Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas
Demorou mais saiu, mais um cap da fic
Eu espero que gostem *-*



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Alguns anos mais tarde

Com um estalido ele apareceu na movimentada rua de Londres, uma travessa que nunca tinha visitado. Harry ajeitou os óculos, usava as vestes de auror, acabara de chegar de um trabalho na Escócia. Passou direto por vários estabelecimentos requintados como restaurantes e shoppings e no final da rua adentrou um local que parecia um tipo de boate, mas não havia música alta e agitada, tocava algo mais calmo o que dava uma sensação meio inebriante em meio as luzes. Não estava cheio de modo que Harry podia andar livremente e hora e outra aparecia alguma garota para lhe oferecer uma bebida, embora ele negasse todas, ele tinha um motivo para estar ali. Subiu as escadas indo para a parte exclusiva, sofás de estofado vermelho em meia lua ficavam de frente para um pequeno palco onde garotas dançavam de lingerie, encontrou-o em um dos últimos compartimentos, com o tornozelo cruzado em cima da perna, parecendo levemente entediado como se frequentasse o lugar sempre e Harry sabia que sim, sabia que o encontraria ali. Riddle vestia uma capa bruxa negra e apesar do local ser trouxa sabia que ninguém ali estranharia as suas vestimentas, e bebia algo alcoólico.

— Olá Potter! – disse sem precisar olhar para o auror que não chegou a se sentar, sentia-se incomodado de estar naquele lugar.

— Se Gina me vê entrando em um lugar desses... – diz mais para si mesmo do que para o outro.

— Para que o Ministério precisa de minha mente brilhante agora? – perguntou entediado, Tom preferia que Potter não tivesse aparecido ali, assim a garota trouxa poderia terminar a sua dança, ele a conquistaria, eles sairiam dali, ele a levaria para um beco escuro e a mataria, Potter estava demasiado preocupado com assuntos bruxos para perceber as suas vítimas. Jogou uma nota em cima do palco e dirigiu-se a garota que dançava: - Saia!

Contrariada ela saiu, tinha a esperança de que o misterioso e atraente homem teria algum interesse nela, já fantasiava algo sobre poder sair daquela vida, ainda mais com as estranhas mortes que estavam ocorrendo em seu local de trabalho, mal sabendo que há poucos minutos ele planejava que ela fosse sua próxima vitíma.

— Alícia Montgomery fugiu de Azkaban.

— Querem que eu seja a isca para pegá-la? – deduziu, Tom já havia feito outros serviços para o Ministério, tinha desenvolvido o feitiço em Hogwarts que detectaria qualquer aluno que utilizasse magia negra dentro do terreno e ajudara a prender outros bruxos das trevas, era mais fácil, uma vez que ele próprio pensava como um bruxo das trevas.

— Não exatamente, na verdade não foi o Ministério, vim por conta própria. Montgomery atacou uma pessoa depois que saiu de Azkaban.

— Quem? – disse Riddle, revirando os olhos com o mistério que o garoto fazia.

— Luna. – Riddle deu de ombros sem entender por que Potter estava lhe dizendo aquilo, há muito tempo já não tinha mais contato com Luna, dez anos, um pouco mais, um pouco menos, ele a esquecera.

— Por que está me dizendo isto? Não me importo com sua amiguinha di lua. – disse insensível, embora algo em seu íntimo quisesse saber como ela estava. Harry percebeu a pergunta implícita nas palavras frias de Tom Riddle.

— Ela está bem, mas assustada, ela tem dois filhos gêmeos agora e escapou por pouco, vai precisar de proteção.

— E isto é trabalho para aurores, não? Eu sequer tenho uma varinha.

— Nós dois sabemos que você vem praticando feitiços sem varinha, Tom.

— E quanto ao marido dela?

— Está viajando parece, mas ela precisa cuidar das crianças. Você sabe porque Montgomery foi atacar Luna, ela achou que seria o meio mais fácil de chegar a você e ela pode fazer de novo, não vai querer que ela morra por sua causa, Riddle.

Tom suspirou impaciente e revirou os olhos, Luna Lovegood não significava nada para ele, dizia para si mesmo, mas estava curioso para saber como ela estava e seria por pouco tempo, até pegarem Montgomery, desta vez ele a mataria.

— Tanto faz, vou ter que fazer isto querendo ou não, não é mesmo?

— Sim, ela vai passar essa noite lá em casa, Gina insistiu, então amanhã à noite esteja a postos na casa dos Lovegood.

