Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 7
Parte VII - A Dança da Fogueira.


Notas iniciais do capítulo

HI PEOPLE! :D
Como estão? *-*
Eu estou muuuito bem, e muito feliz por vocês sempre comentarem, seus lindos! Muito obrigada! *-*
Eu gostei muito de escrever o capítulo, mas tive a ligeira impressão de que está um pouco confuso...
Enfim, qualquer duvida é só perguntar, okee?
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Para quem não conhece, aqui tem um vídeo da dança em questão: [http://www.youtube.com/watch?v=74paF0i4sjQ]
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Curtam! sz



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PARTE VII – A Dança da Fogueira.


Como era de se esperar de qualquer festival escolar japonês que seguisse a tradição das fogueiras, os jovens estavam agitados no terceiro e último dia do festival. Principalmente as garotas – ou pelo menos a maioria das garotas – estavam extremamente animadas com o acontecimento! Afinal, há mais de vinte anos a fogueira do colégio de Konoha era famosa por casais unidos em amor eterno, como Kushina e Minato Uzumaki, ou Fugaku e Mikoto Uchiha.

Diziam que laços formados na dança jamais poderiam ser quebrados, pelo menos foi isso que Hinata ouviu assim que pôs os pés no colégio e durante todo naquele dia.

Na sala de aula, Sakura e Ino tomaram controle da situação e colocaram Sasuke contra a parede, dando a ideia de um diferenciado dos outros dias: no turno da manhã, os garotos cozinhariam, anunciariam e descansariam, enquanto as moças trabalhariam. E a tarde, os postos seriam trocados.

Sasuke não gostou nenhum pouco da ideia, mas como também não tinha coragem de olhar nos olhos da Haruno, deixou que assim fosse.

Kiba e Chouji foram os responsáveis pelos petiscos da manhã, e provavelmente os únicos a trabalhar, uma vez que os outros rapazes não entendiam absolutamente nada de cozinha. A sala àquela manhã foi realmente um martírio, mas as garotas se divertiram mais do que nos outros dias na do café.

Ino atendeu todas as mesas compostas de rapazes, e todas cobriam uma à outra de cantadas constrangedoras ou exageradas, e no fim das contas, para a sua alegria, Hinata atendeu apenas mesas de casais.

Sakura tinha ficado no caixa, mas mesmo que recebesse a todos com um sorriso falso de alegria e agradecimento, sua rival percebeu que aquilo não passava de fachada.

Na troca de turno, ela pôde perceber que a rosada e Sasuke não trocaram um olhar sequer, e se evitaram o máximo possível, o que só fez aumentar suas suspeitas.

Como o controle da cozinha estava nas mãos de Hinata, ela pediu que apenas Matsuri, Ino e Sak ficassem lá para ajudar, mesmo sabendo que a Haruno não era exatamente um mestre cuca.

De qualquer forma, lá estavam elas: quatro lindas garotas cozinhando com a maior facilidade e agilidade do mundo para as moças que, lá fora, eram atendidas por belos mordomos eficientes. E, como era inevitável, Matsuri começou com o assunto: - Estão animadas com a fogueira? – Perguntou timidamente enquanto amarrava os cabelos curtos e castanhos. Sakura e Ino fecharam a cara imediatamente.

– Grande coisa essa dança. – Sak bufou enquanto se sentava num canto vazio.

– Quem liga pra essas tradições idiotas? – Ino murmurou enquanto terminava de prender a longa cabeleira loira. Matsuri riu.

– Estão irritadas porque não vão dançar com Sasuke-kun? – A pergunta foi inocente, mas ela recuou ao receber a aura e os olhares violentos das duas.

A Yamaka suspirou tristonha. – Cinco. Cinco pedidos eu recebi... – Se lamentava. – E o Sasuke-kun sequer se aproximou de mim.

– Ino porca, não reclame se recebeu cinco declarações. – A rosada tinha veias pulsando na testa. – Sua fútil.

– Como se você fosse aceitar alguém se não Sasuke-kun. – Foi possível ver faíscas emanando dos olhares de uma para a outra.

– Bem, Sakura-san e Ino-san são populares. – A de olhos castanhos comentou. – Então só perguntei por curiosidade... Eu mesma não recebi um pedido. – E fez um bico triste. – E você, Hinata-san? – O rosto pálido da Hyuuga enrubesceu com a pergunta, e ela hesitou em responder, por medo da reação das outras ao saberem que ela era a única ali com par.

