-Então Draco se desesperou, ele não seria capaz de matá-la, então correu pelos corredores, provavelmente a fim de fugir ou algo do tipo. Foi quando ele trombou comigo. E... Me abraçou. Sério, acho que foi o momento mais estranho da minha vida, tipo, não é nada normal você estar andando pelos corredores de Hogwarts, esperando uma guerra, e de repente Draco Malfoy te abraça. Mas eu o abracei de volta, afinal, ninguém no mundo merece um abraço não retribuído, então ele começou a chorar, e eu juro que nessa hora me belisquei pra saber se estava sonhando, e olhei pra cima pra ver se zonzóbulos não estavam me deixando louca, mas não, Draco estava realmente chorando nos meus braços.

-Eu não chorei, eu só estava com um soluço compulsivo, não aumente as coisas, Luna!

-Aham, claro Draco, a gente acredita em você, mas me deixe continuar. Então quando o choro... Soluço compulsivo, se acalmou, Draco me explicou a história, e eu fiquei realmente surpresa, eu nunca iria imaginar que ele amava justo Hermione Granger, e fiquei sem saber o que dizer, afinal, era a família dele ou a menina que ele amava. Então deixei que ele decidisse, disse pra ele que se fosse realmente amor, pra ele impedir a morte dele, e se não fosse pra ajudar o tio dele na guerra. Eu sabia que ele acabaria fazendo a coisa certa, eu só não imaginei que Lucius morreria também. –Lembrar da história, fez com que eu derramasse lágrimas,que logo sequei.

-Acredito que agora seja minha vez, já que cada um está contando um pedaço. –Disse Narcisa e sorriu. –Draco resolveu ajudar Hermione, e no começo, isso me doeu muito, eu não amava mais o Lucius, mas é claro que eu senti falta dele, e Bella, bom, Bella enlouqueceu de uma forma que não colhia mais flores, não cantava e nem ia mais ver a filha, ela enlouqueceu totalmente, a ponto de destruir o dormitório do Draco.

-Cissa, acho que eles entenderam, agora você já pode calar a boca. –Todos gargalharam.

-Então, como eu ia dizendo, ela enlouqueceu e Draco teve que nos visitar, pra ela perceber que estava descontrolada, mas pelo menos resolveu e ela voltou a rotina normal: Me irritar. –Todos riram. –Então Draco voltou pra Hogwarts sem me dar nenhuma novidade sobre uma tal castanha, mas voltou semanas depois falando que estava namorando, quase o matei. –Novamente a sala se encheu de gargalhadas e Harry levantou.

-É, depois disso tudo aí eu fiz uma coisa não muito legal... Mandei uma carta pro Draco, falando que a Mi não gostava dele, que era uma mentira, e eu realmente achei que era, ela nunca gostou dele, e eu queria acabar com esse namoro, e consegui, mas me arrependi, até por que o jeito que a Hermione me obrigou a contar pro Malfoy da carta, não foi nada gentil.

-Como foi Harry? –Bella perguntou.

-Bom... Ela me enforcou até quase me matar, e eu tenho certeza que se eu não fizesse o que ela queria, era isso que ela faria. E depois de eu contar pro Draco, ela quebrou meu nariz no soco. –Disse ele lembrando-se do dia.

-É isso aí, Mione mostrando pra que veio ao mundo! –Bella gritou e eu sorri.

-Certo, acho que agora é a minha vez. –Fred se levantou.

-Depois disso a Mione não voltou com o Draco, bem feito se ferrou trouxa. –Nesse momento Draco fez menção de levantar e eu impedi, Fred percebeu e riu um pouco, deixando Draco nervoso, mas logo continuou. –Então, como eu disse, ela não voltou para o Draco, ao invés disso, combinou de sair com o gostosão aqui, para uma boate trouxa junto com o resto do povo que ta aqui.

-Cuidado com o que fala cabeça de fósforo. –Draco disse, nervoso.

-Cala a boca aí doninha, me deixa terminar. Nós fomos na boate e nos beijamos por que sim, eu quis fui lá e beijei, e ela gostou, até por que, não me parou, e eu entendo, afinal eu sou Fred Weasley.

-É cara, e o que aconteceu depois também foi bem legal! –Disse Draco rindo. –Pra quem não sabe, eu dei um belo soco na cara desse babaca, que desmaiou, de tão fraco que é, e ficou com tanto medo, que quando chegou em casa, falou pra mamãe que tinha caído, só pra não apanhar de novo. –Draco disse e todos incluindo eu mesma, ri de Fred, dessa parte da história eu realmente não sabia.

-Idiota. Não foi isso que aconteceu, eu só não queria que você morresse ali, idiota.

-Ah claro Fred, obrigado por salvar minha vida. –Draco disse e revirou os olhos e voltou a relembrar daquele dia. –Então quando eu voltei pra Hogwarts naquele dia, e deitei minha cabeça no travesseiro, uma súbita dor me atingiu e me cegou, me fez pensar que nada do que eu tinha feito desde a guerra era certo, então quando a Hermione voltou do passeio, e veio falar comigo, eu a tratei muito mal, fazendo com que ela saísse correndo e chorando dali, o que me doeu muito, mas eu não voltei atrás, deixei que ela fosse, afinal, ela ficaria bem,eu sabia que ficaria. –Lembrei-me do meu diário e sorri.

-Draco, um momento, por favor. –Pedi. Então vasculhei dentro da minha bolsa e achei o caderninho preto. Caminhei até onde Mary brincava com Gabriel e a peguei no colo. –Gabriel, eu já volto com ela, só um instante, certo? –Ele concordou com a cabeça e eu a puxei para um canto onde todos da sala que já me fitavam, não pudesse me escutar, então comecei: -Mary, querida, esse caderninho é um diário. A mamãe usa ele desde que era uma adolescente, mas como você já é bem inteligente pra idade que tem, eu resolvi te dar de presente. –Ela sorriu.

-Mamãe, mas como se usa esse diálio?

-Diário, querida, diário. Nele você escreve, ou no seu caso, desenha, tudo o que aconteceu de importante no seu dia, como você já está aprendendo a escrever, pode escrever algumas palavras perto do desenho, já que você já conhece bastante delas. Só não escreva nas páginas que eu escrevi, elas são minhas, as suas são as que estão brancas, certo?

-Celto mamãe! Vou esclever tudo e mostlar pla você todo dia!

-Ah, outra coisa querida, você até pode mostrar pra mim que sou sua mãe, mas só pra mim, não mostre pra mais ninguém, certo?

-Celto! –Ela me abraçou. –Posso volta a blinca com o Gabriel?

-Claro querida, eu vou voltar a conversar com o pessoal, vamos embora só a noite, então pode brincar bastante, ok?

-Tá mamãe. –Ela me deu um beijo na bochecha e correu pra perto do Gabriel com o caderninho na mão. Sorri e voltei para a roda que se formou na sala. –Pode continuar Draco.

-Certo. –Ele disse e sorriu pra mim. –Mas acho que Ginny pode continuar a história melhor que eu. –Ginny sorriu e se levantou, Draco sentou-se ao meu lado e entrelaçou nossas mãos.

-Certo, é óbvio que eu posso continuar a história melhor que você, afinal, ninguém melhor que eu pra descrever o que aconteceu depois: O BAILE! –Ginny disse sorrindo.