Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 17
Capitulo 17


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *---*



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Era uma segunda-feira de manhã, ele sempre se sentia indisposto nas segundas pela manhã, às seis da manhã voltava para casa depois de duas noites em Azkaban, era estranho, dementadores nunca o tinham afetado antes e agora pareciam se alimentar dele, o que o deixava exausto, fraco, parecia um pesadelo.

Subiu as escadas para o quarto enquanto retirava o terno, afrouxava a gravata e alongava o pescoço... É, se ele iria para Azkaban, iria bem vestido, como um Lorde. Deixou-se cair na cama e fechar os olhos, novamente se deixando levar até as lembranças de Luna sentada em sua cama, com os olhos grandes vidrados, assustados e molhando os lábios de desejo, suspirou, ele a queria, queria conversar com ela, até mesmo ouvir falar das coisas absurdas que muitas vezes ela dizia.

— O que aconteceu com você? – perguntou para si mesmo bufando, colocando os braços atrás da cabeça e olhando para o teto até adormecer.

Acordou com a luz brilhante entrando pela janela de seu quarto, não sabia quanto tempo tinha dormido, mas notou que já escurecia. Esfregou os olhos para enxergar melhor e viu o que parecia ser um... Cervo, talvez um veado, e a voz de Potter ecoou pelo quarto.

— Precisa vir para o Ministério, imediatamente, estamos o aguardando no gabinete do Ministro. – e a luz se apagou, Tom franziu a testa, não sabia que era possível se comunicar por meio de um patronum, talvez ele não soubesse tanto assim de magia da luz, mas sem dúvida era um especialista em magia das trevas.

Precisou de meia hora para se arrumar e foi para o Ministério da magia usando a cabine telefônica, foi direto para a sala do Ministro, bateu na porta e esta foi aberta pelo Potter.

— Sinto muito pelo atraso. – ele não sentia e entrou. – Seu patronum é um... Veado, Potter? – ele não perderia a chance de zombar de Harry, mas o garoto apenas o ignorou.

Sheckleboult lhe indicou uma cadeira de rodas na qual Tom se sentou cruzando os braços, rodando de um lado para o outro com uma expressão arrogante.

— Um garoto do 7º Ano de Hogwarts ano passado parece estar querendo seguir os seus passos, ou os seus antigos ideais. – não tão antigos assim, pensou Tom arqueando uma sobrancelha.

— E?

— Pensamos se você tem alguma ideia de quem seja. Precisamos captura-los com urgência, antes que ele reúna comensais da morte. – Tom reprimiu a vontade de sorrir, fosse quem fosse o garoto bruxo tolo que estava tentando seguir seus passos, estava acobertando os assassinatos que ele próprio cometia contra nascidos trouxas.

— E como sabemos que ele não tem nada a ver com isto? – perguntou Ronald Weasley e só então Tom notou sua presença, lhe lançando um olhar de desprezo.

— Porque houve um ataque ontem à noite e ele estava preso, além disso as câmeras de segurança do local trouxa capturou imagens, era um garoto mais alto e mais forte que Riddle. – disse Shecklebolt.

Tom bufou impaciente.

— Nunca pensaram em colocar um feitiço que detecte o aluno que realizar magia negra em Hogwars? – perguntou revirando os olhos, todos ali se entreolharam.

— Não há um feitiço que pode fazer isto.

— Há um feitiço que pode detectar todo jovem bruxo que utilize magia antes dos 17 anos, não deve ser muito diferente, não é? Deve ser fácil criar o feitiço.

A ideia era simples e brilhante, todos ali sabiam e por isso se entreolhavam, o Ministro suspirou e quem cortou o silêncio hesitante na sala.

— Muito bem, vamos deixar que cuide de criar este feitiço então se é tão bom.

— E quanto aos ataques? – perguntou Harry, apesar de estar em treinamento para auror, já era quase considerado um, afinal tinha detido Voldemort. – Precisamos fazer alguma coisa sobre isto.

— Vou colocar meus melhores homens no caso Potter, a ideia de Riddle é realmente muito boa, concentre-se nisso. – ordenou o ministro e Tom arqueou as sobrancelhas com um sorriso falso.

— Já posso ir? – O ministro fez com aceno com a mão como se espantasse uma mosca e Riddle saiu.

[...]

Luna estava espantada, por enquanto estavam apenas pela Europa e não era fácil, Luna tinha levado muitos livros, era preciso estudar a fundo sobre os mais diferentes animais bruxos e até ali já tinha encontrado vários deles, inclusive voara em um cavalo alado com Ralf Scamander que se mostrara uma excelente companhia, embora hora e outra Luna se pegava sentindo falta de algo que não sabia o que era, talvez fosse dos amigos e de seu pai, concluiu, com certeza sentia muita falta do pai, mas aquilo que estava vivendo, era seu sonho.

