Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 31
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oiiii amores!!! Quase que não sai, mas finalmente estou aqui para postar o último capítulo de Uma Nova Chance.

Me desculpem a demora, mas tem um motivo >>> Eu já tinha escrito esse último capítulo há muito tempo atrás, porém o meu computador deu problema, foi preciso restaurar ele e eu perdi toda a história. Quando essas coisas acontecem me desanimam muito, mas finalmente hoje consegui escrever novamente esse capítulo e confesso que gostei muito dele.

Eu espero que gostem!! Até lá embaixo!!



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Luna

Uma semana mais tarde e tudo já estava arrumado na antiga casa de meu pai, ela tinha sido explodida de novo, dessa vez por Alicia Montgomery, foi uma semana cheia arrumando as coisas, plantando algumas ameixas dirigíveis e fazendo a casa voltar ao seu bom gosto natural. Á noite eu estava exausta e para a minha sorte, Lorcan e Lysander estavam com o pai.

Me preparava para dormir, escovava os longos fios loiros na frente do espelho, quando ouvi algo acertar minha janela, achei estranho mais ignorei, continuei o que fazia até ouvir mais pedras serem jogadas em minha janela e alguém gritar meu nome.

— LUNA! LUNAAA, abre a... — arregalei os olhos ao perceber que era a voz de Tom. Abri a janela e encontrei Riddle, ele não parecia nada bem, as vestes estavam abarrotadas, os fios negros estavam bagunçados e ele cambaleava.

— Tom? Você não parece bem.

— Luna você... Oh graças a Merlin, eu, eu preciso de você Luna, você é minha luz, minha Luna.

— É agora eu sei que você não está bem mesmo — sussurrei para mim mesma, fechei a janela e desci as escadas em espiral até o andar debaixo.

Abri a porta e franzi a testa, ele já se preparava para jogar mais pedras em minha janela quando me viu.

— Lunaaa, eu... eu não posso deixar você ir, volta comigo para a mansão — ele disse meio enrolado e se aproximando de mim, senti o cheiro de álcool forte em meu rosto e fiz uma careta.

— Você não está em condições de ir para lugar nenhum, entra. — Dei passagem para que ele entrasse e fechei a porta.

— Love Good, eu nunca devia ter me aproximado de alguém com esse nome sabia, foi idiotice. Eu sou um Lorde. O Lorde das Trevas. — Tive que me conter para não gargalhar e acabei soltando uma risada pelo nariz. — Está rindo de mim, garotinha?

— Nem pensaria nisso, milorde — disse num tom de sarcasmo e esperava que ele tivesse bêbado o bastante para não notar. — Vem eu vou te ajudar a subir.

Ajudei-o a subir as escadas, ele estava cambaleando demais, era capaz de acabar caindo e se machucando, mas ele era pesado, coloquei-o em minha cama e tirei suas botas.

— Devia mesmo era deixa-lo lá fora — digo de braços cruzados. — Espere aqui, vou pegar um pouco de café forte, você vai precisar.

— Nãão, Luna não vai — ele pediu manhoso me puxando pelo pulso e me fazendo cair ao seu lado.

— Tom! — eu o repreendi. — Por Merlin homem, pelo que eu estou sabendo você vai ser ministro da magia.

— Grande coisa. — ele revirou os olhos e me puxou pela cintura para mais perto dele, nossos narizes se encostaram e eu podia sentir seu cheiro, álcool e perfume misturado, mas ele ainda estava lindo e até mais gentil do que era sóbrio. — Só você me importa e eu odeio isto, aliás, eu te odeio Luna Lovegood.

— É mesmo? — pergunto divertida, porque sabia que ele não estava falando sério.

— Uhuum. — ele assentiu e fechou os olhos, caindo no sono quase que instantaneamente. Suspirei e desisti de ir fazer o café, ele não ia mais precisar, talvez pela manhã e me permiti naquela noite ficar com ele, abraçar as trevas, sem remorso, afinal tudo acabaria pela manhã quando acordássemos.

Tom

Acordei com uma dor de cabeça e tontura horrível. Esfreguei os olhos e me lembrei de que depois de utilizar a pedra da ressurreição e falar com minha mãe, meu pai e Salazar Slytherin, peguei uma garrafa de whisky de fogo e prometi a mim mesmo que tomaria apenas um gole antes de ir falar com Luna. Pelo jeito eu tinha quebrado a promessa.

Um cheiro de campo forte e delicioso me fez abrir os olhos, fechados por conta da dor de cabeça. Luna parecia ter acabado de sair do banho, tinha os cabelos molhados, usava um vestido com estampa do universo, e meia calça azul. Cantarolava distraidamente sem notar minha presença até que pigarreei.

