Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Heeey, bom pessoal, como eu sempre demoro um pouquinho pra postar, ta aí, dois caps de uma vez O/.. eu espero que gostem, espero que tenham tido um ótimo natal e Feliz 2016!!!!!



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POV Tom

Os dias que se passaram foram bem agradáveis, era impossível não ser ao lado de Lovegood. Na véspera de natal, depois do café da manhã, encontrei-a em um quartinho que parecia um porão, no subsolo da casa, tão empoeirado que parecia que raramente era frequentado.

— Luna o que está fazendo aqui? – pergunto olhando ao redor, era um quarto pequeno e redondo como o restante da casa, haviam várias caixas de papelão e um biombo antigo de madeira da cor creme com detalhes dourados. Luna estava examinando uma caixa em particular.

— Eu tinha me esquecido dessas coisas aqui embaixo. – ela disse tirando alguns vestidos da caixa. – Vim procurar enfeites de natal e encontrei esses vestidos, pertenceram à minha mãe.

Os vestidos eram antigos, mas pareciam em boas condições e os olhos de Luna brilhavam ao vê-los, não pelo fato dos vestidos serem bonitos, porque eram, mas pelas lembranças de sua mãe, ela sorria, colocava o vestido na frente do corpo e os examinava.

— Estão em boas condições, colocamos feitiços de preservação, foram os feitiços que fizeram essas caixas resistirem à explosão.

— Por que você não coloca um deles para o natal?

— Não posso escolher um, são tão bonitos, será que não magoaria o papai?

— Acho que ele gostaria de ver o quanto está parecida com ela.

— Tem razão, me ajuda a escolher? – ela diz pegando três dos vestidos, deixando a varinha em cima de uma das caixas e indo para trás do biombo.

Luna prendeu os longos e desleixados fios loiros e despiu-se, por ela estar atrás do biombo, eu só podia ver sua nuca e os ombros nus enquanto ela se trocava, sua pele alva parecia tão macia, não conseguia tirar os olhos dela e senti o desejo crescer dentro de mim, se ela soubesse os pensamentos nada puros que tinha naquele momento não me provocaria daquela maneira, desejava-a como nunca tinha desejado outra mulher.

Ela saiu detrás do biombo, usando um belo vestido justo até a cintura, longo e de um tom acinzentado com um cinto modelando a cintura e detalhes pretos nas mangas compridas, combinava com o chapéu de bruxa negro.

— Um pouco escuro para o natal, não acha? – ela disse rodando para que eu pudesse vê-la melhor.

— Está linda. – o elogio escapa de minha boca antes que eu mesmo percebesse e ela sorri.

— Muito lisonjeiro, sr. Voldemort. – ela diz agradecendo com uma breve reverência.

Ela volta para trás do biombo, onde novamente se despe para colocar outro vestido, me forço a pensar em outra coisa que não em sua pele macia e alva e nos lábios convidativos e meus olhos caem em cima da varinha deixada em cima da caixa de papelão. Tão fácil, pensei, eu poderia ter todo o meu poder de volta com tanta facilidade, bastava pegar aquela varinha deixada ali tão descuidadamente por Lovegood, e então fugir, reunir novamente meus comensais, soltá-los de Azkaban, Voldemort se reergueria. O poder da magia negra era tão sedutor, precisava ter todo aquele poder novamente.

Luna saiu detrás do biombo com um vestido azul escuro, longo e com um espartilho negro.

— Gostei tanto deste, olhe, ele... – Luna parou de falar e me olhou séria, nossos olhares se cruzaram, ela sabia que alguma coisa estava errada.

— Está tudo bem, Tom? – perguntou olhando de mim para a varinha.

— Pegue sua varinha Luna, e não seja mais tão descuidada. – digo lhe dando as costas antes de ver seu olhar desapontado e me perguntando por que raios não tinha pego aquela varinha, o que havia naquela garota que conseguia deter Lord Voldemort só com um olhar?

Não nos falamos no restante da tarde, ela estava ocupada com a ceia e eu ora escrevia em meu diário e ora conversava com o sr. Lovegood, conquistei-o assim como já havia feito antes com Slughorn e outros professores de Hogwarts, fora fácil considerando que ele não sabia quem eu era realmente.

Apenas à noite voltamos a nos falar, como se nada houvesse acontecido para a ceia de natal.

[...]

Apesar de falar comigo normalmente, percebia que Luna estava mais retraída, algo a estava incomodando e na noite de ano novo fui até seu quarto para lhe falar. A porta estava aberta e Luna estava debruçada sobre a janela, cantarolava baixinho, me aproximei sorrateiro.

