Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 15
Capitulo 15




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Na manhã em que os alunos voltariam para suas casas, com o fim de mais um ano letivo, os alunos de Hogwarts tiveram mais uma surpresa, homens do Ministério estavam no castelo para levar Alícia Montgomery pelo assassinato de uma aluna, Tom não perderia a chance de provoca-la e a observou com um sorriso vitorioso, apoiado na parede e com as mãos nos bolsos no saguão de entrada enquanto a levavam.

Já na sala comum da Corvinal Luna se preparava para voltar para casa, seu último ano em Hogwarts tinha sido bem surpreendente. Com magia fazia seus pertences voarem de volta para seu malão enquanto se olhava no espelho, já não usava o uniforme, sentiria falta do uniforme, do pudim, dos amigos e de Tom Riddle, ela sabia que com o final do ano letivo, também acabava qualquer coisa que ela tinha tido com ele, ela não sabia exatamente quando se tornara tão próxima dele, quando o jeito convencido e arrogante, os sorrisos enviesados e o jeito galante a tinha conquistado, nem quando sua companhia se tornara tão importante, só sentia algo apertar dentro de seu coração. Estava sendo boba, dizia para si mesma, desde o começo ela sabia que aquilo que tinha com Tom Riddle tinha prazo de validade e estava chegando ao fim.

Com o malão arrumado ela foi tomar pela última vez café da manhã em Hogwarts, sabia que depois do café da manhã encontraria seu malão no saguão de entrada junto com os malões dos outros alunos, os elfos as colocavam lá e então por fim eles iriam até os testrálios e de volta para Londres.

Encontrou Tom no saguão de entrada quando todos os alunos já saíam do castelo conversando e rindo.

— Você vai voltar para Londres? – perguntou Luna já com seu malão, os longos e pesados cabelos louros descuidados presos caindo por um ombro.

— Não, daqui seguirei para o Ministério da Magia, para meu julgamento. – comentou Riddle com uma tranquilidade que Luna não entendia, ela mesma franziu a testa preocupada, será que ele seria levado para Azkaban? Ela era uma pessoa muito ruim por não querer isto?

— Vai ficar tudo bem. – ela disse forçando um sorriso, mas não sabia se estava dizendo aquilo para ele ou para si mesma.

— Parece que alguém aqui se afeiçoou a Lord Voldemort. – ele a provocou com um sorriso convencido, Luna abriu a boca, mas não sabia como retrucar aquilo, queria que não fosse verdade.

— Talvez... Ahm, boas férias então Sr. Voldemort. – disse antes de um abraço leve.

Luna encontrou seus amigos mais à frente e ficou no compartimento com eles, apesar de estar feliz de estar com os amigos, Luna se sentou perto da janela e observava a paisagem bonita que o caminho de volta a Londres proporcionava, enquanto não parava de pensar se Tom Riddle iria para Azkaban.

[...]

Os dias que se seguiram em casa para Luna foram excepcionalmente normais, exceto talvez por ter começado a trocar cartas com Ralf Scamander que ainda estava em Londres e disse que esperaria por Luna, esperaria até que ela se decidisse em ir ou com ele ou não para uma viagem. Não tivera notícias de Tom por algumas semanas até o dia em que acordou com uma coruja preta de olhos amarelos em sua janela. Luna levantou-se curiosa, abriu a janela, pegou a carta, agradeceu a coruja e sentou-se em sua cama para ler, não dizia muita coisa.

Cara Srta. Lovegood

Encontre-me em Hogsmeade, no Três Vassouras às 10h, tenho muito a lhe contar.

M. Riddle.

Ela tinha uma hora, uma hora para se arrumar e ir encontra-lo e mesmo assim, sem pensar duas vezes, ela o fez. Tomou um banho, escolheu sua melhor roupa, um vestido amarelo e um all star preto já que não fazia tanto frio, colocou um casaco leve por cima e estava pronta, avisou seu pai que ia sair e assim que colocou o pé para fora de casa aparatou para Hogsmeade. Ficou feliz de voltar ali, lhe trazia boas lembranças de Hogwarts e o encontrou de imediato, vestido de preto como sempre, camisa com as mangas puxadas até o cotovelo, as mãos nos bolsos, os fios negros milimetricamente arrumados, ele não podia ser Voldemort, não podia.

Tom sorriu ao vê-la, não podia confundi-la, nunca, não com aquele vestido amarelo berrante. Cumprimentaram-se com um beijo no rosto e um abraço leve.

