Bittersweet escrita por Pequena Morte


Capítulo 19
É melhor voltar a ser como antes.


Notas iniciais do capítulo

Oi, to triste com vocês!
Sim, muito triste!
31 leitoras e nem dez reviews! Poxa, não cai a sua mão escrever um "gostei"! Que merda!
Obrigada a quem comenta. Principalmente a Ana e a Mai, que sempre mandam os reviews mais gatos, amo vocês ♥ e todas as outras que comentam também!
Boa Leitura!



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Hermione’s POV

Saímos do mundo bruxo e eu fechei o portal, tive a impressão de ser seguida, mas olhei pra trás e não vi ninguém. Continuei andando ao lado de Fred quando um vento soprou um pouco mais forte, me fazendo tremer de frio. Fred percebendo isso me abraçou, e eu agradeci a Merlin por ele estar ali.

–Blásio, isso é uma prensa, é pesada e perigosa, não mexe! Por Merlin, vocês podem andar sem mexer em nada trouxa, porra! –Disse nervosa quando vi Blás mexer na ferramenta trouxa deixada ali por algum motivo.

–Haha, eu acho muito legal esse seu jeito “mãe” de ser, cuidando sempre mais dos outros do que de você. Poucas pessoas conseguem fazer isso tão bem. –Fred me disse sorrindo.

–Costume. Quando se vive com Harry Potter e Ronald Weasley por seis anos esperando uma guerra, você aprende a ter instinto maternal e a ser mil vezes mais responsável. –Rimos. –Chegamos. –Disse a todos, apontando uma casa onde as luzes eram fortes e a música alta. –Não façam nada que envolva magia, evitem ao máximo falar com trouxas, se quiserem beber e não souberem o que, falem COMIGO. Certo?

–Hermione, nós sabemos nos cuidar, certo? –Corei um pouco, eu estava exagerando.

–Certo, só não arrumem confusão, boa matinê, se tudo correr bem, prometo que trago vocês pra uma balada de verdade, a noite! –Disse sorrindo e entrando. Então vi Blás e Luna puxando a Parkinson e o Neville pra dentro. Puxei Fred pra pista de dança e já comecei a dançar. Ele esperou um pouco, observou as pessoas e como elas dançavam e começou a fazer igual. E então começou a tocar uma música lenta. Ele me olhou confuso.

–Do mesmo jeito que se dança em Hogwarts. –Sorri e ele entendeu. Puxou-me pela cintura e eu enlacei os braços em seu pescoço, e iniciamos uma dança lenta. –Você dança bem.

–Sim, às vezes eu sei não me comportar como um babuíno boboca balbuciando em bando. –Não pude evitar rir, na verdade, era impossível não rir passando uma noite com Fred.

–E seu irmão? Não ficou bravo por você, acho que pela primeira vez na vida, sair sem ele?

–Quem? O Jorge? Não... Eu disse quem iria e ele não quis vir pra ficar sozinho. Eu disse pra ele convidar alguém, mas por algum motivo ele não quis.

–Uh, certo. –Disse encerrando a conversa. Ficamos um pouco tempo em silêncio e depois Fred o quebrou:

–Sabe Mi... Faz um tempo que eu queria fazer uma coisa e... Não sei se devo.

–Faça, hoje é dia de quebrar as regras. –Encorajei-o sorrindo sem ter ideia da merda que viria a seguir.

–Só não me odeie. –Então ele puxou minha cintura pra mais perto e me beijou, um beijo lento, calmo como a música que tocava atrás de nós. Ele me beijou e eu correspondi, não sei por que, apenas correspondi, e gostei. Quer dizer, não era bom como o beijo do Draco, que acho que não existia melhor, mas era bom. Separamo-nos e eu não pude evitar sorrir, e num minuto ele estava retribuindo meu sorriso, no outro estava desacordado, e um loiro bufava de raiva na minha frente, com os punhos cerrados e olhando para Fred no chão.

–O que você fez? Argh! Seu imbecil! -eu gritei.

–Ele passou dos limites. –Disse Draco friamente.

–Não interessa, seu... Argh! Pega ele agora! Vamos levar pra um hospital!

–Não. -ele respondeu ainda frio.

