Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 27
Capitulo 27




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O suave perfume de campo que ela exalava inundava o ambiente quando Tom acordou naquela manhã no quarto de Luna Lovegood, ela ainda dormia tranquilamente e ele soube que ele a queria todos os dias ali. Ele afundou os dedos nos volumosos fios loiros e beijou-a na testa antes de se levantar e quase sorrir ao ver que ela dormira com o tênis all star azul de cano médio.

Mais do que nunca ele tinha certeza de que a queria, então precisava dar um jeito em Ralf Scamander de uma vez por todas. Sabia que o bruxo estava hospedado em algum quarto no Caldeirão Furado, então se arrumou rapidamente e aparatou para a estalagem.

— Olá Tom, o rapaz que tem o mesmo nome que eu, quer a bebida de sempre ou quer um quarto? – perguntou o velho Tom dono do bar/estalagem, Tom bufou irritado com o velho gagá e decidiu ir direto ao assunto.

— Quero saber em que quarto Ralf Scamander está.

— Uhm... Essa informação é confidenc...

— Fale de uma vez antes que eu perca a paciência. E você não vai gostar nem um pouco se isso acontecer.

— Quarto 18. – disse o dono tenso e assombrado, lembrando dos tempos antigos. Tom sorriu brevemente.

— Ótimo, por via das duvidas, obliviate.— realizou o feitiço com a varinha escondida por debaixo da grande capa negra que usava.

Ele subiu as escadas indo para o corredor dos quartos e não demorou a encontrar o quarto dezoito, bateu na porta e ouviu passos dentro do quarto.

— Um minuto. Vocês vieram cedo desta vez, ainda bem que não estou acostumado a acordar tarde. – dizia Scamander de dentro do quarto, quando abriu a porta, porém já soube exatamente o que estava prestes a acontecer. – Você não é a camareira.

— Bem observado. – Riddle entrou no quarto mesmo sem ser convidado, olhando com desagrado para a bagunça de livros esquisitos e jornais no cômodo.

— Entre, se quiser. – disse Ralf sarcástico fechando a porta atrás de si. – O que te trás aqui, Riddle? Luna está bem?

— Está ótima, ela fez uma escolha.

— E por que não é ela quem está aqui me dizendo isto? – perguntou Ralf se encostando à porta e cruzando os braços. – Ah, ela não sabe que você está aqui, sabe?

— Ela está dormindo, depois da ótima noite que tivemos ontem. – provocou Riddle. Ralf semicerrou os olhos. – Então vim lhe dar um aviso, fique longe dela.

— O elo que une Luna e eu é muito forte Riddle, temos Lorcan e Lysander. – disse Ralf e acrescentou com um sorriso mordaz. – E eu não vou facilitar para você, não vou me afastar dela até que ela me peça isto.

Tom estava de costas para Scamander ainda analisando o quarto com desgosto, sentiu algo furioso dentro de si despertar apenas em pensar em todos esses anos que Scamander esteve com ela e não ele. Tom sussurrou um feitiço para que não pudessem ouvi-los do lado de fora.

— Acho que ainda não ficou bem claro. – disse voltando-se para o loiro. – Isto deve ajudar. Crucio.

Riddle sorriu satisfeito ao ver Ralf se contorcer no chão, sentia o Lorde acordando dentro dele.

— Luna é minha e você vai ficar longe dela. Crucio. – os gritos de Scamander eram como música para ele. Ele a teria só para si agora e o faria pagar por ter lhe tirado sua Luna, dez anos atrás. – Não sabe como eu queria continuar até que você implorasse para eu te matar. – suspirou Voldemort, mas para sua surpresa Scamander sorriu.

— Mas ela te odiaria se você o fizesse, não é mesmo? – disse o loiro com a voz fraca. – Vamos me mate Tom ou devo chamá-lo de Lord Voldemort?

Tom estava com a mandíbula travada, ele tinha razão, se ele o matasse, Luna nunca o perdoaria, mas as doses de crucio não estava sendo o suficiente para ele. Riddle não costumava usar medidas trouxas, mas gostou da sensação de pegar Scamander pelo colarinho da blusa e socá-lo no olho direito.

— Eu espero que tenha entendido o recado. – disse antes de sair porta a fora.

