Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 15
Pegando um voo


Notas iniciais do capítulo

Credo gente, nenhum review? Vou dar um desconto porque muita gente tá viajando e tals. Curtam aí a desgraça dos personagens.



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Acordei às 6 da manhã com um despertador, que eu não lembro de ter ligado, tocando. Demorei alguns segundos, com o som torturante invadindo meus ouvidos, para desligá-lo.

Grunhi em frustração. Apesar do fato de a missão ser para salvar Nico, eu não queria levantar da cama. O que me lembrou que ele tinha apenas 6 dias de vida.

Me obriguei a sair da cama, e fui ao banheiro. Tomei um banho longo, e coloquei uma roupa. Chequei se as minhas coisas estavam todas na mochila e me deitei na cama.

Acordei com uma luz entrando nos meus olhos. Eu não me lembrava de ter aberto a cortina.


-Acorda. - Alguém falou, e me assustei.


Caí da cama, e a pessoa explodiu em risadas. Abri os olhos e dei de cara com Ana rindo como uma retardada.


-Você tem problema? - Perguntei para ela ainda jogada no chão.


Ela balançou a cabeça em sentido afirmativo.


-Para de rir. - Falei alto e jogando uma almofada que estava do meu lado. Acertei a cara dela, e ela parou de rir um pouco. - Respira.


E ela voltou a rir.


-Como eu disse anteriormente, você precisa de um psicólogo. - Falei.


Me levantei, e olhei a minha roupa para ver se ela estava amarrotada. Estava apenas um pouco, mas não me importei. Fui ao banheiro e escovei os dentes. Nesse meio tempo Ana parou de rir, e colocou as almofadas em cima da cama de uma maneira desorganizada. Terminei de me arrumar prendendo o cabelo, e fui arrumar a cama. Coloquei o edredom de um jeito que faria minha mãe chorar de orgulho (já que ela adorava que eu fizesse a cama perfeitamente), e depois os travesseiros e as almofadas.


-Como você entrou aqui? - Perguntei para Ana, enquanto pegava a minha mochila.
-Você esqueceu de trancar a janela. - E ela apontou para a janela que fica em cima do sofá-cama. Eu não tinha notado mas ela era suficientemente grande para uma pessoa grande como Ana passar.
-Você me assusta. - Falei indo pra fora.
-Eu sei. - Ela riu.


Ela saiu, e eu fechei a porta do chalé sem trancar e me importar com o caso de alguém entrar lá. Me certifiquei se a minha carteira estava dentro da mochila pela milésima vez. Como Ana não queria me esperar ir até o pavilhão do refeitório, comi um lanche tirado da minha mochila. Era exatamente igual a um que eu havia comido em um voo.

Chegamos na colina e todos da missão estavam lá, junto com Percy, Annabeth, Quíron, e Argos (que nos levaria até o aeroporto). Charlie e Beatrice estavam mais afastados dos outros, porque eu não sabia. Aqueles dois eram muito estranhos.


-Oi. - Falei colocando o papel do lanche na mochila, e o vendo desaparecer em algum lugar.
-Não é muito higiênico colocar a sujeira de um lanche dentro da mochila. - Beatrice falou, e eu olhei para Ana com uma cara de 'eu não quero explicar então vou deixar ela no vácuo'. E a mesma rir baixo.
-É, - Falei mudando de assunto. - precisamos ir.


Ana abraçou Percy, e ele entregou umas pérolas pra ela. Contei 6.


-Isso é o que eu tô pensando? - Ela falou sorrindo.
-É. - Ele riu. - Papai mandou pra você.


Eles se abraçaram denovo. Abracei Annabeth. Ela era como uma irmã mais velha. Ela sempre me protegia, e me ajudava quando eu precisava.


-Trás ele de volta. - Annabeth falou ainda abraçada comigo.
-Você fala como se eu não quisesse. - Ela riu.


Iria ser difícil ir sem Annabeth ou Percy na missão. Eles faziam as escolhas difíceis, controlavam a névoa para nos ajudar, e simplesmente sabiam o que fazer. As lutas se tornavam assustadoramente fáceis com eles. Agora teríamos que enfrentar o que viesse sozinhos. Sim, nós tinhamos Ana e Beatrice pra substituir. Mas não era a mesma coisa.


-Cuida da Ana. - Percy soltou enquanto nos despediamos.
-Está me pedindo o impossível. - Ele sorriu exibindo os seus dentes perfeitos.


Nos despedimos de Quíron com ele soltando frases como: Cuidado com a Medusa, ou fiquem atentos a velhinhas estranhas.

Descemos a colina e entramos na van. De certa forma não teríamos tantos monstros nos seguindo porque Hades não deixaria.


-Então qual é o plano? - Charlie perguntou colocando a mochila no 'chão' da van.
-Ir para Chihuahua, e descobrir o que é a "marca do amor", evitar monstros, lutar... - Falei contando nos dedos. - Basicamente isso.
-Muito básico. - Alex ironizou com Ana deitando em seu colo. - Larga de ser folgada Ana.
-Cala a boca Alex. - Ela respondeu. - Eu to com fome.
-Não começa. - Grunhi.
-Me dá comida. - Ele estendeu a mão, e eu coloquei a alça da mochila na mão dela. - Desculpe mas eu não posso comer a mochila.
-Larga de ser chata. - Falei, mas não peguei a comida pra ela.


Beatrice nos olhava como se fôssemos aliens.


