Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 22
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Benzadeus não atrasei de novo -q
animados para saber quem é a testemunha? Prometi no 19, e assim foi :33333
Mas vocês são bem más feat cruéis comigo viu ç.ç o capítulo foi pequeno pq não deu pra fazer maior, eu tento, mas não é sempre, gente, procurem entender e não me atirar pedras D:
nos vemos nas notas finais, queridosssss da ck



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271909/chapter/22

  O barulho do relógio da cozinha adentrava os ouvidos da humana e explodiam seu cérebro como se fossem uma bomba. Orihime contava as horas que faltavam para qualquer um deles chegar. Se Kurosaki-kun chegasse primeiro, talvez pudesse despistá-lo fazendo Ulquiorra entrar no gigai depressa. Conviver com a incerteza do talvez não era algo bom, nem agradável.

  A porta de sua casa sofreu batidas breves e baixas.

  A ruiva encarou-a por alguns segundos. A batida se repetiu, a fim de despertá-la.

  Fez-se levantar e parou a sua frente, erguendo lentamente e hesitante a mão, girando enfim a maçaneta.

  Do lado de fora, a testemunha a encarou.

                                                           ...

                                                           Hueco Mundo

  Chie escutou vozes e aquele barulho mágico de parede quebrando. Em seguida, Tália berrando palavras grotescas e rudes que eram direcionadas, obvia e unicamente, ao Sexto Espada.

  Não foi o barraco por si só que a fez se levantar e rumar o ringue de luta. Afinal, isso se repetia a cada 3 dias. Se duvidas, até mesmo.

  De longe, ela conseguia escutar os passos calmos e rítmicos de Ulquiorra, também rumando o ringue.

  Barraco de Tália e Grimmjow com a presença de Ulquiorra eram outros quinhentos. Quase tão interessante quanto com a presença da Rainha do Hueco Mundo.

  Quando chegou lá, apenas viu Tália tentando se soltar dos braços de Mila Rose, se debatendo e chacoalhando. Os fios alvos balançavam de um lado para outro feito bailarinas feitas de papel.

  Tália parecia enlouquecida, e Chie sabia que era simplesmente por que era as mãos de Apache que seguravam Grimmjow no lugar.

-TIREM ESSA MULHER MACHO DAQUI!

  Chie fez uma tradução instantânea da frase berrada em tons quase insuportáveis de agudo: ‘TIREM ESSA MULHER MACHO DE PERTO DO MEU MACHO!’

  Apache esboçou para a fracción um sorriso de desdém. Desde que foi promovida a fracción da Rainha do Hueco Mundo, ela tem ficado realmente insuportável. Não só por Tália, como por todos.

-Ei, Sunsun, qual é o motivo agora?

  Chie sussurrou para a garota que, ao seu lado, observava o barraco como quem vê um filme pela décima quinta vez.

-Quem sabe? Se duvidar, nem eles.

  Deu de ombros.

-Lá vem seu Ulquiorra-sama.

  Sibilou, virando.

  De certa forma, Ulquiorra tinha uma moral sobre todos sem nem ter o titulo maior em Las Noches. Lá, ninguém ousava desafiá-lo quando dava uma ordem, e isso era claro para Halibel. O único que se dispunha a desafiá-lo era Grimmjow, claro.

-Parem.

  Falou somente, as mãos enfiadas nos bolsos.

  Ok.

  Talvez grimmjow não fosse o único que o desafiava.

-Parar? PARAR?! NÃO VOU PARAR ATÉ PÊLO AZUL DE GATO VIRA-LATA VOAR PRA TODO LADO!

  Ulquiorra andou até a menina e tocou o braço de Mila Rose, que pousou a fracción no chão e se distanciou, abaixando a cabeça.

  Ulquiorra segurou a fraccion pelo antebraço, chamando Chie e ordenando que as duas voltassem para seus respectivos cômodos. Era rotineiro. Mecânico.

  Conseguia fazer isso mesmo com sua cabeça longe, mesmo com sua cabeça em outros assuntos.

  Escutou-a reclamar mais um pouco até sua voz sumir pelos corredores. Aos poucos, os outros também voltaram aos seus afazeres, exceto por Grimmjow.

  Ao contrario das outras vezes, ele não estava exaltado. Continuava com a careta enfezada, mas não descontrolado. Desviou o rosto e bufou.

-Ela é durona.

  Reclamou, gesticulando para arranhados em seu braço e algumas marcas realmente roxas.

  Ulquiorra encarou-o dentro de um breve silêncio, sem entender por que ele estava puxando conversa.

-Qual foi o motivo dessa vez?

  Soltou um característico ‘tsc’ e deu de ombros.

-Não quero vê-la daquele jeito de novo.

  Sussurrou, mesmo que contra sua vontade. Ulquiorra ergueu uma sobrancelha por um breve momento, admirado.

-Mas ela me cobra algo que eu não consigo dar.

  Ulquiorra encarou o rosto do Espada atentamente.

  Viu-se nele naquele momento. Sendo cobrado de algo que não tinha para dar, de algo que não existia em si. Mesmo que se quisesse, nunca poderia lhe dar... Mesmo se quisesse... Isso parecia matar tanto Grimmjow quanto Ulquiorra. O Quarto Espada fechou os olhos por alguns segundos,

-Ela pensa que eu sou humano. Que ela é humana, até. Não posso amá-la.

  Permaneceu ali em pé quieto por algum tempo, até suspirar e se virar, deixando Ulquiorra sozinho.

  Ah, Orihime, por que fazia isso com ele?

                                                           ...

                                                  Mundo Real

-K-Kuchiki-san?

