Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 7
Será que ele se importa comigo? Vamos ver...


Notas iniciais do capítulo

OIee. Sei que sou troll, mas amo ser troll!
depois do quebra tempo, recomento ouvir Love Story- Taylor Swift
http://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E



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Eu nem me lembro direito do que aconteceu depois de ouvir Catch Me com o Kujo. Bem só me lembro de voltar pra casa com ele, e no meio do caminho ele se transformou novamente em gato.

Aí eu fiz as minhas lições, jantei e descansei, até dormir.

No outro dia o Kujo-Koban ficou como gato mesmo, eu fui para a escola e ocorreu tudo como sempre. Mas algo que estava me matando de ansiedade:

Será que eu estou gostando do Kujo?

Isso estava me matando mesmo, e falar com as minhas amigas acho que estava fora de cogitação. Eu precisava de um cara para me ajudar com isso. Enquanto isso no meu cérebro houve um estalo, eu já sabia que ligar agora.

Cheguei em casa, e como de costume, minha mãe estava fora, subi e vi que Kujo continuava como um gato. Então peguei o telefone e liguei para um número muito conhecido pra mim.

‒ Sim. —Uma voz masculina falou pelo telefone--Quem está falando?

‒ Oi Hector. Sou eu, a Eliza.

‒ Oi, como vai?—Ele falou um pouco mais animado— Se você está me ligando é porque a coisa tá feia.

‒ Bem... Você acertou, cara. — eu confessei—Pode me encontrar em frente da minha casa?

Ele nem respondeu direito, Falou que já estava vindo pra cá, que eu não conseguiria falar nem “tchau” que ele já apareceria. Olha, esse cara é rápido, Hector apareceu em três minutos na frente de casa, com sua bicicleta. Eu desci rapidamente para que Kujo não o visse.

Quando desci lá estava ele, como sempre: Cabelo loiro cor de areia bagunçado, os olhos dourados meio cansados; e tinha a mesma roupa de sempre (parece que ele não troca de roupa!), o jeans surrado, a camiseta preta  a camisa azul xadrez e o tênis de corrida.

Ele desceu da bicicleta e veio me cumprimentar, mas eu nem deixei ele entrar dentro de casa, para poder ser visto pelo Kujo. Puxei-o pela mão e começamos à andar lado a lado.

‒ Fala logo Eliza. — Hector quebrou o silêncio— O que foi?

‒ Então... Eu acho que to afim de um cara.

‒ E isso é ruim?

‒ Não!—Eu exclamei—É que, primeiro: Ele me deixa louca com seu jeito de bad boy, e seu temperamento pervertido. E segundo: Eu... Eu quero saber se ele sente pelo menos algo por mim.

Hector olhou para o horizonte, pensativo. Depois de fitar o nada por alguns instantes ele se voltou para mim:

‒ E o que você quer que eu faça?

‒ Ai Hector!—Eu disse dando um tapa na minha própria testa—Pensa bem! Olha pro Norte e Recalcula a Rota!

Ele pensou por mais um tempo e se voltou novamente pra mim.

‒ Acho que já pensei bastante, o que você quer?

Meu Deus. Só Jesus na obra. SÓ JESUS NA OBRA MESMO.

‒ Estou cercada de idiotas!—Eu exclamei, bem irritadiça.

‒ Olha só quem fala!—ele ficou bravo

‒ Tá então. Vou falar com todas as letras: Eu-to-afim-de-um-cara-e-quero-que-você-me-ajude-porque-pedir-ajuda-às-amigas-não-dá-e-pro-meu-pai-é-tenso-e-eu-confio-em-você-então-ME AJUDA!

‒ Você quer saber se ele também é afim de você... Já sei! Vamos fazer assim: Eu vou começar à te trazer pra casa e ele vai ver nós dois no clima e vai ficar com ciúmes.

‒ Como você sabe?

‒ Sabendo. Então se ele te perguntar é que ele tá enciumado. Depois vou pensar num bom plano, O.K.?

Eu assenti, meio desconfiada.

‒ Pera aí. Você vai me buscar de carro?—Eu devo ter esquecido de falar, né? O Hector tem vinte e três anos e tá na faculdade.

‒ Claro que não né? Senão não dá pra ele nos ver.

Depois dessa frase ele se despediu de mim e voltou para a sua casa, e fiz o mesmo.

__oo__

Na quarta e quinta eu fiz o combinado, Hector voltou comigo da escola, nós estávamos parecendo um casal.

‒ Hey, ele tá nos vendo?—Perguntou ele na quinta, na frente de casa. Eu olhei na janela e vi o meu gato parado lá, olhando o que estava acontecendo.

‒ Tá sim...—Hector pegou minha mão e me deu um beijo no pescoço, eu devo ter ficado muito vermelha com sua aproximação.

‒ Tchau querida. Te vejo amanhã.—Ele soltou minha mão e começou à voltar para sua casa.—Aliais já tenho o plano certo pra ver se ele é a fim de você ou não. Me liga mais tarde que eu te passo as instruções, tá?

Eu entrei em casa e fui recebida por uma bola de pelos preta que não parecia nada contente, era como se eu tivesse comprado um atum gigante e não tinha dado nem uma lasquinha pra ele.

Quem era o caboclo?—Kujo-Koban me perguntou, meio agressivo.

