O Vampiro De Konoha escrita por Caesarean Tolledus


Capítulo 23
Herança


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo da minha fic...
Obrigado a todos vocês que leram e prestigiaram este trabalho até o fim. Continuem acompanhando meus trabalhos...
Valeu!!!
^w^



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Konoha - Escritório da Hokage (Uma semana depois...)

– Queria me ver, vovó?

– Sim, e se me chamar de vovó novamente a Kyuubi vai precisar de um novo jinchuuriki, entendeu? - disse Tsunade à Naruto, com surpreendente calma.

– Hã, certo... - disse Naruto, nervoso.

– Bem Naruto, serei direta... Você sempre diz que seu sonho é ser o Hokage, portanto cabe-me perguntar-lhe: Por quê? Por que você quer ser Hokage?

Naruto, pego de surpresa, não sabia exatamente o que responder. Quando se tem um sonho, você às vezes se apega a ele de tal forma que ele acaba se tornando às vezes uma coisa irracional ou sem sentido, sem perceber. Sabia porque queria ser Hokage, mas não sabia como explicar isso de uma forma madura ou satisfatória. Nunca haviam lhe perguntado isso...

– Eu... eu não sei explicar direito. Tudo o que sei é que amo Konoha, é minha casa, e quero protegê-la! Quero proteger meus amigos!

– E precisa se tornar Hokage para fazer isso?

– Bem... não, não preciso. Mesmo que eu nunca me torne Hokage, continuarei a proteger a todos sempre!!! Isso não mudará nunca! Mas sinto que como Hokage, eu poderia fazer mais...

– Como assim?

– Eu quero que todos confiem em mim. Quero que saibam que podem contar comigo nos momentos de dificuldade. Quero que saibam que, na paz ou na guerra, eu sempre estarei aqui para ajudar! Posso fazer isso sem ser o Hokage, mas não seria a mesma coisa. Muitos ainda me enxergam somente como o "garoto raposa", o "jinchuuriki". Não sou apenas isso, e quero que todos reconheçam o meu valor! Não quero me tornar Hokage por um capricho, quero que me escolham sabendo que darei minha vida para protegê-los, incondicionalmente!

Tsunade admirou-se genuinamente. Naruto continuava a ser um mistério para ela: não conseguia compreender como aquele garoto tão impulsivo e infantil podia, às vezes, demonstrar uma maturidade muito maior do que ela própria. A generosidade e o altruísmo dele pareciam inesgotáveis... A grande dúvida era: tudo isso seria suficiente?





" - Naruto?"

" - Kyuubi?"

" - Vou sair. Quero falar com a Hokage..."

" - Tem certeza de que é uma boa idéia?"

" - Relaxe..."



Naruto fez um gesto de "espere" para a Hokage enquanto abria os braços e fechava os olhos. Tsunade apenas esperou, curiosa. Logo a seguir, o espectro flamejante da Kyuubi surgiu do corpo de Naruto, assustando a Hokage. Não importa quantos vezes ela visse isso, ela nunca se acostumaria.

– Princesa Lesma, permita-me falar-lhe...

– À vontade, Kyuubi.

– Sei o que você pretende, e asseguro-lhe que não há nada a temer.

– Se sabe mesmo o que eu pretendo, sabe também que esta é uma decisão difícil. Envolve não só a mim mas a todos da Vila Oculta da Folha...

– Este é o fardo de um líder: decisões difíceis que envolvem o destino de muitos. Pelo que vejo, você não quer mais este fardo para si...

– Eu nunca o quis! Assumi como Hokage pensando em honrar o legado de Mestre Sarutobi, mas agora vejo que a semente dele deu frutos. Tenho aqui uma geração de shinobis que herdaram verdadeiramente a "vontade do fogo". Acho que posso passar o manto de Hokage adiante. Minha única dúvida é: para quem?

– Você já sabe a resposta, Hokage. O que tanto teme?

– Ele tem a força, a vontade e o espírito. Só lhe falta "crescer" um pouco...

– Se é isso o que a aflige, não se preocupe: eu me responsabilizo por ele. Afinal, onde você encontraria melhor conselheira? Uma que estará, literalmente, dentro da cabeça dele o tempo todo?

– Do que é que vocês duas estão falando, afinal??? - disse Naruto, não aguentando mais de curiosidade.

– Bem, Naruto, acho que a Kyuubi conseguiu me convencer. A partir de hoje você trabalhará ao meu lado até que esteja pronto para assumir de vez o meu lugar. Falarei com os anciões hoje mesmo sobre isso.

– O quê??? Quer dizer que...

– Sim. Vou nomeá-lo como meu sucessor. Você será o sexto Hokage da Vila Oculta da Folha.

– YEEEESSSSSSSS!!!!!!!!! - saiu pulando janela afora, como se o mundo fosse acabar hoje. Kyuubi apenas sorria cinicamente enquanto Tsunade, com uma enorme gota na cabeça, a questionava:

– Tem certeza que pode dar conta dele???

