Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 3
Perdendo a pessoa que eu mais amava


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo ficou um pouco triste. Mas então? O que acharam dos personagens e da capa? Vocês nem falaram nada sobre nenhum dos assuntos. Enfim leiam aí.



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-Estão se assustando fácil assim? - Ele falou dando um sorriso frio.

Roupas pretas, pele tipicamente pálida, olhos negros facilmente distrativos. Não eu não estava diante de Nico Di Angelo. E sim de seu pai. Hades, o deus dos mortos.

-Nós ficamos desacostumadas, depois de um tempo sem levar sustos. - Falei fria. - Nico tinha medo de que eu o matasse eletrocutado caso ficasse muito brava com ele por me assustar. Por isso ele não costumava fazer isso.

-O que está fazendo aqui Hades? - Ana falou por entre os dentes. Odiava ser assustada.

-Preciso falar com você, Giovanna. - Ele respondeu se levantando, e vindo até nós. - Posso entrar?

-Claro. - Falei e Ana negou na mesma hora.

-Não. - Ela sabia de algo que eu não sabia. Pois sua raiva não durava tanto e chegaria a tal ponto.

-Sim, você pode entrar. - Fiz sinal para ele entrar.

O deus dos mortos entrou, e observou nossa sala. Pelo seu olhar, ele parecia querer que tudo aquilo fosse preto, ou em tons de cinza.

-Então Hades, o que faz aqui? - Fui direto ao ponto.

-Posso falar em particular? - Ele parecia estar sendo tão cauteloso com cada palavra que dizia. Parecia estar sendo observado. Claro, que Ana não conta. Mas ela olhava para ele como se planejava que órgão arrancar dele, que o proporcionasse mais dor e morte mais lenta.

-Não. - A mesma falou ríspida, e rapidamente.

-Sente-se. - Tentei ser educada. Mas estava sendo meio complicada.

Nós nos sentamos. Hades em um sofá, esfregando o rosto e os olhos. Notei que ele estava mais mal cuidado. Seu rosto, estava com olheiras mais profundas e escuras, olhos vermelhos como se tivesse passado noites em claro, e se mexia nervosamente. Ana se sentou em uma poltrona, e eu me sentei em outra, do lado dela.

-Fale logo. - Ana o apressou.

-Pare de me apressar. Estou vendo se acho palavras decentes pra contar o que ocorreu. - Depois de um tempo, ele finalmente começou a contar. - Você se lembra, de que Nico saiu em uma missão especial e secreta. Não lembra?

É, eu me lembrava muito bem do dia que ele foi se despedir de mim.

Flashback on

Eu estava na aula de geografia, trocando bilhetes com Ana falando sobre o bigode da professora de português e sua bipolaridade. Então, ele bateu na porta. Enfiou seu rosto na sala de aula. Metade das garotas da sala, assoviaram para ele. Fiquei muito feliz em vê-lo, apesar de tudo. Muita gente na sala não acreditava que eu tinha namorado, nesse dia eu provei que eles estavam errados.

-Com licença professora, eu gostaria de falar com a Giovanna. - A professora fez sinal para mim ir.

Me levantei da cadeira, e fui até a porta civilizadamente, e tentanto não escorregar com a sandália. Sai da sala, e beijei Nico ainda fechando a porta. Alguns gritos soaram lá dentro. Não liguei. Pelo menos ele estava ali. Eu não o via pessoalmente por cerca de 1 mês. Me separei dele, e abraçei-o. Não querendo largar dele nunca mais. Suas roupas ainda tinham o mesmo perfume doce de sempre. Ele não estava muito diferente. Apenas mais alto, e não usava apenas preto. As vezes o via de cinza, ou azul escuro. Já era uma evolução. Ele usava um moletom cinza com uma camiseta preta por baixo, e uma calça jeans escura. E ele usava uma mochila. Achei estranho.

-Que saudade. - Falei apertando demais ele. Sabia que ele estava sorrindo.

-Não me aperta tanto. - Sua voz levemente rouca soou. Soltei-o.

-O que está fazendo aqui? - Perguntei feliz até demais, seu sorriso sumiu.

-Eu vim me despedir. - Acabou a alegria. - Eu vou partir em uma missão, em segredo. Estou proibido de contar o motivo dela.

-Quanto tempo? - Perguntei sentindo minha voz embargar.

-Indefinido. - As lágrimas ameaçavam descer meu rosto. - Mas eu prometo, eu faço o máximo para voltar. Ok? - Ele limpou lágrimas de meu rosto, que eu não havia notado. Assenti triste. Foi aí que notei e examinei suas palavras. Ele disse que ia fazer o máximo para voltar.

