Uma Nova Chance escrita por Satine
Notas iniciais do capítulo
Heeey, bom pessoal, como eu sempre demoro um pouquinho pra postar, ta aí, dois caps de uma vez O/.. eu espero que gostem, espero que tenham tido um ótimo natal e Feliz 2016!!!!!
POV Tom
Os dias que se passaram foram bem agradáveis, era impossível não ser ao lado de Lovegood. Na véspera de natal, depois do café da manhã, encontrei-a em um quartinho que parecia um porão, no subsolo da casa, tão empoeirado que parecia que raramente era frequentado.
— Luna o que está fazendo aqui? – pergunto olhando ao redor, era um quarto pequeno e redondo como o restante da casa, haviam várias caixas de papelão e um biombo antigo de madeira da cor creme com detalhes dourados. Luna estava examinando uma caixa em particular.
— Eu tinha me esquecido dessas coisas aqui embaixo. – ela disse tirando alguns vestidos da caixa. – Vim procurar enfeites de natal e encontrei esses vestidos, pertenceram à minha mãe.
Os vestidos eram antigos, mas pareciam em boas condições e os olhos de Luna brilhavam ao vê-los, não pelo fato dos vestidos serem bonitos, porque eram, mas pelas lembranças de sua mãe, ela sorria, colocava o vestido na frente do corpo e os examinava.
— Estão em boas condições, colocamos feitiços de preservação, foram os feitiços que fizeram essas caixas resistirem à explosão.
— Por que você não coloca um deles para o natal?
— Não posso escolher um, são tão bonitos, será que não magoaria o papai?
— Acho que ele gostaria de ver o quanto está parecida com ela.
— Tem razão, me ajuda a escolher? – ela diz pegando três dos vestidos, deixando a varinha em cima de uma das caixas e indo para trás do biombo.
Luna prendeu os longos e desleixados fios loiros e despiu-se, por ela estar atrás do biombo, eu só podia ver sua nuca e os ombros nus enquanto ela se trocava, sua pele alva parecia tão macia, não conseguia tirar os olhos dela e senti o desejo crescer dentro de mim, se ela soubesse os pensamentos nada puros que tinha naquele momento não me provocaria daquela maneira, desejava-a como nunca tinha desejado outra mulher.
Ela saiu detrás do biombo, usando um belo vestido justo até a cintura, longo e de um tom acinzentado com um cinto modelando a cintura e detalhes pretos nas mangas compridas, combinava com o chapéu de bruxa negro.
— Um pouco escuro para o natal, não acha? – ela disse rodando para que eu pudesse vê-la melhor.
— Está linda. – o elogio escapa de minha boca antes que eu mesmo percebesse e ela sorri.
— Muito lisonjeiro, sr. Voldemort. – ela diz agradecendo com uma breve reverência.
Ela volta para trás do biombo, onde novamente se despe para colocar outro vestido, me forço a pensar em outra coisa que não em sua pele macia e alva e nos lábios convidativos e meus olhos caem em cima da varinha deixada em cima da caixa de papelão. Tão fácil, pensei, eu poderia ter todo o meu poder de volta com tanta facilidade, bastava pegar aquela varinha deixada ali tão descuidadamente por Lovegood, e então fugir, reunir novamente meus comensais, soltá-los de Azkaban, Voldemort se reergueria. O poder da magia negra era tão sedutor, precisava ter todo aquele poder novamente.
Luna saiu detrás do biombo com um vestido azul escuro, longo e com um espartilho negro.
— Gostei tanto deste, olhe, ele... – Luna parou de falar e me olhou séria, nossos olhares se cruzaram, ela sabia que alguma coisa estava errada.
— Está tudo bem, Tom? – perguntou olhando de mim para a varinha.
— Pegue sua varinha Luna, e não seja mais tão descuidada. – digo lhe dando as costas antes de ver seu olhar desapontado e me perguntando por que raios não tinha pego aquela varinha, o que havia naquela garota que conseguia deter Lord Voldemort só com um olhar?
Não nos falamos no restante da tarde, ela estava ocupada com a ceia e eu ora escrevia em meu diário e ora conversava com o sr. Lovegood, conquistei-o assim como já havia feito antes com Slughorn e outros professores de Hogwarts, fora fácil considerando que ele não sabia quem eu era realmente.
Apenas à noite voltamos a nos falar, como se nada houvesse acontecido para a ceia de natal.
[...]
Apesar de falar comigo normalmente, percebia que Luna estava mais retraída, algo a estava incomodando e na noite de ano novo fui até seu quarto para lhe falar. A porta estava aberta e Luna estava debruçada sobre a janela, cantarolava baixinho, me aproximei sorrateiro.