– Relaxe... Ele vai se sair bem!

– Boa sorte, então! Você vai precisar...


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Suna - Escritório do Kazekage

– Não sei se isso é uma boa idéia...

– Seja homem, Shikamaru! O mínimo que posso esperar do meu futuro marido é coragem!

– Ai, ai... isso vai ser problemático...

Aguardavam do lado de fora da sala de Gaara até que um Chuunin abriu a porta, convidando-os a entrar. Assim que eles entraram, Gaara levantou-se e, com uma expressão quase maligna, encarou-os.

– Shikamaru! Até que enfim resolveu devolver minha irmã... Achei que a havia sequestrado de vez!

– Bem, Gaara... quanto a isso eu...

– Estou aqui, Gaara! Não vai nem abraçar sua irmã que não vê há quase dois meses?

Gaara abraçou Temari, mas sem perder o contato visual em nenhum momento com Shikamaru. Sua expressão era, no mínimo, assustadora... Súbito, Gaara franziu a testa, fixando o olhar na mão direita de Temari.

– Temari...

– Gaara?

– Essa jóia em seu dedo... É muito bonita. Diria até que se parece muito com um anel de noivado... - disse, dessa vez encarando Temari. Mesmo já acostumada com o jeito sombrio do irmão, Temari não deixou de sentir um certo desconforto com o comentário.

– Ah, isso? Bem...

– Esse foi um presente meu, Gaara. E sim, é mesmo um anel de noivado... - respondeu Shikamaru, no lugar de Temari - Eu não vim até Suna para devolver sua irmã. Vim até aqui para pedir sua benção, pois eu amo sua irmã e nós vamos nos casar...

Silêncio.

Um longo instante de silêncio perdurava enquanto Gaara encarava Shikamaru com uma expressão homicida. Finalmente ele resolveu falar.

– Sabe, Shikamaru... Acho que eu deveria matá-lo...

– ...

– Afinal, você está roubando o maior tesouro de Suna. Nossa flor mais rara e preciosa... - disse olhando para Temari, que sentiu os olhos marejarem com o comentário inesperado de seu irmão.

– Mas não o matarei por três motivos: - continuou Gaara - O primeiro, é porque sei que Temari sempre amou você: ela nunca soube disfarçar completamente este sentimento. O segundo, é porque você é meu amigo: um dos poucos que eu tenho em minha vida. E o terceiro, é porque sei que você a fará feliz! Porque se não fizer... já sabe, né? - disse Gaara, com um surpreendente e maligno sorriso, estendendo a mão para um aterrorizado Shikamaru...

– O-obrigado, kazekage...

– Apenas Gaara para você, "cunhado"...

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País do Fogo - Capital - Palácio do Daymio

Hanabi e Neji aguardavam do lado de fora da sala de reuniões, enquanto transcorria a audiência de Hinata com o Daymio. Já fazia mais de uma hora que ela e Hiashi estavam lá dentro.

– Por que está demorando tanto??? - reclamava Hanabi, impaciente.

– Tenha paciência, Hanabi. Aqui nós não estamos lidando com shinobis e sim com burocratas. Política é algo que exige diplomacia e paciência...

– Traduzindo: é um porre!!!

Finalmente a porta se abriu e Hinata saiu, pisando duro e com uma expressão que sugeria que a audiência não havia transcorrido satisfatoriamente para ela. Hiashi vinha logo atrás, com uma atitude mais calma mas com um olhar que expressava decepção.

– Aquela "anta efeminada"... Não acredito que esse obtuso é quem comanda nosso país!!! - desabafava Hinata.

– Fala baixo, Hinata! Caso não tenha percebido nós ainda estamos dentro do palácio! - sussurrava Hanabi, surpresa com a atitude da irmã.

– Devo deduzir que o Daymio negou nossa solicitação? - questionava Neji.

– Ele não deu nenhuma resposta conclusiva, mas não tenho muitas expectativas...- respondia Hiashi - Disse que a decisão de condenar o clã Shiro foi uma decisão de seu avô e que ele não se sente à vontade para revogar tal decisão. Ele se consultará com seus conselheiros mas, sinceramente, não tenho muitas esperanças...

– Isso é inaceitável! Se esse "emo ignorante" acha que eu vou desistir, está muito enganado! - dizia Hinata, já caminhando para a saída.

Hiashi a observava com um discreto sorriso no rosto. "Parece que, enfim, Hinata se tornou uma mulher de fibra. Bem mais até do que eu esperava! Quase tenho pena de Naruto..." – pensava Hiashi, divertindo-se.



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Konoha - Casa de Hatake Kakashi

– Tem certeza do que está fazendo, Sasuke?

– É o único caminho que posso seguir neste momento.

– Sempre há outras opções. Você ainda tem seus amigos e um lugar para chamar de lar.

– Meu lar foi destruído, Kakashi, e você sabe disso.

– Lar é o lugar que nos acolhe e onde nos sentimos acolhidos. Você sempre terá um lar em Konoha, Sasuke...