Sak captou a mensagem imediatamente. Deu um sorriso sugestivo, levantou e a rodeou com um olhar desconfiado. – He... Parece que alguém aqui tem par. – Ela acusou, fazendo a mais baixa da turma ficar vermelha.

– E- Eu...!

– Não me diga que o Naruto...?! – A loira também a cercou, e a de cabelos azulados sentiu-se imediatamente atordoada. – Aquele danadinho! Eu sabia que ele tinha jeito! – Ino gargalhava.

– Ele só pediu para dançar... – Hina confessou constrangida. – Mas eu nem entendo isso direito. Aceitei, mas no fim das contas só vou fazê-lo passar vergonha. – E suspirou.

–... Você não sabe dançar a dança da fogueira? – A rosada parecia bestificada, e arregalou os olhos com a confirmação da de olhos perolados. -... Ino! – Ela exclamou, e a loira entendeu rapidamente.

– Mas o Sasuke-kun não vai gostar de vê-la sair.

– Então vamos treinar aqui mesmo. – E puxou a amiga para o lado mais livre da sala praticamente vazia. – Não se preocupe Hina! Você vai aprender! – Ela prometeu, e assim, pela primeira vez, Hinata Hyuuga dançou.


Era o dia mais tranquilo da semana, embora tivesse muitas pessoas, o clima estava bem mais calmo que os últimos dois. Nada de garotas escandalosas ou garotos idiotas dando em cima das colegas de classe, a maioria da clientela daquela tarde eram casais que trocavam olhares apaixonados e juras de amor.

Aquele clima romântico pairando no ar definitivamente não fez bem ao Uchiha, que tinha a expressão fechada enquanto controlava o caixa, sem se importar com a reação dos clientes. Ele sinceramente não conseguia entender o que estava acontecendo consigo mesmo.

Por que ele estava tão irritado? Por que estava tão incomodado? Por que estava tão hesitante? Jamais, em toda a sua vida, sentiu-se verdadeiramente envergonhado ou desconfortável em falar com Sakura Haruno – com exceção, claro, do bendito dia em que ela havia se confessado. Então porque ele não conseguia nem olhar nos olhos dela hoje?

Ele sabia a resposta. No fundo, no fundo, ele sabia. Mas infelizmente, era teimoso demais para aceitar. – Teme! – Era a quinta vez que Naruto chamava, e só então ele pôde perceber.

– Hm? O que foi, dobe?

– Qual é o seu problema? Sua aura está espantando os clientes. – Os olhos negros se reviraram impacientes.

– Dane-se. Já lucramos bastante mesmo. – O loiro riu.

– Sim, sim. Realmente. A notícia de que o filho mais esnobe de Fugaku Uchiha estava vestido de mordomo servindo as pessoas realmente fez com que as vendas fossem lá em cima, não é? – E deu dois tapinhas no ombro do amigo. – Mas você está com cara de poucos amigos. Será porque não tem nenhum par pra fogueira? – Ele não estava exatamente curioso, só queria compartilhar sua alegria.

– Não. E você está com cara de muitos amigos, por acaso tem um? – Ele não se surpreendeu com o polegar erguido do loiro. – Quem? Hina Hime? – E sorriu com o assentir animado do amigo. – Oe, Oe... Que felicidade é essa? Esqueceu-se dos meus alertas? – Mas Naruto apenas deu os ombros, despreocupado.

– Diferente de você, meu grande amigo... Eu não tenho medo do futuro. – E assentiu como se elogiasse a si mesmo por um comentário tão sábio.

– Você só quer dizer que é um idiota inconsequente. – Sasuke devolveu enquanto apoiava o cotovelo no balcão.

– Prefiro isso a ser um medroso. – Ele ergueu a sobrancelha negra. – Qual é Sasuke... Para de fazer jogo duro, todo mundo aqui já percebeu que tá acontecendo algo estranho entre você e a Sakura-chan. – O outro suspirou.

– Você não sabe de nada. – Murmurou, voltando a atenção às contas.

– Eu sei que você está magoando a minha melhor amiga. – O Uchiha ergueu os olhos um pouco, e notou que as duas grandes safiras de Naruto estavam sérias e fixas às ônix dele.

– E o que quer que eu faça Naruto? – Soou extremamente irritado.

