War In The Other Universe escrita por S2Hikari, Emy0LlyGab


Capítulo 46
Centro das Torturas




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 Emilly, Saito, Nezu chan e Rein abrem a segunda porta. Antes de entrar eles ficam analisando o local. Diferente do primeiro, não era tão grande assim. Era um corredor enorme, com o teto muito alto. Nas paredes ficavam selas com prisioneiros, as selas cobriam o corredor do começo ate o fim que dali eles não viam e iam também do chão ao teto, uma fileira vertical teria umas trinta selas. O chão e o teto, assim como as selas eram de metal, estava tão congelado que o metal parecia meio branco. O corredor era ate bem largo, mais o menos uns quinhentos metros de largara. O chão estava congelado e em alguns pontos haviam pequenos montes de neve.

     _É tão frio quanto o mundo em que estávamos._ Saito diz andando a frente.

     _Centro de torturas, que medo._ Rein diz se abraçando ao Nezu.

     _O Vingador foi trocado._ Emilly diz rindo.

     _É porque o Nezu não reclama tanto, na verdade ele não fala nada._ Saito diz.

     _AAAAAAAAAH!_ Saito  e Emilly se assustam com o grito de Rein. Duas enormes correntes saíram do chão e a amarraram como uma cobra e num segundo o chão se abriu e levou ela.

     _Que foi isso?_ Saito diz surpreso, foi tão de repente._ Droga._ Saito diz a ver uma corrente sair do chão a frente dele, mas ele rapidamente pula para traz se jogando no chão. Emilly tenta jogar folhas cortantes, mas nem arranham a corrente. A corrente vai de novo para tentar pegar Saito, mas Emilly segura ele e voa mais alto que a corrente pode alcançar. Assim a corrente vai para cima de Nezu, como ela não é afetada por sua flauta a corrente o pega facilmente e leva para o buraco.

     _NEZUUU, REEEEIN!_ Emilly grita, sua voz ecoa por todo o local. Os dois ficam um tempo ali no ar não sabiam o que fazer.

     _Se você ficar voando por muito tempo sua força vai acabar Emilly, já que as asas das fadas são feitas de magia._ A espada de Saito diz.

      _Olha quem resolveu falar algo, você só dorme a maior parte do tempo._ Saito diz irônico.

     _Não é hora pra isso._ Emilly briga, mesmo ela dizendo isso Derflinger e Saito continuam discutindo. Ela não preta atenção pois reparou estar bem perto das selas. Sem perceber foi voando mais para perto para poder ver. Cada sela tinha um número em cima, pareciam ir de um ao seis e depois se repetiam de novo a sequencia. Nessa sela estava o número quatro, dentro parecia um congelafor, espessas camadas de gelo sobe o ferro e um pouco de neve no chão, em vez de grades tinha algo transparente parecido com vidro para que a pessoa não saieese.

     Emilly se aproximou mais dessa sela vendo um garoto de moletom agachado se apoiando com as mãos no chão. O moletom antes azul claro estava todo manchado de sangue, assim como o rosto do garoto, que também possuía vários machucados horríveis, ele estava meio deformado. Ele tremia enquanto olhava para o chão, enfim reparou em Emilly ali o olhando e ela pode perceber que ele era da raça das fadas.

     _Por favor,me ajude, me tire daqui._ Ele disse com dificuldade pela estrema fraqueza. Emilly só pode ficar ali parada o olhando com pena, Saito e Derflinger passaram a prestar atenção. _Por favor._ Ele disse emplorando e tentou engatinhar ate Emilly, mas ele só foi um pouco e uma bomba embaixo do chão explodiu. Emilly só viu o sangue dele manchar o vidro e depois ver seu corpo caído ali.

     _AAAAAAAAH!_ Emilly gritou de horror voando rapidamente pelo corredor a dentro. Ate que enfim parou se acalmando.

     _As selas de número quatro são como um campo minado, se se mecher pode desparar uma das bombas da parede ou do chão. Ele devia já ter explodido uma, mas sobreviveu, por isso estava tão quieto e machucado. Mas pelo desespero se mecheu ao nos ver se matando._ Derflinger explica.