Estavam acampando em uma floresta perto de um lago, ficariam por alguns dias, pois queriam ver um animal bem raro, mas era bem confortável, afinal, a cabana era maior por dentro e cabia um beliche para eles, cozinha, banheiro e uma sala.

Anoitecia quando eles pousaram na em terra firme depois de voarem nos cavalos alados albinos, Luna acariciou o seu.

— São lindos, bem diferentes de Testráslios apesar de serem da mesma espécie.

— Por que acho que você ainda prefere os Testrálios? – perguntou Ralf e Luna sorriu assentindo.

— Eles são ignorados por serem diferentes, mas os Cavalos Alados albinos também são lindos. – disse enquanto lhes dava algo para comer.

Quando enfim anoiteceu e dali podia-se ver um céu repleto de estrelas mesmo que fizesse frio, Luna e Ralf acenderam uma fogueira, estavam na França, um lado da França muito pouco conhecido e explorado, longe da amada Torre Eiffel, dos perfumes, das compras e da agitação. Preparavam marshmallows na fogueira sentados sobre uma toalha quadriculada, Luna riu sozinha.

— Do que está rindo? – quis saber Ralf com curiosidade.

— Nada, é que isto tudo é muito incrível, e até um pouco romântico não acha? Estamos na França. Ah e isto é tão lindo. – Luna comeu seu último marshmallow e deitou-se observando as estrelas, sentiu Ralf deitar-se ao seu lado apoiando-se no cotovelo para observá-la.

— Você é linda. – ele notou surpreendendo-a.

— O que disse?

— Disse que você é linda. – ele repetiu.

— P-por que disse isso?

— Porque é o que eu acho. – ele diz como se não fosse nada demais, Luna sorriu ainda mais, gostava dos olhos castanhos de Ralf, durante o dia eles pareciam quase castanhos esverdeados e enquanto ele a olhava, Luna sentiu-se querida, afinal não havia outro lugar onde ele quisesse estar, ele queria estar ali com ela e era tão simples, gostavam praticamente das mesmas coisas, era tão certo gostar dele e impossível não gostar. Ralf enrolou uma mexa do cabelo de Luna em seu dedo indicador. – Gostei de você Luna Lovegood, desde o primeiro momento que te vi.

— Gostei de você também. – Luna sorriu.

— Não, você não entendeu, dizem que essas coisas não existem, mas no momento que eu te vi, eu sabia que queria que você fizesse parte da minha vida, que viajasse comigo, que tivéssemos um hipogrifo de estimação. – Luna não soube dizer em que momento prendeu a respiração e só voltou a respirar quando ele parou de falar, ela não sabia bem o que dizer, gostava muito de Ralf.

— Também o quero desse jeito. – disse a Loira segurando a mão de Scamander e entrelaçando seus dedos nos dele. Ele beijou com carinho os lábios finos de Luna, deitando-se por cima dela, uma das mãos ainda estavam entrelaçadas e a outra ele desceu do pescoço, para o braço dela e enfim para a cintura trazendo-a mais para juntos de si.

[...]

Tom enfim terminara o feitiço que detectaria feitiços das trevas executados por alunos na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, para comemorar ou lamentar havia se deitado com Pansy Parkinson, tomado Whisky e matado um nascido trouxa, ninguém desconfiava dele e ele ainda saía como herói por criar aquele feitiço, ainda se deliciava com a manchete passada do Profeta Diário: Lorde das Trevas redimido trabalha em feitiço para que outros jovens não se percam no mesmo caminho obscuro, passara um bom tempo rindo daquilo e eles ainda estavam querendo uma entrevista com ele.

Na manhã seguinte foi até o Ministério e pegou o elevador para chegar até o Ministro, não podia ter ficado mais satisfeito ao ver todos os bruxos que estavam no elevador descer e Hermione Granger entrar hesitante, optando por ficar o mais distante possível dele no elevador e sem trocar uma palavra, mas ele não perderia a chance:

— Protetora dos sangues ruins e dos elfos domésticos. – reprimiu uma risada pelo nariz. – Patético. – Hermione semicerrou os olhos.

— Pode conseguir enganar os outros, mas a mim não.

— Ora o que é isto Hermione? Ainda ofendida por que eu não a quis? – perguntou aproximando-se dela, e sussurrando com a voz rouca em seu ouvido. – Ainda me deseja como antes?

Hermione engoliu em seco e trincou os dentes.

— Eu nunca trairia Ron com você. – a castanha lhe lançou um olhar de desprezo e Riddle apenas achou graça.

