Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Enjoy O///



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POV Luna

— É como estar sem uma parte do corpo. – ele dizia enquanto subíamos a colina que levava à minha casa. Voldemort falava de uma maneira muito certinha, o que era diferente dos outros garotos da minha idade. Eu gostava de me lembrar o tempo todo de quem ele é, me fazia manter os pés no chão, não vivo sempre no mundo da lua como os outros acham.

— É bom você ficar algum tempo sem sua varinha, aprender a viver sem magia.

— Argh. Sou um bruxo, não preciso viver sem magia.

Havia um grande campo coberto de grama antes de chegar à casa em forma de cilindro.

— Bem-vindo à minha humilde casa, o que achou?

— Excêntrico.

Tom observava a casa com curiosidade quando entramos, não parecia interessado em nos fazer nenhum mal, nos atacar ou qualquer coisa do tipo, tive que ouvir um longo discurso de Harry sobre ter cuidado, mandar cartas e entrar em contato caso qualquer coisa estranha acontecesse, mas estava com um bom pressentimento sobre aquelas férias.

— Papai, chegamos! – anunciei e ele não demorou a aparecer, usava vestes desleixadas e tinha tinta preta manchada no rosto, com certeza estava escrevendo algum artigo para O Pasquim.

— Oh Luna minha filha querida, como você está? Que saudades eu estava.

— Estou bem papai, este é o amigo de quem falei, Thomas Gaunt.

— Muito prazer, muito prazer, meu rapaz. – disse meu pai cumprimentando Tom com entusiasmo

— O prazer é todo meu senhor, tem uma filha muito gentil. – diz Tom bajulador. – E aliás, bela casa.

— Vão, vão se acomodar, Luna vá desfazer seu malão, leve-o ao quarto de hospedes, é pequeno, mas deve servir, devíamos ter pensado em aumentar o quarto de hospedes quando reconstruimos a casa, ela explodiu sabe... – contava meu pai à Tom. – Por causa de Lord Voldemort, aquele bruxo horrível, sequestrou minha Luna uma vez.

Tom e eu nos entreolhamos rapidamente.

— Certamente o quarto servirá papai, vamos levar nossas coisas.

— Farei sopa para vocês, enquanto isto, não demorem.

— Papai está entusiasmado por ter visita. – digo enquanto subimos as escadas em caracol. – Finja que a sopa está boa e mais tarde faço algo bom para nós comermos, para não chateá-lo. Você fica aqui. – digo quando chegamos ao quarto de hospedes.

— Nos vemos daqui a pouco então.

Eu vou para o meu quarto onde desfaço o malão e arrumo minhas coisas de qualquer jeito, quando volto para cozinha me surpreendo ao encontrar papai e Tom conversando, parecem ter se dado muito bem, falavam sobre as Relíquias da Morte, assunto que deixava papai sempre muito entusiasmado, falaram sobre a guerra, onde Tom disse ter passado toda a adolescência na França em um orfanato e com sua sabedoria conquistou meu velho pai.

— Este garoto seria um excelente corvinal, não acha Luna? – perguntou papai.

— Seria sim, pai, tanto meu pai quanto minha mãe foram da corvinal. – expliquei para Tom. – Eu já sabia para que casa iria antes mesmo de entrar para Hogwarts.

— Lia os contos de Beedle, o Bardo para Luna quando era ainda muito novinha, aliás, abrimos uma sessão apenas para contos no O Pasquim.

Começamos a falar sobre os artigos d’O Pasquim, nesse assunto Tom tentou disfarçar, mas achava que algumas das matérias eram loucura. Por fim, tomamos a sopa e confesso que tinha que me segurar para não rir da cara de Tom enquanto tomava a sopa. Papai voltou para sua sala para continuar escrevendo e depois ir dormir.

Usando magia fiz desaparecer toda a fria e pegajosa sopa feita pelo meu pai e fiz uma torta para Tom e eu.

— Você fala francês?

— Oui, mademoiselle. – ele diz, acho graça em seu jeito galante. – Acredita em todas essas coisas que ele publica nessa revista? – Tom perguntou.

— Acredito. – digo veemente.

— Deve tomar cuidado, da última vez que acreditou sua casa explodiu com aquele Chifre de Erumpente.