–Draco Black Malfoy. –Disse com voz assassina, e ele estremeceu ao ouvir seu segundo nome. –Você vai pegar o Fred do chão e levá-lo comigo até o hospital mais próximo, e eu não vou falar outra vez, certo?! -Ele considerou os fatos e percebeu que a ameaça ainda não tinha tanto valor pra ele, e novamente respondeu:

–Não.

–Certo, eu peço para o Blás ou o Harry, mas nunca mais nem pense em olhar na minha cara, certo? E outra, após chegarmos a Hogwarts novamente, vou explicar a situação para a diretora e pedir pra que ela me mude de quarto. –Disse sorrindo friamente, dessa vez, ele não iria recusar. -De má vontade, muita por sinal, ele pegou Fred do chão de qualquer jeito e me perguntou pra onde iríamos, e eu disse que conhecia um hospital trouxa bem próximo dali.

Quando olhei pro lado, vi que Luna e o resto do pessoal já estavam ali, confusos com o que aconteceu, então puxei todos para fora e expliquei no caminho. Luna pediu para conversar com o Malfoy a sós, então puxei todos mais pra frente, deixando o Malfoy de cara feia, pra trás e com o Fred no colo.

Draco’s POV

Ah que ótimo! Hermione havia me deixado pra trás pra Lovegood fazer mais uma das suas lavagens cerebrais comigo. E dessa vez eu estaria com um saco de estrume nos braços.

–Pode começar a lavagem cerebral. –Disse irônico.

–Não, eu só vim aqui dizer o quanto você é idiota, e como eu estou decepcionada com você. -ela respondeu.

–O que? Sem lição de moral dessa vez? -perguntei surpreso.

–Não, eu cansei, você não me escuta. Mas eu só te digo uma coisa: Ela não ta errada, por que primeiro: Ela sabe que você gosta dela, ela gosta de você pra caramba também! Mas Draco, ela tá chateada, ela não quer mais voltar, NÃO QUER, ela está tentando convencer a si mesma de que não gosta mais de você, e corresponder o beijo do Fred é um bom começo. Então você vai lá e bate nele. Haha, parabéns mesmo Draco, agora ela vai ficar mais nervosa com você e mais preocupada com o Fred, e vai querer cuidar dele e se afastar de você, você fez uma coisa muito boa... Pra ele. –Fiquei pensando no que ela disse e ela estava certa, de novo. Droga! Então ela me olhou com um olhar... Preocupado? E terminou de falar. -Eu só acho que você deveria pensar melhor, suas atitudes podem te deixar sozinho no fim de tudo. -Então ela saiu atrás do Blás. Antes que ela os alcançasse eu gritei:

–Luna, espera!

–O que é? -ela perguntou, com uma voz cansada.

–Ela te disse que gosta de mim? –Ela sorriu.

–Sabe Draco, acho que você precisa começar a prestar atenção nos meus discursos inteiros. Se quiser uma confirmação, fala com a Ginny, ela é a única menina daqui que sabe de toda a história de vocês também, e é amiga da Mi. Ela vai te responder. Aliás, eu pediria desculpas pra ele, ou pra ela, a raiva da Mione vai diminuir, com certeza. –EU NUNCA PEDIRIA DESCULPAS PRO WEASLEY, NUNCA.

–Obrigado. -Agradeci e ela sorriu, sorri de volta.

Vi Luna se afastar e a acompanhei, não queria me perder com um Weasley no mundo trouxa. Chegamos ao hospital e Hermione se aproximou de mim.

–Leva ele ali. –Me apontou uma sala de espera. –Coloca ele deitado e me espera. Disse fria e quase sem olhar pra mim. Fiz o que ela pediu, de mal grado e a esperei sentado ao lado do Weasley. O resto das pessoas estavam conversando nas cadeiras do outro lado da sala branca e quase vazia.

Hermione se aproximou deles e falou algo que pelo que vi tranquilizou um pouco a todos, que por sinal estavam bem nervosos, qual é, o soco não foi tão forte. Hermione se aproximou de mim ainda com a expressão fria.

–Vem, um médico, amigo da família, vai atender o Fred. –Entramos numa sala totalmente branca com apenas uma mesa com alguns papéis, aparelhos médicos trouxas, e uma maca. –Coloca ele na maca e sai.

–Não, eu vou ficar com você. –Disse sem pensar.