-Então... - Esqueci o nome dela. - ... Coisinha. - Ana segurou pra não rir.
-Beatrice. - Beatrice corrigiu falando lentamente.
-Isso. - Continuei. - Quantos anos você tem e de onde você é? - Pareceu aqueles entrevistadores de programas que dão prêmios. "E então Beatrice, quantos anos você tem e de qual cidade você está falando."
-Abaixa o volume da TV e me escuta pelo telefone. - Ana falou, e nós duas rimos como retardadas.


Quanto ficavamos em casa nos dias de semana, nós assistiamos um programa que dizia exatamente isso todas as vezes que alguém ligava.


-A gente é muito retardada. - Ela falou entre a risada, e eu assenti.


Até Argos deveria estar com um pouco de medo. Paramos de rir, e eu respirei fundo tentando não rir denovo. Bebi uma água e me acalmei.


-Desculpa Beatrice. - Eu falei por fim, e ela apenas assentiu de leve. - Então, responda as perguntas.
-E quais foram? - Ela perguntou fazendo uma cara estranha.
-De onde você é, e quantos anos você tem. - Alex evitou outra crise de riso minha e da Ana.
-Eu sou de NY e tenho 14 anos. - Ela respondeu. Acho que se ela falasse mais iria ficar sem língua. Só acho.
-Você precisa aprender a prolongar a conversa Beatrice. - Ana falou.
-Sério, como esse garoto que a gente vai resgatar...
-Nico. - Corrigi impacientemente.
-Aguentava vocês duas? - Charlie perguntou, e a simples menção de Nico fez meu anel e a minha pulseira ficarem um pouco frios.
-Eu não sei. - Ana respondeu entredentes. Charlie tinha conseguido acabar com parte da alegria. O sorriso que se estampava no rosto de Ana e no meu sumiu. - Fica tranquila, a gente vai achar ele.


Ana se levantou e sentou ao meu lado.


-Como tem tanta certeza? - Meu nariz começava a arder denunciando que lágrimas poderiam vir. - Como sabe que eu não vou errar em algo, ou que eu não vou conseguir saber o que é a "marca do amor".
-Estamos aqui pra te ajudar certo? - Beatrice falou. E com esse pequeno comentário me fez respeitá-la.


Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios. Aquilo parecia mostrar que nem tudo estava perdido. A chama que havia dentro de mim ainda não estava apagado. Nem tudo está perdido, aquelas palavras parecia rondar a minha cabeça.

A paisagem de NY do outro lado da janela se tornou interessante. As pessoas na rua pareciam não se preocupar com nada, mas por dentro eu sabia que estavam tão piores quanto eu.


Logo chegamos no aeroporto internacional. Fui em direção ao balcão comprar as passagens, mas Beatrice Charlie e Alex me barraram.


-Como pretende pagar? - Ela perguntou.
-Talvez porque eu tenho uma carteira infinita. - Respondi no mesmo tom.
-Precisamos de passaportes. - Alex falou.
-Eu já dei um jeito. - Falei tirando os passaportes que eu havia pego na noite passada da mochila.
-Como conseguiu? - Charlie perguntou dessa vez. Daqui a pouco virava coral.
-Quando se tem uma mochila infinita nada é impossível. - Respondi ríspida. - Mais alguma pergunta? - Nenhum deles falou nada. - Ótimo.


Sai andando em direção ao balcão que vendia as passagens.


-Quero cinco passagens para Chihuahua, México. - Ele me olhou com uma cara de "o que você está fazendo aqui sua coisinha?" e eu apenas ignorei e continuei com a minha cara de gente fresca.
-Você tem dinheiro pra todas essas passagens? - Ele perguntou.
-Se eu não estivesse não viria aqui. - Respondi ríspida e grossa e ele se calou.


Ele foi pedindo os documentos, e eu fui entregando. Dei uma olhada para o pessoal. Ana estava olhando revistas em quadrinhos com Alex, e Charlie e Beatrice estavam sentados encarando o chão. Por fim, paguei e peguei as passagens. O embarque era em uma hora, ainda. Então teríamos tempo de sobra pra procurar algo pra fazer.


-Ok, - Falei chegando e entregando as passagens. - temos uma hora de sobra.
-O que vamos fazer em uma hora? - Charlie perguntou.
-Estamos em um aeroporto internacional, - Ana argumentou. - tem de tudo aqui.


Pegamos as mochilas, e fomos andar.

Eu e Ana parávamos de vitrine em vitrine, olhando tudo. Compramos um sorvete antes de ir para a sala de embarque.

O embarque foi tranquilo, tirando Ana que estava morrendo de medo de entrar no avião e ele cair.


-Ele não vai cair com três filhos de Zeus dentro dele. - Beatrice afirmou calmamente.
-E se cair? - Ana desafiou-a.
-Ok, encerrem o assunto. - Alex falou irritado.


Entramos e nos sentamos. Sentamos Ana na janela, eu no meio, e Beatrice no corredor. Os meninos sentaram na fileira de trás.

A voz da aeromoça anunciou o início do voo, e eu sem querer cai no sono enquanto o avião decolava.

Acordei com gritos altos. Abri os olhos, e me deparei com pessoas gritando, uma luz vermelha piscando, e máscaras de oxigênio caindo. O avião estava caindo.


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Notas finais do capítulo

Agora, eu quero 45 reviews até eu terminar o próximo capítulo. Se não... Eu posto o capítulo do mesmo jeito. Mas deixem um review



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