O Vampiro De Konoha escrita por Caesarean Tolledus


Capítulo 21
O Dragão e a Águia


Notas iniciais do capítulo

Minha fic está chegando ao fim...

Já me sinto deprimido... TwT



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Konoha - Campo de Treinamento

Hinata, ainda sentindo os efeitos da força de Kuroi, estava confusa. As feições de Kuroi haviam mudado drasticamente, como se um demônio tivesse virado um anjo, bem na sua frente. A expressão no rosto dele também era de confusão.

– Mizore... - ele a chamava novamente por aquele nome. Ele estendeu a mão, tentando tocar seu rosto. Foi quando Naruto, na velocidade de um pensamento, surgiu à sua frente desferindo-lhe um soco de potência incrível. Seu corpo brilhava com o chakra vermelho.

– Hinata!!! Você está bem???? Ele a machucou???

– N-não, Naruto... Eu estou bem!

Kuroi, arremessado para trás violentamente com o golpe de Naruto, tentava dissipar suas lembranças e concentrar-se em seu objetivo, mas Sasuke, sob a forma do selo amaldiçoado, surgiu inesperadamente e o atingiu com um CHIDORI, não dando-lhe tempo para se recuperar.

Hinata, já recomposta, avaliava a situação. A maioria dos ghouls já havia sido eliminada, mas Konoha ainda estava sob a escuridão daquele jutsu maldito. Sasuke não poderia segurar Kuroi por muito tempo e Neji, assim como Hanabi e Hiashi, também estava fora de combate. Ela era a única Hyuuga que estava de pé...

– Naruto, o que faremos??? Sozinha, meu jutsu não será forte o suficiente para deter o kyuketsuki!!!




" - Naruto, use o jutsu de "possessão" na portadora do Byakugan. É o único jeito!"

" - NÃO, KYUUBI!!!! Nós nem tivemos tempo de treinar direito esse jutsu e você quer que eu use a Hinata como cobaia????"

" - EU CONFIO EM VOCÊ!!!! E você? Confiará em mim???"

" - ..."




Hinata olhava para Naruto intrigada. Por alguns segundos ele permaneceu de olhos fechados e parecia murmurar alguma coisa, como se estivesse falando com alguém. Finalmente ele abriu os olhos e neles Hinata viu uma apreensão que não era típica de Naruto...

– Hinata... Você... Você confia em mim???

– Naruto, eu confiaria a minha vida à você!

– Eu lhe darei o que precisa para o seu jutsu! - disse Naruto com as mãos unidas, já realizando os selos necessários.

– Mas Naruto, como você...

– Apenas confie em mim! E aconteça o que acontecer, não se mova e não se assuste com o que você verá agora!

Naruto, com as mãos em selo e o corpo envolto pelo chakra vermelho, conjurou seu jutsu:

– SHOJI KITSUNE NO JUTSU!!!

Por um breve momento o corpo de Naruto literalmente entrou em chamas. Hinata, estarrecida, quase se esqueceu das palavras de Naruto, mas permaneceu imóvel como ele havia lhe pedido. Então, para aumentar ainda mais seu espanto, o espectro flamejante da Kyuubi surgiu das chamas de seu corpo e, sem aviso, correu para ela. Antes que ela pudesse entender o que estava acontecendo a Kyuubi, num salto, penetrou em seu corpo.

Foi como um sonho...

Por um momento, Hinata perdeu a consciência de sua própria existência. Ela sentia-se flutuando, como se seu corpo não possuísse matéria. Tudo o que ela via ao seu redor era o fogo. Mas as chamas, para sua surpresa, não eram dolorosas. Poderia dizer, na verdade, que a sensação era quase prazerosa...

Quando ela abriu os olhos, a sensação de poder que vivenciava era indescritível. Olhou para seu próprio corpo e viu que agora ele estava envolto por uma aura vermelha, assim como Naruto. Os olhos prateados agora estavam vermelhos como as chamas. O chakra da Kyuubi transbordava de seu corpo...

– NARUTO!!! - queria falar com ele, entender o que havia acontecido, mas ele continuava de olhos fechados e com as mãos unidas em selo, num estado de profunda concentração, sem poder ouvi-la. Ao mesmo tempo, sentia uma presença dentro de si:




" - Portadora do Byakugan, ouça-me!"

" - QUEM É VOCÊ???"

" - Eu sou aquela que vive dentro de Naruto. Eu sou Kyuubi."

" - !!!!"

