Bittersweet escrita por Pequena Morte


Capítulo 1
E... Voltamos a Hogwarts!


Notas iniciais do capítulo

Eu juro solenemente não fazer nada de bom
Oii :3
Essa é a minha primeira fic, espero realmente que gostem, seus lindos!! Boa leitura!



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Draco's POV

A batalha havia chegado ao fim, e como havíamos perdido muita coisa por conta dela, Minerva decidiu que todos os alunos deveriam voltar para Hogwarts e refazer o sétimo ano, eu não queria ir, já sabia tudo o que precisava, havia estudado em casa, afinal já não havia tantas coisas para se fazer lá, já que minha mãe e tia Bella só choravam pelos cantos pela morte de seus maridos, então eu me trancava e estudava, mas minha mãe me pediu para refazer o ano, disse que seria bom pra mim, e como eu não consigo negar nada a ela, então, aqui estou eu, na plataforma 9 ¾ com o Blás, meu melhor amigo, esperando a minha namorada chegar.

–Hey cara, você gosta mesmo da Pansy? –Blás perguntou, quebrando o silêncio entre nós.

–Não. –Respondi indiferente

–Então porque você está com ela Draco? -ele perguntou

–Pra que isso agora Blás? Não é novidade pra ninguém, muito menos pra você que eu não gosto de ninguém, a Pans quis namorar comigo, eu só aceitei, sei lá, foda fixa, saca?! -Respondi, como quem fala do tempo.

–Não basta você fazer seus “inimigos” sofrerem, vai querer acabar com os sentimentos dos seus amigos também? Achei que com sua mudança de lado na batalha, você também mudaria o jeito de ser, mas eu estava enganado Draco, você nunca vai mudar.

–Eu sou um Malfoy, apesar de tudo, Blás. E é isso que Malfoys fazem, aproveitam a vida até arranjarem um casamento com uma sangue puro que seja bom para ambas as famílias. E se com "mudar" você fala do tal amor verdadeiro, você deveria saber que eu não acredito nisso, só amo minha mãe e minha tia. -Ao dizer isso, a imagem dela me veio a mente, balancei a cabeça com o objetivo de expulsar a mesma dos meus pensamentos.

–Você é patético, cara. Um dia você vai amar tanto uma pessoa, que esse amor vai chegar a doer, você fará coisas que nunca se imaginou fazendo, e vai ver o quanto está errado, se é que isso já não aconteceu.

Dizendo isso, Blás saiu, me deixando sem entender o que aconteceu, mas com uma bagunça no estômago.

Hermione’s POV

Eu não precisava voltar para Hogwarts e refazer o sétimo ano, já que eu já sabia a matéria do ano perdido desde o ano passado, mas eu gostava tanto de Hogwarts, e das pessoas de lá, que vi no convite da diretora, uma forma de passar o ano todo ao lado do meu namorado, Ronald Weasley, o mais difícil foi convencer Harry a voltar, já que ele não gostava muito da ideia de mais um ano letivo, mas com a ajuda de Ginny tudo se resolveu bem rápido.

Eu já estava na plataforma 9 ¾ e Ron já havia chegado com Gina, estávamos esperando Harry. Eu estava muito feliz por ver Gina, estava com saudades dela, já que Rony não a levava na minha casa por achar “muito perigoso”, e achar que ela atrapalharia nosso namoro.

Estava tudo perfeito, Harry estava chegando, embarcaríamos no expresso, e voltaríamos pra Hogwarts, onde teríamos um ano tranquilo e calmo, mas como nada pode ser perfeito, lá estava ele, Draco Malfoy, o loiro mais arrogante e nojento de todo o planeta, discutindo com seu melhor amigo, nem o coitado do Zambini se salva das ignorâncias do Malfoy.Só de vê-lo meu estômago embrulhou e eu percebi que esse ano não seria tão tranquilo e fácil como eu havia imaginado, mas o Malfoy nunca me deixou pra baixo, não era agora que isso ia acontecer.

–Mione, não vai me dar um abraço? –Harry perguntou, me tirando de meus pensamentos.

–HARRY! -Gritei assim que o vi, o puxando pra um abraço apertado. -Como eu estava com saudades!

–Patéticos. Que bom saber que voltou pra fazer o sétimo ano, cicatriz, não teria graça sem suas burrices pra me divertir. E você, cabelo de vassoura, parece que resolveu dar um jeito na aparência?! Continua horrível, caso queira saber. -Malfoy chegou próximo a nós, como sempre, destruindo a aura de alegria que havia se instalado.

–Cala a boca Malfoy. -Ronald se pronunciou, antes que qualquer um de nós dois pudéssemos responder.