— Se preocupa comigo? – pergunto com um leve sorriso e ele fica um pouco desajeitado.

— Não seja tola, Lovegood. – eu ainda sorrio quando decido lhe mostrar meu quarto, minhas pinturas.

— Quero te mostrar algo. – digo pedindo a ele que me acompanhe. Subimos as escadas até o último andar, meu quarto.

Assim como o restante da casa meu quarto é em forma de um cilindro e os moveis são curvados, mas o que mais chama a atenção é a pintura no teto do quarto, a pintura que fiz de meus amigos, Harry, Rony, Hermione, Gina, Neville.

— Uau! – ele diz olhando para o teto com a boca entreaberta. – Você é talentosa Lovegood.

— Fiz um de minha mãe. – digo lhe mostrando um quadro menor, com uma mulher loira, parecida comigo.

— Ela parece ter sido uma bruxa incrível. – ele diz olhando para o quadro, mas desvia os olhos para mim, colocando uma mexa de meu cabelo atrás de minha orelha e desce o dedo indicador pela minha bochecha, sinto as minhas bochechas esquentarem. – Assim como você.

— Você também é um bruxo incrível, só é... Mau. – Tom ignorou o que eu disse, seu dedo deslizou para o meu queixo e seu polegar desenhou meus lábios, seus olhos tinham um brilho ambicioso e de desejo, feroz quase como se eu fosse sua presa, engoli em seco desconcertada, mordi o lábio e achei melhor mudar de assunto. – Eu... Eu vou pegar a nossa torta.

Fugi, peguei a torta lá embaixo na cozinha que quase queimou e a levei para nós lá no quarto, nos sentamos na cama e dividimos o que deu pra salvar dela, enquanto conversávamos.

— Isto é normal agora? Se um garoto entrasse no quarto de uma garota no meu tempo, esta seria mal falada por muito tempo.

— Isso porque você é velho. – deixo escapar com uma risada gostosa de sua expressão indignada. – Tom...

— Sim?

— Eu vou entender se não quiser responder, o que aconteceu com seus pais?

— Não é uma história que você vai querer saber. – ele diz, eu não o respondo, mas o incentivo com o olhar e ele dá de ombros. – Está bem. Não conheci minha mãe, morreu no parto, em um maldito orfanato, meu pai a tinha abandonado, por ela ser uma bruxa. Desprezível, mas ele pagou por isto, eu o matei... Quando tinha 16 anos. Eu disse que não era uma história que você gostaria de saber.

Era uma história triste e Tom não gostava de falar dela, embora saber que ele já tinha matado o próprio pai com 16 anos me deixasse um pouco assustada.

— Consegue imaginar como seria se ela estivesse viva?

— Ela foi fraca, morreu tão facilmente e ainda se casou com um maldito trouxa. Não, não consigo imaginar. – ele diz um pouco bruto, mas já aprendi a lidar com seu jeito, ou ignoro ou retruco, o que acaba sendo um pouco divertido ou assustador.

— Devia tentar, aposto que ela foi um bocado forte, tem algo dela?

— O medalhão de Slytherin era a única coisa que tinha dela, ela vendeu para a Borgin & Burkes, mas consegui recuperá-lo. – preferi não perguntar como.

— Vocês podiam ter vivido juntos no orfanato, ela gostaria, pois poderia ajudar a cuidar das outras crianças também, ela te ensinaria magia e te contaria sobre Hogwarts, talvez quando você fosse mais velho fossem procurar seu pai.

— Não, nunca procuraríamos aquele trouxa, não precisaríamos dele. Assim que eu me tornasse o maior bruxo de todos os tempos, teríamos uma casa em um vilarejo bruxo, uma casa digna dos herdeiros de Slytherin, ela teria orgulho de mim.

— Acho que ela não iria gostar da Nagini.

— Pra quem já viveu com Morfino Gaunt, ela se acostumaria. – ele riu e me contou quem foi Morfino. Acho que passamos um bom tempo vivendo sonhos e coisas que poderiam ter acontecido, imaginei também como seria se minha mãe ainda estivesse viva, eu já estava sonolenta quando ele se levantou e beijou minha testa. – Boa noite Luna Lovegood.

— Boa noite Tom Riddle.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews?
Até o próximo
Bjbjs ♥



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