Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Heeey meus amores, desculpem a demora, mas ta aí mais um capitulo, eu espero que gostem *-----*



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POV Luna

Ele não era mais Voldemort, eu podia ver quando olhava em seus olhos, não havia mais tanto ódio, mas era seu passado que me aterrorizava, toda a dor que ele causara a meus amigos, eu nunca poderia me permitir ficar com ele, apesar disso, não podia mentir, tinha gostado de seu beijo e me pegava olhando para o nada pensando nos lábios dele sob os meus, o bom de ser considerada lunática é que ninguém notava o meu comportamento estranho.

Era ainda muito cedo quando desci para o salão principal que estava lindo, decorado com os enfeites de natal, o teto enfeitiçado para parecer o céu lá fora nevava, mas a neve não chegava a nos atingir, estava sentada sozinha na mesa da corvinal quando Harry apareceu.

— Olá Luna! Como você está? – ele perguntou sempre muito gentil, eu sorri.

— Olá Harry, muito bem obrigada, estou pensando em voltar a narrar os jogos de quadribol.

— Ah isto seria ótimo. – Harry riu. – Ahm, sobre o Tom, como fez aquilo? Como fez ele se desculpar?

— Fizemos uma brincadeira, 5 passos, se desculpar era o quarto, cinco passos para eu ser amiga dele, ele aceitou isto, pois eu disse que ele não tem amigos.

— Você o torna uma pessoa melhor. – concluiu Harry, mas eu neguei veemente balançando a cabeça.

— Eu acho que são as horcruxes, elas o tornava alguém pior, mas é muito difícil, não vou conseguir ser amiga dele no final, não dá para esquecer tudo o que ele fez.

— Eu acho que você devia. – disse Harry para minha surpresa, arregalei os olhos, mas percebi que não era nada fácil para ele também estar dizendo aquilo, afinal Voldemort matara os pais dele. – Ele já pagou pelo que fez, uma vida inteira sem amor ou amigos.

— Você é uma pessoa admirável Harry. – digo me debruçando sobre a mesa e segurando a mão de Harry com um sorriso no rosto.

Mais pra frente naquela semana, antes do jantar, eu estava na biblioteca para estudar um pouco de poções, não notei quando ela se sentou à minha frente até que ela se pronunciou.

— Oi Luna. – ela disse timidamente, Hermione, ela me olhava hesitante.

— Olá. – eu sorrio.

— O que está estudando? Precisa de ajuda.

— Poções, é um pouco difícil, mas não obrigada. – digo e volto a ler, ela não sai e nem fala nada, sinto seu olhar em cima de mim. – Você quer me dizer alguma coisa, Mione?

— Quero. – ela diz e suspira aliviada por eu ter perguntado. – É sobre Tom Riddle, ele... Ele ainda é Voldemort, Luna, não se engane com ele.

— Eu acho que ele já não é tão mal como era antes, talvez Voldemort esteja morto afinal. – Hermione puxou o ar sem saber como continuar, era claro que ela me achava muito ingênua por acreditar nisso.

— Luna ele pode acabar te machucando, você...

— Está tudo bem Hermione. – eu sorrio, agradecendo a ela por se preocupar comigo, ela suspira, pois sabe que não pode mudar minhas convicções, é assim também com as matérias do O Pasquim e ela acaba indo embora.

Quanto a Tom, só voltamos a nos falar no sábado à tarde, na sala precisa, onde sempre nos encontrávamos.

— Pensei que não viria. – ele disse sem olhar para mim, mais focado em um livro que lia.

— Não devia ter vindo. – digo com sinceridade, mas entro de qualquer forma e como fazia antes me sento ao seu lado. – Não acho que eu vá conseguir ser sua amiga.

— Por causa do Potter. – ele diz aborrecido.

— Por causa das coisas que você fez.

— Não importa. – ele dá de ombros. – Quando voltar a ser o Lorde das Trevas posso lhe raptar e te ter como mais um dos meus troféus, pode até ser minha Lady das Trevas se se comportar.

— Ah não faria isto! ... Faria? – pergunto arregalando os olhos e prendendo a respiração, ele ri de mim, mas não volta atrás no que disse. – Odeio quando faz isso. – sussurro, aborrecida.

Ele fecha o livro e quando faz isto noto uma conhecida cicatriz no dorso de sua mão direita.

— O que foi isso? Foi a professora Montgomery, não foi?

— Nada. – ele puxa sua mão. – Ela vai pagar por isso. – diz entre dentes, eu pego sua mão de volta e passo o polegar pela cicatriz “Eu mereço ser punido”, era o que dizia.