— Eu estou feliz de te ver. – disse Luna.

— Achou que não iria mais me ver? Eu não te deixaria em paz tão facilmente. – conversavam enquanto andavam devagar lado a lado.

— Como foi o julgamento?

— Ah isso, - ele disse dando de ombros. – Primeiro me colocaram em uma cadeira e prenderam meus pulsos e tornozelos o que foi desnecessário, é claro. – Luna não achou que fosse tão desnecessário assim. – Depois falaram todos os crimes dos quais eu era acusado, isto levou um tempo.

— E então? – Luna não queria parecer muito ansiosa, mas estava, ela se importava, por mais que não quisesse se importar.

— Então contaram o que aconteceu e como eu voltei mesmo depois de ser morto e de minhas horcruxes serem destruídas, aquele blá blá blá de segunda chance e tudo mais. Todos votaram querendo minha condenação e... Shecklebolt me condenou a ficar sem minha varinha, por tempo indeterminado, trabalhar para o Ministério sempre que for preciso e passar os fins de semana em Azkaban por dez anos, terei minha segunda chance e serei punido.

— Não é tão ruim.

— Porque não é você que vai viver como um trouxa. – ele diz aborrecido, Luna sabia que a pior punição para Voldemort seria viver como um trouxa, como as pessoas que ele mais desprezava. Luna parou.

— Ei. – disse segurando sua mão. – Está tudo bem com isto, não está?

Ele assentiu meio contrariado e pararam para comer algum doce da Dedos de Mel, mais tarde também passaram em algum lugar para comer algo mais forte, visitaram o Beco Diagonal e alguns lugares interessantes que Tom quis mostrar a Luna, como o Lago Ness e a caverna onde escondera uma de suas horcruxes e por fim quando já anoitecia, voltaram para Hogsmeade para uma cerveja amanteigada.

— Aonde ficou esse tempo todo?

— Estive no Caldeirão Furado, mas tenho pensado em outro lugar. – ele pareceu hesitante.

— Aonde?

— Você vai ver.

Tomaram a cerveja amanteigada e mais uma vez Luna segurou a mão de Tom sem saber para onde ele a levaria, aparataram para o vilarejo de Little Hangleton. Era um enorme casarão abandonado, empoeirado, em péssimas condições e que ficava até um pouco assustador durante a noite na opinião de Luna.

— E você vai ficar aqui?

— Já fiquei aqui uma vez, embora eu não fosse exatamente humano, então não conta.

— Eu acho que dá pra melhorar. – disse Luna pegando a varinha atrás da orelha e sacudindo-a.

Luna era boa com feitiços, a poeira da casa sumia, os móveis desgastados voltavam a ter a aparência que tinham em seu auge, o casarão dos Riddle voltava ao seu bom gosto original, a grama morta ficou mais viva e o ar lúgubre desapareceu. Tom observava um passo atrás o que Luna estava fazendo com a casa, pensava se era sempre assim com ela, se ela sempre trazia luz para qualquer lugar que entrasse ou para qualquer pessoa que conhecesse, Luna, o nome estava certo, afinal, não?

— Entre. – convidou-o Luna e Voldemort adentrou a casa, quentinha e aconchegante, até mesmo a lareira estava acesa, exatamente da maneira que estava na noite em que ele apareceu ali e assassinou o próprio pai e avós. – O que achou?

— Muito trouxa.

— Dá-se um jeito. – Luna encolheu os ombros. – Mas isso fica com você, está tarde e eu acho que já é hora de ir.

O olhar de Luna se entristeceu, ela tinha programado tudo, iria até ele naquele dia, teria um dia maravilhoso com Tom Riddle seu novo amigo, o amigo com quem compartilhara tantos momentos em seu último ano em Hogwarts e do qual ela tinha gostado muito de conhecer, mas isto não apagava quem ele era e quem ele já tinha sido, Voldemort, todas as coisas que ele tinha feito e ainda assim ela tinha se apaixonado, Luna sabia que tinha duas opções, ficar com Tom e se sentir culpada, conviver com suas maldades e a parte de Voldemort que ainda existia nele ou ir com Ralf Scamander mesmo estando apaixonada por outra pessoa, Scamander não merecia isso, e a única forma de fugir de um dos dois destinos, seria esquecer Tom Riddle, usar o feitiço obliviate e se permitir se apaixonar de verdade por Ralf, apesar de seu plano já estar todo traçado, Luna ainda se sentia angustiada. Tom percebeu esse olhar.

