Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 17
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Af, sou tão boazinha, postando na sexta ♥ q
Bem, aconteceu um treco. Nem é tão 'OOOOH' assim, mas pode ser que atrapalhe. Minha barra de espaço do teclado travou, Y E Y. Escrevi esse capítulo pelo notebook da minha irmã, até pq eu não poderia parar de postar estando tão perto de barraco e momentos esperados por todas, neah. :33333 E o reviews, eu vou respondendo agora, xuxussssss



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  Orihime acordou alarmada, assustada, se embolando nas cobertas e caindo no chão.

  Permaneceu ali até situar-se. Olhou de relance pro relógio. Oito e meia da manhã. É, a essa hora, ele com certeza não estaria mais no Mundo Real.

  Olhou para frente, mais precisamente para o teto, sem muita vontade de se desvencilhar das cobertas e dar inicio a mais um dia de espera pela noite. Estava satisfeita assim, caída no chão, de braços esticados, as pernas ainda na cama. Aliás, estava mais que satisfeita, estava feliz.

  Sentia o cheiro dele por todo o seu quarto. Mais em seu cabelo, o qual ele gostava tanto de mexer e embolar.

  Poderia levar uma vida assim para sempre. Todos achariam que ela era uma encalhada doida que não saia de noite nem recebia visitas para dormir na sua casa; mas estaria plena e feliz. Só. Comendo chocolate, e claro, precisaria lembra-se de comprar umas 6 barras do amargo para deixá-lo feliz. Desenhando círculos imaginários. Carinho nos cabelos e cheiro de arrankar por toda a sua casa.

  Não soa bastante para você?

                                                            ...

  No Hueco Mundo, o clima ainda estava meio pesado. Além de Tália ter sumido – sumido em meio termo, já que todos sabiam que ela estava trancada em algum cômodo não ocupado de Las Noches –, Grimmjow arrumara encrenca com Apache e o resultado foi intervenção de Halibel.

  Bem, ela nunca gostou muito dele.

  Não, ela nunca gostou muito de ninguém. Com exceção de suas fraccións.

  Eles quase brigaram. Mas, segundo relatos exagerados e fantasiosos de Chie, Tália passou pelo local com sua cara de morta e desviou a atenção do Espada.

-E foi como naqueles filmes que passavam no Quadrado Mágico da casa da Hime-chan, Grimmy-kun parou de escutar tudo e só teve olhos para ela.

  ‘Quadrado Mágico’ no vocabulário de Chie é o que você pode entender como ‘televisão’.

   E ela só chamava Grimmjow de ‘Grimmy-kun’ quando Ulquiorra estava num raio de 10 metros dela.

  Ulquiorra escutava-a dizer seu conto um pouco fora do que realmente aconteceu com o mínimo de atenção possível. Nem se quer a olhava, mas isso não é algo que incomode para alguém como Chie.

-Aí ela correu até e ele e ele até ela, em câmera lenta, enquanto eu e a Sunsun-chan jogávamos pétalas de rosa e...

  Sunsun era a única naquele lugar que sentia prazer em escutar as asneiras que saíam da boca daquela fracción.

  Do nada, Chie interrompeu sua prosa. Olhou tediosamente para seu mestre, piscando algumas vezes. Se sentindo incomodado, Ulquiorra a olhou de relance.

-O que foi?

-Você cheira diferente. Não diferente ‘outro cheiro’, mas diferente ‘cheiro misturado’.

  Ulquiorra voltou os olhos a tela a qual analisava dados rotineiros.

-Cheiro, é?

  Ele sempre procurou ter mais paciência com Chie do que com Tália. Eram como irmãs mais novas, ou até mesmo algo como filhas, para que você entenda a proximidade e relação deles, mas Tália era a rebelde problemática e Chie a autista deficiente mental.

-É. Você não está cheirando completamente Ulquiorra.

  As próximas palavras ele escutou com atenção. Poderia parecer boba, mas a fracción de cabelos rosados era uma ótima observadora. Se você a acostumasse a encarar uma prateleira com 400 livros todo dia, e de repente mudar um do lugar, sem sombra de dúvidas ela iria comentar.