— Certo Potter. Vai ficar por aqui e aproveitar a dança das garotas esta noite?

— Não, Gina está me esperando. Boa noite. – disse Harry lhe dando as costas, mas parou lembrando-se de algo que era importante Riddle saber, algo que Gina havia lhe contado. – Ah! Riddle. – O Lorde olhou por cima do ombro. – Luna não se lembra de você, ela usou o feitiço obliviate antes de sair.

[...]

Luna suspirou, tudo estava pronto finalmente. Ela chegara a Londres na noite anterior, depois de ser atacada por sua ex-professora de Defesa Contra as Artes das Trevas na Escócia, o que não fazia muito sentido, escapara com os gêmeos por pouco, passara a noite na casa de sua antiga amiga Gina Weasley e na manhã seguinte voltara para casa em que morara há muito tempo atrás com seu pai antes do mesmo falecer, como sentia falta dele, ao menos ele tinha conhecido os gêmeos na última visita que ela tinha feito a ele com Ralf, ela gostava de se apegar às boas memórias, a ajudava não se sentir tão triste.

Tivera um dia cheio, estava decidida a ficar por um bom tempo em Londres agora, então tinha que desempacotar várias caixas com suas coisas, embora ela mesmo não tivesse muita coisa, a maioria era a dos garotos. Puxa era tão trabalhoso, trabalho em dobro, mas ela os amava tanto que não aguentava.

Ela tinha recebido visitas, de Hermione e Ronald e de Neville e Ana Abbot e agora a casa estava uma bagunça, as crianças brincavam no chão da sala, sentadas no tapete quentinho e ainda restavam algumas caixas para desempacotar, mas Luna não se desesperava, qualquer outra pessoa em seu lugar estaria desesperada, mas ela não. Então achou que precisava tomar um ar e foi até a janela de seu quarto.

O céu estava quase todo escuro, algumas estrelas já começavam a aparecer ao longe, mas estava claro o suficiente para ela ver com clareza as formas de um homem em sua porta, de guarda, não usava as vestes de auror, mas usava vestes negras por baixo de uma capa longa, parecia mais um comensal da morte, mas Luna se lembrou de que não haviam mais comensais.

— Olá! – cumprimentou o homem e ele sequer olhou para ela, o que a fez franzir a testa.

— Boa noite Srta. Lovegood. – ele disse um tanto formal, aquela voz grave e bonita lhe despertou algo, um sentimento nostálgico talvez, mas não se lembrava de onde a tinha escutado.

— Disse a Harry que não precisava mandar aurores para ficar de guarda.

— Não sou um auror. – ele retrucou ainda sem olhá-la. – Mas Potter insistiu que precisava de proteção, e você não deveria ser tola de recusar.

Luna não gostou de seu ar autoritário e arrogante, mas ainda assim suspirou e se obrigou a ser simpática, afinal ele estava ali para protege-la.

— Parece um pouco frio aí fora, por que não entra um pouco senhor? – convidou-o. – Assim posso lhe conhecer melhor e ver o rosto de meu protetor.

Ela ainda tinha a voz sonhadora, pensou Riddle, ele não queria olhá-la, por algum motivo.

— Não acho que seja adequado.

— Tenho cerveja amanteigada. – tentou ela com um sorriso astucioso.

— Vai precisar de algo mais forte para me convencer, senhorita.

— Devo ter alguma garrafa velha de whisky de fogo. – Luna tentou se lembrar e Tom suspirou convencido, os whiskys mais envelhecidos eram os mais saborosos.

— Eu acho que senhorita ganhou. – disse indo até a porta. Luna sorriu vitoriosa, como achava mesmo que estava frio, pode perceber pela janela e já sentia seu rosto gelado, pegou um moletom jogado no sofá no andar de baixo e o colocava enquanto abria a porta da frente. O bruxo desconhecido ainda usava o capuz e somente o baixou quando adentrou a casa. Luna o achou tão bonito que o admirou por alguns segundos com os lábios entreabertos sem sequer perceber, o seu protetor tinha pele alva, cabelos negros medianos e levemente cacheados, costas largas, corpo atlético e olhos negros enigmáticos. Balançou a cabeça para os lados como se espantasse algum bicho.

— Sente-se bem? – ele perguntou já que ela parecia devanear, embora isso fosse normal para Luna Lovegood, Tom também reparou que ela não tinha mudado muito, devia estar com 27 anos, os fios loiros ainda eram longos e talvez um pouco mais bem cuidados do que antes, os olhos azuis enevoados e grandes, o ar distante e ainda era bem mais baixa do que ele.