     _A culpa foi minha._ Emilly disse com lagrimas nos olhos.

     _Não, ele ficaria ali a vida toda não é. Ele morreria logo de qualquer jeito, acho que é ate melhor que seja logo._ Saito diz seriamente.

    _É..._ Ela diz sem se convencer e vai voando para o fim do corredor. Ate que outra corrente saindo da parede de uma vez prende o pé de Emilly a puxando. Ela sem controle acaba soltando Saito, ele como não sabe voar só pode esperar cair._ SAITOOOO!_ Ela grita, mas outra corrente aparece prendendo seus braços e ela é puxada de uma vez por um buraco que se abre no pequeno espaço na parede que não tinha uma sela. Saito já estava para cair, quando um buraco se abre ali no chão onde ele iria bater. Ele lança fogo pela mão tentando mudar de direção para não cair ali, mas uma corrente aparece o pegando e jogando no buraco.

     Rein acorda atordoada, se sentia tonta e seu nariz ardia um pouco. Demorou um tempo para se lembrar que foi pega por aquela corrente e quando caiu no buraco simplesmente apagou. Ficou ali deitada ainda de olhos fechados, se sentia com calor, seu corpo queimava como se estivesse ao sol no meio dia. Também sentia grama onde estava, pássaros cantando e sentia a brisa de água por perto. Levantou de uma vez confusa já que aquelas sensações não tinham nada a ver com o lugar onde estava.

     Ao olhar em volta ela fica extremamente confusa e assustada. Ela estava deitada na margem de um lago enorme e lindo. Varias arvores em volta, o céu azul e brilhante, o sol brilhava lindamente. Mesmo não entendendo nada se sentiu bem, tinha tempo que não via um cenário assim.  Ficou ali apreciando a vista do lado, quando ouve um barulho de risadas e fica mais confusa e se vira. Ela não acredita no que vê, dois garotos e uma mulher comendo pipocas sentados na grama e rindo. Em outro lugar tinha um menino e uma menina brincando de pique pega. Todos eram humanos. Olhou para si se assustando com sua roupa, era o uniforme de sua escola.

     Pois as mãos na boca se tocando, ela conhecia aquele lago. Desesperada ela começou a correr, logo pode ver a frente prédios e ruas, aquilo era só um parque. Ela correu chegando as ruas, sorriu vendo as pessoas e os carros. Não podia ser verdade. Correu o mais rápido que pode, ignorando o cansaço e a falta de ar logo chegando a porta de uma casa. Ficou um tempo adimirando a casa tão pequena e simples.

     Tocou a campainha da casa, mas passou se muito tempo e ninguém atendeu, ela já estava nervosa. Por sorte o portão estava aberto e a porta também, que descuido. Ela entrou se sentindo explodindo de felicidade ao ver aquela sala tão familiar. Embora extremamente suja, cheia de embalagens de comidas prontas pelo chão, tinha uma barata mais a frente. Ignorou isso andando ate uma porta fechada, suspirou fundo e abriu.

     _Nii san._ Disse com lagrimas nos olhos. O garoto estava deitado só de calsa, o cabelo estava enorme e parecia não ter sido penteado a semanas, os olhos cheios de olheiras e um pouco gordo. Mas ao vê-la ele esboçou um sorriso enorme e correu ate ela a abraçando tão forte a levantando do chão.

     _Rein é você mesma?_ Ele disse já chorando e fazendo Rein chorar também

     _Sou eu mesma.

     _Achei que nunca mais veria você,e  você parece bem, que bom. Não esta machucada?

     _Não, eu nunca estive tão bem._ Ela disse e eles ficaram ali abraçados por vários minutos, era tão quente e reconfortante._ Nii san já pode me soltar.