  E se você estivesse, mesmo que supostamente, cheirando a algo diferente que o normal, ela não tardaria a acusar.

-Está cheirando Ulquiorra e Orihime. Tá cheirando Himeulqui. Ou Ulquihime.

-Não estou.

-Está sim, consigo sentir, ó.

  Chegou perto e fez menção de começar a cheirar seu cabelo, mas Ulquiorra tampou sua cara com a mão.

-Não conte a ninguém.

-Que você cheira diferente?

  A voz saiu abafada pela mão do Espada em sua cara. A retirou, mas o corpo frágil continuou inclinado para frente, como se a mão dele continuasse a suportar seu peso.

-É. Se você contar, ele não vai mais voltar.

  Foi cruelmente claro como os olhos da arrankar mudaram. Passaram de imparcialidade para algo como tristeza. Ela juntou as sobrancelhas rosadas, contorcendo a cara em uma expressão dolorida.

  Ulquiorra quase nunca tocava nesse assunto. Não gostava chantagiar uma pobre e inocente garotinha como Chie. Mesmo sendo um pouco crescida, ela parecia uma criança. Tocar em assuntos que machucam-na era mais que covardia, sabendo que ela não trocaria nada pela volta dele.

  E ele quase se arrependeu de ter dito aquilo ao ver a reação de sua fracción.

-Não vai?

-Não, não vai.

  Era como falar para uma criança que algum parente nunca mais iria voltar.

  Foi um golpe baixo, sim.

  Foi até meio que exagerado.

  Mas não queria ter que correr riscos de Grimmjow escutar e/ou Tália espalhar para todo o palácio.

-Não vou falar.

-Ok.

  Deu dois tapinhas no alto do cabelo ondulado da garota magoada.  Quase pronunciou ‘tudo ficará bem’, mas sairia superficial da sua boca. Não tinha dom pra consolar.

-Porque não continua a me contar o que acontece...

  A porta abriu em um rangido. Em seguida, som de sapato alto impactando contra o chão ressoaram no local. Ulquiorra girou a cadeira e o que avistou foi uma imagem conhecida, mas completamente diferente de como ele pensava que estaria.

-E aí, amados.

  Tália sorriu, o rosto iluminado e normal, moldado na sua felicidade.

  Ela não estava depressiva jogada em qualquer lugar há quase um mês?

-Que caras de enterro, credo.

-O que aconteceu com você?

  Chie foi quem teve coragem de perguntar. Ulquiorra manteve-se sério e virou novamente a cadeira para seus afazeres.

-Nada.

-Mas você estava tris...

-Estava nada. Shhh. Cala a boca.

  Sibilou rápida e separadamente, tentando fazer com que Chie entendesse que não era para tocar no assunto e esquecê-lo por completo.

  A fracción franziu a testa, olhando para cima, respirando fundo.

-O cheiro daqui está diferente.

  Ulquiorra deu uma leve olhada para Chie, que o encarou com os olhos arregalados. Não sabia se ela conseguiria ficar quieta, às vezes as coisas saem dela como passe de mágica e você nem percebe.

-Enfim.

  Ele quase gritou aleluia quando Tália desistiu de prosseguir seu comentário.

-Chie, você pode sair um momento? Preciso falar com Ulquiorra.

  A garota assentiu com a cabeça, saltitando os degraus, cantarolando algo que ela inventou na hora e se retirando. Bateu a porta com força exagerada.

  Mesmo Ulquiorra tendo escutado-a dizer que precisava falar com ele, não se virou ou parou de olhar para a enorme tela do computador. Tália subiu os degraus, equilibrando-se em seus sapatos, e parou de seu lado. Não estava mais radiante com seu sorriso falso, estava séria.

  Tália o encarou ler algo em silêncio. Não admirava o jeito com o qual ele levava as coisas, mas certamente não era ninguém pra questionar. Mesmo que às vezes o faça.

-Já admitiu a si mesmo que a ama?

-Eu não a amo.

-Me explique então porque você vai toda noite na casa dela?

  Perguntou, o tom de voz cínico e vitorioso reinando em suas palavras. Ela cruzou os braços, erguendo as sobrancelhas de modo esnobe. Ulquiorra levantou-se da cadeira, parando a sua frente, a encarando de cima.

