Ele É Um Gato! Literalmente... escrita por Femme


Capítulo 11
Um FF (Feriado Furado)- parte 1


Notas iniciais do capítulo

Yooooo! Como vão meus amores!
Pessoas, tenho uma má notícia. Talvez, Talvez esta história esteja chegando ao fim. É TRISTE EU SEI! T__T
Leia ouvindo:
http://www.youtube.com/watch?v=3wzq6xzITnI



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Sabe aqueles feriados que você nem sabe qual é, só sabe que é feriado por que não haverá aula? Então, eu estava para entrar num feriadão prolongado.

Não me pergunte qual é o feriado. Pode ser  Carnaval, Páscoa ou até Dia da Independência. Mas isso não importa agora, o que importa é que o feriado tinha se prolongado de quinta até domingo.

Até aí, tudo bem. Mas deu na telha da minha mãe e do meu pai que eles iriam fazer uma viagem (só os dois) até a Argentina, para conhecer lá e até fazer uma rápida pesquisa culinária. Desse modo eu ficaria sozinha em casa, certo? Errado.

Quando eu comentei com Hector que meus pais viajariam no feriadão, ele falou que podíamos ir na apartamento do meus pais no Guarujá; Só eu, ele, e o Kujo. Isso aí, ele fez questão de chamar o Kujo pra ir junto. Bem eu arrumei a minha mala, fiz uma mochila pro Kujo e catei nossas tralhas toscas, para esperar Hector.

Hector chegou, e eu coloquei minha bolsa lá dentro, a mochila do Kujo e o resto das nossas tralhas. Cobri com um lençol a gaiola de Koban e coloquei-a no banco de trás.

O garoto-gato ainda não aparecera, parece que ele estava tendo problemas com os grampos nas suas orelhas... Depois de uns cinco minutos, ele apareceu e se jogou no banco de trás do utilitário velho.

‒ Vamos logo!—Ele gritou, impaciente.

‒ Calado!—Eu respondi—Valeu de novo pelo convite, Hector.

‒ De novo, não há de quê!—Ele deu um sorriso lindo— Você vai no banco da frente comigo?

Eu fiz um “Arrãn”, e entrei no carro. Hector deu a partida, e o carro roncou como se não quisesse ser acordado do sono de beleza. Ele virou o utilitário na direção da estada.

Quando já estávamos chegando na serra, Hector ligou o rádio e abriu os vidros, No último volume começou a tocar Starships, de Nick Minaj. Ele começou a cantar alto os primeiros versos , me convidando à cantar com ele.

Eu comecei a cantar também, alegremente. Kujo, acompanhava a letra e  se balançava no banco de trás. Estava tudo muito bem até que Hector deu uma freada enorme.

Advinha? Comboio em pleno meio da serra. Cadê aquele sol lindo que estava fazendo lá em Sampa? Afe, odeio comboio!

A viagem que, sem essa merda que chamam de comboio, deveria demorar uns cinqüenta minutos; já estava levando uma hora, e nem tínhamos chegado perto de Santos! Vendo que demoraria, eu começai à puxar papo.

‒ Então Hector, Se o Kujo ou o Koban sumirem assim, do nada, não se preocupe, pois eles são assim mesmo. Tá?

‒ Beleza. É só o Koban não se perder.

‒ Ele tem coleira de identificação.—Eu respondi.—Então, Você amarrou o seu burrinho na faculdade ou não?

‒ Ainda não nasceu a mulher que me prenda a uma só pessoa.

Nossa, meu primo é uma pessoa bem sincera, não?  Demorou mais uma meia hora até chegarmos em Santos. Já eram duas da tarde, e meu estômago roncava na melodia da Nona Sinfonia, em alto e bom tom.

‒ Acelera Hector. Que eu to com fome!—Reclamei— Ei, Kujo. Aí no banco tem uma caixa de isopor com umas comidas pega pra mim, por favor?

Kujo pegou e me entregou a caixa, eu abri e me deparei com seis sanduíches de atum com salada, uma garrafa de um litro de suco de laranja, três musses de maracujá e uma garrafa de dois litros também de água geladinha.

Como eu sempre digo: Mulher prevenida Vale por dois! Tirei um sanduíche e entreguei uma a Kujo, que  começou a devorar o seu, e ofereci um a Hector.

‒ Dá na minha boca, por favor?—Ele pediu, calmamente.

‒ Por quê?!

‒ Por que eu estou dirigindo e também tenho fome. ME ALIMENTA LOGO ELIZA!

‒ Perdoe minha infantilidade, meu amo—Eu respondi— Mas só queria saber o que farei agora, já que o vinho acabou. Quer me dar chibatadas pela minha negligencia? SEU ENERGÚMINO, NÃO SOU SUA ESCRAVA NÃO!