–Ah, como pude me esquecer de você? Ah, já sei! Por que ninguém lembra, não é mesmo cenoura? Mas cá entre nós, quem é que liga pra um legume ambulante? -Malfoy disse e a Pansy Mal de Parkinson (que eu só notei a presença naquele momento) riu ao seu lado. E antes que Harry e Ron pudessem falar ou fazer alguma coisa eu me pronunciei.

–Não Malfoy, eu não quero saber o que acha do meu novo visual, obrigada. E acho que você também não deveria falar assim dos meus amigos, a não ser que você tenha uma certa tara por eles, já que a sua namorada é tão burra e invisível quanto os dois sequer vão pensar em ser um dia. Vamos Harry, Ron, rumo a Hogwarts, antes que o Malfoy resolva declarar o amor dele por vocês dois e eu e Ginny acabamos perdendo os namorados. -Harry deu um sorriso que eu não via a muito tempo, era um sorriso de felicidade, de vitória. Automaticamente sorri de volta, entrelacei minha mão com a de Rony, que também sorria, e embarcamos.

Draco’s POV

Pansy estava dando um chilique nervoso pós encontro com a Granger, e eu já estava cansado.

–PANS! Calma, tá legal? Ela só fez isso pra te atingir, e saber que conseguiu só vai alimentar o ego daquela idiota, para com isso, calma. -Fui falando e ela foi se acalmando.

–Mas Draquinho! Como ela se atreve? Me chamar de burra e invisível? Pura inveja, pois já fui vista por todos de Hogwarts, enquanto ela só é conhecida por causa do babaca do Potter! -Então ela fez bico e bateu o pé no chão, como uma criança. Dei-lhe um selinho e entrelacei nossas mãos.

–Pans, você não é invisível, okay? Nós dois sabemos disso. E você é uma das pessoas mais geniais que conheço, todos os seus planos dão certo, sempre, não liga pra ela. -Então ela me abraçou e sorriu.

–Obrigada, Draco. -Ela disse antes de me puxar pra dentro do trem.

Blás estava numa cabine sozinho e emburrado, entramos e Pansy o cumprimentou, logo Blás abriu um sorriso de orelha a orelha, e eu o entendia, a presença da Pansy fazia bem para qualquer um, ela era um anjo, se não fosse por ela, eu e Blás já estaríamos mortos.

Hermione’s POV

A viagem até Hogwarts foi bem tranquila. Quando chegamos, vimos que estava tudo totalmente mudado. Os quadros eram todos no andar de baixo, e eram como elevadores, já que as escadas faziam muitos alunos se perderem. Haviam MUITO mais quadros do que antes, que segundo a diretora eram um pra cada quarto. Ela explicou também que agora o Salão Comunal era único, e que os quartos seriam divididos entre meninos e meninas, e teriam um membro de cada casa. Eu achei a mudança um pouco radical demais, mas gostei, seria bom pra interação entre as casas. O quarto de cada um seria identificado pela moldura do quadro, que continham o nome dos alunos que ficariam no quarto. Mas hoje, como ninguém sabia onde iria ficar, os quadros, organizadamente, gritariam os nomes dos seus alunos, menos dos alunos novos, que seriam selecionados no banquete, que ocorreria dali a meia hora.

Separei-me de Ron ao ouvir meu nome ser gritado por um dos milhares de quadros. Fiquei feliz ao saber que no meu quarto estavam Luna da Corvinal, Cedrico da Grifinória e na Daphne Greengrass da Sonserina, mas fiquei confusa, já que a mesma havia sido morta por Bellatrix na batalha.

–Alguns de vocês devem ter notado que na moldura também há nomes de pessoas que morreram na guerra, antes ou na da batalha final, quando entrarem no quarto vão notar que também há camas para essas pessoas, foi um modo que encontramos para dizer que mesmo mortos, eles sempre estarão conosco, de uma forma ou de outra, levem isso como uma singela homenagem de Hogwarts, a todos que um dia, contribuíram conosco. –McGonagall respondeu minha pergunta.

–Fico feliz de estarmos no mesmo quarto Hermione! –Disse Luna. -Fico feliz de haver também uma homenagem no nosso quarto, Daphne morreu pra salvar a irmã dela, uma grande garota. -Sorri pra ela concordando com a cabeça e entrei no quarto sem falar mais nada, já que eu realmente não conhecia muito bem a história de morte da garota.

Draco’s POV

Que palhaçada era aquela de separar um aluno de cada casa nos quartos? Queriam destruir Hogwarts de novo? Ouvi meu nome ser chamado num dos milhares de quartos e fui pra lá nervoso, deixando Pansy e Blás no meio dos quadros, esperando seus nomes serem chamados.

Vi os nomes na moldura do meu quarto: Cho Chang - Corvinal; Draco Malfoy - Sonserina; Leah Greengrass - Lufa Lufa; RONALD WEASLEY - GRIFINÓRIA? Só podem estar de brincadeira! Olhei pro quadro ao lado e vi o Cenoura conversando (gritando igual um demente) com a Granger:

–MIONE, MEU QUARTO É AO LADO DO SEU!