     _Eu não quero te soltar nunca mais._ Ele disse, mas enfim soltou ela. Os dois se olhavam com um sorriso de orelha a orelha. Mas o sorriso dele logo desapareceu olhando para algo atrás dela. Ele num movimento rápido só pegou Rein e a jogou dentro do quarto correndo junto com ela ate a janela e a abrindo. _Fuja Rein._ Ele disse desesperado tentando a passar pela janela. Rein não vai, parando para ver um homem de capa preta parado na porta.

      _Não._ Ela diz com mais medo do que esteve em todo o tempo no jogo. O homem lançou uma bola de fogo para cima do irmão dela. Rein pula na frente do irmão e tenta fazer um escudo de água, mas nada acontece e ela é atingida pelo fogo, ela grita quando sua blusa começa a pegar fogo queimando sua pele. Seu irmão desesperado apaga o fogo jogando suco que ele tinha numa garrafa em cima dela.

     _Você é só uma humana normal agora garotinha tola._ O homem diz, sua voz a faz extremecer dos pés a cabeça. Sombras prendem ela não a deixando mover um músculo e o homem vai andando ate seu irmão.

    _Não, não, me mate, por favor, me mate, só eu._ Ela diz desesperada chorando. Nesse momento ela pode ver o sorriso dele mesmo com a capa. Ele faz uma lança de sombras._ Por que? Por que? PARE POR FAVOR!_ Ela grita, mas ele a ignora e perfura o coração de seu irmão com a lança, o brilho nos olhos dele desaparecem em segundos e ele cai morto no chão e a poça de sangue vai crescendo em volta dele._ NÃÃÃÃÃÃÃO!_ Ela grita caindo no chão pois as sombras desaparecem. _Não, não,não, não._ Ela diz chorando e se deita abraçando seu irmão, o homem que ela sabia bem quem era só desaparece.

     _Eu preferia estar no inferno._ Rein diz chorando.

     _Esse é o inferno._ A voz sai do nada.

     Nezu estava em um lugar escuro, não tinha nada ali alem dele. Ficou pensando que aquilo era o fundo do burado, somente um lugar escuro, ficou andando por ali lembrando que Rein caiu também,a procurando.

     Isso ate que ouve um barulho de carro, de carro mesmo. Ouviu a buzina e olhou para traz confuso, não podia ser. Mas se assustou ao ver o carro vir em sua direção em alta velocidade, não deu tempo de nada o carro bateu nele com toda a força. Ele saiu voando para longe sentindo a dor terrível em suas pernas e depois seu corpo bater com força no chão, Sentia suas pernas sangreram e viu o estado lastimável que elas estavam pela luz do farol. Ele sentia uma ardendia horrível nas pernas. Mas o carro foi para cima dele de novo assim passando por cima dele.

     Nezu por azar não desmaiou. Ele sentia mais dor do que nunca, agora no corpo todo, estava com vários ossos quebrados, não conseguia se mover nada. Ele poderia ate chorar ali de tanta dor. Fora o sangue saindo sem parar de seu corpo, sentir seu sangue acabar era uma sensação horrível, agoniante. Ele foi ficando gelado, sua vista embaçada e nenhum senso de equilíbrio, logo a dor passou também e ele morreu.

     _ Acorda, acorda. Saito acorda._ Saito ouviu a voz de Emilly e assim se levantou. Ela estava com um sorriso tão grande que ele ate ficou feliz só de vê-la. Porem logo achou estranho o local em volta, a margem de um rio de manha. Aquilo era estranho. Fora que Emilly vestia um short muito curto e uma blusa roxa com desenhos de vários animes, a blusa folgada quase cobria o short. E ele vestia sua blusa de moletom azul e calças jeans._ Saito estamos na terra, é um parque perto da minha casa._ Ela disse e ele reparou se lembrando do local.

     _Verdade._ Disse sorrindo._ Também é perto da minha._ Ei vamos na minha casa primeiro, depois vamos na sua. Meus pais nos daram uma idéia de mentira para os contar.

     _Tudo bem._ Ela disse e os dois foram andando calmamente. Observavam cada lugar, tudo, aproveitando tanto. Enfim chegaram a casa de Saito. Ela era bonita e ate grande, com um jardim enorme na frente. Sua mãe que estava na frente de casa cuidando do jardim deixou o regador cair e correu ate ele lhe dando um abraço de urso.