— Claro, foram apenas os zonzóbulos.

— Zonzobulos? – ele questionou enquanto Luna procurava por entre os armários alguma garrafa de Whisky velha, encontrou enfim e pegou um copo enquanto soltava uma risada sincera.

— Eles não existem na verdade. – ela disse para sua surpresa. – Passei um bom tempo pesquisando sobre eles e não descobri nada, nadinha, foi tão decepcionante.

Um meio sorriso surgiu nos lábios de Riddle, parecia que apesar dos anos longe, nada tinha mudado entre eles e sua amizade estranha, exceto talvez que a loira parecia mais madura. Lembrou-se então que ela não se lembrava dele e que ele precisava apresentar-se novamente.

— Ah aliás, sou Tom Riddle, trabalho para o Ministério e consecutivamente para o Potter e seus aurores, eles precisam de minha mente brilhante e usam isto como punição para... alguns de meus feitos bem terríveis.

— Tom Riddle. – ela semicerrou os olhos tentando lembrar-se de algo, depois arregalou os olhos enevoados olhando para o teto, e Tom se lembrou por que a achava adorável, era uma bruxa excepcional. – Ah sim! Gina me falou, Sr. Voldemort. – ela disse com graça. – Parece que se redimiu então.

A loira dizia enquanto servia a dose de whisky de fogo, olhou para o líquido com desgosto, girou-o e o serviu.

— Quer dizer que parou de matar as pessoas para matar a si mesmo? – perguntou enquanto lhe entregava com aversão o copo com a bebida alcoólica.

— Bom, é bem menos prejudicial, não? – retrucou e Luna teve que concordar.

Luna acompanhou-o com um hidromel, mas antes que pudesse acomodar-se e sentar-se na cadeira à sua frente, um barulho e um choro alto.

— Ah não! – murmurou antes de deixar o copo em cima da mesa e correr para a sala. – Lorcan, quantas vezes já não disse para não bater no seu irmão.

Tom a seguiu até a sala, ainda com o copo de whisky na mão, ele a observou pegar um dos garotos que eram idênticos, no colo, e o embalar, enquanto sussurrava.

— Calma meu bebê, vai passar ok? Seu irmão não fez por mal. Está na hora de vocês dormirem. – disse a loira colocando o gêmeo de volta no tapete e se deixando cair exausta no sofá.

Tom notou o quanto ela parecia exausta e ainda assim ela estava linda, os olhos azuis claro eram tão intensos e os fios loiros desgrenhados o fazia lembrar da última noite que passara com ela. Riddle abriu a boca para falar algo, mas antes disto os olhos azuis claro se iluminaram.

— Quero te mostrar algo. – ela disse se levantando e pegando de dentro de uma das caixas de papelão na sala um caderno grosso e marrom.

— O que é isto?

— Um álbum, de fotografias. – ela disse o guiando de volta até a cozinha. – Quero lhe mostrar, Lysander e Lorcan vão se comportar, embora eu não goste de tirar os olhos deles por muito tempo, mas é algo especial.

— Não quero ser rude, Sra. Scamander, mas eu tenho mesmo que ficar lá fora de vigia. – insistiu Riddle, seu tom de voz fora bastante frio, especialmente ao se referir a ela pela primeira vez como “Sra. Scamander”.

Luna sorriu triste.

— É Srta. Lovegood, não cheguei a me casar com Ralf... Ainda. – acrescentou tentando não demonstrar que estava chateada. – Sempre estávamos muito ocupados e depois com os gêmeos, mas quando ele voltar de viagem vamos nos casar, sem dúvida.

Tom quis retrucar com um “que bom pra você”, mas achou que seria muito rude, então apenas soltou o ar com força irritadiço e revirou os olhos, Luna não pareceu notar.

— Venha. – ela o fez se sentar ao seu lado e abriu o álbum de fotografias, haviam fotos de Luna ao lado de um homem de cabelos louros escuros e vestes diferentes, ambos pareciam felizes ao lado de vários animais estranhos, outros animais até belos. – Ele é incrível sabe, aventureiro, gentil, veja esta foto dele com as crianças.

Tom não queria estar, mas não podia evitar de ficar emburrado ao ver aquelas fotografias e se pegou pensando de que talvez pudesse ser ele se ele tivesse ouvido Dumbledore e feito as escolhas certas desta vez, Luna poderia ter sido a garota que o faria amar e deixar de vez as trevas. Não. Aquilo era ridículo.