Sasuke parou durante alguns instantes. Arrumava seus poucos pertences em uma pequena trouxa, aprontando-se para partir. Mas as palavras de Kakashi, apesar de gentis, causavam-lhe um grande desconforto. Não estava fugindo desta vez, pois havia sido honesto com todos quando chegara ao dizer que não era uma volta definitiva. Mas isso não facilitava em nada a situação...

– Kakashi... Obrigado por tudo - disse Sasuke, estendendo-lhe a mão.

– Não há de quê, Sasuke. - respondeu Kakashi, apertando sua mão - Não vai se despedir deles?

– Eu não sei... Deixei uma carta para eles, mas não sei se tenho coragem para encará-los.

– Vá falar com eles, Sasuke. Se vai mesmo partir, despeça-se de seus amigos de uma forma digna. Acredite, será mais fácil assim...

Sasuke apenas assentiu com a cabeça e saiu. Andou devagar pelas ruas de Konoha, lembrando-se dos breves momentos de paz que experimentara em Konoha. Dos momentos que experimentara ao lado dela, melhor dizendo. Desta vez, partir estava sendo uma decisão bem mais difícil. Lembrava-se da primeira vez que partira, quando ela tentou impedi-lo. Será que ela faria isso de novo?. Estava tão absorto em seus pensamentos que mal percebeu a voz que o chamava.

– Sasuke?

– Hum? Sakura!

Sakura estava com uma expressão séria. Trazia uma pequena mochila às costas e vestia seu colete de Chuunin.

– Bem, parece que consegui encontrá-lo antes que você fugisse de novo...

– Não estou fugindo! Eu disse que não havia voltado definitivamente!

– Não ia se despedir?

– Eu... Eu ia procurá-la. Só queria andar um pouco pela Vila...

– Entendo... - dizia ela com uma expressão ainda muito fria - Eu o estava procurando. A Hokage solicitou que eu lhe entregasse isso. - Sakura mostrou a Sasuke um pequeno embrulho, juntamente com um pergaminho, lacrado com a marca pessoal da Hokage. Intrigado, Sasuke rompeu o lacre do pergaminho:




Uchiha Sasuke,

Creio que você fez por merecer este símbolo. Se não quiser aceitá-lo, apenas devolva-o. Se o aceitar, use-o com honra e orgulho, como somente um shinobi de Konoha o faria. Lembre-se: aqui é o seu lar! Além de nossa família, não existe nada que valha mais a pena proteger do que o nosso lar. Boa sorte! Que nossos caminhos se cruzem novamente e que Konoha possa vê-lo de novo, em breve.


Tsunade Senju,
Quinta Hokage de Konoha





Ao desfazer o embrulho Sasuke admirou-se muito. Tratava-se de uma bandana da Vila Oculta da Folha, a mesma que a Hokage o havia proibido de usar. Segurou-a em suas mãos, parecendo indeciso quanto ao que fazer. Buscou os olhos de Sakura e só então se deu conta de que ela estava vestida como se também estivesse de partida.

– Sakura, você vai viajar?

– Recebi uma missão. Aliás, eu solicitei uma missão à Hokage. Ela hesitou um pouco, mas acabou cedendo e me confiou esta missão "Rank A".

– Que missão?

– Devo investigar a localização da Akatsuki e mantê-la informada sobre suas atividades. Preciso recrutar mais um Chuunin para me acompanhar nesta missão, mas ainda não sei quem devo chamar. Tem alguma sugestão?

Sasuke, franzindo a testa, encarava Sakura que continuava com a expressão absolutamente neutra.

– Você está tirando uma com a minha cara, não é????

Sakura não respondeu. Ao invés disso, mostrou a ele um pequeno pergaminho que estava em seu colete. No pergaminho, também com a marca da Hokage, estava a descrição da missão exatamente como Sakura dissera.

– Por que está fazendo isso, Sakura???? Estamos falando da Akatsuki, será que não percebe que você pode morrer??? Como Tsunade foi concordar com essa loucura???!!!

– Ao contrário de você, minha mestra não subestima minha capacidade... - disse Sakura, já virando as costas e indo embora. Não havia dado nem dez passos quando, subitamente, Sasuke surgiu na sua frente. Julgando que ele pretendia golpeá-la ela tentou se colocar em guarda, mas não foi rápida o suficiente: os lábios de Sasuke uniram-se aos seus num beijo arrebatador. Passada a surpresa, esqueceu-se de que estavam no meio da rua e entregou-se àquele beijo com a mesma paixão. Quando já estavam sem fôlego, permaneceram abraçados e Sasuke foi o primeiro a falar.

– Precisa ser necessariamente um Chuunin à acompanhá-la?

Sakura riu, sem entender direito.

– Bem, Tsunade-sama não foi muito específica quanto à isso. Por que pergunta?

– Bem, é que na verdade eu não cheguei a completar a prova Chuunin. Na prática, eu ainda sou um Gennin, entende? Mas, se eu servir...

