Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 14
Uma reunião de família MARAVILHOSA


Notas iniciais do capítulo

OII
Queria agradecer a: Naiko-chan, Yue-san e Toyu-chan! MEUS BEBES AMO VOCÊS!!
olha, não sei se ninguém notou mas... Quinta feira passada (25/10) foi o ANIVERSÁRIO DE DEZESSEIS ANOS DO KUJO!!
e vou fazer uma edição comemorativa da festa maluca dele. ^^
Boa leitura!!



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 Sabe essas besteiras de almoço em família? É uma bobeira sem tamanho, certo?

CERTO?

Espero que sim. Pois não quero ir na que eu estou sendo forçada a ir.

Já se fazia uma semana desde o feriado que fomos enquadrados, e minha mãe deu na louca de se reunir na casa da minha vó pra comemorar alguma coisa.

E eu não quero ir.

‒ Você vai.—Minha mãe falou.

‒ Mas mãe...—Ela me lançou um olhar matador e eu calei a minha boca. Vish...

Assim, catei meu fone de ouvido, o livro de contos e já ia tacar dentro da bolsa quando ouvi um miado.

Me leva? Kujo-Koban falou com a voz fofa. Aff, eu não resisto a ele. Mas olhei bem para seus olhos e repondi em bom e alto tom:

‒ Meu amor, é claro...—Falei com a voz doce—QUE NÃO.—E deixei-o miando sozinho.

Demorou uma meia hora até chegar na casa da minha avó. Era grande e espaçosa, com um quintal e churrasqueira enorme. Entrei na casa e fui direto para o quintal de trás, mas quando cheguei lá, tive uma pequena surpresa.

Não estava só os meus avós, mas sim: Minhas duas tias e meus dois tios por parte de pai e a penca de primos (uns seis contando com o Hector).

Minha tia Kátia é a mãe do Hector, ela é uma quarentona que acha que tem vinte anos, se veste com umas roupas escandalosas e é uma loira de farmácia. Aliais, ela tem três filhos, o Hector e mais dois gêmeos, o Carlinhos e o Maurinho.

O marido da tia K, é o Mauro. É aqui tem aquela coisa de Fulano avô, Fulano pai, Fulano filho. Ele é irmão do meu pai e é também um quarentão forte e tacirtuno.

Os gêmeos são as versões mais novas e melhoradas do Hector. Deveriam se chamar Hector II e Hector III de tão parecidos com o meu primo.

Aí tem a tia Glória. Ela tá chegando nos quarenta e é uma mulher muito preservada para sua idade. Ele é a caçula da minha avó, e é uma morena séria de beleza natural.

E tem o Maridão Bão, da tia G. O tio Max. Ele chegou aos quarenta com muita energia, e me lembra a personalidade do Tio Cosme, descrito no Dom Casmurro, bem relax e desligado que adora um jogo de gamão.

As filhas da tia G, são: A prima Justina. É, Justina, o nome da minha bisavó. Ela é uma fresca loira de farmácia muito chata que vive colada no celular. É  a típica menininha que está entrando no nono ano e se acha.

Tem também a Ingrid. A filha que a minha tia Glória nunca mereceu, acho que a primeira vez que a tia viu aquela bisca com uma vestido curto ela olhou pro céu e pensou: “o que eu fiz de errado Senhor? Me explica!”

E tem a minha bebê. A fofa da Tarsila. Ela é uma menina de onze aninhos que anda de skate, lê quadrinhos, adora animais e é o um anjo! Ela é a versão menos da tia, a filha que ela merece.

Bem, começou o almoço. Minha avó trouxe uma pratada de Spaguetti par cada um de nós e distribuiu uma coxa de peru para cada. Enchemos o nosso bucho rapidamente enchemos o bucho e os mais velhos ficaram jogando truco e gamão na mesa da cozinha, e os primos deveriam brincar a partir daí.

Claro, se tivéssemos uns cinco anos.

Justina se sentou na cadeira de balanço sagrado da vó (que herdou da mãe dela, que herdou da mãe dela, que herdou da mãe dela, que herdou da mãe dela.) sem ao menos pedir permissão, e começou a falar com sua estridente vozinha no celular.

Maurinho, Carlinhos, e Tarsila começaram a brincar e andar de skate e patins no quintal, como lindas crianças sadias de comercial de margarina.

A Ingrid começou a andar meio perdida naquele lugar, não tinha nenhum homem pra se oferecer, né?

O Hector se sentou do meu lado e ficamos naquele silêncio estranho. Até que ele virou para mim e falou:

‒ Você me disse que chupou dedo até os doze anos.

WTF?! COMO ESSE DAÍ SABE DISSO?

Eu me engasguei com o ar e virei para ele, totalmente confusa.