— E achou que eu perderia meu tempo com uma... Sangue ruim, como você?

Hermione suspirou, feliz de ouvir o som do elevador anunciando a chegada em outro departamento, nem era o seu, mas ela decidiu descer e pegar outro elevador, mas não sem antes olhar para ele com frieza e dizer:

— Eu entendo por que Luna te deixou e decidiu fugir com Ralf Scamander, ela merecia mesmo coisa melhor. – disse antes de descer do elevador e deixar Tom Riddle inexpressivo e sem fala tentando controlar a raiva que crescia dentro de si.

[...]

Ralf notou que Luna não era mais uma donzela, mas não se importou, se ela amava outro, ele a faria esquecê-lo pelo menos enquanto estivesse com ele e eles se amaram tanto que Ralf pensou se não estavam sendo precipitados, mas eles não poderiam se casar tão cedo, não se conheciam tão bem e não teriam tempo com a vida agitada que levavam, mas ele tinha certeza de que ela seria a mãe de seus filhos.

[...]

Alguns meses mais tarde Tom já tinha uma boa reputação para a maioria dos bruxos da Inglaterra e mesmo dentro do Ministério, já havia ajudado a deter dois bruxos das trevas, além de ajudar a deter alguns Comensais da Morte que fugiram (apenas aqueles que o haviam traído claro) e ele achou que era a hora de conceder ao Profeta Diário uma entrevista. Encontraria Rita Skeeter em Hogsmeade, não era época das visitas escolares então o local estava bem vazio e seria um bom lugar para a entrevista, mas Tom ficou surpreso ao ver um homem na mesa com Rita, aproximou-se hesitante.

— Ahm com licença.

— Oh Tom Riddle! Que ótimo, que ótimo que já chegou. Acabamos por aqui Sr. Scamander.

— Ah! Ta. – disse o homem de cabelos louros escuros, Tom semicerrou os olhos analisando-o, o garoto parecia perdido e um pouco sem jeito dentro do terno carmim que usava.

— Queira se sentar Sr. Riddle.

— Espere um momento. – disse à mulher sem nem ao menos olhá-la, Scamander o cumprimentara acenando com a cabeça e lhe dera as costas, saía do estabelecimento e Tom correu para alcança-lo. – Desculpe, eu acho que não fomos apresentados, sou Tom Riddle.

— Ah! Ralf Scamander.

— Por que estava dando uma entrevista para ela?

— Uma ponta sobre meu avô Newt Scamander. – ele disse dando de ombros. – Eu não queria vir, mas essa mulher é impossível, aliás, boa sorte, ela vai te comer vivo se você deixar.

— Como ela está? – perguntou Tom com frieza, não havia ouvido nada do que o Scamander havia lhe dito, se afastava com Scamander e olhava ao redor, tudo estava muito vazio, colocou a mão no bolso e apertou a varinha com força.

— Eu acho que ansiosa para sua entrevista.

— Não, não ela, Lovegood.

— Oh você é amigo dela? Ela está muito feliz, estamos achando que ela está grávida. – ele disse com um sorriso, Tom raivoso apertou ainda mais a varinha. – Mas ela está muito feliz, quer que eu mande algum recado a ela? Estamos na Índia, atualmente.

— Não acho que você vá voltar para lhe dizer algo. – disse Tom empunhando a varinha, Ralph franziu a testa, mas no exato momento Skeeter apareceu na porta do Três Vassouras.

— Queridinho, eu estou esperando. – cantarolou.

— Foi um prazer conhece-lo senhor, direi a Luna que o encontrei. – disse Ralf de forma vazia, ele não diria a Luna e não tirou os olhos da varinha na mão de Tom Riddle.

Scamander aparatou e uma sombra perpassou pelo rosto de Tom Riddle, Skeeter se aproximou dele e o tocou no ombro.

— Uma varinha? Interessante, parece que alguém não está cumprindo as ordens do Ministério, tudo bem, esse vai ser o nosso segredinho.

— Vamos as regras. – Tom virou-se bruscamente apertando o pulso da jornalista com a mão e encostando a varinha em seu pescoço. – Tudo que eu disser será escrito exatamente da mesma forma que eu disse, sem nenhuma alteração, e sobre a varinha, ninguém ficará sabendo, ou sofrerá as consequências, fui claro?

Rita Skeeter assentiu engolindo em seco, voltou calada para a mesa dentro do estabelecimento onde se sentaram.

— Bom, eu posso começar? – perguntou a após Riddle assentir, começou: - Bom eu sou a primeira a entrevistar ninguém menos que Tom Riddle, então vamos começar com a pergunta que não quer calar, você é mesmo Lord Voldemort?


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Mereço reviews?
Até o próximo capitulo
Bjbjs ♥