[...]

Luna acordou animada, embora um pouco angustiada, tinha feito uma escolha e agora precisava dizer a Ralf que as coisas não eram mais as mesmas entre eles e que ela tinha inevitavelmente se apaixonado por Tom Riddle. Sentia-se um pouco mal por isto, ela gostava muito de Ralf, mas era exatamente por gostar tanto dele, que não podia mais mentir, então Luna colocou uma roupa simples naquela manhã, achou melhor deixar os gêmeos na mansão e avisou a Lyn que iria sair.

Aparatou assim que deixou a mansão, ela nunca andava por Little Hangleton, sabia que era perigoso e a cada dia mais deserto e cheio de neblina. Entrou no Caldeirão Furado, cumprimentou o dono do local e foi logo para o andar de cima, Ralf tinha lhe contado que estava hospedado no quarto 18.

Bateu na porta e Ralf abriu recebendo-a não com o entusiasmo de sempre, mas sério e com um belo hematoma no olho direito. Luna arquejou.

— O que foi isso? – perguntou, ele lhe deu espaço para que ela entrasse e fechou a porta atrás de si.

— Nada demais. Fui atacado por um filhote de mantícora. – mentiu e sentou ao lado dela em sua cama.

— Ralf isso não foi um filhote de mantícora, se fosse estaria chamuscado. – disse Luna tocando o machucado, estava meio arroxeado e tinha um pequeno corte embaixo do olho. Ralf suspirou. – Eu sou naturalista também, arrume uma mentira melhor da próxima vez.

Ralf sorriu, tinha sido mesmo tolo em achar que ela não perceberia.

— Seu amigo Riddle esteve aqui hoje mais cedo, não faz muito tempo. Luna, eu não estou dizendo isto porque quero que fique comigo, mas ele é perigoso.

Luna se endireitou e engoliu em seco.

— Foi ele quem fez isso?

— Isso não foi nada, Luna, eu...

— Ele te torturou, não foi? Por minha causa. – Luna se voltou para Ralf e pegou a varinha, curou a ferida em seu olho. – Me desculpe.

— Não é sua culpa.

— Não, é... É sim, não seja legal comigo Ralf, eu preciso ir.

Luna foi embora quase correndo, aparatou quando saiu do estabelecimento indo para uma rua em Londres onde poderia entrar no Ministério da Magia pela entrada de visitantes.

Se sentiu completamente perdida no Átrio do Ministério da Magia, por sorte esbarrou em Hermione.

— Luna! O que você está fazendo aqui?

— Preciso falar com o Harry. É urgente ou não teria vindo aqui. – Luna sentia que se parasse para pensar perderia a coragem.

— Tudo bem, eu te levo até a Seção dos Aurores.

Luna e Hermione pegaram o elevador até a Seção dos Aurores, Harry era o chefe deles, Luna sabia disso, e as duas o encontraram em uma sala com uma mesa circular no centro e algumas cadeiras, haviam alguns bruxos ali, inclusive Tom, Luna não olhou para ele quando elas entraram, mas sentiu seu olhar em cima dela.

— Harry. – foi Hermione quem o chamou. – Podemos falar em particular um momento?

— Claro. – Harry deixou a sala e os três foram para o corredor. Luna engoliu em seco várias vezes enquanto Harry esperava que uma das duas começasse a falar.

— Tom tem atacado trouxas e nascidos trouxas há dez anos desde que eu fui embora, ele tem uma coleção de varinhas, troféus como ele diz, tem se camuflado por trás de Alicia Montgomery e outros bruxos das trevas que ele mesmo ajuda a capturar e hoje torturou Ralf Scamander n’O Caldeirão Furado. – Luna terminou com os olhos marejados. – Você estava certa Hermione.

— Temos que dar queixa e mandar prendê-lo imediatamente Harry. – disse Hermione, mas Harry ainda olhava fixamente para Luna, percebeu o quanto era difícil para ela contar aquilo e como ela era uma amiga leal, Gina estava certa em colocar o nome de sua nova filhinha de Lily Luna.

— Não, ainda não.

— O que?! – perguntou uma Hermione perplexa.

— Precisamos de provas, Hermione, eu cuido disto, está bem? Obrigado Luna.


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