– Só quero que seja sincero com seus sentimentos. Se você gosta dela, diga... E se não gosta, também diga. – O moreno bufou impaciente.

– Fácil pra você, um idiota, inconsequente e apaixonado dizer. As coisas sempre são complicadas pra mim, você não entenderia. – As sobrancelhas loiras se juntaram.

– Mais complicadas pra você? Sasuke, eu estou tentando conquistar uma Hyuuga. Você mesmo me avisou como isso pode ser perigoso!

– Sim, avisei. E mesmo assim você está insistindo porque quer. – Naruto apertou os punhos.

– Exatamente! Porque eu não sou um covarde.

– E já imaginou as lágrimas da Hinata, quando o primo bater em você até cansar?

– Você quer levar um soco? – Eles realmente estavam saindo do sério. Sasuke precisou contar até dez para continuar.

– Vá trabalhar lá, e eu aqui. Estou puto e você ansioso, então não vai dar certo.

– Tomara que algum cara a tire de você, só pra ver o que é bom pra tosse. – O loiro murmurou enquanto voltava ao trabalho, mas o moreno pôde ouvir, e não conseguiu deixar de pensar naquilo.


Quando Hinata enfim se cansou das lições de Sakura, e implorou para que voltasse a cozinhar, Ino enfim se aproximou da rival de cabelos róseos.

Elas estavam sentadas nas carteiras afastadas da sala de aula, e a loira só começou quando teve certeza de que Hina e Matsuri estavam concentradas em seus trabalhos. – O que houve entre vocês? – Foi tão direta que Sak sentiu a barriga congelar.

–... He?

– Está evitando o Sasuke-kun, eu quero saber o que houve pra fazer isso. – Colocou a cabeça sobre a palma da mão e fitou os olhos verdes da ex- amiga com intensidade. A rosada hesitou inicialmente... Mas decidiu que prolongar aquilo só complicaria ainda mais as coisas entre as duas.

– Eu me declarei pro Sasuke-kun... – Começou confessando. – Ele me rejeitou. – O olhar de Ino era indecifrável, e tão profundo que a Haruno decidiu desviar-se. – Ele me rejeitou, mas um tempo depois me chamou pra sair. Nós fomos a um parque... Eu não sei, para mim parecia um encontro normal que foi frustrado pelo Naruto, mas... – Ela demorou um pouco para continuar. – Há pouco ele me disse que eu tinha entendido errado.

– O que? – Ino ainda estava tranquila.

– Ele me chamou para dançar, dizendo que era pra afastar as perseguidoras... Eu me irritei, discutimos e ele acabou dizendo que eu o interpretei errado. – E os olhos verdes angustiados fitaram os azuis. – Como eu posso ter entendido errado?! Qualquer um entenderia!

–... Você se confessou para ele sem me dizer... – O silêncio então perdurou. Por alguns minutos, apenas, até a loira dar os ombros e prosseguir: - Na verdade, eu também já me confessei, e também já fui rejeitada. Só não tive coragem de te dizer. – Sak não respondeu.

–... Então, acho que podemos voltar a ser amigas... – Mas para sua surpresa, a Yamanaka negou. – Por quê...?!

– Não importa por onde eu veja, eu realmente acho que o Sasuke-kun gosta de você. – O rosto da Haruno corou. – Por isso... Sinto muito... – Se levantou lentamente.

– Ele não gosta de mim... – Sak murmurou depressiva.

– Não... Ele realmente gosta. Uma hora ou outra vocês vão ficar juntos... Mas até lá eu não vou desistir de conquistá-lo. – E sorriu para a rival. – Até lá, vamos continuar desse jeito. – E piscou, depois tornou a ajudar as colegas.


Então, depois de uma longa luta, de muito esforço e suor... O festival de Konoha Gakuen enfim havia sido oficialmente finalizado aquele ano.

Por parte dos alunos houve alívio, satisfação e até tristeza, mas todos na 2-A – sala de Hinata – concordavam que todo aquele sacrifício havia valido a pena, e que havia sido um dos mais divertidos festivais já presenciados – menos, é claro, para o pobre Uchiha Sasuke.

A maioria das colegas de Hina, assim como ela, optara por vestir os uniformes. Quando Naruto a buscou na cozinha também estava usando o seu, embora tivesse a gravata frouxa e camisa amarrotada. E foi só se aproximar do recinto que já pôde ouvir as piadinhas nem sempre tão engraçadas de Ino sobre os dois. Imaginando quão constrangida sua pobre princesinha poderia estar ele foi apressado, e a tirou de lá assim que pôde.

