Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 14
Capitulo 14




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Ainda não passara o horário do toque de recolher, alguns alunos ainda deviam estar no Grande Salão jantando, mas Tom notou quando Alicia Montgomery se retirou do Salão Principal e soube que era hora de agir. Andou pelos corredores vazios em passos silenciosos até a sala de Defesas Contra as Artes das Trevas e encontrou a professora ali, recolhendo suas coisas para repousar em seus aposentos, ela mal notara sua presença parecia procurar algo desesperadamente.

— Procurando isso aqui? – se pronunciou pela primeira vez, inexpressivo, segurando a varinha da mulher de vermelho.

— Devolva. – ordenou a bruxa furiosa.

— Não vai precisar dela. – disse com um breve sorriso e girando a varinha entre os dedos. – Ah Montgomery, eu ainda lhe dei uma chance, não pode dizer que Lord Voldemort não é piedoso.

— O que vai fazer? Me matar? Vá em frente! – desafiou a bruxa.

— Ah não tem algo que eu gostaria mais de fazer neste momento, mas tenho outros planos para você, algo que não vai me prejudicar, mas primeiro, quero ver se sua varinha é boa o bastante. – o Lorde lançou um feitiço mudo para isolar a sala, para que ninguém do lado de fora pudesse ouvi-los antes de torturar sua vítima. – Crucio.

Montgomery caiu de joelhos e se contorceu, mas o ódio ainda ardia em seus olhos, ela o faria pagar por isto e por todas as outras coisas, não seria tão tola quanto Potter. Após alguns minutos Voldemort enfim achou que era o suficiente.

— Não é muito boa, mas serve. – disse olhando para a varinha.

— Serve para que? – perguntou uma furiosa Alícia, insolente e corajosa o bastante para falar e desafiá-lo se fosse necessário. Voldemort suspirou, ela sabia ser insistente e isto o irritava. Com um feitiço estuporante mudo a fez cair desacordada e passou a alterar a sua memória, preenchendo a noite de Montgomery com lembranças falsas de como ela havia matado Emily Shiffield da sonserina, por sua arrogância e puro sangue, colocando detalhes que somente o verdadeiro assassino poderia saber.

Saiu da sala antes que ela acordasse, ainda fechava a porta atrás de si quando encontrou a ainda viva Emily Shiffield se aproximar no corredor vazio, a sonserina de cabelos negros, olhos claros e queixo empinado aproximou-se com um sorriso presunçoso, Tom lamentou que tivesse de matá-la, mas sacrifícios tinham que ser feito.

— Queria me ver, Tom?

— Sim, Srta. Shiffield. Legilimens.— usou o feitiço para verificar se a garota havia contado a alguém que deveriam se encontrar ali naquele horário, mas não encontrou em suas lembranças nada que ela tivesse contado a alguém sobre ele.

— O que está fazendo Riddle? – perguntou a garota.

— Eu sinto muito Emily, mas devia ter contado a alguém que vinha me encontrar... Avada Kedavra.

O lampejo verde foi a última coisa que a garota havia visto antes de cair sem vida. Tom passou pelo corpo da garota e se deu conta de era a primeira pessoa que matara desde que tivera sua segunda chance, por isso hesitara por alguns segundos antes de matá-la, não fora tão fácil, nem tão prazeroso quanto era antes, mas imaginou que isto se desse pelo fato de ela ser uma bruxa, sonserina e de puro sangue, um sacrifício para levar Alícia Montgomery a um destino que estava guardado para ele. Azkaban.

Devolveu a varinha da professora antes de voltar para sua sala comum, repassava em sua mente todos os passos, tudo o que tinha feito, não podia ter nenhum erro. Tomou banho e se deitou ignorando os outros colegas de quarto, com os braços atrás da cabeça fitava o teto pensativo, não podia fazer tudo igual a primeira vez ou teria o mesmo fim, não podia confiar em um exército, eles podiam o trair, não poderia tomar o controle a força como fizera da última vez, tinha que fazer os outros confiarem nele, até mesmo os inimigos e somente desta forma poderia ter seu poder e Luna Lovegood ao mesmo tempo.

[...]

