Um Dia Qualquer. escrita por Hikari


Capítulo 10
Reunião em família e discussão. - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que vocês vão me matar >
Foi assim, ontem eu estava passando mal = não deu para postar.
Hoje tive aula a tarde e tive que sair = não deu para postar.
Terminei agora e FINALMENTE vou poder postar.
Ele não está tão animado como eu planejava que fosse... na verdade eu acho que está mais para conta de ninar hahahaha mas espero que gostem! É mais como uma "preparação" para o próximo u.u Eu já tenho uma ideia do que vou fazer, e eu espero que apoiem... Bom, vai ter que esperar um pouco para sair mais um capítulo Peetniss mas prometo que postarei um logo. ^^
Sim, sim, queria agradecer por eu ter 24 reviews! EU ESTOU TÃO FELIZ AQUI =DDDDD VOCÊS SÃO OS MELHORES S2
E bom, eu vou colocar a idade da Anny e do Fynn aqui, para não confundir hahahaha:
-Primeiro capítulo: Anny 8 anos; Fynn 6.
-Segundo, terceiro e quarto: Anny 10 anos; Fynn 8.
-Quinto: a mesma coisa.
-Sexto e sétimo: Anny 12 anos; Fynn 10.
-Oitavo: mesmo.
-Nono e agora (e a partir desse momento, até que eu avise depois a próxima idade): Anny 15 anos; Fynn 13.
Bom, o que vocês acharam da idade? Só para avisar eu acho que vou fazer alguns capítulos com eles menores, mas vou falar quando isso acontecer hahaha
Agora vou deixar vocês lerem, nos vemos daqui a pouco o/



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Pov. Katniss.

–Não! –protestou Anny. –Não, não!

–Sim! –contrariou Fynn.

–Não!

–Sim!

–Não!

Eles estavam com um rosto a um centímetro de distância, Anny estava de braços cruzados e a bochecha rosada de irritação e Fynn apoiava suas mãos na cintura, inabalável. Sabia que nenhum dos dois iria desistir da sua decisão.

–Por que não? –Fynn argumentou, com raiva.

–Porque da outra vez fui eu quem teve que limpar tudo, sendo que você que quis o levar! E não é nada agradável ter que limpar os “troços” que ele faz em lugares inapropriados.

–Uai! Por que você reclama tanto? Você também faz troços.

–Chega! –Peeta finalizou a discussão, sabia que ele não estava nada feliz em ter que voltar a ver Gale, mas estava agradecida por ele ter acabado com aquilo.

–Mas pai! Você sabe, ele me deve uma por aquele “experimento” dele, aliás, você também sabe que no final sou eu que tenho que cuidar de tudo que ele faz. –sentenciou Anny, explicando calmamente enquanto apontava para Fynn de modo compenetrado.

–Está bem. –Peeta entrelaçou os dedos e os colocou no colo. –Agora. Fynn, qual a sua defesa?

Fynn desabou no sofá, fechou os braços diante do peito e olhou de cara fechada para o teto.

–Eu quero levar o Haymi. –então olhou para mim com cara de piedade. –Por favor, ele não vai fazer nada demais. Você acha que aquela criatura iria atrapalhar nossa viagem?

Ele gesticulou para os pés de Haymitch onde Haymi estava dormindo.

Pov. Haymi.

Comida...

Roncar.

Comida...

Roncar.

Comida...

–...Haymi.... –escuto vagamente.

Haymi? É o meu nome. Será que eles vão me dar comida?

Levantar a cabeça. Rodear a sala.

Não, sem comida.

Voltar a deitar.

Dormir.

Pov. Katniss.

–Hum... acho que não. –Peeta falou olhando para o cachorro babão que estava roncando em sincronia com Haymitch.

–Mas... –Anny queixou-se.

–Sem “mas”. –Peeta interrompeu. –Fynn, se você quer tanto levar Haymi você que vai ter que ser responsável por ele.

Fynn se empertigou e fez um sinal de continência com a mão, como os militares.

–Sim, senhor, pai.

Peeta assentiu e voltou a se recostar na poltrona.

E assim era nossa reunião.

Não era lá muita coisa, mas tínhamos que acertar as coisas de último momento.