‒ Vai ser irônica lá na China, pô.—Ele pegou a minha mão, e levou o sanduíche desembrulhado até a boca, dando uma mordida—Poderia me dar o sanduíche na boca, por favor?

‒ Agora sim!—Eu aproximei o sanduíche de novo de sua boca e ele deu uma mordida.

‒ Obrifgada, florf!—Ele disse com a boca cheia de atum.

‒ só não cospe!—Lá atrás ouvi um suspiro, triste— O que foi, Kujo?

‒ Também quero sanduba na boquinha—Ele fez um biquinho. Hector caiu na gargalhada e se virou para mim.

‒ Se debruça aqui nesse vão entre os bancos, aí dá pra você dar comida pra ele.

Bem, eu fiz o que Hector sugeriu. Me debrucei na vão e estiquei o sanduíche até a boca sedutoramente aberta de Kujo. AHH SAI PERVERSÃO! Minha situação era deplorável, de shorts de jeans e camiseta regata rosa, e com a bunda arrebitada na direção do vidro fariam qualquer pessoa que passasse na rua  e visse aquilo ter um infarto.

‒Vai logo Kujo, seu filho-duma- —Não terminei de falar, pois alguém bateu forte na minha bunda— Hector! Seu tarado!—Antes de acabar de linchá-lo ele me deu outro tapa, na minha coxa.

‒ Desculpa!—ele falou entre risos—Não deu pra resistir! A sua bunda estava muito convidativa!

Kujo gargalhava com gosto, de certa forma que quase cuspia atum na minha cara.

‒ Filho da mãe, eu deveria fazer você comer tanto sanduíche que iria sair atum pelas suas orelhas!—Um pedacinho de atum voou na minha bochecha— Kujo! COME DE BOCA FECHADA, RAPAZ!

O garoto-gato pegou meu rosto com uma mão e se aproximou da minha bochecha, ele lambeu o pedaço de atum que estava lá e me olhou sedutoramente. Eu corei mais que um pimentão.

‒ Você não toma jeito Eliza!—Kujo disse entre gargalhadas— Qualquer tipo de aproximação, você já fica vermelha!

Eu joguei o sanduiche no rosto de Kujo e voltei pro meu assento. Afe, quando esses dois vão crescer?!

__oo__

Finalmente chegamos ao Guarujá! Nossa acho que a última vez que eu vim nesse apartamento da praia eu deveria ter ao menos uns três anos! Estou ansiosa para rever o lugar!

Alguns pingos de chuva começaram a molhar o vidro do carro, mas isso não importava, estava voltando para um lugar da minha infância! Passamos pela parte onde tinha uns prédios bacanas, depois uma parte de prédios mais simples e Hector continuou a dirigir. Fomos parar numa parte onde tinha casas bem antigas e ele continuou a dirigir.

‒ Hector, você tá perdido meu filho?—Eu perguntei

‒ Nem!—Ele me olhou zombeteiro— Estamos na rua certa, é achar o número do prédio.

Depois da resposta, ele parou o carro na frente de um prédio bem simples e humilde, era bem conservado pelo estilo arquitetônico do século passado. O que? Eu não fico só lendo Capricho, tá? Gosto de cultura também. {N/A: sem ofensas às leitoras que lêem capricho. ^^’ Mas só pra contar, só servem para saber como arrumar a maquiagem, essas revistas. Por favor, não me matem}

Hector saiu do carro e correu até o portão velho da garagem ele girou a chave e tentou levantar o portão, inutilmente.  Ele voltou correndo e enfiou a cabeça dentro do carro.

‒ Venham me ajudar.—Ele apontou para nós dois—  OS DOIS.

Bem, lá fomos nós. Corremos na chuva até o portão e nós três o levantamos. Depois eu e Kujo ficamos lá na chuva segurando o pesado portão de ferro para que Hector entrasse na garagem.

Hector estacionou e já abriu o porta-malas. Já começou a tirar as nossas coisas e trancou o carro. Depois subimos até o apartamento. O apartamento estava arrumado e em bom estado, mas estava cheio de poeira em todo o lugar.

Ouvimos batidas na porta, e Hector foi atende-la. No batente havia dois homens, um magrelo e grisalho e um mais jovem e baixo. O magrelo pigarreou e começou:

‒ Bem, sou o seu Almeida, o síndico do prédio. E esse aqui é o seu Silva, o zelador. Estamos passando em todos os apartamentos para falar que m cano de água estourou, e tem pouca água para os chuveiros. Desse modo, vocês devem tomar banho logo.

‒ Demorará umas três horas até que eu acabe de consertar o cano.—Completou seu Silva

‒ Certo... Quanto tempo temos?—Hector perguntou.