– Não escolheria mais ninguém para estar ao meu lado nesta missão...- respondeu ela beijando-o novamente.

– Só uma coisa: não conte isso pro Naruto de jeito nenhum!!! Se ele se tocar de que eu ainda sou Gennin, ele não vai me deixar em paz...

– Vou pensar no seu caso...- respondeu Sakura com um sorriso maldoso enquanto ambos, de mãos dadas, caminhavam rumo ao Portão principal de Konoha. Nem passou por sua cabeça contar à Sasuke que Naruto também era ainda um Gennin...



******



Konoha - Monte Hokage

– Como vai, "Hokage"?

– Ero-sennin! Então você já sabe?

– Claro! Quem você acha que sugeriu seu nome para Tsunade?

– Puxa... Nem sei o que dizer!

– Acha que te fiz um favor? Se eu não te indicasse era bem capaz desse "abacaxi" acabar sobrando na minha mão! - disse Jiraya, rindo com vontade.

Naruto também riu, mas depois sua expressão ficou mais séria e ele ficou somente olhando para o horizonte. A mudança de humor não passou despercebida à Jiraya, que conhecia bem o seu discípulo.

– Ok, garoto! O que está te perturbando?

– Ero-sennin, você conheceu meu pai, não?

Jiraya compreendeu que o momento havia chegado. Havia se esquivado dessa conversa durante muito tempo. Não havia mais sentido em continuar a fazer isso...

– Bem, Naruto... o seu pai era... como posso dizer...

– Ele era o Yondaime e minha mãe foi uma jinchuuriki da Kyuubi também. Eu já sei de tudo!

– NANI??? Como soube disso?

– A Kyuubi me contou... - respondeu Naruto, ainda sem encarar Jiraya.

– Ai, ai... Essa raposa é um perigo! - resmungava Jiraya - Bem, você já é um homem e eu não tenho o direito de lhe esconder nada. Minato, o seu pai e quarto Hokage, foi meu discípulo e grande amigo. Ele era um homem extraordinário e você é uma cópia perfeita dele, tanto fisicamente quanto em caráter. Quanto à personalidade, bem... aí eu creio que você é uma cópia perfeita da Kushina...

– A Kyuubi me disse mais ou menos isso também... - disse Naruto com um riso discreto - Mas o que eu preciso saber realmente é por que me esconderam todos esses anos as minhas origens? Por que eu não pude saber antes que meu pai foi um Hokage?

– Creio que a culpa é minha, Naruto. - Jiraya suspirou profundamente antes de prosseguir - Quando seus pais morreram eu quis adotá-lo, mas o conselho dos anciões decidiu junto ao Daymio que, como jinchuuriki, você deveria ficar sob a tutela do governo. Assim você foi mantido aos cuidados de uma instituição até que alcançasse idade suficiente para morar sozinho, quando então passou a ser tutelado diretamente pelo Sandaime. Na minha opinião esta foi a pior decisão que esses burocratas idiotas poderiam ter tomado pois, no fim, você acabou crescendo sem uma família de verdade. Acho um milagre você ter se tornado o homem que você é hoje. Você tinha tudo para ter se tornado uma pessoa má, mesquinha e revoltada. No entanto, você, graças à Kami-sama, tornou-se uma das pessoas mais justas e generosas que eu conheço. Tenho muito orgulho de você, Naruto...

– O-obrigado, Ero-sennin... - disse Naruto, com a voz embargada - Mas eu ainda não entendo. Por que diz que a culpa é sua?

– Por que a decisão de ocultar de você suas origens foi minha... - disse Jiraya, para espanto de Naruto - Se não puder me perdoar, eu vou entender... Mas antes, quero que saiba quais foram meus motivos. Quando seu pai selou a Kyuubi em você, ele fez isso porque você tinha o sangue de Kushina e ele sentiu a Kekkei Genkai dela em você, o que o tornava mais do que apto para ser um jinchuuriki. Só que ele julgou que a Vila o trataria com o respeito e honra devidos a um shinobi que carrega o fardo de abrigar um bijuu em seu corpo. Mas não foi o que aconteceu: você foi hostilizado e desprezado por todos! O terror que o ataque da Kyuubi, sob o comando de Madara, impregnou nos habitantes da Vila não seria esquecido tão facilmente. E assim você cresceu cada vez mais sozinho. Nem amigos você tinha porque os pais não permitiam que seus filhos brincassem com o "garoto raposa". Como consequência você se tornou uma criança travessa, aprontando com tudo e com todos como forma de chamar a atenção e, talvez, sentir-se menos sozinho. Você era uma peste, Naruto, acredite... - disse Jiraya, rindo discretamente.

