Breath Of Life escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 1
Cara da Foice


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo. Sério mesmo. Mas não ficou muito legal.



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-MEUS DEUSES QUE DESGRAÇA. - Ana gritou da sala de TV.

-O QUE FOI? - Gritei devolta da cozinha.

-Eu quebrei a nega.

-O que é "nega"? - A mãe da Ana era brasileira. Então ela as vezes pegava algumas gírias de lá.

-Aquela escultura que fica no móvel da sala.

-A do bebê, ou a outra? - Falei assustada.

-A outra.

-Sua mãe vai te matar. - Bebi minha água.

A mãe de Ana havia se mudado pra NY, e as vezes nós íamos na casa dela pra passar a tarde, ou até dormir lá.

-O que você quebrou nela? - Perguntei sorrindo.

-A cabeça. Como eu conserto?

-Pega super-cola, e cola ué.

Ela correu para algum lugar da casa e pegou a cola. Fui atrás dela até a sala pra checar o estado da nega. A cabeça estava presa por um arame apenas. Ela colou a cabeça da escultura, e correu pra guardar a cola.

-Nós temos que acrescentar isso na lista de coisas que já quebramos. - Gritei para faze-la ouvir.

-Nem é tanta coisa assim.

-Uma tomada, um ventilador, duas vasilhas, e agora a nega. Tudo isso em menos de cinco meses.

-Tá bom, é muita coisa.

Ela chegou na sala, e colocamos o jogo de terror para funcionar.

(...)

-CORRE GIOVANNA. CORRE. O CARA TÁ ATRÁS DA GENTE, CORRE MANO. - Ela gritou em pleno desespero enquanto o Hookman corria atrás de nós no jogo. Ela se escondeu atrás da almofada.

-ME AJUDA ENTÃO. O QUE QUE EU FAÇO NESSE TRECO. - Gritei com pânico enquanto eu tentava resolver o quebra-cabeça.

-SAI DAÍ ENTÃO SUA BURRA. - Ela me empurrou para longe do notebook.

Alguns minutos em pleno pânico tentando resolver um quebra-cabeça quase impossivel, mas no fim deu certo.

-ZERAMOS O JOGO. - Gritamos ambas e começamos a dançar.

-SOMOS DEMAIS. - Brinquei.

Meu telefone tocou. Sim, ambas temos celulares. Mas não temos medo que algo apareça, porque seja lá o que for, uma filha de Poseidon e uma de Zeus poderiam derrotar. Olhei na tela e era minha mãe. Ela ligou apenas para avisar que estava chegando pra nos buscar.

-Minha mãe está chegando. - Informei. - Manda uma mensagem pra sua mãe avisando que estamos indo embora.

-Ok.

Minutos depois minha mãe chegou. Foi tudo normal. Entramos no carro, e ela perguntou como havia sido a nossa tarde, e nós respondemos o de sempre também. "Foi normal". Não contamos nada á ela sobre nossa última aquisição na lista de coisas que quebramos.

Nada mudou durante esses meses. Eu via Nico toda semana, e falava por mensagens de Íris todos os dias. Mas essa semana foi diferente. Eu não havia tido notícia alguma desde a ida dele a uma missão cujo ele não me contou o motivo. Eu estava preocupada até demais.

Ana continuava solteira, mas havia arranjado alguém bonito que ela goste. Alex Dowdall. Irmão gêmeo de Charlie Dowdall. Eles não eram idênticos, mas ambos eram lindos. Conversávamos com eles sempre, e sempre íamos na casa deles. Na verdade, eles eram nossos vizinhos, e estudávamos juntos.

Nós três fomos atacadas muitas vezes em casa, mas depois de fazer um favor a Hécate ela devolveu o favor colocando uma barreira na nossa casa assim como no acampamento. Então podiamos ficar sentadas no quintal sem nem mesmo nos preocupar. Claro que não fazíamos isso. Não somos retardadas, muito menos gostávamos de sol. Com exceção a minha mãe.