–Certo. Então levaremos Haymi. –falei prontamente, olhando para Fynn. –Espero que cumpra sua promessa.

Ele levantou os braços e me olhou como se dissesse “você não confia em mim?”.

–E eu espero que esse Haymi que você fala não seja eu. –escutei Haymitch murmurar, sonolento.

–Ah, e você não vai escapar. Você também vai. –virei-me para ele, que estava deitado em uma poça de saliva nos ombros.

–De novo com essa? Olhe, não espere que eu fique com vocês, porque eu não vou participar de mais nada.

–Mãe, deixa o Haymitch ficar, ele não quer ir. –Anny se opôs.

–Isso, escute sua filha. Pelo menos dessa vez.

Anny estava prestes a se levantar quando Peeta foi ao seu lado e sentou-se no meio dela e de Fynn.

–Não, temos que ir todos, como família. –falei, ignorando o comentário dele. –Agatha está grávida, você não está feliz com isso?

Haymitch entreabriu os olhos, pude ver a ironia neles.

–Quer mesmo que eu responda?

–Ok. Não precisa. Mas mesmo assim você vai.

–Argh, é por isso que eu não me caso. –ele se remexeu para ficar de costas para mim. –Só te garanto de que não irei a lugar algum ao chegar lá.

Olhei para Peeta que estava com os ombros encolhidos, suspirei, não podíamos fazer nada.

–Bom, então é isso. –ele completou, terminando a reunião. –Iremos para o distrito 13 amanhã, é melhor arrumarmos as malas.

–Malas? –Anny questionou assim que Peeta saiu do sofá em direção à escada. –Por acaso vamos ficar muito tempo por lá?

Peeta virou a cabeça e encontrou meu olhar, sabíamos que ela iria surtar ao saber o que faríamos a seguir, foi por causa disso que resolvemos não contar antes.

–Hum... Vamos dizer que mais ou menos. Alguns dias.

–Alguns dias? E quantos, exatamente, são esses “alguns dias”?

Peeta subiu as escadas correndo, deixando para eu responder.

Anny esperava minha resposta, apreensiva.

–Mãe?

Tossi.

–Vamos ficar um mês por lá, querida.

–Um mês? -ela estava com a boca aberta, estupefata. –Por que tanto tempo assim?

– Você tá brincando, não é? –interveio Fynn, pensei por um momento que ele se revoltaria também, mas foi absolutamente o contrário. –É isso aí! Vou poder treinar mais minhas habilidades com o tio Gale!

–Mas que habilidades? A de me prender no teto de cabeça para baixo? Por acaso aquilo é uma habilidade?

–Vamos lá, Anny. Ficar lá por um mês não é tão ruim assim... –Fynn olhou para a irmã. –Em relação a te prender no teto...

Anny soltou um longo e demorado suspiro.

–Está bem, não precisa justificar. –ela voltou-se para mim. –Desculpe, mãe. Vou arrumar as malas.

E assim dizendo, saiu.

Fynn e eu seguimos Anny com o olhar subindo as escadas e então nos encaramos.

–É impressão minha ou Anny está muito estranha hoje? –ele tirou as palavras da minha boca.

Haymitch e Haymi soltaram um ronco profundo que sobressaltou Fynn.

Olhei para a janela, já estava escuro e eu ainda não havia perguntado para Anny o porquê de ela estar chorando àquela hora.

Fynn me observava atentamente.

–Por que eu sinto de que de alguma maneira você está perturbada com algo?

–Está tudo bem. –sorri para ele, vendo seu rosto preocupado ainda me olhando. –É sério. Vai lá arrumar suas malas, já está bem tarde.

Ele levantou-se e subiu. Depois de um tempo, também fiz isso, mas ao invés de ir ao meu quarto, onde eu podia escutar Peeta resmungando enquanto guardava as roupas na mala, fui até o quarto de Anny, que estava em completo silêncio.

Bati levemente na porta.

–Anny? Você tá aí?

–Pode entrar. –ouvi-a dizer, abri a porta e me deparei com ela lentamente colocando as roupas na mala.

Assim que eu entrei fechei a porta atrás de mim.

–Anny?