Naruto apenas escutava com os olhos baixos, sem demonstrar reação. Jiraya prosseguiu:

– Eu conversei com o Sandaime e o convenci a não contar-lhe quem eram seus pais. Quando vi a forma como você era tratado, percebi que se você soubesse que era filho de um Hokage você poderia ser dominado pela arrogância e prepotência, o que seria natural numa criança na sua posição. O ódio de saber que não o honravam como o filho de um Hokage poderia ser fatal para a formação do seu caráter, você poderia virar um verdadeiro monstro. Essa é a verdade, Naruto, sem tirar nem acrescentar nada. Não sei se a minha decisão foi correta ou se ela realmente fez a diferença na formação de seu caráter, mas foi a decisão mais difícil que eu já tomei. Sou chamado de "Sannin", mas não sou perfeito. Estou bem longe disso para falar a verdade, mas espero realmente que possa me perdoar...

Naruto finalmente levantou a cabeça e encarou Jiraya. Sua expressão era tranquila quando falou:

– Não sei se posso julgar você, Ero-sennin... Você é o mais próximo de uma família que eu já tive e até hoje os seus conselhos, por mais absurdos que parecessem, sempre se mostraram sensantos. Naquela época eu não entendia por que as pessoas me olhavam de maneira estranha e me tratavam diferente. Hoje, depois de já ter até machucado meus amigos, eu entendo o poder que o medo exerce sobre as pessoas. Tudo o que as pessoas desconhecem elas temem, eu aprendi isso da pior maneira possível. Mas hoje, o poder que assustava a todos é o mesmo que me permitiu derrotar Kuroi e o Chyorubi e salvar Hinata. Já não sou mais temido e tenho amigos de verdade. Você teve um papel importante nisso tudo, eu tenho que admitir. Devo muito à você, Ero-sennin! - disse Naruto, finalmente abrindo um daqueles sorrisos enormes que eram sua marca registrada.

– Amigos? - perguntou Jiraya, estendendo a mão.

– Amigos! - respondeu Naruto, apertando a mão de seu mestre.

– Bem, garoto, e agora? Você dominou o poder do seu bijuu, salvou Konoha de uma grande ameaça, namora uma das kunoichis mais lindas de Konoha e vai realizar o seu sonho de se tornar Hokage. O que mais você precisa???

Naruto levantou-se e contemplou a Vila Oculta da Folha lá embaixo. Com os punhos cerrados e uma expressão determinada disse:

– Garantir o futuro de Konoha e da minha família!



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(Três anos depois...)



Konoha

– Shizune, Hinata já apareceu???

– Ainda não, Hokage. Nenhuma notícia...

– Ah, é brincadeira!!! Eu disse prá ela não sair sozinha!

– Naruto-sama, não acha que está exagerando um pouco? Afinal, ela só foi visitar os afilhados...

– Hum... Você acha?

– Bem... Ela é a líder dos Hyuuga! Ela sabe se cuidar, não?

Naruto ficou pensativo durante alguns instantes. Finalmente resolveu levantar-se e sair do escritório.

– Vou procurá-la, Shizune. Volto logo!

– Hai, Naruto-sama... - respondeu Shizune, balançando discretamente a cabeça.



******



Naruto foi recebido por Yoshino, que viera fazer uma visita também. A casa de Shikamaru não era tão grande quanto à que ele morava com seus pais, mas era uma casa aconchegante, construída ao gosto de Temari.

Shikamaru estava diante da pequena Yuriko, com seus cabelos loiros e lisos já na altura dos ombros apesar de ter apenas dois anos de idade. A beleza selvagem e cativante ela herdara de sua mãe e, de seu pai, uma inteligência fenomenal. Entre os dois, para espanto de Naruto, havia um tabuleiro de Shogi.

– Oi, Shikamaru! Como está?

– Ah, Hokage! Que surpresa! Hinata também veio nos visitar hoje, sabia?

– Sim, e por isso eu vim também! Achei que a encontraria aqui...

– Ela foi embora há pouco tempo, creio que há menos de uma hora. Disse que precisava passar na floricultura da Ino... Yuriko! Seu padrinho está aqui! Não vai cumprimentá-lo???

– Hum? Ah, TIO-RAPOSA!!!! - exclamou Yuriko, finalmente desviando sua atenção do tabuleiro à sua frente e pulando no pescoço de Naruto.

– Oi minha lindinha! Que saudade!

– Papai, é sua vez! Não vai jogar??? - disse ela, com um jeitinho de derreter o coração de qualquer marmanjo, já se concentrando novamente no tabuleiro à sua frente. Naruto olhava para os dois sem entender nada...

– Shikamaru, vocês estão jogando de verdade???

– Claro! Nós jogamos juntos todos os dias.

– Mas ela só tem dois anos e já sabe jogar esse jogo complicado???

– Se ela sabe jogar??? Ela está me dando uma surra!!! - disse Shikamaru, envergonhado e orgulhoso ao mesmo tempo. Naruto riu discretamente, sentindo-se meio sem-graça. Nem ele sabia jogar direito aquele jogo! " Pelo que vejo, Yuriko vai se tornar uma "Nerd" igualzinha ao pai...". O pensamento de Naruto foi interrompido por um estrondo e uma fortíssima lufada de vento que desmanchou completamente o tabuleiro de Shogi fazendo com que Yuriko desandasse a chorar. Então, inesperadamente, um menino moreno com as feições extremamente parecidas com as de Yuriko passou correndo para o quintal, completamente pelado e carregando um enorme leque nos ombros.

