Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 2
Garoto? Gato? Garoto-Gato?!


Notas iniciais do capítulo

AEeee. Tudo beleza minha gente??
Aqui está, bem engraçado, e cheio de maluquices pra vocês.



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Os raios do sol começaram à entrar pela minha janela, Batendo timidamente no meu rosto. Me espreguiçei tranquilamente, por perceber que o despertador ainda não havia tocado. Não sei como, mas sentia algo roçando em minhas costas, me lembrei de Koban, que provavelmente deveria estar dormindo comigo por baixo dos lençóis. Ué, o que está encostado nas minhas costas é bem maior que um gatinho. Confusa, me virei.

A única coisa que me lembro é de tentar não cair da cama e levar o endredom junto. Quando não me virei vi um cara deitado na minha cama, dormindo tranquilamente, como se fosse a própria cama. Eu me afastei abruptamente dele quase caindo da minha minúscula cama de solteiro e se segurando nos lençóis pra não dar de costas na chão.

Por ter sentido o movimento na cama, o garoto acordou e caiu da cama sem querer, fazendo um belo barulho quando suas costas atingiram o chão. Eu também saí da cama e peguei o abajur para me defender do pervertido que invadiu meu quarto.

‒ Você aí! Eu tenho um... Abajur!—disse confusa ao ver o objeto na minha mão—Não tenho medo de usa-lo!—Como se um abajur fosse me defender de um pervertido...

O garoto se levantou com dificuldade, praguejando baixo. Ficou em pé e me olhou, tão assustado quanto eu; E eu, corajosamente, tentei não soltar um sonoro “Puta-que-o-pariu!” quando o vi.

Ele tinha os cabelos pretos, tão pretos que pareciam até ser azuis, rebeldes. Os olhos eram de um azul profundo, igual o alto mar; sua pele era branca como a neve, parecia ser bem macia. Ele usava uma roupa toda preta: calça, camiseta, jaqueta de couro (Uau), até o All Star dele era preto!

A roupa dele parecia ser meio rasgada, dando aquele irresitível ar de bad boy. Tinha um colar daquele de soldados, com as plaquinhas com o nome, mas daquela distância não conseguia ver o seu nome.

Ele era um gato!

Puta-que-o-pariu!

Ele me olhou com aqueles belos olhos azuis, e eu pensei que iria derreter, ainda mais com aquele olhar de gatinho perdido. Ele contornou a cama e veio ao meu encontro. Foi aí que eu vi... Algo que nenhum menino tem. Na verdade nenuma pessoa deve ter.

Ele tinha orelhinhas fofas de gato! Aquelas que você quer tocar para ver se são tão fofas quando aparentam. Eu estou devaneando! Ele é um pervertido! Bem, uma pervertido muito lindo, Mas é um pervertido!

Ele chegou na minha frente e me olhou confuso (E eu ainda com o abajur na mão). Quando ele passou os olhos pelo meu corpo, sorriu. E eu, maravilhosamente, soltei o abajur que caiu no pé dele.

Ele começou à pular de dor pelo meu quarto, e eu atrás dele, tentando dar uma ajuda. Ele se sentou na cama e massageou o pé por cima do tenis. Me olhou indignado e fez uma careta de dor.

‒ Não dava pra você soltar essa porcaria no pé de outra pessoa?—Sua voz era melodiosa, e bem sensual... Aaaa, o que eu estou pensando meu Deus do céu?!

Quando se recuperou, levantou, ele fez como se fosse dar um discurso. Aí eu me lembrei que ele era um pervertido; pequei o primeiro caderno que encontrei, a começei a bater com o aspiral nele.

Ele tentava se proteger, inutilmente. Quando conseguiu pegar o caderno da minha mão, aproveitou e segurou o pulso da mão livre, me deixando presa. Ele me empurrou até a parede e olhou bem nos meus olhos.

Eu tentei desviar do seu olhar intenso, até que mirei nas plaquinhas de indentificação em seu pescoço. Tinha numa delas o nome KOBAN em letras cursivas bem grandes.

Pera aí... Orelhas de gato, Cabelos pretos, olhos azuis, Olhar pidão de gato, É apelidado de Koban... Eu percebi, Cade o Koban?!

‒Koban... ?—Perguntei timidamente. E recebi como resposta um aceno de cabeça descidido.—Koban?! Mas como?

Koban me soltou e sentou na cama, Mas que gato folgado!

‒ Pra começar, Koban é o nome da minha forma de gato. Eu me chamo, quando estou assim, Kujo.

‒ Kujo? Com a mesma pronuncia de “ku”, “sofrimento” em japonês?

‒ Exatamente. Acho que por tanto ter sofrido nessa forma de gato, Kujo é o melhor nome que podem me dar...—Ele refletiu sozinho.—Bem, mas chega de ladainha. Sei que você é a Eliza.

‒ Tá, já que nós já fomos apresentados, me explica qual é a dessa sua forma...—Linda? Sensual? Magnífica? Avassaladora?—Humana.

‒ É complicado... Eu sou originalmente assim, mas me transformo em gato as vezes. Pode acontecer a qualquer momento, é muito imprevisível.

‒ Certo... Mas porque você se transforma?—Ele abriu a boca, mas fechou-a rapidamente. Fez umas caretas bem engraçadas, como se mastigasse o ar, e fosse algo muito difícil de digerir. Depois de um tempo, ele bateu forte com o punho na parede, frustado.

‒ Merda! Eu não consigo contar pra ninguém da porcaria do f- —Ele começou a mastigar o ar novamente—Aquela bruaca maldita!

‒ Dá pra parar? Desse jeito você vai acordar os meus pais! Olha, meu pai me mata se me encontrar dormindo com um garoto na minha cama, não sei se você pode ficar e...—Kujo me olhou com a cara mais fofa do mundo, que poderia derreter até a mais fria das pedras de gelo.—Tá, você fica!

Ouvi uns barulhos lá em baixo. Minha mãe já acordou! Tenho que esconder o Kujo-Koban logo! Peguei o garoto pelo pulso e o guiei até o meu banheiro.

‒ Fique aqui até se transformar em gato de novo. Vou deixar a porta aberta para que você consiga sair. Não saia daqui até ser um gato, ouviu?—Kujo assentiu—Mais tarde falaremos sobre isso tudo.


Peguei minha escova de dentes e fechei a porta na cara dele. Me vesti o mais rápido o possível. Calça de jeans, blusa roxa, tenis preto, bolsa da escola... Tudo aqui. Desci correndo, ainda com as pernas moles, por ouvir a bela voz do meu gatinho.



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Notas finais do capítulo

Kujo... *¬*
Eu te amo meu bb!
Reviews??



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