‒ Um amigo meu.—Eu respondi

Parece que ele quer mais do que amizade... Toma cuidado, hein?

 Eu assenti e corri para o meu quarto, nem deixando Kujo entrar. Liguei rapidinho para Hector, mas que ansiosa!

‒ Alô minha flor de maracujá azedo!—Hector atendeu animado—Não pôde esperar, hein?

‒ Fala logo!

‒ Tá certo, tá certo. Então: Onde vocês mais se encontram?

Eu parei para pensar por um tempinho, como eu podia reposnder aquela pergunta?

‒ Hããn, aqui em casa.—Silêncio.

‒ Certo, amanhã eu vou te trazer e vou entrar aí na sua casa. Pode ficar tranqüila, se o plano não der certo, é que ele é sem noção.

‒ Desenvolve.

‒ Ele tá ficando com ciúmes?—Eu respondi um “arrãm” — Ótimo! Ele vai querer arrancar os cabelos. Tenho que ir por que tenho lição da faculdade. Até amanhã minha flor!

E desligou na minha cara. O que esse idiota tem na cabeça? O que ele vai fazer?

__oo__

Sexta.

O dia prometido, que o plano seria posto em prática.

Meus joelhos estavam bambos, quando vi Hector vindo em minha direção. Ele deu um belo sorriso e me escoltou como o de costume. Chegamos em casa e eu o convidei para entrar, e tals. Conforme o plano.

Hector se sentou no degrau da cozinha que dava para o quintal. A Pepe estava presa na sua casinha, então não arruinaria nosso plano. Ele indicou para que me sentasse ao seu lado e colocou seu rosto perto do meu, sua boca estava à centímetros da minha orelha.

‒ Por favor, não se assuste com o que eu vou fazer agora.—Ele sussurrou, e eu pude sentir seu hálito quente na minha pele. Puta-que-o-pariu! Ele é mais prova de fogo que o Kujo!—Faz parte do plano.

E questão de segundos eu me vi no colo de Hector e ele beijava o meu pescoço, faminto. Segurava meus braços com força e determinação. Sua boca deslizou do pescoço para a linha do maxilar, faminto.

Ele deixou de beijar minha linha do maxilar e percorreu até a orelha; Hector deu uma leve lambida na minha orelha que me deixou arrepiada. O que ele está fazendo?!

Depois de ficarmos muito nisso, só voltei à realidade quando ouvi o barulho de algo caindo no chão. Me soltei de Hector e virei para a direção do barulho, lembra que eu tinha dito que o Kujo sem roupa era o inferno na terra? Pois é, eu estava errada.

Ele nos olhava com uma cara meio aterrorizada e confusa para a cena que acabara de ver, ele tinha soltado a lata de atum ao ver a cena. Nós três ficamos nos encarando; até que Kujo saiu do cômodo silenciosamente.

‒ Não deu certo...—Hector levantou a mão, e fez contagem regressiva, do três até o zero. Ao acabar ele apontou discretamente para a direção onde dava para o resto da casa, e no cenário Kujo apareceu segurando meu livro de contos.

‒ PODE SAIR JÁ DAÍ SEU IDIOTA— Kujo apontou o livro para Hector, que me tirou do seu colo e saiu rapidinho pela porta da frente.

Acho que tinha dado certo... Será que ele se preocupa comigo? Ou até estava afim de mim...?

‒ E VOCÊ...—Ele apontou o livro para mim - Tome mais cuidado! Puta-que-o-pariu! Você quase me mata do coração! Esse cara... SE ELE APARECER AQUI NOVAMENTE EU MATO!

‒Desculpa. É que... Sei lá, eu confio muito nele, e não seu o que me deu. E tipo, congelei.

‒ Quem é o maldito?—Ele indagou, agressivo.

‒ Ele é o Hector...—Eu comecei— Ele é...  O meu primo.

E o livro foi pro chão. Kujo me pareceu mais branco que papel. Aliais, eu já havia dito que Hector é o meu priminho de segundo grau? Não? Como sou esquecida... {N/A: ELIZA VOCÊ PRECISA SER MENOS ESQUECIDA MEU BEM, ANTES QUE NÓS TENHAMOS UM INFARTO}

 ‒ Pára tudo!—Kujo grito o mais alto que pôde— Como assim?!

‒ Eu falei que eu tinha conhecido um cara, pro Hector. Ele falou que tinha o método perfeito para saber se o cara se importa comigo ou não— Menti descaradamente.

‒ ÀS FAVAS VOCÊ E O TEU PRIMO! Custava você ser menos louca? É claro que eu me importo com você! Você é a pessoa mais importante do mundo para mim!

Depois de acabar a frase, ele passou de branco como papel para vermelho tomate. E parece que o chão parecia muito mais interessante do que olhar para mim.

Por fim ele se virou e virou um gato. Tenho certeza que Kujo deu graças à Deus, pois não sabia onde enfiar a cara. Ele caminhou elegantemente até o meu quarto, e eu o segui, muito feliz.

Acho que não há prova de amor melhor do que dizer: “Você é a pessoa mais importante do mundo para mim”.

Cantarolei trecho de Love Story: “ Essa é uma história de amor; Querido, apenas diga ‘sim’”.


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Notas finais do capítulo

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