Matsuri já havia ido embora, então Sakura e Ino ficaram sozinhas no recinto. Elas suspiraram juntas, e se sentaram uma ao lado da outra, observando pela janela os alunos animados formando a grande fogueira. – Por que você não aceitou dançar com ele? – A loira quis saber de repente. Sakura simplesmente deu os ombros, não por não se importar, mas porque realmente não sabia a resposta. – Se fosse comigo, iria sem hesitar. – A rosada riu.

– Eu sei. – Concluiu de imediato. – Não sei o que me deu... – E abraçou os próprios joelhos. – Só que... Foi bom. Pelo menos eu entendi que ele não retribui meus sentimentos.

– Só mesmo você, pra ser idiota o suficiente a ponto de achar isso algo bom.

O silêncio foi longo... Mas não incômodo. Para Sakura, Ino era uma daquelas pessoas que, com ou sem conversar, só de ficar ao lado era motivo de alegria e tranquilidade. Para ela, que sempre fora uma garota tímida e reservada, a loira era um tipo de heroína, a porta de ligação entre ela e o mundo...

Lembrava-se do primeiro dia de aula no primário, quando a garotinha novata de cabelos róseos que mal podia olhar nos olhos do professor fora chamada para se juntar a um grupo de leitura com um energético convite pela extrovertida menininha de cabelos loiros, que sempre tinha um sorriso feliz no rosto.

Ela foi quem apresentou Sakura à Naruto, Sasuke, Chouji e Shikamaru. Ela foi quem a ajudou a vencer toda a timidez, e se não fosse por aquela alegria que emanava da Yamanaka, Sakura sabia que jamais seria a confiante vice do representante, que vez ou outra até conseguia manipular um dos gênios Uchiha. Podia recordar o dia em que elas confessaram uma à outra que ambas eram apaixonadas por Sasuke, e a dor ao decidir que, a partir daquele dia, seriam rivais, e que nada poderia ser como antes.

Mas ainda assim... Ino estava lá quando seus pais morreram. Ela estava lá para apoiar, confortar e mostrar à jovem menina de quatorze anos que a vida tinha que continuar. Ino também foi a única a presenciar as lágrimas, não só daqueles dias, como daquele ano.

Elas eram rivais... Mas, para Sakura, aquilo não fazia mais sentido. – Eu me lembro de quando nós ajudávamos a fazer a fogueira. – A loira lembrou-se num momento, com um sorriso calmo no rosto. – Era realmente divertido. – Sak concordou.

– Nós realmente temos que continuar com isso...? – Ela perguntou de repente, o que fez os olhos azuis fitar seu rosto.

– O quê? – A Haruno hesitou um pouco.

–... Se eu desistisse do Sasuke-kun... Nós seríamos amigas de novo? – E mirou as pedras azuis com suas esmeraldas. Ino estava séria.

– Não. – Disse decidida. – Se você fizesse isso, jamais poderíamos ser amigas. – A rosada baixou o rosto, e a loira tornou a observar a fogueira, embora não mais a visse. – Eu jamais seria amiga de uma covarde. – A voz soou quase rude.

– Eu... Não sei o que fazer... – Desabafou, encolhendo-se na carteira. – Mesmo que eu o ame... Eu não sei o que fazer! – Dizia chorosa. – Não entendo as coisas que ele faz...! Eu não posso contar tudo para minha rival, então quero minha amiga de volta! Eu preciso desabafar com a minha amiga!

– Não fale como se não tivesse outras amigas... – O sorriso da Yamanaka foi desanimado.

– Não é mesma coisa! – A de olhos verdes exclamou com o rosto escondido, surpreendendo a outra. – Ino é a minha melhor amiga... Sempre foi, e sempre vai ser... Mesmo que agora estejamos assim, você é a única em quem eu posso confiar!

– Então pare. Nós não vamos voltar ao que éramos antes do Sasuke-kun decidir. – Foi a última coisa que falou antes de se levantar e dar passos pesados até a porta.

Quando saiu, estava tão irritada que não notou inicialmente o corpo do amado parado ao lado da porta, e se surpreendeu, corando imediatamente, ao vê-lo. – S- Sasuke-...! – Ele colocou o indicador sobre os lábios, pedindo silêncio, e ela compreendeu.