— O que foi Lovegood? – Riddle pergunta desconfiado.

— Eu tenho que ir embora e depois não vou mais poder ver você.

— E por quê? – perguntou Riddle franzindo a testa.

Luna foi até a lareira acesa, evitando olhar para Tom.

— Vou viajar, ainda não sei muito bem para onde vou primeiro, então será difícil trocarmos cartas. Eu vou com Ralf Scamander, um amigo que conheci há pouco tempo. – Explicou, Luna sentiu o olhar frio de Voldemort em suas costas e sentiu ele se aproximando. Tom por algum motivo estava furioso, não queria dividir Luna com esse tal de Scamander.

— Não se eu mata-lo antes. – sussurrou Tom trincando os dentes.

— Nunca vou te perdoar se fizer isto. – Luna arregalou os olhos amedrontada virando-se para ele.

— Ah mas eu posso fazer isto e seria tão fácil matá-lo, Lovegood. – os olhos brilharam num tom avermelhado que Luna teve certeza que não tinha nada a ver com o reflexo da lareira.

Os dentes ainda trincados de raiva e a mandíbula travada, ele não queria machucá-la, mas pensar em Luna com aquele Scamander, aquilo o deixava furioso.

— Esse é o problema! – Luna explodiu e quase gritou dando dois passos para trás. – Eu sei que ainda treina comensais da morte, eu sei que torturou a Montgomery, eu sei que pode matar Ralf e eu não posso aceitar isso – a voz de Luna não parecia mais sonhadora e estava carregada de acusação, mas ela não podia evitar, desde que o beijara se lembrava de Fred, Sirius, Remus e Tonks, os olhos marejaram e a sua voz se abaixou tornando-se um pouco mais alta que um sussurro. – E nem as coisas que você fez.

— Eu sinto muito. – Tom não negou, sabia que não adiantaria, e se perguntava por que se sentia mal por saber que ele a estava fazendo sofrer? Ele a julgara tola, mas ela era mais esperta do que imaginava. – É melhor você ir mesmo.

Luna assentiu e deu as costas, mordia o lábio e sentia o coração apertado enquanto andava rumo à porta para sair da mansão Riddle. Quando tocou a maçaneta, Luna não pensou, foi num impulso que se virou, correu e o beijou ficando nas pontas dos pés já que era mais baixa do que ele. Ela precisava disto, precisava de um último beijo e ele também, depois disto seria o fim. Separaram-se apenas quando o ar fez falta e colaram suas testas, Luna se deu conta de que o que mais gostava nele eram os olhos, mesmo com seu rosto bonito e ar galante, eram os olhos que transmitiam conhecimento, sabedoria e mistério de um Lorde, de um bruxo experiente que já tinha vivido muito e como uma corvinal, ela se sentia atraída por isto.

— Tom, eu não... – Luna começou, mas foi interrompida, Tom colocou o dedo indicador sobre seus lábios.

— Shiii, você vai estragar tudo. – ele sussurrou.

Luna sentiu-se hipnotizada por aqueles olhos negros e o perfume amadeirado que ele exalava, ele a tocou com as costas dos dedos em suas bochechas e desenhou seus lábios finos com o polegar, Luna engoliu em seco, algo na maneira como ele a olhava a fez corar e as suas pernas bambearem. Quando a beijou foi diferente, intenso, e suas mãos a dominavam, uma presa em seu cabelo puxando-o não com muita força e a outra em sua cintura trazendo-a mais para perto. Tom a deixou apenas quando o ar lhe fez falta e mordeu seu lábio inferior, não entendia como podia deseja-la daquela forma, mas a imagem de Luna com as bochechas coradas, a boca entreaberta levemente inchada, ofegante e com os olhos inocentes lhe parecia simplesmente adorável.

— Eu preciso de você Luna. – Tom sussurrou com a voz rouca em seu ouvido e mordendo levemente a orelha da loira, sentindo-a estremecer e sorrindo com o que causava nela.

