Um Dia Qualquer. escrita por Hikari


Capítulo 3
Viajando com alguns contratempos. Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oooi, tudo bem com vocês? ^-^
Desculpa a demora para postar... =P Eu tava meio que sem saber o que escrever e acabei terminando com esse capítulo um pouco pequeno (quer dizer, os outros também saíram pequenos...) mas espero que gostem. ^^



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Pov. Katniss


Não acredito que Gale está noivo.

Na verdade, que estou a caminho do casamento dele.

Gale vai se casar!

Estávamos todos no trem para ir ao distrito 13, onde Gale se mudou por causa de sua noiva, que morava por lá, eles havia se conhecido quando Gale teve que viajar por causa do trabalho e ir para o distrito, e então eles se apaixonaram. Ela se chama Agatha e na verdade, sua mãe morava no distrito 4 até algum tempo atrás, não fazia ideia de quem seria ela, mas esperava que fosse uma pessoa boa e que trouxesse felicidade à Gale.

Tamborilava os dedos no assento, estava um silêncio mortal.

Annie olhava pela janela enquanto o trem andava, impenetrável. Ela sentava-se a minha frente e estava... Como posso dizer? Hãm, diferente.

Por algum tipo de mágica ela não brigava com o irmão, que estava sentado ao seu lado e que ficava mexendo nos seus cabelos longos e escuros, estava totalmente concentrada em algo que ninguém de nós podíamos sequer imaginar.

Peeta estava quieto também, bem, eu sabia que ele não gostava do Gale, mas qual é! Era o casamento dele, devia sentir pelo menos um minúsculo índice de felicidade, porém seu rosto não demonstrava isso, na verdade ele estava completamente desprovido de qualquer minúcia de alegria, talvez seja o ciúmes que ele não queria admitir. Mas por que ele estaria com ciúmes se o Gale estava justamente se casando? Com alguma outra garota? Sem ser eu?

Rancor, talvez?

Não, Peeta não guardaria rancor de Gale. Eu acho.

Fynn ficou entediado de mexer nos cabelos da irmã por finalmente ver que não resultaria em nada e pulou no meu colo. Ele começou a questionar sobre como que era o distrito 13, eu e Peeta havíamos contado a ele sobre nossa participação nos jogos há alguns anos e ele não conseguia parar de perguntar sobre como era os locais onde nós havíamos estado e de como era os distritos que ele ainda não havia visitado e que nós sim, mas quando ele perguntava sobre o distrito 13 eu realmente não conseguia responder. Fazia muito tempo desde a última vez de que nós visitamos o distrito 13 depois que aconteceu aquilo.

Havia ouvido falar que estavam finalmente construindo uma cidade de verdade por lá, mas nunca tivemos uma oportunidade de visitarmos.

Bom, pelo menos até agora.

Senti o nosso cachorro se mexer por minhas pernas, Fynn havia insistido tanto em trazer que não pude dizer não... Ainda não sabia como eu lidaria com ele chegando lá, porém parecia que Fynn já tinha tudo programado, ele havia me dito de que Haymi ajudaria a entregar os anéis, assim como ele, de que havia até conversado com Gale e que ele mesmo havia dito que poderia prender os anéis no pescoço do Haymitch. Às vezes nem mesmo eu entendia o que Fynn pensava.

–Ô, mãe! –Fynn queixou-se. –A gente já tá chegando?

Olhei para fora, mal havíamos embarcado e ele já estava querendo que estivéssemos lá.

–Hm... Quase, querido.

Fynn balançava suas perninhas em meu colo, ele se revirava a toda hora.

–Calma aí, garotão. –Peeta disse pegando Fynn no colo e o virando para si. –Por que você tá tão agitado assim?

Peeta começou a fazer cócegas nele que começou a se contorcer rindo descontroladamente. Sorri.

–É que eu vou levar o anel! –ele respondeu, entusiasmado. –Você acredita nisso? O tio Gale é tão legal!

Peeta fechou a cara e murmurou algo que eu não consegui ouvir, pois é, ele ainda estava com ciúmes.

–Tirem esse cachorro de cima de mim. –escutei Haymitch reclamar depois de um tempo que pareceu para mim infindavelmente longo. –Por que mesmo tínhamos que trazer esse animal pra cá? Ah é, pra entregar as lindas alianças, olha quer saber? Se ele continuar lambuzando minhas preciosas garrafas eu vou me lançar desse trem.

Haymitch estava perturbado, sabia disso. Ele não queria sair de casa, preferia dormir e se embebedar a ir ao casamento do Gale, ficava protestando dizendo que estava com dor nas costas e que estava muito velho para ficar saindo por aí, mas eu o tinha obrigado a vir e por isso ele não estava nem um pouco contente.

