Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Enjoy O/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/269800/chapter/6

POV Luna

Depois daquela tarde de sábado, encontrava Tom todo fim de semana na Sala Precisa, no mesmo horário que da primeira vez que tínhamos nos encontrado lá. A cada visita, sentávamos mais perto um do outro, isto não me fazia confiar nele, claro, mas sem a AD, ele passara a ser minha companhia. Contava a ele sobre os artigos da revista de meu pai que eu lia toda semana e ele até passou a fazer as cruzadinhas comigo e fingia que não me achava estranha, embora eu não me importasse, e ele me contava sobre como era o ano de 1943 e eu fingia que ele não era mais Voldemort.

Tom e eu não nos encontrávamos muito nas aulas, pois eu preferi continuar a cursar Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação e ele preferiu Aritmancia e Runas Antigas, mas isto também era legal, pois tínhamos mais o que falar quando nos encontrávamos.

Por conta da matéria que eu fazia, Trato das Criaturas Mágicas, eu visitava Hagrid com frequência agora, ele disse que viu Tom e eu em nossa pequena aventura voando sobre o lago negro e me alertou de que eu deveria me afastar dele, contou-me sua história e como foi acusado de algo que não tinha feito em seu 2º Ano, fiquei triste por Hagrid, e ele ainda me lembrou de todo o mau que Voldemort tinha feito e depois de visitar o meio gigante me afastei um pouco de Tom, embora ainda falasse com ele nas tardes de sábado.

Em uma manhã de sábado ao invés de dormir até tarde, fui até a biblioteca, pois estava preocupada com as N.I.E.M.s. Encontrei na biblioteca Harry e fiquei feliz de encontra-lo ali, afinal há muito não nos falávamos.

— Posso me sentar aqui com você Harry?

— Claro Luna. – ele disse, mas não tirou os olhos do ponto fixo que olhava desde o momento que entrei. Segui seu olhar e encontrei Hermione em uma outra mesa, mas ela não estava sozinha, Tom estava ao lado dela, parecia lhe explicar algumas coisas e entre uma ou outra explicação conversavam sobre coisas banais e riam, mas era diferente, ele estava diferente, mais mecânico, mais Voldemort, me virei sem dar atenção para isto. – O que está estudando Harry?

— Poções, não tenho mais o livro do Principe Mestiço, ahm era um livro que me ajudava. – ele explica quando demonstro que não entendi.

Harry volta a olhar para Tom e Hermione.

— Te incomoda que ela não esteja aqui. – eu digo abrindo o meu livro de Transfigurações.

— O que? Não, não é isto, é que... Estou tentando entender o que ele quer com isto.

— Não foi uma pergunta Harry, é óbvio já que ela é sua melhor amiga. Eu não sei o que ele quer com ela, gostaria de saber também. – digo olhando por cima do ombro, talvez um pouco mais aborrecida do que deveria estar.

— Mas uma coisa é fato, ele a está usando. Já avisei Rony, já falei pra ele fazer alguma coisa, mas...

— É o Rony. – completei.

— Sim. E Gina já falou com a Mione, mas ela diz que seu interesse nele é puramente acadêmico e disse que sentiria nojo se ele a tocasse, que o odiava.

Mentira. Pensei, mas não disse nada, apenas encolhi os ombros. Ela se odeia por isto, mas não sentiria nojo se ele a tocasse, provavelmente está mentindo até para si mesma sobre isto.

— Oh! Sabe, meu pai pediu para eu lhe dar isto, como um pedido de desculpas pela vez em que foi até a nossa casa e ele te entregou bem... Pra ele. – digo olhando por cima do ombro e com uma ênfase negativa na palavra ‘ele’. Entreguei a Harry um colar das relíquias da morte.

— Obrigado Luna, agradeça a ele. – disse Harry pegando o colar. – Ahm... Luna, você também estava um pouco próxima do Riddle, não estava? Todo dia me pergunto se tirá-lo de Azkaban foi uma boa ideia, acha que ele pode mudar? Bem, foi Dumbledore que o deu uma segunda chance e ele não tem mais as horcruxes, talvez...

— Papai costuma dizer que todos merecem uma segunda chance, mas... Eu ainda não confio nele. Talvez ele mereça uma segunda chance, mas também mereça ser punido.

— Ele vai machucar ela e... Hermione não pode, eu quero dizer, ele matou os meus pais.

Não disse nada, não sabia o que dizer, apenas segurei sua mão de forma compreensiva, tentando lhe dizer que ele tinha uma amiga ali para o que precisasse. Olhei por cima do ombro e não gostei daquilo que vi, a partir desse momento percebi que não conseguiria estudar ali, me despedi de Harry e pedi à madame Pince que me deixasse sair com o livro.

Durante a tarde, dessa vez, não fui até a Sala Precisa e no sábado seguinte também não fui, me ocupava com outras coisas, embora a companhia de Tom me fizesse falta.

Foi em um dia de semana qualquer, andando pelo corredor, um sonserino que não conhecia esbarrou em meu ombro.

— Olha por onde anda, di-lua. – caçoou, mas não dei atenção.

— Peça desculpas. – ouvi a voz conhecida de Tom atrás de mim, ele segurava o sonserino pelo colarinho e segurava a varinha o ameaçando. Girei nos calcanhares e me surpreendi com a cena, o sonserino estava muito pálido e com medo, me aproximei de Tom.

— Não precisa fazer isto, eu não ligo.

— Deixe-a em paz. – diz Tom entre dentes e passou a andar me acompanhando, embora eu andasse depressa, tentando ficar sempre um passo à frente dele. – Este não vai mais te aborrecer. – ele disse convencido.

— Não me aborrece. Você podia ter se dado mal.

— Levo uma detenção por semana na aula da Montgomery, eles não deviam fazer isto com você, uma puro sangue inteligente. Por que está se afastando Lovegood?

— Você não liga mais para isso, se a pessoa é nascida trouxa ou puro sangue, parabéns, Sr. Voldemort. – digo seca e ele me olha indignado, segura meu pulso e quase com agressividade me puxa me fazendo parar e o encarar, olho assustada para ele.

— O que está havendo? – ele pergunta. – Pensei que tínhamos um trato, já estou no passo 2, - se gaba. – Sempre carrego os livros para a professora Sprout.

— E também ensina a Hermione.

— Está com ciúmes. – ele diz divertido, o sorriso malicioso, beirando a maldoso.

— Estou preocupada com ela – digo indiferente. – Acho que a esta usando para algo, Tom, não quero que a machuque, Hermione e eu temos nossas diferenças, mas somos amigas.

— Ah... – ele pareceu surpreso, quase como se não acreditasse que eu estivesse preocupada com ela e não com ciúmes dele. – Claro, eu não vou machucá-la, eu só...

— Ela pode ser o amor que vai te salvar de virar Voldemort novamente.

— Argh Luna. – ele grunhi com cara de nojo antes de dar meia volta, não nos despedimos, apenas seguimos caminhos diferentes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que estão achando?
Espero que tenham gostado
Até o próximo ;D