Luna não conseguia entender como ele podia despertar algo dentro dela, Ele é Voldemort, a parte racional de seu cérebro lhe gritava, mas seu corpo e seu coração já tinham sido vencidos há algum tempo. Os lábios quentes e macios dele apenas roçavam deslizando por sua pele na curva de seu pescoço e ela podia sentir sua respiração em sua nuca, e Luna não podia mais se conter, timidamente ela deixou que sua mão subisse pelo abdômen dele, peitoral, até chegar em sua nuca e em seu cabelo, enlaçando os dedos finos e desgrenhando os fios que eram sempre tão milimetricamente arrumados.

Tom sorriu ao sentir ela lhe corresponder, com as mãos fortes trouxe-a para mais perto de si, acariciou suas costas e abaixou o zíper do vestido amarelo, suas mãos subiram pelas costas nuas e delicadas de sua pequena Lovegood e elas se envergaram ao seu toque, Tom podia sentir a respiração alterada da loira, abaixou a alça do vestido e começou uma trilha de beijos pelo maxilar, canto da boca, pescoço e ombros até chegar onde queria, acariciou os seios médios e beijou-os por cima do sutiã branco, sentiu seu mamilo entumecido por baixo, se livrou da peça que o impedia de tocá-la e enfim tocou-o com sua língua, deliciou-se com um gemido contido da garota e se deu conta de que era muito melhor do que sua mente havia imaginado muitas vezes antes.

— Ainda quer ir embora? – a provocou.

— Tom... N-não. – Luna arquejou entre as carícias.

— Não podemos continuar aqui. – Riddle aparatou com a garota para um dos luxuosos quartos do andar de cima e prensou-a contra a porta fechada, com apenas uma mão ele prendeu as duas mãos da garota em cima de sua cabeça, o restante do vestido amarelo deslizou para o chão deixando-a quase completamente nua, uma parte de Luna achou injusto que ele ainda estivesse vestido, outra parte ainda estava assustada o bastante para não conseguir achar nada. Sentiu sua perna ser elevada até a cintura dele enquanto ele apertava sua coxa e falava com a voz rouca em seu ouvido:

— Devíamos ser inimigos, isto me deixa ainda mais alucinado. – Luna não sabia o que responder àquilo, apenas gemeu baixo.

Ele a guiou até a enorme cama de casal, depois se endireitou e sem pressa passou a desabotoar os botões de sua camisa, um por um, enquanto a observava com um sorriso no canto dos lábios, Luna umedeceu e mordeu os lábios, também o desejava, mas estava assustada afinal seria sua primeira vez, sua primeira vez seria com Lord Voldemort, e a mistura do medo e do prazer a estava deixando louca.

Tom retirou sua calça, sentiu como ela estava tensa, não queria que fosse doloroso para ela, se importava com ela, talvez mais do que gostaria. Deitou-a na cama de casal e engatinhou por cima dela, quase como se a garota fosse sua presa, mas acariciou seu rosto e segurou seu queixo fazendo-a olhar para ele.

— Confie em mim, Luna, eu não vou te machucar, posso, mas não vou. – ele disse arqueando imperiosamente uma sobrancelha. Ela sentiu vontade de socá-lo, às vezes sentia, e com bastante frequência na verdade, mas ainda assim sentiu seus músculos relaxarem.

A loira sentia as mãos de Riddle acaricia-la instigando-a e não pode conter um gemido quando sentiu a mão dele em sua intimidade, sem tirar os olhos dos seus. Tom sentia que aquilo era uma tortura para ele, ele queria mergulhar nela sem se importar se a garota sentiria dor, queria invadi-la naquele momento e buscar apenas o seu prazer, era isto que Voldemort faria, mas ele nunca conseguiria fazer isto, não com ela. Voldemort introduziu um dedo na intimidade da garota, obrigando-o a se torturar ainda mais, sentindo como ela era quente, como estava molhada e apertada apenas para ele. Trilhou então seus beijos pelo corpo alvo da loira, beijando-a e mordendo de modo que com certeza a deixaria marcada até chegar no local que queria.

Luna agarrou os lençóis e um gemido alto escapou por entre seus lábios quando Tom afastou suas pernas e usou sua língua ali, ela não sabia exatamente o que ele estava fazendo, mas foi naquele momento que ela teve certeza, ela não queria se esquecer daquilo, não queria se esquecer dele, nunca.


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Notas finais do capítulo

Heeey pessoas
Bom, dois capitulos para compensar a demora, espero que compense XD
Desculpem a demora amores e eu realmente espero que estejam gostando *o*
Mereço reviews? Deixem um comentário, adoro saber a opinião de vcs
Beijos ♥