Luna ouviu sobre a morte de Emily Shiffield e ficara horrorizada assim como vários alunos, mas não tinha tempo para pensar no assunto, as provas finais eram naquela tarde e por mais importante que fosse o assunto do assassinato, as N.I.E.M.s não poderiam ser canceladas.

No início da tarde às 13h começariam os exames, ela tinha se preparado bem estudando todas as tardes com Tom, o que fora muito agradável, ele era um ótimo professor e novamente lhe fizera companhia, mais do que seus antigos amigos. Ela sabia que ele não faria os exames novamente, por isto se surpreendeu ao encontra-lo na frente do Salão Principal quando ela chegava com sua pena e tinteiro para começar os exames.

— O que faz aqui? – perguntou surpresa.

— Ora vim lhe desejar boa sorte.

— Muito gentil Tom, obrigada. – ela sorriu. – Soube da morte terrível de uma garota de sua casa... – começou Luna e desde que a notícia chegara até seus ouvidos, estava tentada a fazer aquela pergunta a ele. – Não tem nada a ver com isto, tem? – Luna engoliu em seco, se dando conta de apesar de ter conseguido fazer a pergunta, ainda tinha medo da resposta.

— Nada. – respondeu Riddle com ar inocente bastante convincente, embora algo o denunciou, se ele não tivesse mesmo nada com aquilo, teria sido sincero, diria que não tinha nada a ver, mas faria algum comentário bem maldoso do tipo “se fosse para matar alguém, que fosse o maldito Potter” ou “não gostaria de derramar sangue bruxo” e a forma como aquele assassinato incriminava a professora Montgomery...

— Sabe que eles vão querer te interrogar, não sabe? A diretora, talvez até o Ministro. – disse Luna, Riddle suspirou, sabia que sim.

— Sei, soube que Minerva está cuidando disto e por este motivo serão os diretores das casas que irão aplicar os exames finais.

— Sr. Riddle. – uma voz inconfundível os interrompeu, Minerva Mcgonnagal parecia ter envelhecido alguns anos desde que se tornara diretora, com os fios brancos e olhava-o por cima dos óculos redondos, tinha uma expressão entre severa e preocupada. – Me acompanhe por favor.

— Mais rápido do que imaginei. – comentou Tom para Luna que sorriu encorajando-o.

— Devo lhe dizer boa sorte também então. – disse a loira antes de entrar no Grande Salão para as provas mais importantes dos seus sete anos em Hogwarts.

[...]

Na sala da diretora, Tom não conseguiu conter um sorriso zombeteiro para o quadro de Alvo Dumbledore, no quadro o velho diretor aparecia sentado em uma cadeira de espaldar alto e estava dormindo. A diretora à sua frente o olhava de maneira avaliativa.

— Sr. Riddle, creio que tenha ciência da morte de uma garota de sua própria casa, por que não devo levar este assassinato até você considerando seu histórico?

— Ora por que não matei ninguém, não desta vez. – deu de ombros. – E por que mataria um bruxo de puro sangue e de minha própria casa, Mcgonnagal?

— Deve se referir a mim por diretora. E responda-me você? Por quê?

— Pela milésima vez, não fiz isto. – disse pausadamente.

— Vai deixar sua varinha conosco, faremos uma inspeção nela, ter acesso aos últimos feitiços usados, não acredito que a professora Montgomery tenha algo a ver com isto.

— Pois devia começar a considerar a ideia, Montgomery odeia bruxos de puro sangue, odeia o fato de ela ser uma sangue ruim, veja o que ela fez em uma de minha detenções. – Riddle mostrou-lhe a cicatriz em sua mão que ainda não estava totalmente curada. – Sangues ruins são um perigo para os bruxos, os trouxas então, não devo lembra-la de que eles queimaram vários de nós na Idade Média, não é diretora? Imagino que tenha estudado História.

Minerva estava surpresa e odiava ter que concordar em parte com Riddle, Alícia Montgomery parecia mesmo ter uma aversão a bruxos de puro sangue, provavelmente pelo preconceito que tinha sofrido, Voldemort devia ser tudo o que ela mais odiava e acabara se tornando de certa forma parecida com ele, Minerva não podia deixar de sentir pena de Alícia.

— Aqui os chamamos de nascidos trouxas, Riddle, e de qualquer forma, deixe sua varinha para ser inspecionada. Já pode ir.


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