— Boa noite, srta. Lovegood. – sussurro perto dela, Luna prende a respiração e estremece.

— Não me assuste desta forma. – reclamou.

— Você me teme, Luna? – pergunto acariciando seu rosto.

— Não. – ela diz, mas sua negação não é muito convincente.

— Está com medo de que eu roube sua varinha e volte a ser Voldemort. – digo, não preciso ler sua mente para saber disto. – Não irei.

— Como posso saber que não está mentindo? – ela pergunta com bastante firmeza apesar dos olhos marejados que me deixam curioso.

— Não pode, terá que confiar em mim. Por que está chorando? – pergunto, não muito sensível, ela não estava chorando, embora seus olhos estivessem marejados, nunca soube bem o que fazer com pessoas chorando, no geral não gosto delas, mas Luna era diferente, essa era a primeira vez que ela não parecia indiferente e ainda assim ela sorriu.

— Imagine que assim, hipoteticamente, eu tenha me apaixonado por Lord Voldemort, é loucura não é?

— É loucura, mas hipoteticamente fico feliz por você não ser a garota mais lúcida que já conheci. – digo, ela sorri ainda mais colocando uma mexa do cabelo louro claro atrás da orelha, encantadora.

— Vem quero te mostrar uma coisa. – ela tira debaixo da cama um quadro, ela pintou um quadro meu, com traços bem realistas.

— Você é talentosa, mas o modelo ajuda, sou extraordinariamente atraente, não sou? Senti falta disso. – digo arqueando uma sobrancelha e olhando para o quadro, Luna gargalha ao meu lado e semicerro os olhos e a prendo contra a parede, meu corpo faz uma leve pressão contra o dela, meus lábios roçam sua pele, seu pescoço, sua bochecha e até tocar sua orelha. – Vai dizer que não?

Ela abre a boca para dizer algo, mas sua voz não sai e suas bochechas estão vermelhas e Merlin como eu a quero naquele momento, desejo Riddle, apenas isto, você não pode amar, digo a mim mesmo, ouvimos um estrondo lá fora e o som de fogos, Luna sorri abertamente.

— Feliz ano novo, Sr. Voldemort.

— Feliz ano novo Lovegood.

Afastei-me dela e Luna saiu correndo para desejar feliz ano novo ao seu pai. Depois disso os dias passaram tão rápidos que mal percebi e logo voltamos para Hogwarts. Luna andava preocupada com as N.I.E.M.s de modo que voltei a tratar dos assuntos que deixara pendente antes das férias.

Todas as sextas-feiras a última aula do dia era DCAT e foi em uma dessas sextas que ‘ocasionalmente’ Draco, Blásio, Goyle, Pansy e eu ficamos na sala até todos os alunos saírem depois da aula.

— Vejo que conseguiu amigos, Riddle. – ela disse ainda de costas para nós, Pansy fechou a porta com um sorriso maldoso. – O que pretende com isto?

— Não se tortura Lord Voldemort e sai impune, Montgomery.

Ela pegou a varinha, mas fui mais rápido e a desarmei, Blásio a imobilizou. Girei a sua varinha entre os dedos.

— Vocês dois, vão vigiar a porta. – apontei para Goyle e Pansy que saíram obedecendo prontamente às minhas ordens.

— Vão te pegar, Voldemort, vão te pegar e você vai levar o beijo do dementador. – ela dizia entre dentes, furiosa.

— Eu não teria tanta certeza se eu fosse você. – digo me apoiando em uma das mesas.

— O Lorde das Trevas vai se reerguer e lixo como você serão exterminados, sangue ruim. – disse Zabini.

— O fato é que você não continuará nesta escola Montgomery, isso é apenas um aviso, dou-lhe uma semana para sair daqui, caso contrário...

— O que? – ela me desafiou. – Irá matar alguém que amo? Minha família já foi morta por comensais da morte, não tem com o que me ameaçar, Voldemort.

Crucio. – eu a torturo, embora não me cause mais tanto prazer quanto antes. Draco foi o responsável por colocar feitiços na sala para que ninguém ouvisse o que estava acontecendo ali. – Isso é só uma prova da dor que lhe posso causar, você tem uma semana Montgomery, caso contrário desejará não ter nascido.

Devolvi sua varinha e Blásio a soltou, saímos da sala de DCAT como se nada houvesse acontecido, Draco ao meu lado perguntou hesitante:

— O que acontece se ela não for embora?

— Mato-a e Potter em seguida, a guerra não terá acabado a final, Voldemort não desiste tão fácil.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews?
Até o próximo
Bjbjs ♥