Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 13
Um papo com o Oráculo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. É queveu escrevi o capítulo, e quando tava quase no fim eu sem querer apaguei. Quase me matei por isso masok. O capítulo ficou um pouco cansativo, mas está aí.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/270774/chapter/13

Aquelas palavras me fizeram ficar completamente acordada.


-Entra. - Falei rapidamente.


Abri mais a porta para elas entrarem. Acendi a luz e me assustei. As cores do quarto não eram mais preto e branco, elas estavam azul vermelho e branco.


-Belo chalé. - Ana falou.
-Na verdade ele não é dessa cor. - Falei olhando para os lados.
-As vezes ele muda conforme o seu humor. - Annabeth falou.
- É faz sentido. - Comentei.


Olhei para a minha cama. Ela estava horrivelmente bagunçada. Não havia uma ponta do lençol no lugar, e a colcha estava jogada em cima da cama.


-Annabeth, - Fiz uma voz falsamente melosa. - arruma minha cama?


Ela olhou pra minha cama rapidamente.


-Pode ser. - Ela falou desanimada.
-Você arruma a cama dela, mas não arruma a minha? Porque? - Ana perguntou 'revoltada'.


Annabeth deu de ombros. Peguei minhas roupas e entrei no banheiro. Tomei um banho rápido no chuveiro, e me vesti. Escovei os dentes, e o cabelo. Saí do banheiro e dei de cara com uma cama milimetricamente arrumada, uma Ana dormindo na cama embaixo da janela, e uma Annabeth entediada parada ao lado da porta.


-Credo, eu nem demorei tanto. - Falei.
-Não precisa demorar pra fazer a Ana dormir. Basta ter uma cama, e mais de 2 minutos. - Annabeth falou e eu ri baixo.


Ana tinha o sono pesado como uma pedra. Demorei 2 minutos falando calmamente, e 1 gritando com ela e atirando almofadas apenas para tirá-la da cama. Quando ela levantou, nós saímos do chalé.

O sol queimou forte em meus olhos, então fechei os olhos instintivamente. Eu não iria usar óculos escuros. Eu ficava parecendo um alien com aquilo. Quando abri os olhos, as meninas já estavam há alguns passos a frente. Andei quase correndo para acompanhá-las.

O acampamento parecia mais animado, e com mais vida. As estátuas no centro do chalé brilhavam e pareciam polidas. Não entendi como aquilo era possível já que as harpias de limpeza só apareciam no fim do verão, ou em ocasiões raras (como a do escrito de sangue no chalé de Zeus). Os do chalé de Perséfone cuidavam dos canteiros de flores. Ouvi partes de algumas conversas sobre mim, o que tirou um pouco da minha paz. Outras já falavam sobre uma corrida de canoas que iria ter no lago depois do almoço, e que os de Poseidon provavelmente ganhariam.

Um sátiro gordo passou por nós. Ele usava uma camiseta com um escrito que eu não me interessara em ler, e infelizmente ele estava sem calças exibindo suas pernas de bode extremamente peludas e com os pelos meio brancos. Eu não sabia que sátiros podiam ficar com os pelos brancos.


-Grover já chegou? - Annabeth perguntou enquanto o sátiro gordo passava por nós.
-Já - Ele falou curto e grosso, e sem parar de andar.
-Que grosso. - Ana falou se fingindo indignada.


Caminhamos o resto do caminho até a Casa Grande em silêncio. Quando chegamos lá, Quíron estava conversando com Rachel sobre arte moderna na varanda. Rachel estava usando uma camiseta listrada em cores fluorescentes como marca textos na luz forte, - que fazia meus olhos doerem como se eu estivesse olhando pro Sol - e uma calça jeans clara. Quíron estava em sua forma de alazão branco.


-Bom dia Rachel e Quíron. - Falei tentando puxar algum assunto.
-Nós precisamos de uma missão Quíron. - Ana falou na cara dura.
-Rachel você se importa de... - quíron falou, fazendo gestos sem sem sentido com as mãos.
-Claro que não. É por isso que eu tô aqui né? - Ela suspirou como se estivesse dizendo o contrário do que pensa.


Notei que sua expressão estava mais cansada que o normal. Olheiras não tão escuras estavam abaixo dos olhos. Ela piscou os olhos com força, e quando os abriu eles brilhavam em um verde fantasmagórico. Uma névoa verde começou a sair dela em forma de cobra, e correr à minha volta e me cercar. Me encolhi com medo. Eu tinha pavor de cobras, não importa como fossem. Uma voz começou a soar no círculo de fumaça, ecoando nas 'paredes' redondas.

As sombras da noite e mais quatro deverão partir.
A marca do amor a salvação guiará.
E no fim a vida deverá descansar,
E a verdade seu rumo tomará.

Por alguma razão, a cada palavra que Rachel dizia eu sentia um frio na espinha. Então, as 'paredes' que me cercaram explodiram, fazendo uma explosão de fumaça verde de cobra. Tossi várias e várias vezes, enquanto tentava espantar a fumaça com a mão. Eu odiava essas finalizações dramáticas. Rachel estava com os olhos fechados, e parecia estar levando uma conversa consigo mesma, ou com o espírito do oráculo. O que era no mínimo assustador.