— Isto é mau, ficará aqui com esta mulher durante as férias? – ele deu de ombros como se não se importasse e ele era bom nisso, fingir que não se importava, mas não era tão bom em mentir comigo, pois não queria olhar em meus olhos, entrelacei minha mão com a dele. – Pode passar o natal na minha casa, papai e eu adoraríamos ter mais alguém com quem comemorar. Eu gostaria muito.

— Acho que ele não ficaria tão feliz em ter Voldemort como visita em sua casa, ainda mais considerando que eu já te raptei uma vez Luna e te coloquei nas masmorras dos Malfoy.

— Ele não precisa saber que é você. – digo incerta.

— Alguém está aprendendo a ser má. – ele diz com um meio sorriso maldoso, mas tão lindo que me tira o fôlego.

— É... Você é uma péssima influência. – digo nem reparando o quanto estamos próximos e dessa vez sou eu quem colo nossos lábios num beijo calmo.

Quando nos separamos ele me olhava com um breve sorriso no canto dos lábios, ligeiramente malicioso.

— Eu não devia ter feito isso. – digo meus olhos fugindo dos dele e focando em qualquer coisa que não fosse aqueles olhos escuros que andavam me fascinando.

— Que tal esquecer quem eu sou até o final do ano letivo? – ele sugere, segura meu queixo me fazendo olhar para ele. – Eu posso ser... uhm...

— Tom Gaunt. – sugiro, lembrando-me do que li em um livro há alguns dias.

— Sabe da minha descendência?

— Andei pesquisando.

— Andou pesquisando sobre mim. – ele sorri convencido.

— Sobre os herdeiros dos quatro fundadores na verdade. Ainda há uma herdeira de Helga Hufflepuff, você sabia?

— Interessante, não esperava menos de uma ravina, posso ser Salazar Gaunt.

— Excêntrico, mas acho que vai chamar muita atenção, Thomas Gaunt parece bom. – ele deu de ombros. – O que acontece quando acabar o ano letivo?

— Eu não sei. O que pretende fazer depois que sair de Hogwarts?

— Viajar, conhecer novas criaturas, um bufador de chifre enrugado de verdade, poderia ser uma naturalista.

Tom passou a me contar das viagens que tinha feito em busca de poder, das coisas diferentes que tinha encontrado, passamos a tarde e o começo da noite inteira ali. E na manhã do dia seguinte, fui até a sala da diretora.

A professora Minerva estava escrevendo algo que parecia importante em um pergaminho quando entrei em sua sala após seu consentimento, ela não olhou para mim, apenas perguntou “O que houve, srta. Lovegood?”.

— Tom Riddle pode passar as férias de natal na minha casa? – pergunto como se estivesse perguntando algo simples, como se estivesse perguntando se serviriam pudim no jantar de hoje à noite, ela me olhou estupefata.

— Uhm, creio eu senhorita, que não seria adequado, ele está diferente, mas ainda é extremamente perigoso, não gostaria de colocar seu pai em risco. No entanto, por que quer isto Luna?

— Ele não é assim tão perigoso, diretora, eu gostaria da companhia dele, seria melhor se meu pai não soubesse de quem se trata, não precisamos aterrorizá-lo e se está assim tão desconfiada, poderia lhe confiscar a varinha. – Tom não poderia fazer muita coisa sem uma varinha, Rony tinha confirmado isso quando brigaram.

— Uhm, muito bem, eu vou... Eu vou pensar sobre o assunto.

— Obrigada professora.

Saio da sala, provavelmente a diretora pediria o conselho de Harry antes de me dar uma resposta, não adiantava ficar pensando no assunto.

[...]

POV Tom

Era a última aula antes das férias, Defesa Contra as Artes das Trevas, queria ser o primeiro a sair para evitar a Montgomery, mas fui enfeitiçado, imobilizado em meu próprio lugar.

— Você não vem Riddle? – perguntou Parkinson.

— Vão na frente. – digo a ela e a Zabini, enquanto olhava com ódio para a bruxa de vermelho.

Quando todos os alunos saíram, ela se virou de frente para mim.

— Oh Tom ainda por aqui? – perguntou se fazendo de inocente, mas não por muito tempo, pois ela riu fria, com um feitiço a porta bateu e ela me liberou do feitiço. Levantei-me empunhando a varinha. – Ora querido vamos nos divertir muito nessas férias não? Como vai a pesquisa sobre nascidos trouxas que eu pedi que fizesse.

— Não vou fazer isto. – digo.