– AKIRA, SUA PESTE!!! EU JÁ DISSE MIL VEZES PARA NÃO MEXER NAS MINHAS COISAS! VENHA JÁ TOMAR BANHO!!! - esbravejava Temari enquanto segurava o pequeno Akira embaixo de um braço e seu leque embaixo do outro - Ah! Hokage-sama!!! Perdoe-me, eu não sabia que estava aqui!- disse Temari, curvando-se com dificuldade devido aos "peso" embaixo de seus braços - COMO É QUE VOCÊ NÃO AVISA QUE O HOKAGE ESTÁ EM NOSSA CASA, "PREGUIÇOSO"???

– Desculpe, amor...

– Chame-me apenas de Naruto, Tema-chan...

– Claro! Desculpe, Naruto! Está na hora do banho do meu "pestinha", com licença! - despediu-se Temari, carregando seu pequeno "peso" para dentro de casa. " O Akira parece que puxou mais à mãe..." – pensava Naruto. Observava Temari carregando Akira e Shikamaru tentando acalmar Yuriko, inconsolável pelo jogo de Shogi abortado. Olhando os gêmeos, seus afilhados, não pôde resistir a perguntar.

– Shikamaru, pode me dizer uma coisa... só entre nós?

– Claro, Naruto. O que é?

– Você é feliz?

Shikamaru não respondeu imediatamente. Primeiro colocou Yuriko no chão, pedindo-lhe que arrumasse novamente o tabuleiro e a garotinha abriu um sorriso enorme. Depois, agarrou o pequeno Akira que mais uma vez havia fugido de Temari. Somente depois, com um enorme sorriso no rosto ele respondeu.

– Cada segundo dos meu dias!



******



O sol do meio-dia estava forte. Naruto estava realmente preocupado com Hinata...

No caminho para a floricultura de Ino acabou passando em frente ao Ichiraku-ramen e, com bastante surpresa, viu Kakashi que estava terminando seu almoço ao lado de Tsunade, que bebia despreocupadamente um sakê. Tsunade o viu e fez sinal para que se aproximasse.

– Hokage-sama!!! Como vai essa força! - dizia Tsunade, já um pouco "alegre".

– Bebendo a essa hora, vovó???

– VOVÓ É A...- não terminou a frase, pois Kakashi rapidamente conseguiu tapar-lhe a boca.

– Calma, querida! Ele é o Hokage agora, lembra-se?

" Querida?????" – pensou Naruto, intrigado.

– Claro que lembro. Fui eu que passei o "abacaxi" prá ele, lembra-se? Sente-se Hokage e almoce conosco! Pena que você não chegou mais cedo, assim poderia almoçar junto com a Hinata também...

– Hã? A Hinata esteve aqui????

– Sim, saiu há pouco tempo. E tenho que dizer: você está sendo uma má influência para ela!

– HEIN??? Como assim vovó????

– Ela está tão gulosa quanto você! Se bem que ainda falta um pouco para ela chegar ao seu nível... Afinal, ela só comeu quatro tijelas de ramen...

– QUATRO TIGELAS???!!! - perguntava Naruto, boquiaberto.

– Não ligue para isso, Naruto... - dizia Kakashi, balançando a cabeça - Tenho certeza de que é só uma fase...

– Bem, eh... deve ser, né? Agradeço o convite, mas preciso ir. Foi um prazer ver vocês! E você, vê se não exagera no sakê, hein? - despediu-se Naruto, apontando para Tsunade.

– Ah, não enche! Agora eu posso beber à hora em que eu quiser!

– Não se preocupe, Naruto. Cuidarei para que ela não passe do limite - disse Kakashi, segurando a mão de Tsunade - A propósito, alguma notícia é... "daqueles dois"?

– "Aqueles dois"???? - disse Naruto, sem entender. Kakashi fez sinal para Naruto disfarçar e chegar mais perto, obviamente não querendo que Tsunade escutasse.

– Estou falando de Sakura e Sasuke! Já faz quase seis meses desde a última vez em que vieram à Konoha. Alguma notícia deles? - disse Kakashi, sussurrando.

– Ah, sim! Eles estão voltando! Sakura mandou um pergaminho dizendo que chegam em breve. Parece que ela está quase convencendo o Teme a largar mão dessa vingança... - respondeu Naruto, sussurrando também - Mas por que não quer que ela saiba, Kakashi? - disse apontando discretamente para Tsunade. Naruto pôde perceber que Kakashi sorria por debaixo da máscara.

– Esta "beberrona" aqui não vai admitir nunca, mas Sakura é como uma filha para ela. Ela só concordou com essa missão porque a Sakura insistiu muito, mas desde que ela partiu ela fica desse jeito: morrendo de preocupação e bebendo igual a uma condenada...