     _Não acredito que você conseguiu escapar Saito, to tão feliz, aqui é tão melhor do que La._ Ela disse quase o sufocando. _E sua namorada escapou também, que bom.

     _Oi._ Emilly diz tímida.

     _Saito._ Seu pai diz surpreso na porta, então vai andando ate ele calmamente e o abraça batendo em suas costas._ Achei que nunca mais ia te ver.

     _Eu também._ Diz sua mãe chorando._ Ei, vamos para dentro, eu tinha feito bolo. Vocês não devem ter comido comida decente por um bom tempo.

     _Na verdade ate comemos, no mundo doce, no hotel na lua e na cidade celeste._ Emilly diz os seguindo.

     _Eu amava o mundo doce, teve uma época que nós vivemos La para proteger os poucos habitantes que se mudavam para La procurando refugio._ A mãe dele diz sorrindo._ Era um tempo ate bom.

     Então os quatro se sentaram a mesa comendo e conversando animadamente. Ate que começaram a fazer uma serie de perguntas a Emilly. Saito ficou olhando para o seu chá. Ele se sentia meio tonto, algo passava queimando por suas veias. Fechou os olhos pois sentia uma ardência estranha neles e quando os abriu via o copo cheio de sangue ao invés de chá. Ele segurou a cabeça sentindo aquela dor horrível passando por suas veias.

     _Que foi Saito, tudo bem meu filho?_ Sua mãe disse preocupada com ele._ Venha vou lhe dar um remédio._ Ela disse o puxando para a cozinha. Ela pegou um comprimido e foi dar a ele junto a um copo de água.

     _Saia de perto de mim._ Ele disse com tanta raiva dela, não tinha explicação e nem pensava nisso no momento.

     _Saito o que foi?_ Ela pergunta docemente.

      _Me deixe._ Ele diz grosso a empurrando e fazendo o copo cair no chão se quebrando. Ela só o olha confusa e preocupada. Saito num movimento rápido a joga no chão a segurando e enfia um dos cacos de vidro em sua garganta. Ele só vê sua mãe agonizar ate morrer bem ali. Ele levanta com ódio pegando a faca mais afiada e vai ate a sala.

     _A Emilly foi ao banheiro._ Seu pai diz sem olha-lo, só via o jornal a sua frente. Saito anda calmamente ate ele e enfia a faca em seu paito._ O que..._ Ele tenta dizer antes de cair morto.

     Saito então anda ate o banheiro e abre a porta já entrando vendo Emilly lavar as mãos.

     _SAI DAQUI!_ Ela grita, então para vendo o sangue em suas mãos._ Que sangue é esse Saito?_ Diz o olhando confusa. Mas ele rapidamente segura seu pescoço a batendo na parede do banheiro e fica a segurando para mata-la._ P-oor q-que-e._ Ela diz com dificuldade tentando soltar a mão dele.

      _Porque eu te amo tanto que sinto ódio._ Ele diz e a solta por um momento a beijando profundamente, um beijo agressivo. Ela tenta se desvencilhar dele, mas não consegue. Quando ele se separa dela volta a sufoca-la. Ela tenta lutar, mas logo perde as forças. Ele vê ela apagar bem devagar e a solta ali. Então ele se joga no chão chorando.

       _AAAAAAAAAAAAAH!_ Grita em desespero chorando a ponto de não conseguir respirar. Ele chorando ainda engatinha ate o corpo de Emilly._ Emilly, Emilly._ Ele chama, então se deita a abraçando e chorando muito. Então se levanta e vai cambaleando ate a sala. Ele tampa a boca em horror vendo o corpo de seu pai. Ele acaba caindo no chão tremendo muito e engatinha ate a cozinha._ Mãe, mãe por favor acorda._ Ele pede sacodindo o corpo dela. Então se deitando sobre o colo dela ele fica chorando ate dormir.


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