Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 3
Uma tediosa sexta-feira


Notas iniciais do capítulo

Tá meio fraquinho esse cap. Mas vou caprichar no próximo!



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Porcaria! Por causa do Kujo eu estou atrasada!

Desci as escadas rapidamente; mal dei ‘bom dia’ para os meus pais, só peguei meu café da manhã e indaguei, apressada:

‒ Mãe, você vai ficar no restaurante hoje?—Ela me respondeu um “arrãn”. Ah, eu esqueci de dizer que minha mãe gerencia um restaurante com a minha tia? Pois é; é de comida caseira...

Engoli a torrada com manteiga e saí correndo para a porta de entrada, chutando a porta para fecha-la. Joguei um pedaço de pão para a Pepe e caminhei pelo jardim da minha casa.

Fechei o portão, que rangia, reclamando por ter de ser usado tão cedo. E olhei no relógio. Putz! 7:55! E eu entro às oito!

Corri com a mochila carteiro debaixo do braço. Graças à Deus o colégio é pertinho de casa, quando cheguei lá, estava a mesma densidade demográfica de sempre. Caminhei até dentro do prédio principal e avistei de longe minhas amigas:

‒ Oi, Oi!—gritou Mariana, a morena magrela, de olhos castanhos mais claros do que os meus. E como sempre estava estilosa— E aí Eliza? Tudo bem?

‒ Ah, oi meninas. Estou ótima—Eu tentei disfarçar o sorriso amarelo

‒ Bem, você não sabe da novidade!—Continuou Helena, que afastou os cabelos loiros escuros cacheados da frante dos olhos amendoados—O Gabriel me chamou pra sair e...

Eu não sei do resto da história, porque me recusei em ouvi-la. Já sabia daquela enrolação há meses. Esse via-não-vai que minhas amigas tem passado em seus relacionamentos.

É engraçado, sempre a mesma ladainha. Helena com esse Gabriel, Isabela com aquele Gustavo, a irmã da Isa, a Júlia tem o Lucas. Só a Camila e a Mariana estão na fossa!

Ah; tirando eu, é claro. Sempre estive na fossa.

Eu me afastei um pouco da aglomeração de meninas. De longe só dava pra ver um monte de garotas fofocando. Olhei para cada uma delas, notando sua alegria em falar nesse assunto.

Só não percebi a aproximação de alguem por trás de mim.

Me assustei com o bom dia que foi dito no meu ouvido. Me assustei tanto que dei um gritinho alto com a presença de Camila. Ela estava do mesmo jeito de sempre: Cabelos caramelos bagunçados, camiseta listrada, tenis preto desenhado com caverinhas, os olhos verde-piscina delineados com lápis de olho preto.

‒ E aí hein, Eliza?—Ela levantou uma sombrancelha—Parece preocupada...

ODEIO pessoas sensitivas. Odeio mesmo.

‒ Nada não filha. Só não quero ouvir mais um dos “bolos” que o namoradinho da Helena e...—Fui bruscamente interrompida por gritinhos histéricos vindos da direção da minha turma. Isabela e Júlia vieram correndo para perto de nós.

‒ Vocês não acreditam!— Veio Júlia, com seu cabelo castanho claro de mechas todo amassado, de quem tivera abraçado alguém fortemente—A, Helena, foi pedida em namoro!

‒ Isso aí!—Isabela tirou grandes mechas secas de cabelo cor de mel da frente do rosto—mas não em qualquer momento, foi num momento maravilhosamente romântico e... Pervertido.—Ela se aproximou de mim para cochichar.

Desviei das irmãs e fui em diração à Helena, esperando por uma explicação. Ela estava rubra, cheia de vergonha.

‒ Bem... Estávamos na hora H, entende? Ele disse no calor do momento que me amava que queria, bem, me namorar...—Ela corou mais um pouquinho—Sem contar que disse que queria o meu corpo nú...