" - Não se assuste, isso é temporário. Há muito que você ainda precisa saber e que ele lhe dirá na hora certa. Mas agora você deve agir! Você agora compartilha do meu poder. Use-o contra seus inimigos!!!




Hinata não precisava ouvir mais nada. Ela sabia o que tinha de fazer! Viu Sasuke que ainda lutava com Kuroi, já recomposto do ataque surpresa de Naruto. Sasuke, muito ferido e em nítida desvantagem, ouviu o apelo de Hinata:

– SASUKE, AFASTE-SE DELE E MANDE TODOS FECHAREM OS OLHOS!!! - disse Hinata, enquanto realizava os selos.

Vendo o corpo de Hinata transbordando de chakra, Sasuke não questionou. Voou para longe de Kuroi, gritando a todos que pudessem ouvir para que fechassem os olhos.

– SEN NO TAYO NO KOJUTSU!!!

A enorme esfera de luz partiu das mãos de Hinata, mas seu alvo não foi Kuroi, e sim os céus de Konoha. Voou para o alto e, a um gesto de Hinata, explodiu como um pequeno universo em nascimento.

O chakra negro que impregnava a atmosfera consumiu-se instantaneamente, subjugado pela suprema "luz dos mil sóis". O céu azul de Konoha voltava a reinar sobre a noite eterna dos kyuketsukis. Kuroi, cego e atordoado pelo poderoso jutsu dos Hyuuga, sentia sua pele queimar. O poder das sombras o abandonava à medida que os céus de Konoha revelavam novamente a luz do sol. Quando Tsunade e Jiraya surgiram do solo, escapando da escuridão de suas sombras, ele soube que sua batalha estava perdida...

Ao mesmo tempo, Hinata sentiu somente um espasmo e, da mesma forma que havia entrado, o espectro flamejante da Kyuubi abandonou seu corpo voltando para Naruto.

– Naruto-kun, pode me ouvir? - disse Hinata, tocando seu rosto.

– Hina-chan!!! - disse ele, abrindo os olhos abruptamente - Deu certo????

– Sim! Não entendo direito o que aconteceu, mas funcionou!!! - disse ela abraçando-o.

– E o Kyuketsuki??? O que aconteceu com ele?

– Ele fugiu... - respondeu Sasuke, que se aproximava caminhando com dificuldade - Ele se embrenhou na floresta, o único lugar onde há sombras o suficiente para ele se protejer...

– Não podemos deixá-lo fugir!!! - disse Naruto já se pondo de pé, mas uma tontura inesperada fez com que quase caísse aos pés de Hinata.

– Naruto-kun, deixe-o ir! Esse jutsu exigiu muito de você e Sasuke está ferido. Não temos condições de persegui-lo agora...

– Merda!!! Depois de tudo o que esse monstro fez ele simplesmente vai fugir...

– Sossega, Dobe! A gente pega ele depois... - dizia Sasuke, ofegante.

– Caramba, Sasuke! Ele te pegou de jeito, hein?!

– Não é nada... - disse Sasuke, ignorando os próprios ferimentos - Estou mais preocupado é com aqueles dois ali! - disse apontando para Tsunade e Jiraya, ainda inconscientes.

– Estão quase sem chakra... - disse Hinata, tocando no rosto dos dois - Mas não estão feridos.

Os três olharam para o campo de batalha, sentindo finalmente todo o horror de uma guerra. Os ghouls, com seus corpos mutilados, espalhavam-se por todos os lados e só então se deram conta de que um dia aquelas pobres criaturas haviam sido humanas. Muitos shinobis feridos não conseguiam sequer se mover. Alguns não se moveriam nunca mais.

O amargo gosto da vitória...


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Konoha

Dez dias já haviam se passado desde a batalha contra Kuroi e o exército dos ghouls.

Verificou-se que os corpos dos ghouls não estavam contaminados com o chakra negro do Chyorubi, portanto poderiam ser simplesmente sepultados. Como era impossível identificar os corpos de todos pela mutilação em que se encontravam, convencionou-se que seriam distribuídos e sepultados nos vilarejos que foram atacados por Kuroi. Não poderia haver identificação nas lápides, mas haveria um memorial em respeito às vítimas dos Kyuketsukis.

O corpo de Richi, bem como o chakra negro que o impregnava, foi simplesmente vaporizado pelo imenso poder da Kyuubi. Já o de Yoru foi cremado sob a supervisão do Time de Selamento, que não encontrou dificuldade em selar a pequena quantidade de chakra negro que ainda restava em seu corpo. Hinata, com a ajuda de Neji que já estava recuperado, extirpou o chakra negro de Yoru com o jutsu da "luz dos mil sóis", sem dificuldades.