  Sua voz saiu trêmula. Com as orbitas arregaladas, Orihime se segurava na porta, sendo fitada pelos olhos castanhos e carrascos de sua testemunha.

-Inoue, precisamos conversar.

  A ruiva engoliu a seco, assentindo com a cabeça, dando passagem para que ela entrasse. As mãos suavam e o coração disparava, e não estava sendo bem sucedida em esconder isso. Se ela estava aqui, Ichigo já deveria ter chegado. Droga, droga, droga...

  Rukia entrou na sala e virou-se para ela. Também não estava tão confortável assim na posição que se encontrava. Orihime era sua amiga, mas estava com o inimigo...

-Eu vi, Inoue. O Espada.

  O coração da jovem parou de bater por um segundo que pareceu não passar.

-O viu...? Rukia-san, eu...

-Ele não estava morto?

  Perguntou, incrédula.

-Não, mas acredite em mim, ele não é mais o inimigo...

-Ele quase matou o Ichigo, Orihime!

-Mas foi quando ele era Espada do Aizen, e-ele não é mais!

-Por que ele estava na sua casa? Ele machucou você?

  Orihime estava desesperada em fazê-la entender, acreditar nela. Não era tão difícil assim, não era anda difícil. Se ela os viu, deve ter percebido que ele não machucou-a ou algo do tipo em momento nenhum, por Deus!

-Não, ele não me machucou, ele só... Por favor, ele não é mais daquele jeito, acredite em mim.

-E-Eu contei pro Ichigo.

Seus olhos não podiam se arregalar mais. Seus fios ruivos se colavam em seu pescoço e com certeza estava gélida. Desespero e pânico atingiram-a bem em cheio. Queria começar a gritar e sair correndo dali em direção ao Hueco Mundo, do lado de quem a fazia sentir-se segura.

-Por que... você fez isso?

  Algumas lágrimas brotaram de seus olhos e caíram, deixando clara a sua tristeza interna.

-Ele devia saber! Aliás, foi por isso que ele antecipou a vinda, Orihime, tem um monstro na cidade!

-Não o chame assim!

  Berrou, fechando os olhos fortemente. Berrou para calá-la e também as vozes em sua cabeça que gritavam freneticamente coisas como ‘ele vai se machucar’, ‘Ulquiorra vai embora’, ‘ele vai deixá-la novamente’...

-Não podia ter feito isso! Ichigo vai machucá-lo, Kuchiki-san!

-Como assim? Ele volta aqui?

  Incrédula e abismada, Rukia indagou.

-Saia da minha casa! Saia da minha casa, por favor!

  Apontou para a porta, nervosa, tremula.

-Orihime, ele está enganando-a, não vê isso?

-SAIA!

  Correu até a porta, abrindo-a. Choramingando, limpou os olhos com as costas da mão.

-Ichigo quer protegê-la...

-NÃO QUERO SER PROTEGIDA! DIGA A ELE PARA FICAR LONGE! LONGE DE MIM!

  Rukia a lançou um olhar de pena.

  Abaixou a cabeça e saiu, em silêncio.

  Orihime bateu a porta e chorou alto, soluçando, deslizando pela porta e se sentando no chão, abraçando as pernas.

  As horas passaram. Depois de um tempo, um pouco recomposta, ela se levantou. Não tinha mais lagrimas de desespero no rosto, haviam secado. Entrou no banheiro e despiu-se, em seguida sentindo a água morna bater com força na cabeça dolorida. Fechou os olhos.

  Ele deveria estar chegando em breve.

  Saiu do banheiro e se vestiu, sentando em seguida na cama. Estava tão cansada.

  Enterrou o rosto nas mãos, respirando fundo. Sua cabeça explodia.

-O que aconteceu?

  Escutou a voz e quase que instantaneamente se sentiu um pouco melhor. Tirou as mãos do rosto e encarou o chão, sem lhe direcionar um único olhar.

-Tinha sim alguém nos vendo.

  Ulquiorra engoliu a seco.

-Kuchiki-san contou pra ele. Ichigo volta hoje.

  Enquanto falava, Ulquiorra ajoelhava-se a sua frente, vendo os olhos úmidos de lágrimas que ela pensava ter já ter chorado. Limpou seu rosto e enfim recebeu o olhar de suas orbitas claras.

-Você pode entrar no gigai? Não quero que vocês briguem.

  Choramingando, sua voz parecia de uma criança assustada.

-Pare de chorar, mulher.

-Você não vai embora, não é? Por favor, por favor, eu não... Eu estou tão assustada.

-Shhh.

  Retirou os cabelos grudados em seu pescoço ternamente, colocando-os atrás de sua orelha, dando-lhe seu melhor olhar e cuidados humanos.

-Ele quer machucar você, Ulqui-kun, o que...

  Uma pausa para respirar.

-O que nós vamos fazer?

-Ele não vai me machucar, ok?

  Sussurrou, procurando reconfortá-la.

  Pousou a mão em sua bochecha e, por alguns segundos, pousou seus lábios nos dela. Orihime sentiu-se ficar um pouco menos estressada e assustada, enquanto o Espada segurava sua mão.

  Quando ele separou seus lábios por um milímetro, Orihime abraçou seu pescoço, pousando o rosto recostado em seu pescoço.

-Leve-me para Las Noches com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NINGUÉM NUNCA NEM SUSPEITOU DA RUKIA, TODOS ACUSAVAM O ICHIGO KKKKKKKKKKKKKKKK mas gente, como seria o Ichigo se ele só voltaria de noite, gente? :s
Espero que tenham gostado, ♥
bj da Calvin Klein.
na1 pera