Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 13
Um FF (Feriado Furado)- parte 3


Notas iniciais do capítulo

OMG, Yue-chan... TE AMO DEMAIS LINDA, SUA FOFA! OBRIGADO PELA RECOMENDAÇÃO!!
Sei que sumi, ia postar antes, mas não deu ;-;
Espero que corresponda com suas expectativas pessoal!



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Domingo. O dia mais esquisito da minha vida.

Porque? Bem, supondo que eu não sou uma flor de maracujá e que um bando de moleques mais velhos ficaram me cantando, acho que isso já é bem esquisito.

~P.O.V HECTOR~

Beleza, a merda da aposta estava sendo posta em prática.

Começou com o round do Nando. Como já suspeitava, a coisa não deu certo. Eu mesmo vi, foi complicada.

Era lá pelas sete da manhã, o Nando pegou daquelas buzinas insuportáveis e foi bem em baixo da janela da Liz com um violão na mão. Ele apertou aquela bodega por um minuto contínuo e o alvo da aposta abriu a janela.

‒ Mas que porra é essa?!

‒ Minha bela dama, Devo comparar-lhe com um dia de verão?—Nando colocou a mão no peito e falou romanticamente.

‒ Não deve.—Ela respondeu seca.

‒ Tá então.—Ele pegou o violão e dedilhou nas cordas começando a cantar—Mina, teus cabelo é da hora. Seu corpão violão. Meu docinho de coco, tá me deixando louco!

Ele nem conseguiu acabar o segundo verso, pois Eliza pegou o regador de plantas e jogou toda a água que tinha lá.

Nando, fora da aposta.

Mais tarde, Pedro foi tentar.

Eliza estava sentada na varanda pensando na vida, ou até olhando o mar, sei lá. E Pedro foi até ela.

‒ Gata, seu pai é pescador?—ele lançou a cantada mais manjada de todas.

‒ Não Pedro. Por que?—Minha prima fez questão de perguntar.

‒ Por que você é uma piranha!—Ele sorriu amarelo, e ao ver o olhar de oficial do exército nazista que torturou judeus o seu sorriso sumiu.—Ok... Então, vamos brincar de nuvem? Eu fico nu e você vem!—Eliza intensificou o olhar maldito e ele deu um outro sorriso amarelo—Então, linda! Seu nome é Thaís? Porque você tá espetacular!

Eliza deu um soco bem dado no ombro do Pedro, que eu tenho certeza que ficou roxo.

‒ Vai cantar a vadia da sua mãe, filho-da-puta.

E saiu, emburrada. Acho que desde que o Nando a acordou ela não dormiu mais, e ela com sono é o capeta.

Ninguém foi atrás da Eliza depois do incidente com o Pedro só tentaram investir nela mais tarde. E foi a vez do Guilherme.

A Eliza fez amizade com a Nanda e com umas meninas que moram por lá, já ia começar o luau, portanto já eram umas sete da noite, A garotas apareceram com um kit de fogos pequenos, tipo aquelas estrelinhas. E o Guilherme foi se enfiando no meio.

‒ Vamos brincar com fogos?—Uma das meninas perguntou.

‒ Ora, alguém tem fogo? Isqueiro?—Eliza perguntou.

‒ Pra que fogo se a chama da paixão e do pecado já foram acesas entre nós, boneca?—Guilherme a pegou na cintura, mas ela deu novamente o seu olhar assustador e sádico. Só faltou ela falar “Vamos jogar um jogo?”

‒ Boneca tem em loja de brinquedos, idiota. Tira as suas mãos imundas de mim e vai enfiar essas chamas num orifício, tá?

Guilherme murchou e foi embora.

Certo, o último, Kon.

Depois de ser assediada pelo Guilherme, Eliza foi até o quiosque do cara que está acompanhando os caras. O Benten.

É, ele também é estrangeiro, é um dos amigos mais antigos do Kon e bem ele é muito diferente...

Apesar de ser um homem, ele parece uma moça de pernas lindas, loira, de rosto delicado, e olhos celeste. Até, que quem não o conhece, primeiramente o acha uma mulher, mas ao ouvir ele mandar Pedro e Guilherme trabalharem direito muda de idéia.

Eliza estava sentada no balcão contando seus problemas ao Benten, que segurava a garrafa de dois litros de sake numa mão e tinha um copo na outra, oferecendo a ela. Kon se aproximou, e colocou um embrulho no balcão, Benten ao ver que ele ia por o plano em prática deixou a garrafa de sake e foi dar uma volta na praia.