Kuroi havia desaparecido. Logo que Tsunade se recuperou sua primeira ordem foi para que uma equipe de rastreadores seguisse em seu encalço. Procuraram-no durante três dias e três noites, sem sucesso...

Konoha não poderia ainda dormir em paz enquanto o líder dos Kyuketsukis não fosse encontrado e destruído...


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Konoha - Mansão do Clã Hyuuga

– Mandou me chamar, Pai?

– Sim, Hinata. Preciso falar com você...

Hiashi Hyuuga, ainda acamado, mostrava-se muito sério. Havia sido operado por Sakura, logo após a batalha, e devia à ela sua vida. Seu ferimento havia sido o de maior gravidade entre todos do clã. Neji já estava recurperado e Hanabi melhorava rapidamente.

– Antes de começarmos esta conversa eu preciso que você faça algo. Vá até o Dojo e procure o segundo tatame nos fundos, da direita para a esquerda. Sob o tatame você vai achar um alçapão e sob o alçapão uma caixa de madeira. Traga-a para mim, filha.

Hinata, mesmo estranhando o inesperado pedido de seu pai, não o questionou e obedeceu prontamente. Seguindo as orientações de Hiashi, encontrou uma caixa de madeira lacrada e com o símbolo do Clã Hyuuga entalhado em sua tampa. Não ousou abri-la sem a ordem de Hiashi, mas percebeu que seu conteúdo era pesado...

Hinata depositou a caixa sobre a cama, ao lado de Hiashi e aguardou.

– Quando eu lhe contei sobre os kyuketsukis originais, houve uma parte desta história que eu omiti. - dizia Hiashi, visivelmente constrangido - Mas devemos aprender com nossos erros, por mais vergonhosos que sejam. A verdade é que além dos cinco originais, houve mais um kyuketsuki. "Uma" Kyuketsuki, melhor dizendo... - disse Hiashi, rompendo o lacre da caixa e oferecendo-a à Hinata.

Na caixa haviam três espadas. Uma era grande, com a lâmina numa forma poligonal exótica, com a imagem de um dragão gravada em sua face e uma empunhadura pesada entalhada em marfim. As outras duas espadas eram Katanas leves, uma de tamanho médio e uma outra pequena, quase do tamanho de um punhal. Havia também um pequeno bracelete, provavelmente de ouro, com a imagem de um dragão e de uma águia, de frentes um para o outro, entalhados num trabalho muito delicado. E por fim, havia uma foto já desgastada pelo tempo: uma jovem de pele muito branca e longos cabelos negros, com os olhos prateados dos Hyuuga e manuseando com aparente familiaridade as duas Katanas que se encontravam na caixa. A semelhança daquela jovem com Hinata era evidente...

– Papai, quem é esta mulher na foto?

– Esta era uma ancestral sua. Seu nome era Mizore. - Hinata sentiu um tremor involuntário ao ouvir esse nome - Ela, e não Kuroi, foi a primeira Kyuketsuki...

– Nani??? Mas como pode ser?

– Ouça-me, Hinata... - E Hiashi contou sobre o amor proibido entre Mizore Hyuuga e Shiro Kuroi. Hinata finalmente pôde compreender todo o ódio de Kuroi e a reação que ele tivera ao vê-la...

– Por que não me contou isso antes, papai? Por que omitiu isso quando me contou sobre os kyuketsukis?

– Quando você liderar este clã, você compreenderá. Entenda-me, Hinata, eu não sou perfeito! Na ânsia de proteger este clã, eu me sinto na obrigação de proteger também sua história, escondendo dos olhos do mundo aquilo que possa nos tazer vergonha. Mas vejo agora que isso foi um erro... Talvez se nossos ancestrais tivessem se desculpado e reconhecido que erraram com o clã Shiro, nada disso teria acontecido...

– E o que são estes objetos na caixa?

– Quando o Clã Shiro foi considerado proscrito e seu nome apagado dos registros históricos, minha mãe, que era sobrinha de Mizore, escondeu estes objetos. Ela amava muito Mizore e torcia pelo amor dela com Kuroi, por isso ela recolheu os mais preciosos pertences dos dois e os escondeu como forma de preservar a memória deste amor.

Hiashi retirou da caixa a pesada espada com empunhadura de marfim e as duas Katanas, colocando-as à frente de Hinata.

