Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Heeey O/
Espero que gostem



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POV Tom

Minerva nos deu uma detenção e disse com desprezo para que eu fosse até a ala hospitalar, meu nariz estava quebrado e sangrava, Luna esperava em frente à Gárgula e foi até Ronald quando saímos da sala da diretora.

— Está bem Rony? Harry está te esperando na sala comunal da grifinória, pediu que fosse até lá.

— Sim, obrigado Luna, tome cuidado com sua nova companhia. – disse o Weasley antes de sair sem sequer me olhar.

Já era noite e provavelmente o jantar já tinha acabado, que estupidez eu estava fazendo? Se não tivesse decidido ouvir aquela pirada não teria um nariz quebrado, embora a cara do Weasley ao saber que beijei sua namoradinha de sangue ruim tivesse sido hilário.

— É melhor ir para seu dormitório, boa noite. – digo frio à Luna.

— Me deixe consertar isto. Já fiz isto outras vezes, já consertei o nariz do Harry e vários dedões do pé, acredite é bem parecido. – ela disse pegando a varinha e apontando-a para meu nariz. – Episkey.

Ela realmente o consertou, seu ar leve e sonhador me acalmava um pouco, mas eu ainda estava raivoso, tinha vontade de torturar aquele Weasley atrevido até ele perder os sentidos, talvez fizesse isso com Longbotton também, para fazer companhia aos seus pais, o idiota matara Nagini, minha bela e obediente Nagini, a única em quem podia confiar.

— Pense pelo lado positivo, pelo menos ainda tem um nariz.

— Engraçadinha. Aliás, muito obrigado, você me rendeu umas três portas batidas na minha cara e um nariz quebrado.

— Desculpe, mas isto é bom, agora as pessoas sabem que você sente muito. – olhei para ela como quem diz não sinto coisa nenhuma, mas ela ignorou. – E de qualquer forma ainda falta o Harry.

— Nunca, basta Luna, já fiz o bastante por você.

Ela deu de ombros e saltitou pelo corredor à minha frente.

— Aonde vai? – perguntei seguindo-a já que ela tomava um caminho diferente do que levaria à sala comum da corvinal.

— Comer alguma coisa, perdemos o jantar, mas os elfos da cozinha são simpáticos, nos darão alguma coisa se pedirmos.

— Ah e também é amiga de elfos. – reviro os olhos, mas ela continuava sem dar a mínima para mim e isto me irritava.

— Você não é melhor do que eles.

— Claro que sou. – digo indignado e seguro seu pulso fazendo-a virar-se para mim, ela ficou muito perto. – Devia tomar cuidado com o que diz Lovegood, és muito atrevida.

— E você é muito egocêntrico. – ela diz me olhando com aqueles olhos enormes que pareciam ver mais do que deveriam e me traziam incomodo, uma mexa de fios loiros ondulados estavam na frente de seu rosto, desta vez não parecia indiferente como sempre, mas irritada.

— Sou um bruxo extraordinário, não pode negar, e eles são só elfos domésticos. – digo com desdém.

— Isso não faz com que... Ah deixa pra lá, só trate-os bem. – ela diz e antes de se virar, ela sorri.

— Qual é a graça Lovegood? – arqueio uma sobrancelha.

— Você é tão mal-humorado. – comenta e se volta para mim ainda com aquele sorriso inocente. – É que você não está tão arrumado como sempre, é diferente te ver assim, parece ainda mais o Harry, ele também estava sempre metido em confusão, a maioria das vezes por sua causa.

Fiz uma careta ao ser comparado com o Potter, somente porque devia estar com os fios negros bagunçados por causa da briga com o Weasley, as vestes amarrotadas, o lábio inferior inchado, a capa com a gola alta também estava amarrotada, nunca andaria assim quando era o aluno brilhante e monitor-chefe da sonserina, mas isso havia sido há muito tempo.

Luna estava o tempo todo falando de Potter e isto estava me irritando.

— Você e Potter nunca...

— Nunca?

— Nunca... Estiveram juntos? Eu quero dizer, mais do que só amigos?

Luna arregalou os olhos para logo depois rir, fazendo-me sentir desconcertado, Lord Voldemort sentia-se ridículo na frente daquela garota ingênua e tola, isto estava me deixando louco, ela me deixava louco, sua birutice devia ser contagiosa.

— Não ria de mim.

— Não, Tom Riddle, Harry e eu sempre fomos só bons amigos. – ela diz e toca com delicadeza em meu lábio inchado. – Rony te deu uma boa surra e você mereceu.

— Não seja estúpida, o Weasley teve sorte que não tive tempo de pegar a varinha.

— Eu não entendo. – diz a loira, olhando-me confusa, prestes a mudar de assunto bruscamente, tinha uma ideia do que ela iria perguntar.

— O que não entende?

— Por que faz isso? Por que está se desculpando com as pessoas que fez mal, por que está sendo gentil, por que está fazendo tudo isto por mim? Por que faz isto se quer voltar a ser Voldemort?

Não conseguia responder suas perguntas, somente a achava uma bruxa incrível e encantadora, era inteligente, as conversas eram interessantes e ela era uma mulher linda, gentil, louca e irritante também, mas era uma excelente bruxa, me fascinava, não pude conter-me naquele momento e colei seus lábios nos meus, seus lábios eram finos e era um beijo calmo do qual ela não correspondeu inicialmente me deixando apreensivo. Luna correspondeu timidamente abrindo os lábios e levando as mãos até meu pescoço, abracei-a pela cintura de forma possessiva e ela se distanciou, não disse nada, apenas me olhava com os olhos arregalados, abri a boca para dizer algo, mas estava confuso demais para dizer algo, aborrecido por sido tão inconsequente, deixei-a ali e me afastei em passos rápidos para que ela não me seguisse, embora não achasse que ela fosse.

Naquela noite deitei em minha cama e fiquei observando o teto, era estranho voltar a ser Tom Riddle, sem uma alma dividida eu podia sentir; sentimentos além do ódio e satisfação cada vez que torturava, matava ou causava dor em alguém, mas ainda não podia amar. Adormeci sem nem ao menos perceber e em meus sonhos, ou pesadelos, eu voltava a ser Voldemort, voltava a ter a aparência ofídia que tinha antes, torturava alguém que não podia ver, mas os gritos, a voz doce que implorava para que a dor parasse era muito conhecida, pertencia à Luna Lovegood.


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