‒ Noite difícil?—Liz respondeu com um aceno de cabeça —Acho que isso pode ajudar...—ele desembrulhou o pacote e mostrou um pedaço de torta de cereja para ela. Eliza começou a devorar a torta com muita garra, e Kon ficou em frente dela.

‒ Você que fez?—Eliza perguntou, e Kon deu um sorrisinho—Meu Pai! Queria ser tão boa na cozinha assim!

‒ Um dia você será.—Ele tirou um cigarro e fez que iria acende-lo, mas parou-o na direção da boca e olhou Eliza de soslaio— Está suja. A tua boca.

‒ Ora! Onde?— Eliza já ia atrás de um espalho para se limpar, quando KOn segurou seu rosto e o aproximou do seu.

‒ Aqui...—ele foi se aproximando, quase tocando os lábios dela até que...

Posso dizer que eu tentei não rir, ao ver aquela cena. Tentei não rir, antes de socorrê-lo.

Recapitulando: Eliza ao notar que Kon ia beijá-la pegou a garrafa de sake com a mão direita e bateu com tudo na cabeça dele (até que a garrafa se quebrou) , depois que Kon se afastou, ela deu um tapa ardido no seu rosto que doeu até em mim, e ainda depois se levantou e deu uma cotovelada nas costas dele. Depois dessa manobra, saiu em busca de Benten.

Eu ajudei Kon a se recompor e ele olhou nos meus olhos:

‒ Essa é fiel. E você venceu a aposta, cara.—Ele olhou pro chão, derrotado.

Aliais, eu disse que eu apostei que nenhum ia ganhar, pois ela é muito apaixonada pelo Kujo? Sem o Kujo saber é claro...

~P.O.V. ELIZA~

Putz, que raios de dia louco foi esse?

Me explica? Quando é que você é assediada por três caras conhecidos seus?

Estava indo atrás do Benten, pra ver se ele me protegia. O que foi? Ele pode parecer delicado, mas tem um gancho de direita muito forte e uma cotovelada aniquiladora que é de matar.

Dei de cara com ninguém mais, ninguém menos que o Kujo, sendo meio que tentado por quatro prostitutas bêbadas.

‒ Kujo! Está tudo bem aí?—Eu me enfiei no meio do bolinho e Kujo me olhou com uma cara agradecida.

‒ Vai fisgar outro, oferecida! Esse já tem dono... —Uma delas começou a se enroscar nele, e eu fervi de raiva, já fui direto aos cabelos dela quando uma mão segurou meu ombro.

‒ Ora! Não estão em suas devidas esquinas hoje, madames?—Benten pareceu arisco— Vocês sabem que conheço os  seus cafetões. E eles não vão gostar de vê-las perambulando por aí, fora do serviço.

‒ V-você não tem que se meter, mulher de bolas!—Uia, Benten avançou na puta, ele pegou-a pelos cabelos e foi preciso as outras meninas, eu, Kujo, Pedro, Guilherme, Kon, Nando, Nanda, Hector e mais uma viatura de polícia para tira-lo de cima da mulher.

‒ Da próxima vez não terá tanta sorte sua vaca!— Benten gritou, enquanto Kon  o segurava, ele mostrava orgulhosamente o tufo de cabelos que havia na sua mão.

‒ Bem, —Falou o policial— Vamos fazer uns boletins de ocorrência, e levar as madames pro xadrez.

O outro policial pegou os braços de Benten e nos levou até sua van; que mais parecia um tronco velho com rodas.

‒ Olha, se sua mãe perguntar como foi o feriado, fale que foi tudo ótimo.—Pediu-me Hector.

Meu Deus, que feriado furado.

Todos nós entramos na minúscula van, deixando uma população enorme em tão pouco espaço. Logo que o policial deu a partida, o rádio ligou e começou a tocar Restart.

‒ Cara, tira dessa merda!—Pedro exclamou.

‒ Quem gosta dessa música levanta a mão.—o policial levantou a mão, e teve como cúmplices o seu parceiro e as três putas.—Vamos ouvindo essa música mesmo.

Uma das moças começou a cantar com sua voz estridente e irritante no meu ouvido.

Meu Deus. Não acredito que passei por isso.


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Notas finais do capítulo

E ae?? Aaa, os próximos capítulos vão ser mais românticos, ok?? ^^
Reviews??