Ela continuou arrumando as malas.

–Anny??

Nada.

–Anny. –me aproximei dela e levantei seu queixo para ela me olhar. –Você está bem?

–É por causa de mais cedo, não é? –ela perguntou e se sentou na cama. –Olha, não foi nada. É sério. Não precisa se preocupar.

–Você nunca chora. Algo deve ter acontecido.

Sentei ao seu lado e segurei sua mão.

–Pode me falar... É por causa do... Gale?

Anny retirou sua mão da minha e se levantou.

–É claro que não!

–Então é por quê?

Ela andou de um lado para o outro.

–Não é por nada.

–Anny...

–Mas é verdade!

–Então por que você estava chorando?

Ela parou.

–Estava muito feliz por causa deles.

–Feliz? –insisti.

–Sim, feliz. Sabe, eu meio que me... emocionei.

–Emocionar?

–É, mãe. –ela andou e parou na minha frente, segurou minha mão e me puxou para cima, até eu me levantar.

–Agora pode sair, já sabe o porquê. Não pense mais nisso, você sabe que eu não estou nos meus melhores momentos.

Ela foi para trás de mim e me empurrou para porta, abriu a maçaneta e deu leves tapinhas nas minhas costas quando estava fora do seu quarto.

–Relaxa. Estou bem.

E fechou a porta.

Eu não sabia que lidar com filhas de quinze anos fosse tão difícil assim.

Vendo que não conseguiria extrair nada dela, voltei para o meu quarto.

Foi bom eu ter voltado naquele momento.

–O que você fez aqui? –perguntei pausadamente para Peeta.

Ele jogava as roupas de qualquer jeito na mala, aparentava nem perceber o que fazia.

Ele olhou para mim e eu sacudi a cabeça.

–Ok, Peeta. –fui até ele e peguei uma camiseta de suas mãos, soltando-a do seu aperto firme. –Deixa que eu faça isso, você deve estar cansado.

–Não, eu não estou. Pode deixar.

Ele tentou pegar a camiseta de mim, mas eu não deixei, olhei para ele resoluta.

–Vai lá, você trabalhou muito hoje.

Ele grunhiu, mas me obedeceu.

–Posso ganhar minha recompensa agora? -ele por fim disse.

Ri e soquei os seus braços fortes, o que não ajudou muito porque ele só alargou o sorriso.

–Você não existe.

Pov. Fynn.

Será que eu havia magoado a minha irmã?

Desde quando eu voltei ela estava estranha.

Eu pensava que ela já estava acostumada com as minhas brincadeiras... Mas parecia que ela não estava... bem.

Ela não estava nada bem. Conhecia minha irmã.

Está decidido, Fynn. Você não irá mais fazer isso. Pelo menos não mais com Anny.

Fui ao meu quarto e tentei fazer minha mala, mas eu nunca conseguia acertá-la.

Então eu decidi ir para o quarto da minha irmã, ela sempre me ajudava nessas coisas. E já poderia falar com ela, me desculpar.

Saí de fininho do meu quarto e vi minha mãe saindo do quarto de Anny, franzi a testa diante do que via.

Quando minha mãe entrou no seu quarto pude entrar no de minha irmã.

Não disse que ela estava mal?

Ela espancava as roupas dentro da mala, sem qualquer compaixão.

–Nossa, Anny, eu realmente espero que você não pense que essas roupas seja eu. –disse na porta.

Anny levantou a cabeça, assustada. Ela não deve ter me escutado entrar, e bem, é isso que me orgulho, posso entrar em qualquer lugar sem fazer nenhum ruído. Acho que foi a prática.

–Fynn... –ela falou baixinho e caiu no chão, olhando para mim melancólica. –Não ouvi você chegar...

–Mas que cara é essa de funerária? Por acaso alguém morreu? –disse sentando-me na sua frente. Como eu iria falar para ela? –Eu queria te pedir uma coisa.

Ela levantou a cabeça para mim com a sobrancelha arqueada.

–Sabia que iria falar algo assim.

–Não, não é bem isso que você está pensando...

–Sua mala precisa ser arrumada e você não consegue fazer isso sozinho?

Ri fracamente e olhei para o lado.

