acho que nunca mais vou comer pudim na minha vida.

Dei tapinhas nas suas costas quando ele se sentou no meu lado.

-Eu te entendo, cara. Não se preocupe, vai passar.

Tom desenhava despreocupadamente debruçado no chão, sem ao menos olhar para o irmão que sofria.

-É ruim lidar com irmãs de TPM.

Anui. Conhecia bem aquilo. Era exatamente por isso que não estava em casa.

-O que é TPM? -perguntou Tom docemente, levantando a cabeça subitamente interessado.

Eu e Jason reviramos os olhos e dissemos ao mesmo tempo:

-Simplesmente significa Tendência Para Matar.

Tom mordeu o lápis que estava na mão e depois de um tempo ponderando voltou a desenhar.

Meu celular vibrou no meu bolso. Peguei-o e vi na tela quem que me ligava. Era minha mãe.

Será que minha armadilha já havia sido testada? Será que ela foi me ligar para brigar comigo?

Respirei fundo e fechei os olhos com força, preparando-se para a censura gritante da minha mãe.

-Sim? –atendi.

Escutava minha irmã no fundo, ela parecia chorar. Nossa, foi tão grave assim?

-Fynn? Volte já para casa.

-Estou encrencado, não estou?

-Encrencado? Ah sim. Mas precisamos conversar.

-Humm... Ok. Será que posso saber o assunto antes?

Já deveria saber. Provavelmente algo do tipo “como devemos ser pacíficos com a família para ter um lar doce e feliz”, mas eu era bonzinho! Não era?

Escutei minha mãe soltar uma longa respiração forte.

-Agatha está grávida.

-O quê? –perguntei quase gritando, completamente pasmo. Tio Gale iria ser papai?

Pov. Katniss.

-Anny? –gritei para minha filha, onde quer que ela esteja. –Já fez o trabalho?

Estava na cozinha, preparando um bolo, já como agora eu sabia fazer sozinha.

-Hãm... Lógico que sim. –escutei ela responder hesitante.

É, como sempre, ela havia esquecido. Não me surpreendia.

-Sei... Bem, pelo menos depois não diga que eu não lembrei. –adverti, agora poderia ficar com os pensamentos livres. Eu avisei.

Coloquei o bolo no forno e sentei na cadeira, cansada.

-Acho que você tinha que dormir, docinho. Ficou a noite inteira em claro. –Haymitch falou para mim acariciando com os pés imundos Haymi, que usava como uma almofada de apoio para suas pernas.

-Não, obrigada. –dispensei. Não queria dormir, sabia que não conseguiria.

Gale havia me ligado ontem à noite avisando que ele e Agatha não poderiam nos visitar hoje. Ele parecia feliz, mas fiquei preocupada do por que eles não poderiam vir. O que será que tinha acontecido? Mesmo depois de cismar tanto eles não haviam me contado.

Escutei o telefone tocar, mas fiquei com preguiça demais para me levantar.

Então parou, alguém deveria ter atendido.

Apoiei minha cabeça em minhas mãos e escutei Haymitch implicar de novo comigo:

-Vai logo! Depois fica toda nervosa e desconta tudo em mim. Obrigado, mas passo.

-Aham, ok. –respondi brevemente, minha cabeça havia começado a doer.

Repentinamente escuto um grito vindo de cima, do quarto de Anny.

Levanto-me depressa e corro para cima, Anny se encontrava de ponta cabeça, segura pelo pé por uma corda.

-Fynn! –ela grita, mas vejo que ela lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto. Ela nunca chorava, por que estaria chorando por uma das “experiências” de Fynn?

Peeta aparece no meu lado, boquiaberto.

-Foi Fynn, não é? –ele pergunta.

Apenas balanço minha cabeça em confirmação.

Eu e Peeta nos aproximamos e ajudamos a Anny descer, enquanto eu segurava sua cabeça, que já estava virando um pimentão, Peeta cortava a corda e a tirava do seu pé.

Assim que terminamos Anny foi para sua cama e abraçou os joelhos, apoiando o queixo no joelho.

-O que foi, filha? –Peeta perguntou, sentando-se ao seu lado e a abraçando, ela recostou-se nos seus ombros.

-Agatha acabou de ligar. –ela disse. E então ficou quieta.

-E o que ela falou? –sentei-me do outro lado, pegando sua mão.