– Esta é a "Espada Celestial". A lâmina que trouxe a fama de exímio espadachim à Kuroi. Minha mãe dizia que ele era o único que conseguia manusear esta espada e, sentindo o peso incomum dela, eu acredito realmente nisso. Já estas duas Katanas, pertenceram à Mizore.

Hinata franziu a testa ao ouvir isso. "Uma Hyuuga espadachim???"– pensava, admirada.

– Sei o que está pensando, Hinata. - disse Hiashi - O clã Hyuuga nunca foi conhecido pelo uso de ferramentas. Mesmo as Kunais e shurikens, são usadas com certo receio em nosso clã. O que posso lhe dizer, repetindo o que minha mãe me contou há muitos anos, é que Mizore era uma espécie de "ovelha negra" dos Hyuuga. Ela usava com habilidade os "punhos gentis", mas desenvolveu sozinha uma técnica de esgrima na qual transferia o seu próprio chakra para as lâminas. Talvez tenha sido essa afinidade pelas lâminas que a aproximou de Kuroi...

Hinata, apesar de separada de sua ancestral por quase sessenta anos de história, não conseguia deixar de sentir uma certa simpatia por uma shinobi tão determinada e corajosa...

– Este bracelete foi um presente de Kuroi para Mizore. - prossegui Hiashi - O dragão representa o Clã Shiro e a águia, obviamente, o clã Hyuuga. Ele deu este bracelete à ela pouco antes de partir para a guerra.

– Meu Kami, pai! Por que me revela tudo isso agora?

– Para que possamos olhar o futuro sem medo do passado. Kuroi ainda vive, Hinata, se é que essa existência maldita possa ser chamada de vida. Por mais que tenhamos falhado com ele e Mizore, não podemos permitir que ele ameace Konoha. Ele deve morrer...


******


Konoha - Casa do Clã Nara

– Não podem ficar mais alguns dias, Kankuro?

– Não, Nara. Eu sinto muito, mas nosso tempo em Konoha acabou. Se eu voltar para Suna sem a Temari é capaz do Gaara esquecer a aliança com Konoha e vir aqui buscá-la pessoalmente com um exército...

Kankuro cumprira a promessa anunciada na carta de Gaara. Viera buscar Temari, que adiara ao máximo sua volta.

Temari finalmente apareceu, vestida com seu kimono negro e trazendo nas costas seu leque gigante e sua mochila.

– Bem Shika, agora é prá valer... Até breve! - disse numa voz melancólica, abraçando-o. Para surpresa dela, Shikamaru não correspondeu ao abraço, permanecendo estático.

– "Preguiçoso"??? - disse Temari, espantada com a indiferença de Shikamaru.

– Não, "problemática". Acho que você não vai... - disse Shikamaru com uma expressão séria e decidida.

– Ah, qual é, Nara???? Vai começar a fazer cena, agora??? - esbravejou Kankuro, já perdendo a paciência.

Shikamaru não respondeu. Ao invés disso, tirou do bolso uma pequena caixa e mostrou à Temari seu conteúdo.

– Isso pertenceu à minha mãe. Quando eu contei à ela os meus planos ela fez questão que eu o desse à você. Aishiteru, Temari do Deserto e não posso mais viver longe de você. Aceita se casar comigo???

No início, a reação dos dois irmãos foi parecida: ambos de queixo caído e olhos arregalados. Porém Temari, segurando o delicado anel de noivado, sentia seu rosto se inundar com as lágrimas e não conseguia articular as palavras, respirando de forma ofegante. Shikamaru ficou preocupado com sua reação.

– Temari??? Você está bem????

Sem aviso, o soco de Temari o atingiu em cheio quase o derrubando no chão.

– DROGA, PREGUIÇOSO!!! COMO OUSA ME FAZER CHORAR NA FRENTE DO MEU IRMÃO???? ELE NUNCA MAIS VAI ME DEIXAR ESQUECER ISSO!!! - dizia ela, pulando no pescoço de Shikamaru e o abraçando, ainda se acabando de chorar...

– Tem toda razão, irmã! Eu vou te perturbar pelo resto da vida por isso... - disse Kankuro, rindo com vontade.


******


Konoha - Mansão do Clã Hyuuga

– Ela era linda, não? - dizia Naruto, segurando a foto de Mizore - Também, ela é a sua cara! Só podia ser linda mesmo...

– Ah, Naruto! - dizia Hinata, com o rosto corado - Você não tem jeito mesmo, não é?