— Oh se recusa a fazer um trabalho para sua professora? Detenção, uhm que pena, eu acho que a cicatriz da sua mão ainda não se curou. – aponto a varinha para ela, furioso.

Cruc... – começo, mas hesito pensando nas consequências.

— Ora vamos, me torture Lord Voldemort. – ela me provoca. – Confisco sua varinha e mostro a Minerva o último feitiço realizado e você ganha uma passagem só de ida para Azkaban, facilitaria meu trabalho.

— Você vai pagar por isto Montgomery, será minha primeira vítima quando retornar.

— Você ainda acredita que vai retornar ao poder? – ela riu com deboche, eu era capaz de mata-la ali mesmo. – Como se sente Voldemort? Sendo a vítima, sabe a vingança não poderia ser mais doce. E olha, não é que você me deu uma ótima ideia... Crucio.

Ela era boa, tentei resistir, mas caí de joelhos, mordendo os lábios até sangrarem para não gritar de dor, não daria esse gostinho a ela. Quando ela parou, riu se divertindo e eu me levantei furioso. Dane-se, pensei, serei preso, mas pelo menos esta mulher estará morta.

— Avada Ke... – pela primeira vez ela me olhou surpresa, os olhos castanhos arregalados, mas a porta foi aberta e para minha surpresa foi Lovegood quem entrou, apesar de eu estar com a varinha empunhada e pronto para lançar o feitiço da morte na professora, Luna pareceu entender o que estava acontecendo.

— Professora, preciso falar com Tom Riddle, tenho a permissão?

— Claro Srta. Lovegood, o Sr. Riddle já estava de saída.

Luna e eu saímos em silêncio.

— Está cada vez mais comum te encontrar assim. – ela diz se referindo à minha aparência, eu não estava muito apresentável graças à maldição cruciatus.

— Eu ia matá-la, é eu ia e não ia sentir remorso e você percebeu, por que ainda está aqui garota? – perguntei, eu falava que iria matar aquela mulher como se não fosse nada, bem, para mim não era, era apenas mais uma, mas não para Luna.

— Porque sei que você tem um motivo para isto. O que ela te fez?

— Montgomery é nascida trouxa, os pais foram mortos por comensais da morte e ela teve que fugir durante toda a primeira e segunda guerra, agora ela está se vingando, está furiosa, pois acha que eu deveria estar em Azkaban.

— Ela te torturou? – não assenti, não queria parecer fraco e estava furioso.

— Eu vou matá-la, Luna. – digo entre dentes.

— O que ela está fazendo é ilegal, mas seria sua palavra contra a dela. Vai estar fazendo exatamente o que ela quer se matá-la, vai viver em Azkaban ou pior, sua alma pode ser sugada pelo beijo do dementador. Por sorte tenho uma boa notícia, Minerva concordou em deixar você passar o natal em minha casa, somente se... Você não levar uma varinha.

— Não se tira a varinha de um bruxo. – contesto.

— Se não quiser ir, bom natal com a Montgomery.

— Eu não disse isso. – digo e ela sorri. – Vai ser um prazer passar o natal com a senhorita.

— É melhor ir fazer suas malas então. – ela diz e se vira se despedindo com um rápido aceno, antes de sair saltitante.

Enquanto arrumava meu malão no dormitório da sonserina, com Draco, Blásio e Goyle, pensava em como me vingaria de Montgomery, eu a odiava e Lord Voldemort não esquece.

— Aonde vai passar o natal, Tom? – perguntou Blásio.

— Não te interessa, Zabini. O que precisa saber é que teremos uma primeira vítima quando voltarmos.

— Quem? – perguntou Draco hesitante.

— A professora Montgomery.

— E como vamos fazer isso?

— Sim, ficamos todos na sala em sua primeira aula, depois que todos os alunos tiverem saído, trancamos a porta e nos divertimos, vamos torturar aquela sangue ruim até ela desistir do cargo.

Blásio riu gostando da ideia.

— Sabe que se for descoberto vai para Azkaban. – alertou Malfoy.

— E imagino que aqui ninguém irá abrir a boca, certo Draco? – digo num tom de ameaça implícito. – Não importa, mesmo que eu vá para Azkaban... – eu ri frio. – Vocês se lembram de lado os dementadores estavam da última vez, não lembram?

— Conseguiria passar os dementadores para seu lado novamente, milorde? – perguntou Goyle.

A pergunta era tão óbvia que não respondi, apenas me deitei na cama com os braços atrás da cabeça e fitei o teto pensando em como exatamente seria passar o natal com os Lovegood?


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews?
Até o próximo cap
Bjs ♥