— É... Tão incrível que está viajando enquanto a esposa e os filhos correm perigo. – resmungou com um tom de voz sarcástico.

— Ele está viajando a trabalho, se preocupa conosco, mas não pode estar aqui. – disse Luna com frieza, mas logo voltou a seu ar sonhador. – Ele foi a primeira pessoa que eu me apaixonei.

— Não foi não. – rebateu num sussurro.

— O que disse?

— Nada, eu não disse nada.

— Bom, vou deixa-lo voltar a seu trabalho, eu tenho que... Terminar de desempacotar as caixas, colocar Lorcan e Lysander para dormir, tomar um banho e tentar descansar um pouco.

— Tudo bem, foi um prazer conhece-la, srta. Lovegood. – disse Tom e não se conteve, pegou sua mão e beijou o dorso de forma galante, Luna sorriu.

— O prazer foi meu Sr. Riddle e obrigada.

Luna foi para a sala, atrapalhada e estabanada com a varinha atrás da orelha, tinha até mesmo os olhos fundos de cansada, Tom percebeu isto, quis socar a cara Ralf Scamander quinhentas vezes seguidas por deixa-la sozinha, homens como ele o lembrava seu pai trouxa que abandonara sua mãe, ele soube que ia se arrepender, mas a seguiu até a sala circular em que as crianças brincavam.

— Fico de olho neles enquanto você arruma o restante. – disse de impulso arrancando um olhar surpreso dela.

— Tem jeito com crianças? – ela o olhou com descrença.

— Não, na verdade elas me parecem umas coisinhas moles e sem utilidade, choronas na maioria das vezes.

— Não quero incomodá-lo Sr. Riddle, foi muito gentil, mas...

— Você está exausta, precisa descansar, eu fico. – disse e Luna sabia que ele estava certo, ela estava esgotada, precisava de ao menos um banho.

— O senhor... O senhor é muito bom, realmente se redimiu Sr. Voldemort. Por favor, cuide bem deles. Se comportem meus anjinhos. – disse dando um beijo na testa de cada um dos gêmeos. – Só fique de olho neles, eu não demoro.

Luna foi para o andar de cima, precisava de um banho, relaxar e de um chá, cuidaria do restante da arrumação na manhã seguinte, depois que estivesse melhor colocaria os garotos para dormir, agradeceria Riddle novamente e iria enfim descansar.

Já Tom passou os primeiros minutos olhando para as duas crianças com o olhar perdido, se perguntando o que diabos estava fazendo, e ouvindo o som do chuveiro se abrir no andar de cima, novamente ela estava fazendo aquilo, provocando-o, somente o som da água do chuveiro caindo, ele queria se juntar a ela, queria castiga-la por escolher aquele tal de Scamander, o aventureiro, gentil, incrível e perfeito Scamander, Tom sentiu a fúria crescer dentro de si, precisava se concentrar em outra coisa ou entraria naquele banheiro e a castigaria de forma bem prazerosa, afinal ele sentira falta dos lábios finos, da pele macia de Luna, do ar sonhador e... Mal percebera que as crianças estavam brigando, batendo uma na outra até uma começar a chorar, novamente.

— Mas que diabos... – como odiava choro de criança, o fazia se lembrar do orfanato. – Ao invés de chorar devia bater nele de volta. – ralhou com a criança que chorava, sem saber se aquele era o Lyrcan ou Lasander, era esse os nomes? Por que ela não colocara nomes mais simples?

Tinha que fazer um jeito dele parar logo antes que Luna se preocupasse, mas ele demorou demais para arrumar uma solução, e para seu desespero viu Luna Lovegood correr escada abaixo, enrolada em uma toalha branca, ainda pingando e com os cabelos molhados caindo de um lado.

— Está tudo bem? – perguntou preocupada, as linhas de preocupação em seu rosto a deixava ainda mais atraente. Tom achou que estava ficando doente, mordeu o lábio e assentiu.

— Está, não se preocupe, ahm estamos ótimos. – era mentira. A loira voltou hesitante para o chuveiro e Tom teve que pensar em algo, como não precisava de varinha para feitiços simples, murmurou o feitiço que deixaria os garotos um longe do outro e os deixaria entretidos por algum tempo, suplicando a Merlin que aquilo desse certo. – Wingardium Leviosa.