– O QUE VOCÊS ESTÃO COCHICHANDO AÍ??? NÃO SABEM QUE ISTO É FALTA DE EDUCAÇÃO??? - esbravejou Tsunade, para terror dos dois.

– N-nada, querida! Não é nada! - gaguejou Kakashi. Tsunade olhou de cara feia, mas chegou mais perto de Kakashi e descansou a cabeça em seu ombro, suspirando.

– Ai, ai... minha "filha" fujona... que saudades... - murmurava Tsunade enquanto Kakashi afagava seu rosto, consolando-a.

" Ora, vejam só..." – pensava Naruto enquanto caminhava - " Será que esse dois...?"



******



– Hokage! Quem é vivo sempre aparece, hein?! - disse Ino, abraçando Naruto.

– Pois é, loira! Ser Hokage dá um trabalhão! Estou quase morando naquele escritório...

– Que bom que achou um tempinho para ver os amigos! Veio atrás de algumas flores para a Hinata?

– Bem, não exatamente...

– Oh! Hokage-sama! - disse Sai, que só agora notara a presença de Naruto - Como podemos servi-lo? - prosseguiu com uma profunda reverência.

– Ah, qual é Sai? Não precisa ser tão formal deste jeito, afinal somos da mesma equipe, não?

– Ah, sim... perdoe minha insensatez, Naruto-kun! - respondeu novamente com uma profunda reverência.

" Ai, meu Kami... ele continua esquisitão, como sempre..." – pensou Naruto.

– É, Naruto, eu sei... - respondeu Ino, adivinhando o pensamento de Naruto - Ele ainda é "sem-noção", mas estamos trabalhando nisso! - disse Ino, abraçando Sai por trás e beijando carinhosamente sua bochecha. Sai, geralmente muito pálido, virou um "pimentão" com o gesto de Ino.

– É, sei que você vai ensiná-lo direitinho... - disse Naruto à Ino, que imediatamente captou o duplo sentido da frase, ficando também com a face muito vermelha - Mas diga-me, Ino: Hinata por acaso passou por aqui?

– Passou sim, Naruto. Ela comprou algumas rosas e disse alguma coisa sobre ir a um "lugar especial"... Não entendi direito, na verdade!

– "Lugar especial"???? - repetiu Naruto, intrigado - Ela não disse mais nada?

– Disse que precisava visitar alguém hoje, mas não me disse quem era...

Naruto ficou pensando algum tempo naquelas palavras. "Lugar especial"... "visitar alguém"... " MAS É CLARO!!! Já sei onde ela foi!!!"– pensou Naruto, triunfante. Despediu-se de Ino e Sai e seguiu voando para o "lugar especial"...



******



Já fazia algum tempo que Hinata não ia àquela clareira. Agora Naruto era o Hokage e ela a líder de seu clã, portanto as responsabilidades impediam que visitassem com mais frequência seu "lugar especial". O lugar continuava lindo como sempre, com suas flores brancas e amarelas e o agradável som das águas do riacho. Ajoelhou-se com certa dificuldade a fim de arrumar as flores e acender o incenso cuja fumaça subia lentamente, rodeando a grande pedra branca à sua frente. Ainda ajoelhada, fechou os olhos e uniu as mãos em uma oração.

Naruto já havia chegado a alguns minutos mas não ousou interromper Hinata. Apenas observava a uma certa distância, admirando a beleza de sua esposa. Apesar de seu estado, o quimono azul escuro parecia ressaltar ainda mais a sua beleza. Só deixou ela perceber sua presença depois que ela abriu os olhos.

– Hina-chan?

– Oh, Naruto-kun! Como me achou?

– Bem, você disse à Ino que vinha a um lugar especial... Foi fácil deduzir.

– Desculpe-me, não queria deixá-lo preocupado. É que sei que seu trabalho o deixa muito ocupado, por isso não pedi para vir junto comigo...

– Eu sempre terei tempo para você, minha linda! - disse Naruto ajudando-a a se levantar.

Hinata, apesar da enorme barriga, mostrava agilidade e disposição incomuns para uma mulher que se encontrava no oitavo mês de gravidez. Tinha um apetite voraz e uma instabilidade de humor que quase levava Naruto à loucura, mas ele demonstrava paciência e uma devoção infinita à ela e à criança.

– Não devia sair sozinha e ainda vir tão longe neste estado, Hinata! Fiquei preocupado, sabia?

– SOZINHA??? E o que sou, então? Uma sombra??? respondeu Kyuubi em sua forma espectral, meio indignada. Naruto, até então, não havia percebido sua presença.

– Kyuubi? Desde quando está aí???

– Desde antes de você encontrá-la. Em nenhum momento ela esteve sozinha, seu paranóico!!!

– É verdade, Naruto. Ela esteve comigo o dia inteiro!

