Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Prometi capítulo no sábado, e como eu sou rebelde, estou postando às 23:16, yeah. -n
enfim, vamos ler? :3



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-Bati a cabeça quando ele me jogou.

  Trincou os dentes, recebendo o toque suave de Ulquiorra em sua cabeça. Ele abaixou a mão.

-Eu sei que eu prometi ficar mais atenta, mas quando eu cheguei ele já estava aqui em casa e eu não...

-Não me deve explicações.

  Ulquiorra levantou-se da cama, rumando a porta.

  No dia seguinte, acordou com a mesma dor de cabeça que sentira antes de ir dormir.

  Fez tudo como os conformes; higiene matinal e cozinha.Depois de fazer o próprio almoço se sentou em frente ao seu prato, sem vontade alguma de tocar a comida.

  Grimmjow havia assustado-a quando aparecera em sua casa. A voz na sua cabeça não parava de dizer que ela estava em perigo, que ele poderia aparecer a qualquer momento e acabar com ela tão facilmente quanto respirar. E sem Ulquiorra presente na casa, esse medo, esse aperto no coração, era ainda mais presente.

  Beliscou o que ela mesma havia preparado e jogou o resto da comida fora, sentando-se em frente da TV e a ligando.

  Quem sabe Ulquiorra já havia dado um jeito em Grimmjow... Ele poderia tê-lo levado de volta ao Hueco Mundo de um jeito desconhecido, afinal, Grimmjow era o Sexto Espada e Ulquiorra o Quarto, não deveria ser tão difícil assim fazê-lo voltar.

  Bom, não importa. Enquanto Grimmjow estiver aqui, vou ter que ficar alerta. Assim como prometi para o Ulqui-kun.

-Mulher?

-AAAH!

  Orihime deu um pulo, derrubando controle remoto no chão, assustando-se com a aparição originada do nada de Ulquiorra. Encarou o arankar a encarar com indiferença, com as mãos nos bolsos, já em seu gigai.

-Estava vulnerável de novo.

-Desculpe, mas você não precisa fazer isso sempre.

  Reclamou, catando o controle do chão, se levantando. Percebeu que havia alguém atrás de Ulquiorra. Pareciam pés de garota, eram sapatos cor-de-rosa e pernas desengonçadas. Franziu a testa, desviando os olhos para o Espada. Percebendo a expressão da humana, Ulquiorra andou para o lado, revelando uma garota. Orihime ergueu as sobrancelhas, surpresa.

-Grimmjow provavelmente voltará a perturbá-la. Você é inútil contra ele, então, a trouxe para pelo menos atrasar Grimmjow se eu não estiver presente.

-Quem é ela?

  Orihime observou a tímida garota; na verdade, ela parecia uma garota normal, exceto pelos cabelos rosados. Ela era linda.

-Chie, uma das minhas fraccións.

  Os olhos castanhos voltaram a encarar o Espada.

  Chie era baixinha e tinha a aparência mais frágil que a de Orihime. Lhe custou a acreditar de que ela poderia protegê-la do Sexto Espada. Tinha cabelos lisos e cor-de-rosa, presos em rabo-de-cavalo por uma fita branca. Sua máscara hollow cobria parte de seu nariz e seguia até um de seus olhos, com uma pequena brecha para enxergar, e terminava ao chegar a sua sobrancelha. Tinha aparência de uma garota um pouco mais jovem que Orihime, mas ainda assim Ulquiorra dissera que ela pode atrasar Grimmjow.

  Os olhos azuis da fracción fitaram timidamente Orihime, que lhe deu um simples sorriso. Chie sorriu pequeno, desviando os olhos em seguida.

-Tália veio.

  Chie disse, sua voz parecia a de uma cantora de música de ninar.

-Tália?

  A ruiva perguntou, franzindo a testa.

-Eu a mandei ficar.

  Ulquiorra murmurou para Chie, que fez um gesto de que não pode fazer nada para evitar.

-Mas quem é Tal...

-O-RI-HI-ME-CHAAAAAAAAAN!

  Orihime escutou seu nome sendo pronunciado em alto e bom som, separado por silabas, e em seguida foi puxada em um abraçado apertado demais.

-Você é mais fofinha do que me disseram, Hime-chan!

  Tália comprimiu o rosto de Orihime contra si.

-Tália. Pare com isso.

-Orihime vai parar de respirar, Tália-chan.

  Chie declarou, com sua voz fina. Tália a soltou e lhe ergueu um sorriso enorme. Orihime respirou fundo, estabilizando a respiração, de olhos arregalados.

-Tália é a minha fracción, mas ao contrário de Chie, ela não foi convidada a proteger você.

  Ulquiorra declarou sem tirar os olhos de Tália, que apenas deu de ombros e fez uma careta.

-Sou mais útil que Chie. Sem ofensas, Chie...

  Desviou os olhos para a meiga garota por um instante, que encarou tristemente o chão. Orihime encarava a discussão em silêncio.

-... Só não me mandou vir ficar com a Hime-chan por pura implicância comigo.

-Tália-chan, você não veio para ver Orihime-san, e sim pra ver Grimmjow-sama.

  Chie declarou, inocentemente, recebendo um olhar fuzilador de Tália. A garota alta e esguia possuía olhos azulados assustadores, cabelos brancos e lisos que batiam na altura de sua cintura e uma mascara hollow que parecia uma gargantilha irregular.

-O que você disse, Chie?

-Chie só disse a verdade, vamos, vou acompanhá-la de volta à Las Noches.

  Ulquiorra caminhou até a janela.

-Deixe-me ficar, Ulquiorra-sama! Orihime-san precisa de mim, Chie é uma inútil!

  Chie continuo encarando-a indiferente perante ao xingamento. Ulquiorra nem ao menos virou para Tália.