-E então? - Quíron perguntou enquanto eu coçava os olhos.
-E então o que? - Respondi a pergunta com outra pergunta.
-Como foi a profecia?


Repeti as palavras da profecia pra ele. Que fez cara de pensativo. Depois de 2 segundos algo - Ana - veio falando.


-Quem vai na missão com você?


Parei pra pensar. Era a coisa mais difícil de se fazer. Você quer levar as pessoas que você gosta, mas ao mesmo tempo quer que elas fiquem em segurança.


-Eu quero você (Ana), Alex, e Charlie.
-Falta um. - Rachel falou e eu quis bater a minha cabeça na parede.
- Depois a gente acha alguém. - Falei.
-Ótimo. Mas não escolha de última hora. - Quíron falou.


É, como se eu fosse sequestrar alguém dizendo: "Você vai na missão comigo querido", pensei.


-Ok. - Respondi simplesmente.
-Para onde vamos? - Ana perguntou, se escorando em algo.
-Qual foi o último lugar em que viram ele? - Perguntei me virando pra Quíron.
-Chihuahua, México. - Ele respondeu.


Ana riu como uma criança repetindo "Chihuahua". Annabeth - que eu não tinha notado até o momento - deu um tapa na própria testa. Eu ri um pouco, e menos escandalosamente. Mesmo assim,todos que passavam nos olhavam como se fôssemos retardadas. Nos recuperamos depois de quase 3 minutos rindo. Ana estava chorando de rir. Como da última vez quando uma garota da sala falou que a diretora - que parecia pesar uns 200 quilos - ia embora em um caminhão de melancia, junto dos parentes dela. Era só lembrar Ana desse dia que ela ria, e seu mal humor desaparecia na hora.

Ela estava vermelha. E com isso, parecia que ela ia explodir á qualquer minuto. Olhei para Quíron, e ele parecia impaciente. Rachel tentava segurar a risada, e Annabeth parecia querer bater a nossa cabeça em algum lugar.


-Desculpa. - Ana falou meio sem jeito.


Ficamos em silêncio por um tempo. Até ser quebrado por mim, obviamente com um certo receio sobre os últimos dois versos da profecia.


-"E no fim a vida deverá descansar,
E a verdade seu rumo tomará". Esse é o único trecho em que eu sinto medo de verdade.
-Mas o que pode ser "a verdade"? - Ana perguntou.
-Tudo tem duplo sentido. - Annabeth comentou.
-Não importa o que seja, meu pai disse algo sobre verdade ontem á noite. - Falei. - Algo sobre entender a importância da mentira também.
-Talvez seja isso. - Ana falou, como se estivesse encerrando a conversa alí.


Ela levantou, e Annabeth acabou com a sua alegria dando continuidade á conversa.


-O que seu pai te disse?


Contei toda a discussão minha e do meu pai, e quando minha mãe apareceu. Quando terminei, senti um peso ser tirado de minhas costas, apesar de pequeno. Era difícil esconder essas coisas todas das pessoas mais próximas a mim.


-Você sabe coisas sobre o meu passado, não sabe Quíron? - Falei calma. Ele apenas assentiu pensativo. - E não pode me contar. Porque você fez o juramento? - Ele assentiu. - Ótimo. - Murmurei um pouco irritada. Meu pai era excessivamente controlador. Ele precisava seriamente de um psicólogo.


Ficamos em silêncio novamente. Eu queria estalar os dedos e salvar Nico, descobrir todo o meu passado, e voltar á vida normal de meio-sangue que eu levava. Aquela idéia parecia impossível, mas algo dentro de mim dizia o contrário. Eu poderia fazer aquilo, mas não sabia como.


-Bom Quíron, nós vamos indo. - Annabeth falou.
-Tudo bem. Vejo vocês no almoço. - Ele falou, indo para dentro da Casa Grande na forma de pessoa.normal. Eu mal tinha notado que ele havia voltado a ser um deficiente.
-Para onde vocês vão? - Rachel perguntou.
-Ver o Grover. - Annabeth respondeu.
-Posso ir até a floresta com vocês?
-Claro. - Annabeth respondeu com um ar levemente impaciente. Nós a atrasávamos pra fazer as coisas que ela queria.


Rachel se levantou e caminhou até nós. Tive medo de que no caminho ela nos assustasse com uma profecia, mas não aconteceu. Ela parecia ser uma pessoa brega completamente normal.


Quando chegamos á floresta, eu e Ana não fazíamos idéia de onde procurar Grover. Mas com Annabeth e Rachel era o contrário. Elas nos guiaram pelo caminho, falando sobre esmaltes - nunca imaginei que fosse ouvir Annabeth falar sobre esmaltes -, monumentos, e novos prédios em NY. Pra mim aquilo tudo era chato exceto os esmaltes. Decidi puxar um assunto com Ana.


