Um Dia Qualquer. escrita por Hikari


Capítulo 17
Bônus - Academia


Notas iniciais do capítulo

Bom, oi gente...
Como havia prometido e dito, aqui está o capítulo! Ele é pequeno e bem estranho. Então... hahaha... Pelo menos, espero que se divirtam.
Por favor leiam as notas finais, ok? Importante!!
Quero agradece-los por termos chegado aos 52 reviews! Muito obrigada. (:
Espero que gostem...
Anny: 15 anos novamente.



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Estava na academia que tinha acabado de inaugurar no distrito 12.

Não, eu não estava fazendo isso por minha própria vontade, estava sendo manipulada pela minha mãe, o que não deveria ser muito difícil de adivinhar.

"–Mas mãe! Por que eu não posso sair para caçar com você? Você vai quase todos os dias e você sabe muito bem que estou me aperfeiçoando com o arco, na verdade, se duvidar, estou bem melhor que você! -reclamei com os braços cruzados.

-E você achar que é tão fácil assim? Pegar um arco e ir para a floresta pulando como se estivesse em um mar de rosas? Não, não podemos nos arriscar, você tem que crescer mais um pouco e aí, talvez eu deixe. -minha mãe retrucou estendendo firmemente a roupa elástica que havia preparado para mim.

-Mas... Mas... -balbuciei sem palavras, eu tinha quinze anos, estava grande o bastante, não estava?

-Nada de mas, mocinha. Você vai gostar de lá, acredite em mim. -ela disse jogando a roupa na minha cama e fechando a porta me mandando se trocar rápido.

-Acredite em mim Blábláblá, como se ela soubesse de alguma coisa. -resmunguei para mim mesma, emburrada e pegando a roupa com descaso.

Não tinha outra escolha. Que alegria."

E isso que aconteceu. Agora aqui estava eu, correndo naquela esteira irritante, na academia irritante, com pessoas velhas e flatulentas irritantes.

Eu mereço?

Aumentei a velocidade e corri para eu descontar a raiva que estava acumulada dentro de mim, não acreditava que minha mãe havia feito isso comigo, simplesmente era uma calúnia.

Uma senhora de meia-idade chegou e foi na esteira ao lado, ela ligou a máquina e começou a andar recurvada sobre ela, parecia estar quase morrendo, andando naquele passo de lesma. Não sabia do que adiantava, mas tentei não reparar.

Então de esguelha, notei ela virar lentamente a cabeça e me observar de cima a baixo, me avaliando, como se pensasse esses jovens de hoje... Tsk tsk.

É, eu sabia muito bem o que alguém da idade dela pensava, ainda mais com um pior como o Haymitch pensando alto e a livre e espontânea vontade para eu ouvir.

Mas o que aconteceu foi bem pior, ela não falou nada ou revirou o olhar. Ela empertigou as costas, na qual estralaram, levantou os braços vagarosamente e apertou com os dedos ossudos o botão de aumentar a velocidade.

Não pude resistir a tentação de virar o pescoço e franzir a testa para ela, o que ela queria? Imaginava bem a cena de ela caindo com sua fragilidade e sendo espremida pelo vão atrás da máquina.

Tudo o que ela fez foi dar um sorriso aterrorizador para mim, como um zumbi ao apreciar a vítima que iria engolir o cérebro ou algo da espécie.

Estremeci e voltei a olhar para frente, estava ficando com medo.

Acelerei a velocidade para poder espantar os pensamentos de minha cabeça.

E olha só! A velhinha fez o mesmo.

Ela estava competindo? Era isso? Um desafio?

Um sorriso se repuxou pelo canto da minha boca, e aumentei ainda mais, chegando a disparar diante da esteira.

A velhinha fez o mesmo e percebi ela começar a ofegar e a fazer uns ruídos extremamente estranhos, parecia que ia ter um enfarte do coração naquele instante, bem ao meu lado.

Mas fazer o quê? A culpa não era minha se ela pensava que iria vencer de mim.

Uma pequena partícula da minha consciência pensou: Pare, isso não vai valer a pena. A senhora só quer se ver melhor do que está nessa idade.

Mas a outra parte de mim gritava: Vamos matar a vovó! É!!!!!

O que eu faria? Era como se tivesse os dois lados, o do bem e o do mal, pousados nos meus ombros direito e esquerdo.

-He-he. -disse a figura do mal com chifrezinhos, esfregando as mãos uma na outra. -Isso, Anny, corra mais. Arrase, querida .

Meu dedo foi atraído pelo botãozinho e a velhinha arregalou os olhos para mim, mas antes que pudesse aperta-lo a outra criaturinha, vestindo de branco e com uma auréola envolta da cabeça e uma lira na mão me impediu.

-Não, Anny! -sua voz fininha e angelical disse. -Persista e acabe com essa tentação! Volte para a luz!

-Não, Anny... Venha para o lado negro da força. -a do outro lado sussurrou e enrouqueceu a voz imitando o Darth Vader de Star Wars e deu uma risada diabólica.

Os dois começaram a discutir entre si e fiquei mais confusa do que já estava, acabei gritando bem alto para que todas as pessoas que ali se encontravam escutassem.

-MAS POR QUE ISSO TEM QUE ACONTECER COMIGO? -e só agora havia notado que a máquina fumegava e a fumaça se instalava no teto, fiquei tão assustada que quem acabou caindo foi eu, tombei com tudo no chão da esteira e rolei para o lado, ficando a salvo do vão sugador.

