Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 28
OVA III- Anos à parte.


Notas iniciais do capítulo

Mamíferos!! Como vão?? Bem esse é o penúltimo OVA que eu farei. Y.Y
Boa leitura!!! ( ah pra quem quiser ouvir a Fallen Angel: http://www.animelyrics.com/anime/psg/fallenangel.htm)



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Digito a última frase e coloco para a máquina salvar o arquivo. Depois me espreguiço de um modo bem relaxante e olho para fora da nossa casa. A visão de uma área de proteção ambiental é deveras relaxante, as árvores, o barulho da mata se misturando com a sinfonia próxima da cidade é música para meus ouvidos. Apesar de ser Dezembro, o tempo é ameno, portanto estou de agasalho, sentada na cadeira do escritório. Fallen Angel soa através os meus fones de ouvido, agora sinto que estou realmente tranqüila por ter terminado esse projeto.

Corro os olhos pela mesa, me fixo no retrato da formatura do Ensino Médio. Já se fazem muitos anos... Como estou velha, trinta e sete anos. Me espreguiço novamente e ouço passos apressados perto da porta, mas não me movo. Logo a porta se abre e ouço uma voz muito familiar:

‒ Querida, fui buscar o boletim —Kujo se aproximou, colocando a mão em meu ombro— Quer dar uma olhada?

Finalmente me viro em sua direção. Me perco em pensamentos, vendo sua figura agora desgastada pela idade. Ele se tornou veterinário, e abriu uma clínica especializada em felinos.

Pego o boletim e olho bem as notas. Tudo ótimo, menos em física. Ah, quando ele vai aprender que não deve insultar os professores, assim ninguém vai gostar dele. Dou um longo suspiro e coloco o boletim na mesa, me viro para Kujo, ele já sabe que o deve chamar.

Depois de alguns minutos de espera, ele aparece. Os cabelos antes cor de chocolate, agora estão louros, os olhos azuis profundos mostravam nervosismo.

‒ Para começar, Dante. —Eu falei—Preciso realmente perguntar?

‒Não...—Ele falou num sussurro.

‒ Por que pintou os cabelos?—eu indaguei novamente, ele ficou quieto por alguns minutos— Te fiz uma pergunta.

‒ Ora, não posso pintar o meu cabelo? O cabelo é meu!

Fiquei mais irritada, ele é igual ao pai, sabe como me tirar do sério.

‒ Desculpa.—Dante admitiu—Fiquei cansado dessa aparência comum e esquisita.

‒ Você não é esquisito.—Falei— Herdou a beleza do teu pai, portanto fique feliz. Mas o foco não é os seus cabelos, e sim as suas notas. Seis em física? Sendo que no resto o mínimo é oito?

‒ Já casei de falar. Ele me persegue.

‒ Você tem sérios problemas de comportamento, Dante. Sérios. Tem que frear o seu ego e o seu sarcasmo, eu pretendo ter netos, sabia? E desse jeito ninguém vai sequer falar com você.

O garoto ficou em silêncio. As vezes nem parecia que ele tinha quatorze anos, tinha momentos que era mais maduro até do que nós, seus pais; mas momentos que ele era infantil como uma criança de cinco anos.

‒ Na verdade mãe.Eu tenho saído com algumas meninas da minha classe.—Ele ruborizou— Mas saio mais é com um colega meu e-  

Dante não teve a chance de terminar, pois Kujo teve um treco e desmaiou do meio do nada.

O_O_O

‒ Obrigado.—Eu disse à uma enfermeira que tinha colocado soro no meu marido inconsciente. Eu me sentei na poltrona ao lado dele e chamei Dante para perto. Pela primeira vez em muito tempo, meu filho se sentou em meu colo e ficou olhando para seu pai.—Perdoe ele, ele é muito exagerado Dante.

Quando eu terminei a frase, Kujo acordou rapidamente e olhou com olhos arregalados para nós, depois deitou a cabeça no travesseiro, aliviado.

‒ Tive um pesadelo.—Ele disse—Onde o Dante falou que estava saindo com um cara.—Ele olhou para nós, e fizemos uma cara culpada—O QUE?! NÃO ACREDITO NISSO, DANTE COMO VOCÊ PODE?! ISSO SIGNIFICA QUE É CULPA MINHA E-

Não o deixei terminar, peguei meu livro de contos e bati com sua lombada na cabeça de Kujo.

‒ Como, VOCÊ PODE FAZER TANTO ESCANDALO?! EU VOU TE MATAR SSEU IDIOTA!—Me joguei em cima dele e começei a chacoalhá-lo, e foi necessário quatro enfermeiras, dois médicos e o meu filho para me tirar de cima dele.

Estávamos agora fora do quarto, sentados na recepção.

‒ Mãe —Dante chamou—Não é nada disso que vocês estão pensando. Eu estou saindo mais com o meu amigo por que ele me dá dicas de como chegar na garota que eu gosto. A irmã gêmea dele.

Me virei para ele.

‒ Você não gosta da fruta? Quer dizer, frutas cilíndricas?—Meu filho ruborizou, e fez um gesto negativo com a cabeça.

‒ Mãe. Era sempre assim as suas brigas com o papai antes deu nascer?

Eu parei para pensar. Me lembrei do meu livro, todas as besteiras que fazíamos, brigas, piadas, carinhos, festas, tudo. Eu sorri torto e sincero para Dante.

 ‒ Era pior filho.—Eu dei uma risadinha—Eu e seu pai não tínhamos medidas.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, mas é de coração!! Eu amo esse nome: "Dante", é tão lindo *0*