-E então, - Já comecei mal. Falei baixo o suficiente para apenas Ana ouvir. - vai sair com o Alex hoje?
-Não sei. Talvez sim, talvez não. - Ela chutou algumas pedras no caminho soando um pouco tímida, o que eu duvidava que ela pudesse ser comigo. - Sabe, a gente apenas se beijou. Não aconteceu nada mais.
-Eu só beijei o Nico uma vez, e dois dias depois ele me pediu em namoro. Alias, eu não beijei ele só uma vez. Teve aquela tarde em que a gente foi pra praia... Mas isso não importa.
-É eu entendi.


As meninas na nossa frente pararam. Grover estava na frente delas. Ele estava um pouco mais alto, e infelizmente sem camiseta. Seus chifres estavam maiores, o que não me fez ter mais simpatia por ele. Eu não gostava de coisas com chifres, porque quando era pequena eu já fôra atacada por um touro.


-Grover! - Annabeth falou e abraçou ele.


Rachel apenas deu um aperto de mão um pouco envergonhada e murmurou um "oi". Depois eles começaram á ter uma conversa animada sobre as aventuras de Grover e as delas. Eu e Ana ficamos no canto, com uma cara de "eu gosto de comida". Felizmente e para o nosso alívio a concha soou. Eu e Ana caminhamos sozinhas deixando os três pra trás, com preguiça de nos despedirmos. O que poderia ser encarado como falta de educação, mas nenhuma de nós se importava com isso.

Chegamos ao pavilhão. Ainda tinha muita gente chegando, mas quase todos que estavam lá já comiam. Eu e Ana pegamos nossa comida, e jogamos as oferendas. Sentamos uma de frente pra outra mas em mesas diferentes. Logo os gêmeos, Percy, Annabeth, e Rachel chegaram. Eles fizeram o mesmo que Ana e eu, e se sentaram do mesmo jeito que nós para podermos conversar sobre algo.


-Charlie, Alex, os dois vão sair em uma missão comigo e Ana. - Falei enquanto tentava fazer o macarrão parar no garfo.
-Missão pra que? - Alex perguntou trocando olhares com Ana.
-Talvez seja pra resgatar o meu namorado que tem só apenas seis dias de vida. - Respondi.
-Agora só falta mais uma pessoa. - Ana falou bebendo refrigerante.
-Porque mais uma pessoa? - Charlie perguntou, e eu quis bater a cabeça na parede.
-Vamos supor que a profecia pede cinco pessoas. - Respondi impaciente. - Só supondo.


Percy ria da nossa conversa de gente irritada. Ficamos em silêncio, ouvindo a conversa dos outros e o bater das talheres no prato. As toalhas de mesa estavam roxas, coisa que eu não havia notado pois não estava nem usando a mesa.


-Eu podia chamar a minha amiga pra ir com a gente. - Charlie falou e eu logo coloquei a minha cara maliciosa.
-Que amiga? - Perguntei. Alex, Ana e Percy também fizeram a mesma cara.
-Tá podendo ein Charlie. - Percy falou.
-Como ela chama? - Ana perguntou desfazendo a careta.
-Beatrice. - Ele respondeu indiferente.
-Filha de quem? - Alex perguntou.
-Atena.


Agora, apenas pare e imagine. Duas das quatro principais mesas - Zeus, Hades, Poseidon, e a da Casa Grande - do pavilhão, e todos nela tossindo ao mesmo engasgados até com o ar. Mas tossindo. Então, essa era a nossa situação. Todos olharam assustados para nós, e eu não os culpava. Me engasguei com o macarrão. Logo nós quatro nos recuperamos, e Charlie nos olhou com uma cara impaciente.


-Nós ouvimos certo? - Percy perguntou.
-A não ser que não tenham entendido "Atena" sim. - Ele falou mal humorado.
-Desculpa Charlie. - Falei. - É que a gente não tá acostumado.
-Aham, sei. - Ele falou com o seu mal humor me irritando.
-Mas pode levar ela se quiser. - Ana respondeu a pergunta inicial. - Contanto que não fique se agarrando como a sua irmãzinha aí.


Ambos os gêmeos olharam pra mim de sobrancelha erguida. Apenas dei de ombros como se não quisesse dizer nada. Mas por dentro eu queria dedurar ela para Percy, mas eu não queria ver meu irmãozinho apanhando.

Quando acabamos de almoçar, não tínhamos nada pra fazer. Então ficamos lá sentados olhando um pra cara do outro.

***********************

Então pessoas, eu tive uma idéia pra 3° temporada e queria saber o que vocês acham. Então, o que vocês acham de nossos heróis da fic, embarcarem no argo II com os heróis do olimpo. Como se eles estivessem dentro da "A marca de Atena" mas com uma profecia diferente e em um lugar diferente. E outra coisa que eu não sei se vocês sabem é que eu mudei os vilões da história. Agora são apenas os gigantes mesmo. Então recaptulando: nossos heróis da fic, junto com os heróis do olimpo no argo II pra salvar o mundo. Mas eles não vão ter que ir pra Grécia ou Roma. Vai ser outro lugar completamente diferente. Então, me digam o que acham nos reviews.

Ps: O próximo capítulo vai ser feito pela minha co, uma escritora linda e maravilhosa.

Beijos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!