‒ Sabe no feriado?—Ele explicou—Benten deu uma bebida pra que você se acalmasse, e você começou a contar essas coisas pra mim. Também falou que tinha medo do Ronald McDonald quando menor, que chorou assistindo Viajem de Chiriro, que sentiu uma queda pelo professor de química do nono ano, que odeia esquilos, que já pensou em matar alguém, que jê quis passar a serra elétrica num esquilo, que adora garotos morenos gamers, pervertidos, e maliciosos, que achou uma música do Restart bacana, que não tem medo da menina do exorcista, pois suas cara se assemelham e que queria o Kujo na sua cama amarrado, amordaçado e na sua cam...  

Tampei a boca dele rapidamente, para que ele não falasse besteira. 

Meus outros primos olharam para nós, a cena minha com a mão na boca do Hector. Tirei a mão e olhei furiosa para ele. Minha tia K apareceu para dar uma olhadinha em nós.

‒ Bebês! Como vão?—Ela parecia um pouco altinha.

‒ Mãe você fez a famosa pergunta para a Eliza?—Hector perguntou sorridente.

‒ Ainda não!—Ela sorriu amarelo—Então, como vão os namoradinhos?

MALDITO SEJA O HECTOR, AQUELE VADIO.

 Eu ia falar que não tinha arrumado ninguém quando o maldito me cortou.

‒ mãe, a Liz tá quase namorando!—O TERROR, O HORROR, O QUE ESSE IDIOTA ESTÁ FALANDO?!

‒ Sério?—Tia K perguntou, incrédula. Atraindo olhares de todos os presentes no quintal.—Olha só Ingrid, até a Liz tá comprometida, e você é só rodada!

Risinhos saíram das bocas de todos, eu me segurei para não correr na frente dele e falar: “SE FUDEUU, SE FUUDEUU!”

‒  Marta!—Ela gritou para minha mãe— sua filha arrumou namorado?—PUTA QUE PARIU, SAI COM UM MEGAFONE FALANDO PRO MUNDO INTEIRO QUE EU GOSTO DO KUJO MESMO!

Minha mãe apareceu e começou a fazer um monte de perguntas idiotas e constrangedoras, tipo: Como ele é? Que idade? Estuda o que? Tem planos pro futuro? Vem cá, você está se protegendo??

 HECTOR, SEU MALDITO SEM-VERGONHA EU SEI QUE POR DENTRO VOCÊ ESTÁ FAZENDO TROLL FACE!

 Minha tia Glória apareceu e acalmou a minha mãe, ela levou as duas coroas para dentro e voltamos a ficar sozinhas no quintal. Eu olhei para os meus primos e pedi um tempo à sós com o Hector.

Quando todo mundo vazou eu tirei o pau de cutucar ninho de vespa da casa da minha avó e comecei a correr atrás do meu primo viado.

‒ EU SOU MUUUUUITOO TROLL!—O maldito gritou.

Bem, aí a coisa se complicou. Digamos, pra muito pior.

Tem no quintal da minha avó uma outra parte do terreno, onde tem uma mureta e começa uma parte cheia de jabuticabeiras e pitangueiras. O Hector tentou pular aquela mureta, mas como ele já está ficando velho e lento, eu o segurei pelo pé. Ele se estatelou na mureta e eu subi em cima dele. É, subi, fiquei em cima do quadril dele e segurei a vara ameaçadoramente.

‒ TE SENTO A VARA SEU PRIMO BAITOLA!—Eu gritei e aí a coisa ficou preta. Justina apareceu e gritou “Meu Deus! Incesto!”

Toda a galera veio ver o que estava acontecendo, e eu comecei a me desesperar, tentando sair de cima do Hector e no frigir dos ovos eu caí.

Pro outro lado da mureta, quase que em cima de uma pitangueira milenar.

Bem, eu só acordei depois de uma meia hora, com toda aquela gente em cima de mim. Minha mãe me olhava preocupada e pegou no meu rosto dizendo:

‒ Bebê, se machucou? O que estava acontecendo lá? O Hector te machucou? Você tem mesmo namorado?—Meu Deus, só faltou ela perguntar “Qual é o quadrado da hipotenusa de PI, sabendo que o cateto adjacente é 60?”

‒ Mãe, calma ok?—Eu me levantei com dificuldade, sentindo uma pontada nas costas— To legal. Tava brigando com o Hector. Não, ele não me machucou, foi a queda. E eu não tenho namorado.

‒ TEM SIIIIM!—Gritou Hector para minha mãe.

‒ VÁ SE AUTOFECUNDAR, SEU FILHO DE UMA MULHER QUE PRESTA SERVIÇOS SEXUAIS EM TROCA DE DINHEIRO!—Eu gritei de volta, e Tia K pareceu ofendida.—Desculpa aí, tia. Foi sem querer.

Hector saiu correndo ao ver o meu olhar de pura fúria, e eu me enfurenei dentro do carro, emburrada.

Não demorou muito até cair a ficha dos meus pai que eu estava querendo ir embora. Minha mãe entrou no carro e se virou para mim:

‒ Você não adora reuniões de família?—Ela deu um sorriso radiante.

‒ Mãe, você não faz idéia.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: EDIÇÃO COMEMORATIVA DE ANIVERSÁRIO DO KUJO!
Reviews?? XD