Era simplesmente incrível como Sasuke Uchiha sempre estava por perto quando Sakura precisava, e o mais incrível de tudo era que ele fazia questão de não aparecer na frente da Haruno. Como no dia do acidente dos Haruno, onde ele passou a noite inteira ao lado da até então colega de classe, trocando seus curativos e umedecendo a toalha na esperança de que a febre pudesse baixar. Lembrava-se como se fosse ontem, dele se escondendo na suíte quando ouviu a voz da rosada soar acordada, e como se sentiu mal por ficar enciumada, mesmo sabendo que Sak precisava daquilo. E, por ciúmes, ela nunca contou à outra.

Baixou a cabeça, reverenciou-o e saiu dali o mais rápido que pôde, mais que constrangida por concluir que ele havia ouvido toda a conversa de minutos atrás.

Sasuke continuou lá, com o corpo encostado na porta, mas mesmo ouvindo o incômodo choro baixo da Haruno, não teve coragem de entrar lá e confortá-la. E isso... Era extremamente irritante.


A fogueira enfim estava acesa, e um número absurdo de casais estava reunido em volta desta. Hinata pôde concluir com nervosismo que a maioria ali era formada por casais oficiais.

Estava tão tensa que Naruto podia jurar vê-la tremer.

Quando uma musica que ela não conhecia enfim começou a soar, ele estendeu a mão em sua direção com um sorriso terno estampado no rosto. As faces dela estavam levemente avermelhadas, e Hina se puniu mentalmente por ter pedido para parar de treinar mais cedo.

Mesmo constrangida, ela segurou a mão do Uzumaki, que calmo como nunca antes a guiou até a roda de casais, que já tinham começado a dançar.

O loiro foi calmo e paciente. Eles dançaram belamente, mesmo que vez ou outra ela tropeçasse em seus próprios pés ou pisasse desastrosamente nos dele, mais por nervosismo do que por qualquer coisa.

O casal girou, rodopiou e apertaram as mãos um do outro. Trocaram sorrisos e gargalharam juntos quando a desajeitada quase caiu, sendo salva pelos braços dele.

Eles foram admirados e invejados por um número incontável de alunos, afinal aquela dança era quase que uma demonstração pública que de fato estavam juntos, e que ansiavam continuar assim para sempre... E por mais que velhos casais estivessem lá, juntos por um ou dois anos, eles eram de longe os mais sorridentes e alegres.

Mas mesmo que fossem tão observados, Naruto e Hinata não se importaram. Na realidade, nem notaram que os olhos da maioria da escola estavam na sua cola. Eles apenas continuaram a dançar no ritmo doce daquela musica desconhecida, felizes por estar ali um com o outro... Sem nem mesmo sonhar que, em meio todos aqueles alunos, um em especial não podia presenciar aquilo. E ele estava.

Neji não gostou nada de ouvir os boatos de que a prima dançaria com o até então garanhão de Konoha, e mesmo que não acreditasse na possibilidade, ele decidiu averiguar a situação, mesmo que não tivesse interesse nesta, foi até a fogueira se certificar de que não passavam de boatos maldosos contra a novata tímida. Ele reparou os sorrisos, o rosto tímido e alegre e concluiu amargamente que a prima deveria estar apaixonada.

Ele não os atrapalhou; depois da conclusão decidiu que ir embora era melhor do que se decepcionar mais, e deixou que ela fosse feliz por mais algumas horas... Afinal, jamais a tinha visto com uma expressão tão sincera em toda a sua vida – e eles se conheciam desde meninos.

E ela foi realmente feliz... Ali, dançando ao lado daquele garoto divertido, caloroso e sempre sorridente, ela concluiu que não havia como ser mais feliz.



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Notas finais do capítulo

Eu revisei três vezes! Como sempre. :3
Deve estar tudo certinho, mas se não estiver... Enfim.
Qualquer duvida, crítica ou opinião, fiquem a vontade!
-
Sobre os pais da Sakura... Eu vou contar aqui um pouquinho para vocês entenderem.
Eles morreram num acidente de carro, enquanto saiam da cidade. Ela estava no carro mas só ficou levemente ferida. x.x
-
Espero sinceramente que tenham gostado. Quero comentários! ♥
Nós nos vemos domingo que vem! ♥