— Oh! Você ainda está aí. Achei que já teria ido embora quando eu saísse do banho. — ela comentou. Eu olhei para o teto, para uma nova pintura inacabada dessa vez de uma paisagem muito bonita e não de Harry Potter e seus amigos, provavelmente uma das paisagens que Luna teria visto em uma de suas viagens com Scamander. — Zomzóbulos? — ela perguntou parada a minha frente, a cabeça tombada para o lado enquanto me observava.

— Provavelmente. Está surpresa por eu ainda estar aqui?

— Não. — ela disse com simplicidade para a minha surpresa. — Deve ter ficado para pedir desculpas, parcialmente sinceras, pelo modo que agiu na noite passada. — Ela soltou uma risadinha baixa, provavelmente a lembrança da noite passada a diverte, eu fecho a cara.

— Me julga muito previsível, Srta. Lovegood. — digo me levantando e me ajeitando, colocando os coturnos e fechando as abotoaduras da camisa. — Eu falei com minha mãe, com meu pai trouxa e Salazar Slytherin. Onde encontrou a pedra da ressurreição?

— Jogada na floresta proibida, foi onde Harry a deixou, pouco antes de você matá-lo ou matar uma parte de você que vivia em Harry — explicou Luna e eu fui até ela, seu cabelo já estava secando e exalava aquele cheiro de campo tranquilizador. — Como foi... Falar com eles?

— Estranho, nem tudo era como eu imaginava, mas... agora eu sei que eu posso amar.

— E admite que isso não seja uma fraqueza?

— Admito. Ou Harry Potter não teria me vencido, não é? — digo a contragosto e o som da risada de Luna me faz sorrir levemente.

— E então? O que você vai fazer agora? — Luna mordeu o lábio como fazia quando estava apreensiva.

— Vou fazer o que Salazar Slytherin me pediu, melhorar a imagem que os bruxos têm da sonserina, sendo o melhor ministro que o mundo da magia já teve. — digo e ela sorri, mas não acho que era isso que ela estava esperando, pois desvia os olhos para o chão e coloca o cabelo atrás da orelha.

— Ah-Ah! Claro! Isso é ótimo. Deve ter muito trabalho a fazer então, não é? E eu tenho que buscar as crianças e tenho tanto trabalho, tanta coisa para decidir. — Nós dois saímos do quarto, mas ela parou apoiada no batente da porta, como quem se prepara para dizer algo que há muito queria dizer. Ela puxou o ar e disse de uma vez: — Ralf e eu não estamos mais juntos e eu não sei por que estou te dizendo isso. Eu fico muito feliz que você não vá voltar a matar todo mundo e que agora saiba que você pode amar, muito feliz mesmo, Tom, mas... seria pedir demais se além de tudo isso, eu quisesse ser o amor que você não teve antes? Se eu quisesse ser sua Luna?

Ela fechou os olhos com força e eu me aproximei dela, deslizando as costas dos dedos por sua bochecha. Ela abriu os olhos devagar.

— Luna... você merece alguém melhor do que eu. Eu não te mereço, Scamander sim, ele é o cara legal. — digo. Ela abre a boca, mas eu pouso o dedo indicador em seus lábios antes que ela diga qualquer coisa. — Contudo, eu não creio que eu tenha mudado tanto a ponto de não ser mais egoísta. — Termino em um sussurro e a beijo, um beijo devagar e íntimo.

Narradora

Um mês mais tarde algumas mudanças tinham sido feitas no Ministério da Magia, Tom se deu conta de que acabar com a corrupção dentro do órgão mais importante para os bruxos era mais importante do que banir trouxas que usam magia e se dedicava a isto todos os dias.

Estava sentado em sua escrivaninha, respondendo a uma carta da diretora de Hogwarts que questionava o rumor de que ele excluiria a matéria Estudo dos Trouxas da grade, ele desmentiu o rumor, não faria isto, tinha coisas mais importantes para fazer e mandou chamar Hermione Weasley do Departamento de Execuções de Leis da Magia.

Hermione respirou fundo quando o memorando chegou em sua sala, saiu para ir até o gabinete do ministro. Todos os funcionários nascidos trouxas do Ministério andavam desconfiados de que seriam demitidos em breve e é claro que ele começaria por ela. Entrou na sala de queixo erguido, já tinha um texto preparado para aquele momento.

— Eu vou arrumar minhas coisas — disse a castanha assim que entrou sem lhe dar a chance de dizer qualquer coisa. — Mas quer saber de uma coisa, você é um hipócrita, um mestiço que quer se passar por puro sangue e eu vou dar queixa, não posso ser demitida, sou uma boa funcionária, está no regulamento, você precisa de um motivo plausível para isto.

Riddle não ouviu metade do que ela disse, olhava para a poção de líquido negro e espesso em uma ampola em cima de sua mesa, apenas olhou-a irritado quando ela lhe lembrou de seu sangue impuro.