–Bom, sim... talvez, mas não é só isso... –falei sem graça.

–Sabia... –ela suspirou.

–Me escute, eu disse que não era só isso. –firmei a voz e ela me encarou.

–O que mais?

–Eu queria pedir... Des-... Des-...

–Des-...? –perguntou ela para mim, balançando a cabeça para frente em sinal de eu continuar o que eu comecei. –Destruir o estoque de whisky de Haymitch?

–Não! Se bem que eu aceitaria isso- –parei, respirei fundo, não era isso que eu queria pedir, por que eu não dizia logo? - Desculpa.

Finalmente quando consegui dizer a palavra, senti um alívio.

–Desculpa? –ela perguntou desnorteada.

–Sim. –respondi hesitante, não era isso que ela queria ouvir?

–Pelo o quê?

Ok. Agora ela ao menos sabia o porquê que eu havia falado e me sacrificado tanto para dizer aquilo?

–Pelo o quê?!?! –perguntei confuso pelo que ela falara.

Ela me olhou esperando uma resposta. Tentei me acalmar fazendo a tática de meditação que meu pai havia ensinado para mim e para minha mãe, respira e solta... respira e solta...

–Por ter feito você a minha cobaia para a experiência da armadilha. De novo. –expliquei.

–Ah... É por isso.

–O que você pensava que era?

Ela olhou para a mala.

–Sei lá...

–Anny! Eu quase me mato para dizer isso e você não faz nada? Você não está brava comigo ou algo assim? –desconfiei, tinha que estar atento a tudo, quem sabe ela tinha feito algo para mim e havia escondido para soltar no momento certo?

–E por que estaria, Fynn?

–Você sabe por quê. –falei desolado, com os braços jogados no meu lado.

–Ah Fynn. –ela me puxou para um abraço apertado, e bagunçou meu cabelo, como eu tanto odiava. –Eu já estou acostumada! Aquilo nem doeu. Fez uma ótima armadilha, afinal de contas.

–Sério? –meus olhos brilharam e eu nem liguei para o que ela fazia comigo.

–Sério.

–Então aquele negócio de “dever uma” já passou?

Ela me soltou e segurou meus ombros, olhando nos meus olhos fixamente.

–Wow, não vai tão longe assim, garoto, calma aí.

Minha irmã se levantou e me perguntou, antes que eu fizesse mais uma tentativa de me livrar de minhas obrigações.

–O que você acha de ficarmos no distrito 13 por um mês? Você gosta mesmo disso?

Sentei em sua cama e balancei minhas pernas no ar.

–E quem não gostaria? Comida grátis e nada para fazer. O que pode ser melhor?

Ela não respondeu e continuou ajeitando as suas roupas.

Então foi aí que eu entendi tudo.

–Agora eu saquei. Você não quer ver o Will! –disse vitorioso.

Tudo o que recebi em resposta foi uma calça jogada com força na minha cabeça.

–Não é isso.

Retirei a calça dos meus olhos para poder a ver melhor.

–Ah, não é?

Recebi agora uma blusa preta escrita “Não enche” no meu rosto, tampando minha visão.

–Está bem... Não é por causa dele... –falei, sabendo que isso não era verdade.

Tirei as roupas do meu rosto e as taquei para longe de mim.

–Me diga, Anny. Só por curiosidade. Por que você estava chorando agora a pouco quando eu estava falando no telefone com a mamãe?

Ela interrompeu o movimento de pegar as roupas que eu havia jogado no chão.

–Por todo mundo pergunta isso? –pegou a roupa e a ajeitou na mala.

–Anny... Anny. –saí da cama e a cerquei. –Não me diga que ainda está deprimida por causa do tio Gale?

–Fynn! Você sabe muito bem que eu já lidei com isso.

–Anny, ingênua Anny. –segurei seu braço. –TÁ NA CARA QUE VOCÊ AINDA NÃO LIDOU COM ISSO!

Minha irmã tampou minha boca e me jogou na cama com nenhuma delicadeza.

–Olha o que você fala, mamãe e papai podem estar por perto.

–Ah claro, eles estão no quarto, maninha, tenho absoluta certeza que eles não estão por perto. –minha voz saiu abafada por causa da mão de minha irmã.