– É uma história muito triste... - dizia Naruto, agora sério - Mas seu pai tem razão! Por mais que Kuroi tenha sofrido, não permitirei que ele ameace Konoha!

– É, eu sei... Mas me sinto muito mal com tudo isso. O Clã Hyuuga precisa fazer algo para se redimir dessa infâmia.

– O que pretende fazer, minha linda?

– Já falei com meu pai e ele concordou: vamos solicitar uma audiência com o Daimyo. Preciso da aprovação de Tsunade-sama primeiro pois este é um assunto que não diz respeito somente ao clã. Mas, no que depender de mim, farei com que a história do clã Shiro seja conhecida pelo mundo!

Naruto sorria, orgulhoso da determinação de sua namorada. Faria de tudo para ajudá-la. Beijou-a com ímpeto, esquecendo-se de que estavam no Dojo da família Hyuuga, podendo ser surpreendidos por alguém...

– Naruto, não abuse da sorte! - dizia Hinata, recuperando o fôlego - Meu pai ainda está de cama, mas ele pode muito bem nos surpreender...

– Eu quero você, sabia? - sussurrou Naruto, beijando o pescoço de Hinata e arrepiando-a até o último fio de cabelo.

– E eu também te quero... - respondeu Hinata, meio ofegante e esforçando-se ao máximo para não sucumbir ao desejo que sentia - Mas essa noite não podemos, meu amor. Meu pai ainda não se recuperou totalmente e eu assumi temporariamente as suas responsabilidades. Tenha paciência, meu querido... - disse Hinata, beijando-o.

– Eu entendo... - disse Naruto, fazendo um "beicinho" de decepção - Eu te esperarei, minha linda. Aishiteru!

– Aishiteru, Naruto-kun...




******


Hinata, mesmo cansada, não conseguia ter um sono tranquilo. O dia havia sido agitado: não imaginava que liderar um clã pudesse trazer tantas responsabilidades. Depois que Naruto foi embora, decidiu dormir cedo, preparando-se para mais um dia em que assumiria as tarefas de seu pai.

Seu sono era agitado. Suava e mexia-se continuamente na cama. As lembranças dos últimos dias inundavam sua mente, fazendo-a sonhar...

Sonhou com a batalha no Campo de Treinamento. Viu os ghouls avançando contra seus amigos... Viu os corpos mutilados, o sangue, a morte... Viu o rosto de Kuroi, que parecia mudar constantemente: em alguns momentos mostrava suas belas feições humanas e em outros, a face demoníaca do Chyorubi. Ela também lutava, mas inexplicavelmente, lutava com espadas manejando habilmente duas Katanas, uma arma que jamais havia usado em toda a sua vida...

Avançava contra os ghouls, cortando-os sem piedade, até que se viu frente a frente com Kuroi. Ele portava a "Espada Celestial", manuseando-a como se ela fosse uma pluma. Quando a viu, embainhou a espada e caminhou ao seu encontro. Ela preparou-se para atacá-lo, mas viu que não podia. Seus braços pesavam, fazendo com que largasse as espadas. Sentia um torpor, que se espalhava pelo seu corpo, impedindo-a de reagir. Kuroi agora segurava delicadamente seu rosto entre as mãos e, aproximando-se ainda mais, beijou-a. Sentia o gosto de sangue em seus lábios, mas não conseguia se mexer. Então ele beijou seu rosto, e desceu lentamente até seu pescoço...


******


Hanabi estava inquieta. Não tinha certeza, mas parecia sentir a presença de um chakra estranho. Saiu de seu quarto com os sentidos em alerta máximo, procurando de onde vinha aquela sensação. Ao parar em frente à porta do quarto de Hinata, sentiu um grande mal estar e abriu a porta com ímpeto. Ficou sem palavras pelo horror do que viu...

Kuroi estava debruçado sobre Hinata. Quando ele levantou a cabeça, surpreendido no meio de seu ato hediondo, Hanabi viu suas enormes presas expostas bem como o sangue que escorria de seus lábios. Hinata, cujo pescoço desnudo apresentava duas pequenas perfurações, parecia estar ainda adormecida.

Hanabi, prestes a gritar, viu os olhos de Kuroi e percebeu que não podia mais se mexer ou falar. Rápido como um raio, Kuroi tomou Hinata em seus braços e saltou pela janela, desaparecendo na noite...



(continua...)
 



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Notas finais do capítulo

SHOJI KITSUNE NO JUTSU = Técnica da Possessão da Raposa

No próximo (e penúltimo) capítulo: a batalha final!

IMPERDÍVEL!!!!

^w^



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