‒ Na caixa  d’água estava cheia o suficiente por uma hora. Mas se a senhora do apartamento número 35 já começou á usar o chuveiro, digamos que vocês tem... Meia hora.—Sei Silva anunciou.

Hector agradeceu aos dois e fechou a porta. Ele nos olhou, meio confuso e perdido.

‒ Bem, se for assim.—Eu falei— Eu tomo banho e vocês não.

‒ Desculpa dizer, queridinha.—Hector me cortou— Mas nada feito.Por que só você?

‒ Primeiro, eu demoro uma meia hora pra lavar o cabelo. E segundo, sejam cavalheiros uma vez na vida!

‒ Até parece!—Kujo se opôs— O melhor é nós três tomarmos banho juntos.

‒ Você tá louco?!O que tinha naquele sanduíche de atum que eu te dei?

‒ Eu concordo com o Kujo, Eliza. Tomamos banho de cueca e você de calcinha e sutiã. E tomo mundo fica limpo e feliz.

Silêncio, o silêncio foi absoluto.

‒ Ah vamos lá! Não confia em nós?

Eu continuei em silêncio. Os dois saíram até o final do corredor, no banheiro. Passou-se alguns segundos e eu ouvi o barulho do chuveiro ligado.

Até parece! Tomar banho com dois marmanjos, soa como até outra coisa! Eu já estava indo atrás de uma toalha quando o vento gelado da chuva passou pela vão da persiana. Merda! Frio, Muito frio! E lá no banheiro estava até saindo fumaça de tão quente.

Bem, não sou de pedra, sou? Entrai timidamente no banheiro e olhei os dois. Ele deram um sorriso cúmplice para mim e tirei minha roupa molhada. Depois entrei no Box de vidro.

Antes de entrar, eu dei uma olhada na situação. NÃO É DO JEITO QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO, tá bom, eu olhei eles também... O espaço era pouco para os dois, e se eu me metesse ali, ia ficar muito apertado. Mas entrei mesmo assim. Olhei de soslaio os corpos dos dois. Kujo estava com aquela cueca Box preta dele que... Meu Deus, Como é bem ser V1D4 L0K4. Já o Hector, bem eu não dei muita bola pra ele não.

Me enfiei no mínimo espaço do Box e peguei um pedaço do sabonete como Hector. Ele sorriu para mim meio aliviado.

‒ Não disse Kujo? Ela viria, viria sim.

‒ Pois é. Ela veio. Ei, Eliza; Não sabia que você usava lingerie preta.

MINHA CARA FOI PRO CHÃO! Ele ficou olhando a minha lingerie?! Para não ficar muito tempo grudado naquele mínimo espaço quente onde o pecado reina (olha o que eu fui falar! Ai como sou culta!), Lavei o cabelo rapidamente e saí do banheiro.

Na frente do banheiro havia um quarto, onde eu tinha colocado nossas tralhas toscas. Eu tirei o sutiã e a calcinha molhada e coloquei uma roupa seca. Coloquei a calcinha, um top de corrida branco e uma camiseta vermelha, a camiseta estava meio apertada para mim então decidi que iria troca-la . A merda foi que o top “colou” na camiseta e toda hora que eu tentava tirar a camiseta o top vinha junto; ótimo, então eu tirava os dois juntos e colocava de novo o top, o que deu errado é que a blusa não queria passar pela minha cabeça e os braços se enroscaram e eu fiquei lutando contra a merda da blusa e do sutiã enquanto cambaleava pelo quarto.

Logo depois disso, aconteceu a maior merda de todas.

O banheiro se abriu, os dois caras saíram de toalha e viram o meu estado. Em vez de me ajudarem os dois só soltaram um sonoro “PUTA-QUE-O-PARIU! SEUS PEITOS!”

Eu gritei, eles gritaram e depois só ouvi o barulho de uma porta sendo batida com força. Merda! Eles nem vieram me ajudar! Por mais incrível que pareça, tropecei no meu próprio pé e caí igual uma jaca madura no chão.

A porta se abriu e alguém veio me ajudar, ele se livrou da blusa e me ajudou a ficar sentada.

‒ Que susto!—Kujo parecia procupado— Tudo bem? Você se embolou, né?

Eu me senti corando. Ele era tãão fofo! Dá vontade de morder!

‒ Mas cá entre nós.—Ele se aproximou do meu ouvido e disse sedutoramente— Você, de Topless é muito mais bonita do que de vestido de festa.

Eu corei igual a um pimentão, Com o seu comentário. Peguei a camiseta que estava no chão e bati nele. Kujo saiu as gargalhadas pela casa. Esse pervertido!

Eu amo esse pervertido.


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Notas finais do capítulo

Aeee! Reviews? Recomendações? Qualquer coisa?? *¬*