-Como sabe? Chie contou?

-Não, ela não precisou. Praticamente todos aqui sabem. Inclusive Halibel.

  Ulquiorra engoliu a seco. Não temia Halibel, mas ela agora sabia que ele ocultara a verdade que devia a ela. Se sentia minimamente conturbado.

-Ninguém não comenta nada por falta de provas, mas daqui a pouco Halibel coloca a mulher macho atrás de você.

  Tália tinha uma pequena rixa com Apache desde que a mesma ameaçara socar Chie depois da garota de cabelos rosados tagarelar sobre como ela fica rosa ao lado do ‘Grimmy-kun’.

  Era isso que Tália explicava para todos que perguntassem, mas pra quem conhece realmente a fracción não tem duvidas que nisso haja ciúme enrustido.

  A voz da fracción era sussurrante, porém rígida. Como uma mãe que alerta um filho. Queria abrir os olhos dele que fazer escondido não seria menos pior do que se pelo menos Halibel soubesse.

-Como sabe que Halibel...

-Sunsun disse que ela viu você um dia. Ela não está com raiva de, está até fazendo vista grossa, Ulquiorra. Ela só quer saber o que você faz lá. Se não quiser admitir que a ama e está lá porquê aprecia a companhia dela, tudo bem, diga que teme que Grimmjow volte e está protegendo-a...

-Você não queria que eu fizesse algo por ela? Não a abandonei, mas isso não quer dizer que eu a amo.

  A paciência em si estava indo embora à medida que Tália insistia no assunto.

-Você é um covarde mesmo, heim.

-Cale-se. Já disse que seus conselhos de nada valem pra mim.

  Um flash do que acontecera na noite que ele levara a humana para o Mundo Real tampou os olhos da fracción. Fechou as mãos em punho e trincou os dentes, tudo isso para apaziguar a vontade de continuar teimando e discutindo. Não queria ser alvo das mãos do Espada de novo, já que ele tem estado um pouco menos paciente.

  Assentiu com a cabeça e virou-se, com passos rígidos contra o chão, indo embora.

  Quando chegou em seu quarto, chutou e socou o ar, gritando qualquer palavra que viesse a sua cabeça.

                                                            ...

  Demorou para ela situar-se em que dia era hoje. Quando percebeu, arregalou os olhos e partiu para a cozinha.

  Natal.

  Ah, por diversas vezes ficara encarando a árvore na sala, desanimada devido às coisas que aconteceram antes. Chegara até a pensar que quando dia 25 chegasse, não teria vontade alguma de montá-la ou de cozinhar.

  Montou a arvore com todo o cuidado do mundo e colocou um bolo no forno. Bolo de chocolate, claro. Tinha também novas barras na geladeira e refrigerante, caso Chie aparecesse.

  Terminou de guardar as caixas que continham os enfeites e, inebriada de alegria, foi tomar banho. Como nos outros dias, lavou e secou o cabelo.

  Já estava escurecendo quando terminou de se vestir. O natal desse ano seria um pouco mais diferente, já que não iria para a casa de sua tia e Tatsuki-chan não viria. Ah, claro, tirando o fato de que teria um arrankar na sua sala.

  Rumou a cozinha e reclinou o corpo, já com as luvas, abrindo o fogão e tirando o bolo de dentro do mesmo. Pousou-o na pia, em cima de um prato apropriado e sorriu consigo mesma, tirando as luvas. Esperaria esfriar enquanto faria a calda.

  Virou-se para trás, para aumentar um pouco a TV, e deu de cara com Ulquiorra encostado no balcão, com as mãos nos bolsos. Sorriu.

-Feliz natal.


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Notas finais do capítulo

Huuuuuuuuuuum, quem será esse ser que o Ulquiorra usou pra chantagear a Chie? Sugestões, palpites? O próximo capítulo 'filler' (?) do passado da Chie PROVAVELMENTE já vai estar postado até quarta dessa semana, mas especulações sobre quem é são muuuuuito bem aceitas, ^^
aguardem sábado que vem, amadinhossss :3
Como eu disse, anseiem o barraco do próximo capítulo! HAUEHAUEHU
see ya !
CK.
ps: cês tem skype? -qq