–Que ótimo meu amor, poderemos nos ver sempre! –E então deram um beijo de enojar qualquer um, conversa empolgante, não? Não.

–Mas parece que certas pessoas não tiveram a mesma sorte que nós... –Disse a Granger, ao olhar pra mim e depois pra minha namorada, que estava indo para o outro lado do salão comunal.

Ignorei a Granger, e entrei no meu quarto, escolhi a cama mais afastada da porta e coloquei meu malão ao lado dela, fiz um feitiço e as roupas de cama ficaram verdes e prata, abri meu malão, tirei um porta retrato com uma foto da minha mãe e coloquei no criado mudo. Cho entrou no quarto, transfigurou roupas de cama da cor da sua casa, deitou em sua cama e dormiu, logo em seguida a irmã da falecida Daphne chegou, tirou a roupa de cama do malão e colocou em sua cama do modo trouxa, notei que ao invés da cor da sua casa, os lençóis eram da cor dos meus, e no topo continham o nome de Daphne bordado em prata. Ela tirou também uma foto da loira e colocou no criado mudo, assim como eu havia feito com a da minha mãe, deu um suspiro, colocou o malão ao lado da cama e saiu do quarto, provavelmente para o banquete. Eu também sentia falta de Daphne, ela era minha colega de casa e uma pessoa muito corajosa, eu podia imaginar como Leah estava se sentindo. Naquele momento meu lado sentimental quase me fez levantar e abraçar Leah, eu disse QUASE.

Um fósforo abriu a porta e entrou no quarto, destruindo todo e qualquer clima que havia se formado no quarto, e eu me irritei assim que o vi passar pela porta. Então para evitar conflitos desnecessários, saí do quarto, direto para o banquete.

[...]

Fazia muito tempo que eu não sonhava, havia pedido ao meu padrinho que me desse poção para isso não acontecer, mas elas haviam acabado, e como já era esperado, eu tive o meu pior pesadelo: Minha mãe e minha tia estavam chorando, eu estava ao lado de minha mãe e na nossa frente o túmulo do Tio Voldy e de Lucius Malfoy, o qual eu deveria chamar de pai. Eu pedia pra que elas se acalmassem, mas elas não me escutavam, parecia que eu não estava ali, e isso me fazia chorar desesperadamente, meu maior medo estava se realizando, as duas pessoas mais importantes da minha vida chorando e eu não podia fazer nada. Então tia Bella, ainda em meio a lágrimas, gritou:

–É TUDO DO DRACO, ELE MATOU OS DOIS, ELE ME MATOU!

Então eu acordei com lágrimas nos olhos, dei graças a Merlin por todos estarem dormindo, eu não iria suportar a humilhação se alguém soubesse que eu estava chorando, Draco Malfoy não chora. Levantei-me e fui ao banheiro, lavei o rosto e dei um belo sorriso, perfeito, tudo ficaria bem. Voltei a minha cama e novamente caí no sono, pedindo a Merlin pra não sonhar.

[...]

Acordei com Blás entrando no quarto, uma expressão fria e olhos inchados, ele havia chorado.

–Preciso falar com você. -Ele disse hesitante.

–Claro Blás, eu também estava precisando falar com você, sobre a nossa estranha discussão na plataforma, o que houve? -Perguntei ainda acordando.

–É que... –Os olhos dele fitaram o chão, ele estava com vergonha de me falar algo? Ele nunca teve vergonha de mim, será que ele é gay? Não, não pode ser.

–Fala Blás. -O encorajei.

–É que, sei lá... Promete que não vai ficar nervoso comigo?

–FALA PORRA! Você é gay? -Perguntei preocupado com o meu amigo.

–TA FICANDO LOUCO? QUAL É O TEU PROBLEMA? -Ele gritou enfurecido.

–Sei lá veí, você nunca teve vergonha ou medo de me falar nada, agora do nada fica desse jeito, mas eu não tenho problema nenhum com gays, caso esse seja o caso... -Eu respondi cauteloso.

–Gay é o seu cu, Draco Malfoy, esse com toda a certeza, não é o caso, não se preocupe. -Ele disse tacando uma almofada em mim.

–Não, meu cu não é gay, com toda a certeza, mas fala logo o que você quer! Estou ficando curioso. -Eu disse impaciente.

–É que... Bom... eu... Não fica bravo cara, mas eu... eu gosto da Pansy. -Ele disse, muito rápido e com uma cara estranha.

–VOCÊ O QUE?


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Notas finais do capítulo

Altas revelações no primeiro capítulo pq sim, é necessário. U_U
Espero realmente que tenham gostado, aceito críticas construtivas e sugestões também :3
Beixosss ;*