–Coloca ele na maca e SAI! –Repetiu ela ainda com frieza enfatizando a palavra “sai”. Resolvi que era melhor eu sair.

Saí daquela sala e avistei Pansy no bebedouro sozinha, achei que era uma oportunidade maravilhosa pra reatar nossa amizade.

–Pans... Posso falar com você? -disse chegando perto dela.

–Não. -ela respondeu seca.

–Por favor, me desculpa. Todo mundo aqui ta contra mim hoje, eu quero te explicar o que está acontecendo, você sempre foi minha amiga, eu preciso de apoio Pansy, por favor. -eu disse e ela riu.

–Na hora de terminar comigo da pior forma possível você não precisou de apoio nenhum, não é Draco? Pelo amor de Merlin, pegue o resto de dignidade que você tem e saia daqui.

–Pans, eu fiz aquilo com você por que... Argh! Eu não posso falar, não por enquanto, tenta me entender. –Eu não iria trair Blás desse jeito.

–Ah não? Que ótimo, passe bem, Draco Malfoy. –Ela ameaçou ir sentar, então pensei rápido.

–Espera... É que... Eu terminei com você daquele jeito por que eu tava nervoso, eu não queria admitir pra mim mesmo que eu estava apaixonado por outra, e não queria ter que terminar com você, mas aí você me perguntou com raiva, por que eu não terminava logo com você, e eu já estava bravo então me estressei, desculpa mesmo Pans.

–Agora não me importo mais mesmo, eu também já gosto de outro. E não vou te contar quem é, nem pense nisso. –Ela sorriu, e eu vi que já estava perdoado, graças a Merlin! –Mas me conta quem é ela?

–Não. Você não conta, eu não conto. -fiz birra.

–Mas eu só perguntei por educação, gato. Só um retardado não sabe que você é louco pela Granger. Quer que eu te ajude?

–Ajudar a que exatamente? -perguntei.

–A conquistar a sanGRANGER ué.

–Sabe, eu quero ajuda sim, ela é complicada demais, por Merlin! -eu disse.

–As mulheres são. Acredite. Bom, pelo que eu percebi, pelo que eu bem te conheço e pela má explicação que ela deu eu presumo que estamos nesse hospital por crise sua. Estou Certa?

–Certa. –Respondi meio envergonhado.

–Ta, então primeiro, você vai pedir desculpas pra ela, e depois você vai agir como o melhor amigo que ela pode ter, por enquanto é isso, vou sentar com meu namorado, adeus. E aliás, não, a pessoa que eu gosto não é o Nev.

–E por que ta com ele? –Ela apenas me olhou e sorriu, então me abraçou.

–Vou sentar Draco, até logo. –Pelo que eu conheço da Pansy ela definitivamente iria estar com quem ela queria em menos de uma semana, certeza.

Pensei na dica de Pansy, ela havia falado a mesma coisa que Luna. Me desculpar. Mas não era tão fácil assim, e eu não estava errado... Tá, talvez eu estivesse um pouco errado, mas eu não me aguentei, eu a amo, é tão difícil pra ela entender?

Vi Hermione sair da sala com um Fred já acordado e apoiado nela, que exagero! Ela estava segurando-o com toda sua força, e ele andando com alguma dificuldade. Apressei-me em pegá-lo e apoiá-lo em mim, tirando o peso de Hermione que apenas olhou com frieza pra mim e me disse um “obrigada” seco.

–O que ele tem? O que eu fiz? –Perguntei, fingindo preocupação.

–Como se você realmente se importasse. Eu sei que é só curiosidade, mas ele bateu a cabeça em algo quando caiu, e por isso desmaiou, ele vai ficar bem, só precisa tomar um remédio pra dor.

–Uh... Certo. Desculpe-me Granger, volta pra balada, aproveita ela, ainda é muito cedo, eu levo ele pra casa, me dá o remédio que eu entrego pra mãe dele e ela se vira com o resto, eu não vou mais atrapalhar a noite de vocês. –Tenho certeza que ela se surpreendeu com o que eu disse.

–Tem certeza? -eu afirmei com a cabeça -Pessoal, vamos dançar! Ela gritou e todos fizeram uma festa, que foi interrompida pela mesma -Estamos num hospital, shh! -Então ela ainda meio atônita me deu o remédio e eu levei o Weasleey pra um lugar escondido, onde aparatei para a toca.