— Boa noite, srta. Lovegood. – sussurro perto dela, Luna prende a respiração e estremece.
— Não me assuste desta forma. – reclamou.
— Você me teme, Luna? – pergunto acariciando seu rosto.
— Não. – ela diz, mas sua negação não é muito convincente.
— Está com medo de que eu roube sua varinha e volte a ser Voldemort. – digo, não preciso ler sua mente para saber disto. – Não irei.
— Como posso saber que não está mentindo? – ela pergunta com bastante firmeza apesar dos olhos marejados que me deixam curioso.
— Não pode, terá que confiar em mim. Por que está chorando? – pergunto, não muito sensível, ela não estava chorando, embora seus olhos estivessem marejados, nunca soube bem o que fazer com pessoas chorando, no geral não gosto delas, mas Luna era diferente, essa era a primeira vez que ela não parecia indiferente e ainda assim ela sorriu.
— Imagine que assim, hipoteticamente, eu tenha me apaixonado por Lord Voldemort, é loucura não é?
— É loucura, mas hipoteticamente fico feliz por você não ser a garota mais lúcida que já conheci. – digo, ela sorri ainda mais colocando uma mexa do cabelo louro claro atrás da orelha, encantadora.
— Vem quero te mostrar uma coisa. – ela tira debaixo da cama um quadro, ela pintou um quadro meu, com traços bem realistas.
— Você é talentosa, mas o modelo ajuda, sou extraordinariamente atraente, não sou? Senti falta disso. – digo arqueando uma sobrancelha e olhando para o quadro, Luna gargalha ao meu lado e semicerro os olhos e a prendo contra a parede, meu corpo faz uma leve pressão contra o dela, meus lábios roçam sua pele, seu pescoço, sua bochecha e até tocar sua orelha. – Vai dizer que não?
Ela abre a boca para dizer algo, mas sua voz não sai e suas bochechas estão vermelhas e Merlin como eu a quero naquele momento, desejo Riddle, apenas isto, você não pode amar, digo a mim mesmo, ouvimos um estrondo lá fora e o som de fogos, Luna sorri abertamente.
— Feliz ano novo, Sr. Voldemort.
— Feliz ano novo Lovegood.
Afastei-me dela e Luna saiu correndo para desejar feliz ano novo ao seu pai. Depois disso os dias passaram tão rápidos que mal percebi e logo voltamos para Hogwarts. Luna andava preocupada com as N.I.E.M.s de modo que voltei a tratar dos assuntos que deixara pendente antes das férias.
Todas as sextas-feiras a última aula do dia era DCAT e foi em uma dessas sextas que ‘ocasionalmente’ Draco, Blásio, Goyle, Pansy e eu ficamos na sala até todos os alunos saírem depois da aula.
— Vejo que conseguiu amigos, Riddle. – ela disse ainda de costas para nós, Pansy fechou a porta com um sorriso maldoso. – O que pretende com isto?
— Não se tortura Lord Voldemort e sai impune, Montgomery.
Ela pegou a varinha, mas fui mais rápido e a desarmei, Blásio a imobilizou. Girei a sua varinha entre os dedos.
— Vocês dois, vão vigiar a porta. – apontei para Goyle e Pansy que saíram obedecendo prontamente às minhas ordens.
— Vão te pegar, Voldemort, vão te pegar e você vai levar o beijo do dementador. – ela dizia entre dentes, furiosa.
— Eu não teria tanta certeza se eu fosse você. – digo me apoiando em uma das mesas.
— O Lorde das Trevas vai se reerguer e lixo como você serão exterminados, sangue ruim. – disse Zabini.
— O fato é que você não continuará nesta escola Montgomery, isso é apenas um aviso, dou-lhe uma semana para sair daqui, caso contrário...
— O que? – ela me desafiou. – Irá matar alguém que amo? Minha família já foi morta por comensais da morte, não tem com o que me ameaçar, Voldemort.
— Crucio. – eu a torturo, embora não me cause mais tanto prazer quanto antes. Draco foi o responsável por colocar feitiços na sala para que ninguém ouvisse o que estava acontecendo ali. – Isso é só uma prova da dor que lhe posso causar, você tem uma semana Montgomery, caso contrário desejará não ter nascido.
Devolvi sua varinha e Blásio a soltou, saímos da sala de DCAT como se nada houvesse acontecido, Draco ao meu lado perguntou hesitante:
— O que acontece se ela não for embora?
— Mato-a e Potter em seguida, a guerra não terá acabado a final, Voldemort não desiste tão fácil.
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Até o próximo
Bjbjs ♥