–Tá. –ela tirou a mão da minha boca. –Só não grite de novo.

–Obrigado.

Ela me olhou feito uma assassina e eu me encolhi.

–Eu prometo.

–Assim está bem melhor.

–Eu prometo se... –levantei o dedo em uma condição e ela rolou os olhos. –Você me disser por que estava chorando.

Ela voltou a arrumar a mala, se escondeu dentro do guarda roupa e voltou com ele inteiro nas mãos, derramou tudo dentro da mala.

–Sim, você acertou.

–Ahá!

Então pensei melhor.

–Peraí, Anny! Quer dizer que você ainda gosta do tio Gale? Fala sério, mana! Ele é muito mais velho do que você, e está casado!

–Eu sei, eu ainda estou tentando digerir isso.

–Por favor, Anny. Eu acho que eu vou vomitar.

Ela me olhou com cara de que eu não estava ajudando em nada.

–Está certo. Uma dica: acho que você tem que parar com isso, o cara vai ser pai e você ainda babando por ele.

–Eu sei, Fynn! –ela disse, como se isso resolvesse tudo.

–Então por que chorou?

Demorou um tempo até ela me responder, depois de ter acabado de arrumar a mala ela foi ao meu quarto e pegou a minha completamente vazia, encheu ela até as bordas e transbordar, não estava fechando.

–Fynn, vem aqui.

Estava quase dormindo na cama, virei o rosto e olhei para o relógio, meia noite.

Levantei-me cambaleante.

–Senta aqui em cima.

–Por quê?

–Apenas senta.

Sentei.

Com esforço ela conseguiu fechar a mala.

–Pode levantar.

Fiz o que ela mandou.

–Obrigado por ter arrumado minha mala. –disse quase caindo, estava com sono. Acho que ficar acordado até tarde fazendo aquela armadilha não tinha rendido tanto.

Ela acomodou as malas uma ao lado da outra e virou-se para mim.

–Vamos dormir.

Assenti e quase estava saindo do seu quarto quando me lembrei.

Acordei de um pulo.

–Espera aí! Você tem que me dizer o porquê que você estava chorando!

Minha irmã estava fechando a porta, ela tentou me deixar para fora, mas eu forcei e consegui entrar antes de ela bater a porta com tudo.

–Droga, Fynn.

–O que foi? Você prometeu.

–Eu não me lembro de ter prometido.

–Você pode não ter prometido, mas eu já perguntei.

Ela ficou quieta.

–Eai? Não vai falar nada?

–Sabe aquela vez que eu disse que você estava me devendo uma? Que tal você fazer isso: se esquecer desse assunto e fingir que eu nunca chorei, está bem?

Toquei com as pontas dos dedos meu queixo e fiz cara de pensador.

–Não, não está tudo bem.

–Fynn! O que eu posso fazer para te tirar daqui?

–Que tal você me falar o por que...?

–Sabia que você é muito irritante?

–É o que me falam.

Ela se agachou.

–Está bem, eu vou te contar.

–Beleza.

Silêncio.

–Então...?

–Você disse que eu tinha que parar de gostar do tio Gale, certo?

–Aham. –confirmei.

–Pois bem. Eu parei.

Uma outra onda de silêncio reinou o quarto.

–E o que isso tem a ver com o choro?

–Era por isso!

–Ahm...

–Já como eu já disse o porquê você pode sair daqui. –ela cantarolou me enxotando para fora.

–Mas, Anny...

–Durma bem.

Nas minhas costas escutei a porta se fechar, eu não conseguia entender minha irmã.

Mas tudo bem. Ela havia arrumado minha mala.

Voltei para o meu quarto e caí na cama pensando no amanhã e no que eu faria assim que chegasse ao distrito 13.

Mal eu sabia o que me esperava pela frente.



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Notas finais do capítulo

O que acharam???????????????????? Comentem!! E me digam além do que acharam, o que vocês estavam imaginando sobre a idade deles... eu meio que não pude colocar antes, mas podem falar se eu devia ter colocado a idade assim mesmo...
Booom, é isso! Nos vemos daqui a pouco :D