Assim que cheguei, a Weasley mãe saiu apavorada da toca e ao ver o Weasley quase desmaiado em meu braço me olhou com raiva.

–O que você fez com o meu bebê! –Ao ouvir o grito da mãe, Jorge saiu da casa correndo e empunhou a varinha pra me azarar.

–Parem. –Falou o Weasley já se recuperando um pouco e conseguindo ficar em pé. –O Malfoy não fez nada, eu tropecei e caí, bati a cabeça, já sofri coisa pior. O Malfoy só veio me trazer pra cá, de mal grado e eu nem sei por que, mas veio.

–Sim, é verdade, principalmente a parte do mal grado. Sra. Weasley. Aqui está um remédio que um médico passou, pra tomar apenas se tiver dor, vou indo. –Estava quase aparatando quando ouvi o Weasley me chamar.

–Malfoy. Posso falar com você? –Olhou pra mãe e para o irmão ali fora. –A sós.

–Seja rápido. –Eu disse, então os outros Weasley saíram e eu fiquei ali de frente com o Weasley que começou.

–Você também gosta da Mi, não é?! -ele perguntou.

–Não. E não é da sua conta. –Me limitei a responder e virei às costas, pronto para aparatar.

–Gosta sim, senão meu olho direito não estaria roxo. Olha, o que eu fiz aqui, te livrar de uma boa surra da minha família, não foi por você, foi pela Mione, e fique sabendo que eu não vou facilitar pra você, eu vou me casar com ela e ser feliz. -eu gargalhei.

–Boa sorte, isso nunca foi uma competição comigo, você só está contra seu próprio irmão, eu não gosto dela.

–Ronald foi um idiota de perdê-la, e é um idiota de não reconquistá-la, e você não fica atrás, essa batalha já é minha. -ele disse, convicto e eu realmente quis rir mais.

–Boa sorte, como eu já disse, você só esta competindo com seu próprio irmão. –Então eu aparatei, eu não queria dar mais um soco nesse nojento do Weasley, não hoje, não agora.

Aparatei para os jardins de Hogwarts e caminhei até o meu dormitório, deitei a cabeça no travesseiro, e então, não só hoje, mas todo o meu ano em Hogwarts, minha vida após a guerra, tudo passou pela minha cabeça.

A paixão pela Hermione, a conversa com a Luna, o término da guerra, a morte do meu pai e tio quase totalmente nas minhas costas, a ideia de voltar a Hogwarts e todas as coisas que estavam me matando naquela época. A plataforma 9 3/4, a primeira vez que vi Hermione após a guerra, e como ela conseguiu ficar mais bonita que antes, e como o seu sorriso me fez esquecer todos os problemas que eu tinha em casa. Ela sempre teve esse poder de me fazer sentir bem, mesmo com um furacão acontecendo. Lembrei-me de quando vi o Weasley com ela, e como aquilo me fez mal, e eu prometi a mim mesmo que vê-la feliz já me faria bem, e comecei a convencer a mim mesmo que não gostava dela e era tudo uma mentira. Não deu certo e eu acabei me envolvendo com ela, no começo tudo eram flores, tudo maravilhoso, mas na primeira intriga eu não confiei nela e acabei estragando tudo. Hoje, ela havia beijado OUTRO Weasley e eu havia socado a cara dele, e depois carregado ele até o hospital, até a sua casa e ainda dei o remédio trouxa pra mãe dele, e o ouvi dizer que ia ter a Hermione pra ele. Então era isso que esse amor por ela me renderia? Compaixão por Weasleys? Uma competição desnecessária com os dois cabelos de ferrugem? Sofrimento cada vez que eu vejo um deles perto dela? Eu não quero isso pra mim, e não é essa a visão que eu tenho de amar alguém, se quando se ama se sofre como eu estou sofrendo, eu não quero amar ninguém, e não vou mais amar ninguém, e se for preciso, pra isso, eu volto a ser o Draco Malfoy de algum tempo atrás, sem problemas.


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Notas finais do capítulo

Então, reviews?
Gente, eu preciso de sugestões! Eu estou com um bloqueio que vocês não tem nem noção!
Me digam o que gostam ou não. Não cai a mão, e da alegria pro coração da autora.
Amo vocês e espero reviews.



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