Eu tentei abafar o riso. Helena, na cama? Ah sim, deve ser algo muito estranho do modo que eu a conheço ela não pode nem ver um filme com cenas de amasso que já tem um acesso de vermelhidão!

Dei uma batidinha de leve em seu ombro e me aproximei dela:

‒ Você não é tão santinha como pensam, hein?—ela me deu um soquinho e começou à gargalhar, indo até a sala de aula.

__oo__

O resto do dia foi terrivelmente chato, eu não parava de pensar no Kujo. Em seus lindos olhos azuis e...

EU ESTOU DEVANEANDO NOVAMENTE!

Foco, foco. Não distrai... O sinal tocou... Já se passaram todas as aulas e eu nem sabia o que o professor queria de lição?! Finalmente era sexta-feira! Saí junto das minhas amigas para a rua. Elas começaram à tagarelar sobre planos para o fim de semana, e falar sobre a feira de ciências que aconteceria na terça-feira. A feira que eu não iria participar, pelas as minhas boas notas, e onde todo mundo está se matando para conseguir uma boa nota...

Eu já disse que sou CDF?

Dá-lhe, Eliza!

Minhas amigas, ou melhor, minhas manolas do gueto e eu combinamos de sair no sábado à tarde, Helena iria nos apresentar seu príncipe encantado e iriamos segurar vela deles no cinema. Mas que ótimo, adoro segurar vela!

Me despedi das meninas e fui direto para casa, distraída como sempre. Começei a pensar novamente no Kujo, com suas fofas orelinhas de gato, seu corpo lindo, sorriso perfeito até que percebi que já estava passando da minha casa.

Depois de rir sozinha da minha distração abri o portão, que reclamou como o de costume. Fui direto para a cozinha e vi no balcão um bilhetinho da minha mãe:

“Filha, eu estou no resteurante. Qualquer coisa liga para a cozinha do restaurante ou pro meu cel; Esquenta a janta. O seu pai deve passar lá com compras, então estaremos de volta lá pelas 19:30 ou às 20.”

Legal, são lá pelas 16:40. Tenho um bom tempinho pra conversar com um certo garoto-gato.

Subi as escadas até o meu quarto e abri a porta, será que ele está aind como um belo garoto? Entrei no aposento e dei de cara com um montinho de pelo deitado na beira da cama. Cheguei bem pertinho, e cutuquei ele com meu dedo indicador.

Ele se mecheu e levantou por fim. Me olhou novamente com seus belíssimos olhos azuis, como se me perguntasse “Porque raios me acordou?”.

E eu escutei um leve sussuro dessas palavras mesmo.

Me assustei com o que tinha ouvido, e logo me aproximei de Kujo; quero dizer! Koban.

‒ Você fala?

Não, não. É só um espírito conversando com você, besta.

‒ Engraçadinho. Explique-se.—Tentei falar, autoritária.

Bem, eu não sei como funciona. Mas é um contato telepático que eu posso fazer quando estou nessa forma. Sabe o filme Eragon?—Afirmei—É tipo o contato do dragão com o humano. Não sei se outros podem me ouvir...

‒ Bacana... Certo, como foi o dia? Bom?—Ele piscou forte, como se disesse sim.—Ótimo. Eu vou ver a nossa janta e fazer a lição, OK?

Koban não se mexeu; eu virei e caminhei em direção à cozinha. Sem me importar que ele me seguia. Esquentei a janta, coloquei atum para Kujo-Koban e subi.

Demorou bastante para que os meus pais chegassem em casa, eu já havia feito minhas coisas, tomado banho, estava deitada na cama, cochilando, quando ouvi o barulho do portão sendo aberto, e olhei no relógio. 21:15; eles estão atrasados...

Não me lembro de muita coisa a mais, Pois dormi rapidinho. Tinha que estar descansada para sair com as minhas amigas no dia seguinte.



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Notas finais do capítulo

Meeu, tenho 5 (cinco, five) leitores. Amo vcs meus bbs *--*
Mas ninguém dá um review, pf me deem um review, senão não sei se vcs estão gostando ou não!



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