A velhinha, calmamente, parou a máquina e se inclinou para frente, fingindo ser a vítima, desmoronou no chão tossindo pesadamente.

A instrutora da academia foi direto para onde estávamos, auxiliou a senhora e me olhou com um olhar desaprovador e sacudiu a cabeça.

-Esteira. Parar. Agora. -ela falou simplesmente ajudando a velhinha a se levantar e se afastar da fumaça que entalava nos pulmões.

Antes de sair pude ver ela me mandando um olhar vitorioso. Por acaso aquela senhora tinha problema?!?! Quase me levantei para destroncar de uma vez as costas dela, mas a criaturinha do bem que desaparecia do meu ombro direito me deteve.

Não, Anny. Controle-se.

Dei um longo e põe longo nisso- suspiro para me acalmar.

Então a máquina começou a gritar e chacoalhar. Recuei assombrada e esbugalhei os olhos quando a ponta da extremidade dela começou a pegar fogo.

Levantei-me e corri desesperada para desligar aquele treco possuído, apertei todos os botões possíveis, menos aquele que eu queria. Comecei a tossir com a fumaça se intensificando e finalmente consegui.

A máquina foi parando e aquele grito estridente cessou.

Olhei ao meu redor e vi que ninguém mais se encontrava dentro da academia, todos estavam lá fora vidrados para onde eu estava, acenei sem graça para os telespectadores.

-O que você estava pensando em fazer? -a treinadora chegou por trás e pegou meu pulso, devo admitir que ela era muito -muito- forte e abafei um gemido.

Tossi e tentei falar, o que só piorou minha situação.

-Foi a velha. -tosse. -a velhinha - tosse. -que começou. -tosse.

-O quê? -a treinadora perguntou, vi que ela estava uma fera, provavelmente por eu ter estragado suas preciosas "filhas".

-FOI A VELHA. -gritei e então quase morri de um excesso de tosse que me privava de respirar.

-A fumaça deve estar afetando seu cérebro. Vamos para fora. -ela disse ainda com raiva na voz, me puxando grosseiramente para o ar livre.

Ar livre. Já disse o quanto isso é bom?

O ar. Acho que vou fazer uma canção para ele.

Respirei avidamente.

-Agora me diga, o que aconteceu? -ela perguntou e podia jurar que ela me olhava como se, caso ela tivesse uma faca na mão, não hesitaria em crava-la em meu coração.

-Ela que começou! Ela que quis competir para ver quem correria mais primeiro! -eu incriminei e apontei para a senhora que estava sentada em uma cadeira, respirando ruidosamente com a boca aberta e com outra idosa, de mais ou menos a mesma idade dela, sacudindo um livro em seu rosto.

-Aquela senhora? A Úrsula?

Úrsula? Esse era seu nome?

-É, essa mesma.

A treinadora ficou me fitando por um tempo e então explodiu em risos.

-A Úrsula mal consegue andar! Ela está treinando para melhorar e só anda na maior lentidão na esteira! Como ela pode ser quem começou?

Meu queixo caiu e deve ter passado até pelo núcleo da Terra. Como assim?

Olhei e vi a senhora decadente que estava arfando, ela acenou fracamente para nós e voltou a se inclinar parecendo cada vez mais morta.

-Anny, temo dizer que você deve estar tendo alucinações, acho que é melhor parar e descansar um pouco antes de voltar... -minha treinadora disse, batendo no topo de minha cabeça como se eu fosse uma criança de seis anos de idade.

Mas eu estava falando a verdade! Por que ela não acreditava?

Quando a treinadora foi ligar para minha mãe, virei-me para trás e a mesma senhora que antes alegava estar morrendo se endireitou e sorriu maleficamente para mim.

Minha cabeça começou a rodar e eu a segurei, tonta.

Aquilo tudo estava realmente acontecendo?

Talvez fosse melhor eu descansar mesmo.

E para melhorar meu ânimo, eu não precisaria voltar para a academia, tenho certeza que ela não vai me aceitar mais.



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Notas finais do capítulo

Eu tenho uma pequena má notícia, infelizmente.
Eu sei que estou demorando MUITO para postar os caps e tudo o mais, e acabei de ver que meu número de leitores reduziu consideravelmente, fiquei surpresa quando vi isso, e isso me desanimou muito, muito mesmo.
Claro, vou continuar com a fic, enquanto eu tiver vocês, nem que for um, eu vou continuar postando.
Mas eu vou demorar um pouco para postar o próximo. Não se preocupem, vou recompensa-los, já como vai ser Will/Anny, como vocês pedem tanto para mim! (:
Mas, por enquanto, vou adiantar minha leitura (que está atrasada) e tentar melhorar minha escrita para vocês. Desculpem. Me avisem se a fic estiver chata demais, está bem? OBRIGADA a todos que estão acompanhando e comentando! Isso me deixa muito feliz e estou super agradecida por vocês. Quero relembra-los de que eu não estou fazendo greve para que os leitores perdidos voltem, NÃO! NUNCA! Só estou dando um tempo para que eu possa escrever melhor para vocês e ter um tempo para mim pensar no que a história vai consistir. (estou planejando uma mini história dentro dessa história, nossa, ok, mas espero que gostem da ideia porque será sobre... bem, não vou dizer, gosto de suspense haha).
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar, está bem? Nos vemos lá e me digam o que vocês não estão gostando para eu poder melhorar. PROMETO que o próximo será o que vocês esperam! Willanny a vista!
Perdoem-me novamente, espero que não desistam de mim...!