— Agora que já acabou Sra. Weasley, encaminhe esta carta a Minerva Mcgonnagal e leve essa papelada sobre os departamentos que devem ser investigados por corrupção, temos que dar um jeito em Lucius Malfoy, ele tem que parar de enriquecer a família Malfoy por meios ilícitos e favorecer os amiguinhos deles. Também estou preocupado com a segurança dos departamentos, em especial o de mistérios.

— Espera! Não vai me demitir? E... E isso não é minha função.

— Parabéns! Foi promovida a Secretária Sênior do Ministro. Tenho muito trabalho a fazer e você vai me ajudar — disse sem emoção.

— Por quê? — Perguntou uma Hermione confusa e desconfiada.

— Ah é claro que eu posso fazer tudo isto sozinho, Weasley, não preciso de você, mas minha mão coçou para te lançar a maldição cruciatus por ter me chamado de mestiço, estou adiando até agora um encontro com o Ministro trouxa. Você conseguiu evitar que eu matasse Harry Potter durante cinco anos. Você está aqui para me fiscalizar – disse com arrogância e acrescentou quase em um sussurro. — Não posso perder a Luna.

Hermione sorriu, sabia que seria difícil conviver com a arrogância de Riddle, mas ele estava se esforçando por sua amiga. Ela usou a varinha para fazer flutuar a papelada para levar até sua sala e pegou a carta.

— Ah e se livre disso. — Ele indicou a poção para o ritual de horcrux com o queixo antes de voltar a seus afazeres.

— Vou poder demitir Malfoy? — Ela perguntou tentando não parecer entusiasmada demais quando leu o primeiro papel na pilha de assuntos que ela tinha para resolver.

— Divirta-se.

Ouviram-se algumas batidas na porta e após o consentimento do Ministro Luna entrou, Hermione aproveitou para se retirar e Luna abriu a porta para que amiga passasse antes de fechá-la novamente.

— Olá! Eu recebi seu patrono pedindo que eu viesse até aqui. — Luna começou torcendo os dedos, fazia algum tempo que não se viam, mas ela ouvia muito falar sobre ele. Ela usava um vestido verde escuro com sapatilha verde clara, os longos fios loiros presos caindo por um ombro.

— Sim, eu sinto muito estar tão distante — ele disse massageando as têmporas com o polegar e o indicador antes de olhar de para ela e quase sorrir.

— Tudo bem, eu ouvi dizer que está sendo um ótimo ministro — ela comentou ainda torcendo os dedos, parecendo um pouco ansiosa, o que não passou despercebido por Riddle, que se levantou e deu a volta na mesa para ficar mais perto dela. — Eu também estive ocupada, transformei a casa do papai em uma verdadeira editora de jornal e estou me dedicando a escrever uma edição do O’Pasquim. Vou mandar uma edição especial para você.

— Hum... terão notícias interessantes eu imagino. — Riddle comentou arqueando as sobrancelhas, mas Luna riu.

— Não terão só notícias loucas e insanas — disse a loira lendo os pensamentos de Tom.

— O que é a vida sem um pouco de loucura, não é? — Ele sussurrou puxando-a para junto de si e escondendo o rosto na curva de seu pescoço, inalando o perfume de campo que ela exalava. A porta foi aberta e mais dezenas de memorandos entraram na sala. Tom grunhiu. — Odeio política.

Tom pensava naquele momento que não sabia se Luna o deixava louco ou se era a única que o deixava são.

— Eu preciso dizer uma coisa. Estou grávida, um mês e algumas semanas, descobri faz pouco tempo.

E teve certeza que ela era culpada pelos dois, sua sanidade e sua insanidade.

[...]

Alguns meses mais tarde, Tom nunca achou que nove meses poderiam passar tão rápido. E agora estava debruçado sobre um berço no jardim da mansão Riddle, onde Luna e os gêmeos estavam morando agora. No berço descansava uma pequena recém-nascida de cabelos negros e olhos azuis enevoados.

O jardim era decorado por luzes que Luna havia colocado, assim como fora ideia da loira ter um berço do lado de dentro da casa e um do lado de fora, para que a bebê pudesse ver as estrelas.

Ela é pequena demais, pensou Tom.

— Evanna Lovegood Riddle — ele sussurrou e a garotinha sorriu abertamente. Luna se juntou a ele. — Eu te amo, di lua Lovegood.

— Eu também te amo, Sr. Voldemort.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews?

Galera, quero agradecer a todos que acompanharam Uma Nova Chance. Especialmente a Sabrina Lovegood que estava sempre lá no face me lembrando de atualizar, ao Shindou que acompanhou até o penúltimo capítulo e a Anny Hime que deu o último empurrãozinho pra que esse capítulo fosse postado.

Eu espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever essa história!! Até uma próxima.
Bjs ♥♥♥



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