No Vale do Fim, duas figuras eram vistas em duas respectivas estátuas. Um jovem de cabelos loiros estava em uma com um homem de cabelo amarrado e um com cabelos negros estava em uma com a forma de um homem com cabelos longos e arrepiados. As estátuas eram as estátuas de Senju Hashirama, o Shodaime Hokage de Konoha, e de Uchiha Madara, fundador do Clã Uchiha.

Os nomes dos jovens eram Uzumaki Naruto e Uchiha Sasuke. Sasuke estava na sua forma do Selo Amaldiçoado Nível 2, enquanto Naruto estava no estágio da Primeira Cauda da Kyuubi No Kitsune, a Raposa de Nove Caudas. Sasuke tinha vários raios em sua mão esquerda. O Chidori, o Ataque de Mil Pássaros. Enquanto Naruto tinha uma bola violeta rodopiando em sua mão direita. O Rasengan, a Esfera Espiral de Chakra.

Naruto precisava derrotar Sasuke. Ele precisava. Para trazê-lo de volta para Konoha. De volta para Sakura. Ele a amava com todo seu coração, mas ela amava o Uchiha por alguma razão. Ele faria de tudo para fazê-la feliz, até mesmo arriscar sua vida, sua felicidade... ele até usaria a Kyuubi, a sua maldição por toda a vida.

Naruto, quando nasceu, teve o demônio mais poderoso de todos dentro de si mesmo, selado pelo Yondaime Hokage, que queria que ele fosse visto como um herói, mas as pessoas achavam que ele fosse a própria Kyuubi, por isso ele foi maltratado por todos, exceto pelos filhos dos aldeões.

Naruto fitava Sasuke intensamente com seus olhos vermelhos-sangues. Ele não permitiria que Sasuke, seu melhor amigo... Seu irmão, fosse levado por aquela cobra velha maldita. Ele não permitiria. Nunca. Ele apenas o deixaria ir quando não lhe sobrasse nada de existência.

Eles se fitaram intensamente por um minuto inteiro e por fim saltaram das estátuas, cada um com seu ataque na mão.

— NARUTO! — berrou Sasuke.

— SASUKE! — berrou Naruto de volta em uma voz mais grave.

— AHHHHHHHHHHH! — Sasuke aproximou ainda mais seu ataque.

— AHHHHHHHHHHHHH! — Naruto fez o mesmo.

Os ataques colidiram um com o outro.

— CHIDORI!

— RASENGAN!

Os ataques formaram uma esfera negra com linhas roxas em volta dos meninos de treze anos de idade. Eles se fitavam suavemente. Memórias enchiam suas cabeças. E de repente se lembraram de quando eram pequenos e fizeram o Sinal de União: dois dedos se juntando com outros dois. Eles sorriram nas memórias.

E de repente, tudo ficou escuro para Naruto.

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Naruto abriu os olhos, sentando, fitando o local onde estava com curiosidade. Ele viu que estava em um apartamento. Ele olhou em volta e notou que era pequeno, para apenas uma pessoa, mas era melhor do que o pedaço de merda que ele tinha em Konoha. Ele levantou seu corpo da cama macia onde estava e se levantou, espreguiçando-se e alongando o corpo. Ele notou vários pergaminhos e uma carta, juntos de uma mochila azul.

Ele pegou a carta e começou a ler.

Naruto, se estiver lendo isso, significa que estou morto. Sou o Yondaime Hokage de Konoha, mas também sou seu pai. Isso mesmo, Naruto: eu selei a Kyuubi em você. Eu queria que as pessoas da vila o vissem como um herói. Mas se eles não o trataram assim, sinto muito por esse destino, meu filho. Mas eu coloquei um pouco da minha alma em seu selo e se eu visse que estivesse pronto, eu o enviaria à minha dimensão original.

Sim, Naruto, você está em outra dimensão. A dimensão onde eu nasci. Eu coloquei um jutsu que o enviaria para esse lugar quando fosse a hora certa. E também no lugar onde meu amigo, Julius Kane, está vivendo no momento. Você está no mesmo lugar que ele. Procure-o e diga que é filho de Namikaze Minato. Ele vai entender.

Novamente, sinto muito pelo que fiz a você, filho. Estarei prestes a selar em você uma coisa mais perigosa que qualquer coisa existente.

Até mais, filho. Estou prestes a selar a Kyuubi.

Eu te amo.

Lágrimas caíam pelo rosto de Naruto, que estava de olhos arregalados. Seu pai era o... Yondaime Hokage? Como isso era possível?

Logo, uma enchurrada de sentimentos apoderou-se dele: tristeza, raiva, alegria... Ele não sabia qual era o mais forte. Mas ele balançou a cabeça com energia. Ele não pensaria assim. Ele poderia até ter uma boa vida naquele mundo.

Mas seu pai disse para ele procurar por Julius Kane. Ele então pegou a mochila e colocou a carta e os pergaminhos dentro dela. Ele então notou uma foto e a pegou. Ao vê-la, ele decidiu que não seria difícil encontrar um homem assim. Ele correu para fora da porta e caminhou pelos corredores buscando por ele.

Ele finalmente o encontrou e, sorrindo, correu até ele, dizendo:

— Com licença. O senhor é Julius Kane?

O homem se virou e ficou de olhos arregalados.

— Minato? — ele perguntou chocado.

— Não. Sou filho dele. — Naruto foi curto e direto.

Dr. Kane caminhou até Naruto e então ele se ajeolhou para estar na mesma altura que o loiro.

— Naruto? — ele perguntou, confuso.

— Hai — ele respondeu.

— Mas... mas... você não deveria estar nas Nações Elementais?

— Meu pai me enviou para cá. Olhe a carta que ele me deu. — Ele tirou a carta da mochila e a entregou para Dr. Kane.

Ele a pegou e leu. Depois, seu olhar mudou para um compreensivo e ele deu a Naruto um olhar simpático.

— Entendo. O.k. Bem-vindo, Naruto. Você vai adorar viajar comigo. Eu tenho até um filho para você poder conversar. — Dr. Kane sorria carinhosamente para Naruto, que não pôde deixar de devolver o sorriso.

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Naruto e Dr. Kane entraram em um dos quartos do hotel. Lá, Naruto viu um rapaz de mais ou menos quatorze anos. Vestia roupas que Naruto descobriria mais tarde serem uma camiseta com botões, calça cáqui e mocassins. Ele o achou estranho logo de cara.

— Pai, quem é esse? — perguntou o garoto confuso e desconfiado.

— Esse é o filho de um amigo meu, Carter — respondeu Dr. Kane, sorrindo para o garoto que Naruto agora sabia se chamar Carter. — Seu nome é Naruto Uzumaki.

— Ahn, na verdade, senhor, é Uzumaki Naruto — disse Naruto.

— Naruto, aqui, nossos sobrenomes não são ditos antes dos nomes — explicou Dr. Kane sorrindo para Naruto.

— É mesmo? Coisa estranha — disse Naruto surpreso e confuso.

— Um de vocês dois pode me explicar o que está acontecendo? — perguntou Carter.

Dr. Kane suspirou. Seria uma longa explicação.