Anny não respondeu por um momento, até que ela revelou o que estava guardando:

-Ela está grávida.

Minha mão imobilizou-se no meio do movimento em que acariciava as de Anny.

-Sério? –perguntei, estupefata.

Anny assentiu.

Gale iria ser papai!

Olhei para Peeta, ele estava com a cara mais boba do mundo.

Ri tanto pela expressão de Peeta quanto sobre a novidade.

A única coisa que me incomodou era o porquê de Anny estar chorando. Não era para ela estar contente?

Talvez fosse de alegria, quem sabe? Ou será que ela ainda gostava do Gale?

Deixei esse assunto para pensar mais tarde, decidi que iria ligar para Fynn que estava na casa do amigo. Tínhamos que resolver isso, nós precisávamos ir visitar Gale e Agatha, e por isso, iríamos fazer uma reunião de família.

Peguei meu celular e disquei o número.

Pov. Peeta.

-Onde você estava? –perguntei para minha filha que acabara de aparecer na frente da porta de trás de casa, estava tão entusiasmado que não podia me conter, mesmo assim, tinha que ser responsável e tratar de saber o que Anny fazia do lado de fora, tentei parecer sério.

-É... Haymi tinha saído, eu resolvi busca-lo. –ela respondeu relutante. O que ela estava escondendo?

-Mas o Haymi tá junto com o Haymitch. –estreitei os olhos, tinha acabado de vê-lo na cozinha. –O que você estava aprontando?

Anny recuava e olhava para todos os cantos, menos para mim.

Quando abri a boca para pressioná-la ainda mais o telefone toca.

-Eu atendo! –Anny gritou e saiu correndo me deixando ali, parado feito uma estátua.  

-Não pense que vai fugir desse assunto, mocinha! –falei para ela, antes de ela desaparecer em outro cômodo, ela fez um sinal de positivo com a mão.

Depois de ela falar no telefone, nós iriamos conversar. E ela não iria escapar dessa vez.

Agora era só esperar.

Sentei numa poltrona da sala, se ela estivesse no telhado de novo... Não.

Odiava vê-la sentada ali imperturbável, tinha medo de ela cair e se machucar, e ela continuavam lá, calma como sempre.

Terminei de tomar meu suco de laranja.

Escutei passos pesados no corredor, será que ela tentava fugir de mim?

Talvez deixasse passar dessa vez, afinal, ela estava bem. Era tudo que importava.

Então escuto um grito vindo do seu quarto.

Pulo do sofá e corro escada acima, vejo que Katniss já está plantada na porta e olhava para Anny, aflita.

Vou ao seu lado e fico boquiaberta ao ver minha filha pendurada de cabeça para baixo.

-Foi Fynn, não é? –pergunto e Katniss assente com a cabeça.

É, não era tão difícil adivinhar. Fynn vivia fazendo isso nesses últimos tempos, graças ao Gale que havia ensinado a ele como armar armadilhas.

Fomos ajuda-la a sair dali e logo ela foi para cama, vi que ela chorava e sentei-me ao seu lado, abraçando-a.

-O que foi, filha? –perguntei, apreensivo. O que teria acontecido? Quem teria ligado para ela?

-Agatha acabou de ligar. –ela disse e parou.

-E o que ela falou? –Katniss senta do outro lado de Anny e massageia suas mãos.

Anny fica muda, depois de um momento ela responde:

-Ela está grávida.

Retesei-me, ela estava grávida... Quer dizer que... Gale seria pai!

Gale seria pai?

Era o que parecia.

Katniss levantou-se e discou um número no seu celular.

Parece que teríamos uma reunião em família.


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Notas finais do capítulo

O que me dizem? :3
Pois é, como a L Cullen descobriu, Gale vai ter um filhinho(a) õ/ E MUITO OBRIGADA PELOS REVIEWS! Eu fiquei tão contente :DDDD OBRIGADA A TODOS.
Comentem!!! E me falam o que acharam, o próximo vai ser mais animado (eu acho) hahahaha :D
PS: A minha desculpa foi - eu e minha prima estamos fazendo uma história original, por isso, ontem resolvi postar o prólogo, juntamente com minha prima, e não deu tempo para terminar o capítulo (D:), caso resolvam ler ou dar uma olhada, é essa: http://fanfiction.com.br/historia/277114/Nao_Tao_Tarde.../
É isso aí! Espero vocês nos comentários e no próximo capítulo ^^