Chegamos em casa, e minha mãe colocou o o carro na garagem. E todas saímos do carro.

-O que querem comer hoje? Lembrando vocês eu vou sair esta noite.

-O que vai fazer hoje mãe? - Fiz uma cara maliciosa, e Ana me seguiu.

-Vou em um leilão. - Ela falou quebrando a minha cara maliciosa.

-Lasanha daquelas que já vem prontas. - Ana falou.

-Ok, tem uma delas pra 4 pessoas na geladeira. Dá pra vocês? - Ela perguntou seria. Não ela não estava brincando quando ela perguntou se dava para nós duas. Comíamos como elefantes.

-Acho que sim mãe da Giovanna. - Ana falou.

-Você precisa parar de me chamar de "mãe da Giovanna", Ana.

-Me obrigue. - Ouvi ela sussurrar sozinha. Não deu certo, minha mãe ouviu e sorriu.

Subi para o meu quarto, e sentei na frente do computador como o habitual. Fiquei lá jogando, até Ana gritar.

-Ô GIOVANNA.

-OI. - Gritei devolta. Porque estávamos gritando? O quarto dela era do meu lado.

-EU TO COM FOME.

-E O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?

-COLOCA NO FORNO LÁ.

-VAI VOCÊ.

-EU TO COM MEDO.

-MEDO DO QUE?

-DO CARA DA FOICE, E DOS OLHOS. - Dei um tapa na minha própria cabeça. Ela estava com medo do jogo? Infelizmente eu também estava.

Fui caminhando até o quarto dela quase morrendo de medo, segurando meu colar/espada caso o cara da foice apareça e comece a correr atrás de mim. Cheguei lá, e abri a porta sem nem mesmo bater na porta.

Encontrei ela na sacada falando com Alex, que estava na janela. Caminhei até ela, e Alex logo percebeu minha idéia e ficou distraindo-a. Dei passos completamente silenciosos. Ela não ouviu nem a porta abrindo. Suspeitava que ela era meio surda, mas ela negava sempre. Me aproximei rapidamente dela, e coloquei minhas mãos na cintura dela, seu ponto fraco. As pessoas na sala costumavam fazer isso para assusta-la. Ela pulou e deu seu comum grito estridente e desesperado.

-VAI A MERDA GIOVANNA. - Ela gritou tentando me dar um tapa, mas não conseguindo. Ela se inclinou pra frente, e colocou a mão aonde provavelmente fica o coração.

-Oi Alex. - Eu sorria da desgraça de Ana.

-Oi Giovanna. - Ele falou rindo.

-Ei Ana, vamos comigo colocar a lasanha no forno? Por favor. - Pedi com medo, e me imaginando correndo depois de colocar a coisa no forno.

-Eu não. Depois do susto que você me deu.

-Vai logo lá com ela, Ana.

-Tudo bem. - Era impressão minha, ou o que Alex pedia ela fazia?

Tive que arrastar Ana pela casa, e servir de guarda costas caso um vilão imaginário ousasse atacar. Chegamos na cozinha, e colocamos a maldita coisa no forno. Enquanto ela assava, peguei o notebook da minha mãe, e ficamos vendo vídeos bobos. Como por exemplo, patinhos sendo arrastados pelo vento. Repetimos esse mesmo vídeo cerca de 3 vezes, e morriamos de rir do mesmo jeito. Tinhamos esquecido de Alex e só lembramos quando ele apareceu na nossa porta. Convidamos pra entrar e Ana tinha notado que ele estava de roupa social. Quase arrastou o garoto pra seu quarto quando o viu, mas ouviu gritos de pressa atrás dele. 

A maldita lasanha ficou pronta, e sentamos pra comer. Comemos metade, cada uma. Ana não parou de falar sobre Alex.

O resto da noite, foi comum. Nada de ataques, e minha mãe chegou lá pela meia-noite. Dormi meia hora depois da chegada dela, e tive os mesmos sonhos horrorosos de sempre.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS PRA ME DEIXAR FELIZ



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