-Não.

  Tália então olhou para Orihime, segurando suas mãos.

-Deixe-me ficar, Orihime. Eu tenho coisas para contar.

  Sussurrou a última parte.  Orihime franziu a testa, sem saber o que responder. Tália parecia ser legal, um tanto, doida demais, mas legal. Porém Ulquiorra disse que ela tinha que ir embora, iria contrariá-lo? Olhou para a fracción e para o Espada, pensando. Tália ainda segurava suas mãos, esperançosa, os olhinhos brilhando.

  A ruiva deu uma piscadela para Tália e se virou para Ulquiorra, falando:

-O que tem demais deixá-la ficar?

  Ulquiorra se surpreendeu com a pergunta da mulher, Ulquiorra virou levemente a cabeça para o lado, vendo Orihime por sua visão periférica.

-Tália não é necessária.

-Mas ela não vai atrapalhar se ficar. E, hm, você não quer me manter segura de Grimmjow? Ela pode ajudar, não pode?

  Ulquiorra virou-se de frente para as três garotas na sala. Chie encarava toda a situação com um olhar sonolento enquanto Tália parecia que iria explodir esperando uma resposta.

-Tália vai mais atrapalhar do que ajudar. Vamos.

  Tália murchou os ombros, fazendo uma expressão triste. Orihime suspirou; por um momento, pensou que poderia convencê-lo a deixá-la. Ulquiorra sumiu pela janela segundos depois. Tália passou por Orihime e parou de seu lado, declarando, com a voz sussurrante, como quem conta um segredo:

-Outro dia eu volto e lhe conto fofocas de Las Noches, Hime-chan.

  Sorriu e depois não estava mais lá.

  Sentiu-se brevemente triste pela arankar, parecia tão feliz em estar no mundo real.

  Virou-se para Chie, sentando-se no sofá e suspirando.

-Pensei que Ulquiorra-sama deixaria Tália ficar se você pedisse.

  Orihime corou com o comentário disparado pela fracción tão normalmente, constrangida.

-Oras, por quê pensou isso?

-Tália me contou coisas que me fizeram ter esse pensamento. Sabe, ela é fracción do Ulquiorra-sama a mais tempo que eu. Ela sabe coisas.

  Fez um ar sombrio, balançando os dedos magros.

  Um momento de silêncio se formou.

-Estou brincando, sua bobinha!

  Riu, descontraindo o clima. Orihime riu com ela, mas riu de nervoso. Chie era ameaçadora as vezes, tinha uma aparência fofa, mas assustadora.

  Se passara poucas horas desde que Ulquiorra havia partido com Tália. Chie tomara refrigerante e descobriu-se apaixonada pelo mesmo; em quinze minutos, não havia mais nada das duas garrafas que Orihime tinha em sua geladeira.

  Chie assistia TV e Orihime preparava sua própria cama quando Ulquiorra parou na porta do quarto.

  Orihime olhou-o e voltou a fazer a cama.

-Não tinha mal algum em deixá-la ficar aqui, sabia? A casa é grande, tem espaço.

  Ulquiorra permaneceu quieto, apenas fitando os olhos de Orihime.

-Está com raiva de mim, mulher?

  Orihime estranhou a pergunta, franzindo a testa, negando com a cabeça.

-É claro que não, só acho que ela poderia ter ficado.

  Permaneceu encarando-o, ainda estranhando a pergunta repentina. Ulquiorra encarou Chie do lado de dentro do quarto, assistindo TV completamente vidrada. Em seguida, voltou a encarar o rosto de Orihime. Seus olhos ficaram por tanto tempo no rosto da jovem que a ruiva começara a ruborizar, até escutar uma voz irritante.

-Oh, mas que bonitinho, Ulquiorra-sama e Hime-chan num momento romântico de admiração, oown.

  Orihime olhou para o lado e viu Tália encostar a ponta do dedo indicador no bochecha de Ulquiorra, irritando-o. o espada ergueu a Mao e deu um tapa nos dedos de Tália.

-Pare com isso.

  Ulquiorra reclamou.

-Vou me acomodar no seu quarto, Hime-chan, já volto.

  Tália passou pelos dois, entrando no quarto com uma mala na mão. Orihime voltou a encarar Ulquiorra.

-Você a trouxe?

  Ulquiorra desviou os olhos do dela ao falar.

-Você tinha razão, Tália pode ser útil.

  Havia indícios de um sorriso no rosto de Orihime. Algo dentro de si falava que ele havia deixado-a vir porque ela pediu, mas ignorou totalmente ao ter certeza de que isso era coisa daquilo que crescia dentro de si, e não um pensamento lógico.

-Pra que ela tem uma mala?

  Orihime perguntou ao perceber que ela desfazia-a, colocando coisas e roupas no chão.

-Tália vinha ao Mundo Real muitas vezes, Szayel a mandava para colher dados e informações, já que ela gostava daqui. Ela tem um gigai, não se preocupe.

  A ruiva assentiu com a cabeça.

-Quanto à Chie, não se preocupe. Darei um jeito de arrumar-lhe um gigai.

  Ulquiorra enfiou as mãos nos bolsos de sua calça, encarando as duas fraccións dentro do quarto de Orihime, mexendo em todas as suas coisas.

-Se elas perturbaram-na, coloque-as para fora. Elas não precisam dormir, ao contrario de você.

  Orihime assentiu novamente, de cabeça abaixa.

-Boa noite, mulher.


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Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro, minha beta saiu do msn assim que eu acabei de escrever ¬¬
Capítulo grande, não tem do que reclamar u3u E, geeeente, confesso que eu estava louca pra introduzir a Tália na fic, lovo ela tanto *-*
aguardo reviews, ^ÇLÇ^LKÇKKL