-O que? "Fazer o máximo" para voltar? Como assim? - Me desesperei. Ele abaixou o rosto, triste. - Eu não posso te deixar ir assim. Ainda mais sozinho.

-Eu não vou sozinho Giovanna. Vou com um filho de Atena, e a namorada dele que é filha de Perséfone.

-Eu não posso te deixar ir. - Repeti, com o rosto muito molhado.

-Eu prometo então, que eu vou voltar. - Ele limpou as lágrimas do meu rosto, e me abraçou.

-Jura pelo Estige? - Sou burra até certo ponto. Ele ficou quieto.

-Eu juro pelo Estige, que nós nos voltaremos a nos ver. - Nos beijamos. Foi o último beijo que eu havia dado.

Abracei-o forte. Não queria que ele me abandonasse.

-Pode chamar a Ana pra mim? - Me separei dele. E assenti triste.

-Nos vemos no acampamento. - Foi a última coisa que eu disse á ele.

Sentei na minha carteira, e avisei Ana de que ele queria falar com ela. Ela saiu, e voltou 2 minutos depois. Suas feições estavam diferentes. Antes, ela parecia apenas com sono. Depois de falar com ele, ela parecia preocupada, e levemente triste.

Depois, quando eu perguntei o que ele tinha falado, ela apenas falou que ele ia viajar, e ela devia ficar de olho em mim. Nada mais.

Flashback off

-É, eu me lembro muito bem. - Falei preocupada.

-Pois bem. Como você também deve saber ele saiu com mais dois canpistas. - Assenti. Aonde ele queria chegar? - Eles estavam perto de uma cidadezinha, quando foram atacados por vários monstros. E entre eles estava um dos gigantes. Gration. O filho de Atena, e a de Perséfone estavam mortos. Nico... Bom, ninguém o encontra em lugar algum.

Sabe aquela sensação que as vezes se tem, que você sente que arrancam o seu coração fora, pisam nele, e o colocam devolta? Se nunca tiveram, não aconselho ninguém a se aventurar tentando sentir uma coisa dessas. Não é nada boa.

-O que? - Eu senti meus olhos se encherem de água, e minha voz embargar. Ana me abraçou. Era raro ela o fazer. E seu abraço era esquisito, como se ela nunca tivesse abraçado ninguém na vida, e você fosse o primeiro. Mas isso não vem ao caso.

-Não consigo saber se ele ainda está vivo, ou se está morto. - Ele olhou para mim, e sua feição foi uma que eu conhecia muito bem. Pena. - Eu realmente sinto muito mesmo. Estou fazendo o meu máximo para encontrá-lo. Mas meus esforços não estão adiantando nada.

Não tive tempo de processar o que Hades tinha acabado de dizer. Ouvimos gritos. E não eram gritos de alegria, de pessoas desconhecidas, e nem nada do tipo. Era um misto de susto com medo. E eu sabia muito bem, de quem eram. Eram de Alex e Charlie.

Corremos para fora. Eu estava com um misto de emoções, e provavelmente com uma aparência horrorosa. Assustada, triste, preocupada, com uma enorme saudade, e uma sensação de remorso. Porque eu não o impedi de ter ido? Eu podia ter feito isso. Assim, ele estaria vivo. E eu, não estaria neste estado em que eu me encontrava.

Mas voltando ao foco. Corremos para fora, mas Hades apenas se levantou tranquilamente e foi até a porta. Ana abriu a porta rapidamente, e se preparou para atacar seja lá o que fosse. Saímos e corremos para a casa deles. Entramos e vimos o estado da linda casa, que no momento estava muito destruída. Centros de mesa de vidro quebrados no chão, o sofá virado, vasos cheios de terra agora eram cacos de cerâmica, com terra espalhada por todo o chão.

Alguém me cutucou, e eu me virei. Não era ninguém. Olhei para o chão, e vi um arco preto no chão. Com um bilhete em cima: "Isso vai ajudar você. Não precisa colocar flechas, apenas puxe". Isso é um tipo de presente de desculpas? Seja lá a razão, aceitei o presente. Peguei o arco, e o posicionei. Puxei a corda para testar, e lá apareceu uma flecha.

-Que lindo. Quer ficar aqui admirando o arco ou procurar os meninos? - Ana me despertou para a realidade.

-Claro, foi mal. Eu me distrai.