Os gêmeos flutuaram um para longe do outro e ambos para pelo menos uns noventa centímetros acima do chão, Tom percebeu que deu certo no momento em que o gêmeo que chorava começou a gargalhar.

— Vocês gostam disso? – perguntou sentindo-se vitorioso e passou a flutuá-los para cima e para baixo, fazendo os dois bebês loirinhos de olhos azuis tão parecidos com ela, gargalharem com gosto. – Isso, quietinhos, nada de chorar, ótimo.

Suspirou e, por fim, colocou-os no chão quando começavam a ficar cansados. Os dois garotinhos se sentaram no tapete novamente e Tom se sentou perto deles para ficar de olho.

Vou batizá-los de L1 e L2, L1 é o que tem a pinta na bochecha. — pensava Tom, que tentava arrumar um jeito de distingui-los.

— L2 não é para você dormir ainda, vocês dois estão quase dormindo, argh. A mãe de vocês sempre me coloca em uma enrascada, da última vez levei um soco na cara por culpa dela, sabiam?

Tom levantou-se sabendo que preferiria duelar com quantos bruxos fosse possível do que cuidar de duas crianças, pegou em uma daquelas caixas dois macacões azuis onde estava escrito os nomes dos gêmeos. Levou-os para o quarto levitando, aliviado pelos garotos terem gostado, assim não precisaria tocar muito neles. Trocou-os com um certo receio e colocou-os em seus berços.

Estava sentado em uma poltrona, a camisa branca puxada até o cotovelo e os cabelos negros desgrenhados quando ela entrou no quarto, vestia uma camisola comportada até o joelho, embora ainda fosse uma camisola, os cabelos louros já secos caiam desgrenhados pelos ombros e ela parecia melhor.

— Foi tão ruim? – perguntou.

— Pior. – ele disse aborrecido. – Como você consegue? E em dobro? Esses pestinhas não param quietos.

— Não fale assim deles. – ralhou Luna, mas sorriu, olhando para os berços onde as crianças dormiam como anjos, Luna riu, quase gargalhou e tentou segurar o riso quando viu que Riddle estava emburrado. – Desculpe, é que vestiu Lysander com o macacão de Lorcan e Lorcan com o de Lysander.

— Eu os chamo de L1 e L2. – confessou Riddle e Luna sorriu. – E, aliás, que diferença faz, os macacões são iguais.

— Não, na verdade, tem o nome deles, olhe bem, bordado especialmente para eles pelas mãos da Sra. Weasley. E... Você conseguiu fazê-los dormir. – sussurrou admirada, Riddle se levantou e encolheu os ombros e ela se virou para ele ainda sorrindo, ele gostava de seu sorriso e sempre achava que estava doente quando pensava essas coisas. – Não sei como agradecer, tem algo que eu possa fazer para lhe agradecer?

Tom não conseguiu conter um sorriso malicioso e arqueou uma sobrancelha, ela não devia ter lhe feito aquela pergunta. Luna abriu a boca, mas nenhum som saiu dela e suas bochechas coraram, o que não passou despercebido para Riddle que deu uma risada baixa.

— Só nunca mais permita que eu me ofereça para cuidar dos pestinhas. Acho que tenho que voltar ao trabalho. – disse Tom passando por Luna, ela sentiu seu perfume amadeirado, por algum motivo achava que já o havia sentido antes, mas não conseguia se lembrar quando, talvez tivesse conhecido outra pessoa com o mesmo perfume. Luna voltou-se para ele com ar curioso.

— Como o Ministro da magia permitiu que você continuasse solto mesmo depois de tudo o que fez?

— Fui julgado e minha sentença foi viver como um trouxa, sem varinha. – Luna teve certeza de que seria uma penitencia pior a Voldemort viver como um trouxa do que até mesmo ir para Azkaban. – Mas eles não conseguiram, afinal posso fazer magia sem uma varinha. – ele disse enigmaticamente e saiu do quarto, fazendo com a luz se apagasse sem ter sequer tocado em qualquer interruptor, Luna o seguiu, não queria acordar os pequenos e no corredor, antes que ele descesse as escadas perguntou:

— Não vejo nada de Voldemort em você, são mesmo a mesma pessoa?

— Acredite, sim. – se ela soubesse o que ele andara fazendo antes de ela voltar. – Boa noite Lovegood.

Luna não respondeu, apenas o viu partir e de repente se viu curiosa e intrigada sobre aquele homem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews?
Até o próximo cap
Beijos



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