– Fico mais tranquilo... Mesmo assim, deveria evitar se cansar desse jeito!

– Mas não estou cansada, meu querido! Aliás, muito pelo contrário: nunca me senti com tanta energia e disposição. Mais até do que antes de engravidar, na verdade...

– Ué? Que estranho! Sempre ouvi dizer que as grávidas sentem muito sono e se cansam mais facilmente! Não entendo... - dizia Naruto coçando a cabeça. Nisso, ele e Hinata olharam intrigados para a Kyuubi ao ouvir seu riso grave e animalesco.

– Do que está rindo, Kyuubi-sama? - perguntou Hinata.

– Havia algo que eu já desconfiava, pois eu sentia uma quantidade enorme de chakra toda vez que ficava perto de você, Hinata. Mas agora, ouvindo o que você disse, eu tenho certeza: esta criança em seu ventre carrega o mesmo dom de Naruto. Ela herdou sua Kekkei Genkai!

– NANI??? Mas ela ainda nem nasceu e você já pode sentir isso??? - questionava Naruto, admirado.

– É claro! Como eu já lhe disse uma vez, meus sentidos vão muito além daqueles conhecidos pelos humanos. A "energia" da qual Hinata desfruta neste momento vem do chakra desta criança. Enquanto ela estiver abrigada em seu corpo, ela partilhará este chakra com a mãe...

Hinata, emocionada, tentava não chorar enquanto Naruto beijava sua barriga carinhosamente.

– Ele ( ou "ela") será forte, sim! Mas não somente pela minha herança, mas também pela força que herdará de sua mãe! - disse abraçando, Hinata.

Permaneceram abraçados durante algum tempo, sem nada dizer. Apenas desfrutavam daquele momento de felicidade e paz, como se o mundo inteiro se resumisse àquela clareira. Foi Hinata quem finalmente quebrou o silêncio.

– Oh, quase me esqueci do que vim fazer aqui! Não quer me ajudar, Naruto?

– Claro!

Ambos ajoelharam-se e passaram a tirar as ervas daninhas que cresciam ao redor da lápide e os pequenos musgos que nasciam sobre ela. Terminado o trabalho fizeram juntos mais uma pequena oração.

– Foi uma pena não poder sepultá-lo na Vila... Sei que você ficou chateada por isso.

– Sabe, Naruto, na época em que o Daymio proferiu sua decisão eu fiquei chateada, sim. Mas agora, penso que talvez tenha sido melhor assim... Conseguimos trazer o nome do clã Shiro novamente para os registros históricos de Konoha e o nome de Kuroi, bem como seus feitos na primeira guerra, são ensinados hoje nas escolas. Até hoje não entendo porque aquela "ameba efeminada" que se diz Daymio não nos permitiu enterrar Kuroi no cemitério de Konoha, mas isso não importa! Creio que aqui, neste lugar onde celebramos tantas vezes o nosso amor, seja o local de descanso ideal para ele e Mizore.

– Mizore... mas ela foi cremada, não?

– Sim, é verdade. Porém, li certa vez que os antigos samurais consideravam suas espadas como parte de suas almas. Mizore não foi uma samurai, mas foi a única guerreira espadachim do clã Hyuuga. Creio que ao sepultar suas espadas junto à Kuroi, foi como se eu a sepultasse junto a ele também...

– Entendo... Sei que, onde quer que eles estejam, eles serão eternamente gratos à você por este gesto. - disse Naruto, beijando-a no rosto.

Levantaram-se e, abraçados, caminharam lentamente de volta á Vila. Kyuubi, um pouco mais atrás, parou durante alguns instantes observando a grande pedra branca que ali servia de lápide. Com um sopro incandescente, Kyuubi fez com que a pedra assumisse um tom ainda mais branco e brilhante, destacando o desenho do Dragão e da Águia e os dizeres gravados na pedra:


SHIRO KUROI
(General de Konoha)
&
HYUUGA MIZORE
(Espadachim do clã Hyuuga)

Separados pelas trevas,
Unidos eternamente pela Luz!





FIM

São Paulo, 04 de Novembro de 2012


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AGRADECIMENTOS


À Cátia, por entrar de cabeça nas minhas viagens, e ao Iago, meu pequeno discípulo Otaku.

À Claire, que deu a maior força do começo ao fim desta fic. Valeu, onee-chan!


À Hinata Sabaku, por seus comentários edificantes e comoventes.


Ao Warick, ao Alefe, ao Josemar, ao LordStark, ao g4manaus, ao SabreWolf, ao Narutosamasun, à AnnyLee, à RenataHaruno13, à Hinata Uzumaki, à Alessandra Uzumaki, à L1neh, à Amaya201 e à Leny09 que estimularam a continuidade desta fic com seus comentários.


À todos que favoritaram e à todos que somente leram, meu muito obrigado também!


^w^




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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!
Se você gostou, dê um clique em "acompanhar autor" e fique sabendo quando eu postar um novo trabalho.
Um abraço!!!
^w^



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