Entramos na casa, e estava tudo silencioso. Ouvimos um "por favor não machuque-o" vindo da mãe dos gêmeos, lá no segundo andar. O olhar de Ana se encontrou com o meu.

Subimos a escada correndo. Eu fui silenciosamente ao contrário de Ana. Um dinossauro subindo a escada. Chegamos lá, e ficamos com as armas prontas. Ana com sua espada e eu com o meu novo arco.

Encontramos eles em um dos quartos, cercados por coisas que eu identifiquei como Lâmias. Eram três. Os três logo nos viram. Felizmente, eles estavam pouco machucados. Com excessão á mãe deles. Ela tinha um corte no braço que sagravam muito.

-Onde ela está? - Uma das Lâmias falou. Lâmias são criaturas metade cobra da cintura para baixo. As três seguravam

-Nós não sabemos. - Charlie falou com pânico, e esperança.

-Vá embora. - Ana, como sempre muito esperta falou. Podíamos ter pego-as de surpresa pelas costas.

-Elisabeth. - Uma delas falou para mim, sorrindo. Meu nome não é Elisabeth.

-Meu nome não é Elisabeth caramba.

Comecei a lutar. Ana, tirou os três de perto delas e os colocou no corredor. Eu lutava furiosamente, alternando entre o arco e a espada. Matei uma com um golpe na coluna (não sei se ela tinha coluna, mas acreditei que sim). Outra estava ocupada com algo ou alguém, acreditei ser Ana pois estava de costas e não conseguia ver.

Me concentrei na luta. Ela distribuia golpes aleatórios, mas bem calculados. Eu estava completamente dominada pela adrenalina. A coisa tentou me decepar, fui mais esperta. Dei uma rasteira, e finquei a espada em seu coração. Troquei a espada, pelo arco. A Lâmia continuava atrás de mim, acertei-a com um tiro na barriga.

Foi aí que me dei conta que matei 3 Lâmias sozinha. Olhei para Ana indignada.

-Porque não me ajudou?

-Você matou as coisas em menos de 5 minutos.

Estava muito assustada. Isso era quase impossível. Foi aí que percebi, que meus sentimentos me ajudaram. Descarreguei toda a minha raiva nelas. Agora apenas restava a Giovanna indefesa, triste, sozinha, e com peso na consciência. Sem perceber, comecei a chorar. Descobri que meu namorado estava morto ou quase, e nem tive tempo de processar a idéia. Vocês devem estar pensando "ela chora demais". Isso é verdade, mas minha vida passou de semideusa feliz á quase inferno. Me deem um tempo.

Olhei para Ana, e vi que tinha que ser forte. Não posso mais chorar toda vez que lembrasse dele. Limpei as lágrimas.

-Está todo mundo bem?

-Sim. Mas e você? - A mãe deles me perguntou. Meus deuses eu preciso aprender o nome dessa mulher.

-Nem um pouco. - Admiti.

-Quer um abraço? - Ana perguntou, e abriu os braços. Credo, minha situação está afetando até ela? Claro que eu não ia recusar um de seus abraços desajeitados. Joguei minhas coisas no chão e abracei-a.

-O que aconteceu? - Alex como sempre, curioso.

-Explico depois. - Ana falou.

-Vamos. Vocês três vão para nossa casa. Precisamos cuidar desses arranhões. - Me separei de Ana.

Transformei minha espada em meu colar, e fui obrigada a ficar carregando o arco. Fomos para minha casa. Charlie e Alex entraram na barreira. Como eu suspeitava. Eles eram semideuses. Mas sua mãe não. Ela bateu na barreira como se fosse uma parede.

-Ai meus deuses, me desculpa. - Falei. - Como é seu nome?

-Rose. - Ela falou pondo a mão na testa.

-Eu Giovanna Skycloud, dou permissão á você Rose Dowdall para entrar em minha casa. - Falei.

Ela esticou o braço, e foi entrando com medo de bater denovo. Felizmente, isso não ocorreu.

-Como sabia que meu sobrenome era igual ao dos meninos?

-Deuses não tem sobrenome. Então, os filhos pegam o sobrenome da mãe ou pai mortal.

-Deuses? Como assim? - Alex olhou interrogativo para a mãe.

-Entrem. - Abri a porta. - Você tem muito o que contar, Rose.


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Notas finais do capítulo

Entããããããããããão pessoas, eu vou fazer uma pergunta todo capítulo. Sobre o que vocês acham da fic. Então, a pergunta dessa vez é: O que vocês acharam da capa e o que querem que aconteça? RESPONDAM RESPONDAM RESPONDAM NOS REVIEWS



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