–Ninguém está te impedindo. –Annie murmurou consigo mesma. Aquele não era um bom momento para dizer aquilo.

Haymitch que tentava soltar a sua garrava da boca de Haymi conseguiu escutar e levantou a cabeça com uma expressão distorcida, lançou um olhar matador para cima dela.

–E você, garota? Por que está tão mal-humorada assim? –ele retrucou. –Será que é por causa do casamento do Gailizinho?

Annie se levantou, tremendo de raiva.

–Não é por causa disso! –ela gritou.

–Ah, não é? Então me conta: O que é então?

Haymitch e Annie estavam praticamente a um centímetro de saltarem e rolarem brigando pelo trem. Aquilo não era bom, não era nada bom. Virei-me e vi Fynn que olhava como se estivesse hipnotizado pela intriga enquanto Peeta estava com a postura rígida com seu rosto demonstrando uma fúria completa, percebi que não era melhor momento para chamá-lo para acalmar os acontecimentos, não ia resolver muita coisa.

Suspirei, eu teria que resolver aquilo. De novo.

–Parem! –levantei-me e gritei para os dois, mais alto do que eles discutiam, pareceram não ouvir. Ou fingiram não escutar. Continuavam sua briga sem ao menos perceber eu levantada de frente deles.

–Não fale de mim! Você que é um velhote rabugento e bêbado que não faz nada na vida! –berrava Annie para Haymitch.

–Ora, menininha... Você não sabe o que eu fiz! O que eu fiz foi mil vezes mais do que você poderá fazer algum dia! –retrucava.

–Ah, eu sei sim! E pode apostar que mesmo com você ter feito tudo isso, continua aí largado como um velho imprestável! Você não se importa mesmo?

–PAREM! –gritei mais alto agora, Haymitch parou no meio da frase e os dois olharam furiosos para mim, meus ouvidos ainda estavam com o eco das vozes deles retumbando pela minha mente, já tinha escutado aquilo milhares de vezes, Annie não se dava muito bem com Haymitch e por isso tinha que aturar escutá-los brigar toda hora, mas até por ali? Balancei a cabeça.

–Vocês não param nunca? –disse, apertando a minha têmpora que começara a latejar, escutei um apito soar no trem e uma voz metálica avisar:

–Chegamos ao distrito 13, por favor desembarcar no final do corredor.

Respirei fundo e olhei firmemente para eles.

–Chega, está bem? –falei mais calma. –Vamos indo.

Peguei a mala de mão que continha as coisas minha e de Peeta na prateleira de cima e saí para o corredor, esperando por eles.

Escutando apenas o silêncio em resposta me virei e me deparei com todos me encarando.

Peeta foi o que se mexeu primeiro, ele agarrou a mochila de Fynn e colocou no ombro, segurou a mão dele e falou para os outros:

–O que estão esperando?

Haymitch resmungou algo e pegou sua maleta cheia de garrafas, retirando a cara do cachorro de dentro dela.

Ele passou por mim e foi direto para fora do trem, perguntei-me se não era melhor ter o deixado em casa.

Peeta estava ao meu lado e Fynn segurava a coleira de Haymi, olhei para dentro do vagão do trem onde Annie continuava parada no mesmo lugar.

–Você vem, Annie? –perguntei delicadamente.

Ela abaixou a cabeça vi seus ombros tremerem.

–Desculpa... –ela murmurou e começou a chorar.

Olhei para Peeta que gesticulou com a cabeça para eu ir lá.

Pousei a mala no chão e andei até ela, abracei-a.

–Calma, Annie. Está tudo bem. Não é sua culpa, Haymitch gosta de implicar, você sabe disso. –levantei seu rosto e limpei suas lágrimas, examinei seu rosto e parei em seus olhos azuis marejados. –Que tal agora limpar esse rosto e sairmos para conhecer o distrito 13, sim?

Ela assentiu e sorriu para mim, pegou sua mochila e limpou seu rosto, respirando fundo.

Ela foi à frente, Fynn soltou a mão de Peeta e correu para o lado dela, com Haymi ao lado, Peeta e eu ficamos atrás os vendo irem lentamente para o fim do corredor, Fynn disse algo que fez Annie rir.

–Toda hora que eu olho para Annie eu vejo você. –Peeta disse no meu ouvido, passando os braços pela minha cintura e me abraçando, andamos assim por um tempo.

–É... Eu penso se isso é bom ou não. –falei baixinho e quando chegamos ao fim do corredor e nos viramos para o distrito 13, não pude deixar de escapar uma exclamação de surpresa.

–Nossa. –foi tudo o que Peeta conseguiu dizer.







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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? ^^



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